RECONHECE-SE O CRISTÃO PELAS SUAS OBRAS
"Nem
todos os que me dizem: Senhor ! Senhor ! entrarão no Reino dos Céus, mas
somente o que faz a vontade de meu Pai que está nos Céus". (Mt 7:21).
Não basta
apelar para Jesus, exclamando Senhor ! Senhor ! quando não se seguem os preceitos
por ele ensinados. De nada adianta implorar a ajuda de Deus, se não se busca melhorar
e superar a si mesmo, se não se torna mais caridoso, nem mais indulgente com os
semelhantes. Não são cristãos verdadeiros aqueles que apenas se comprazem em
atos exteriores de devoção, ou que se encastelam nas muralhas do egoísmo, do
orgulho, da cupidez e de outras paixões degradantes, ou que não fazem nada por
ninguém.
Quando Jesus
recomenda edificar a casa sobre a rocha, refere-se à necessidade de ter uma diretriz
segura no desenvolvimento da vida, ou seja, vivenciar o bem, o amor ao próximo
no pensamento e na ação. Aquele que possui uma fé consolidada pela Razão e
inspirada no amor não pode ser inoperante. Por outro lado, o indivíduo
invigilante, vacilante, que toma conhecimento dos ensinamentos evangélicos, mas
que vive fechado em si mesmo, esse construiu a sua casa sobre a areia movediça,
e qualquer tribulação terrena a faz esmorecer.
Esse é um
cristão apenas de nome, mas que não vive em si mesmo a essência dos ensinamentos
de Jesus, pois não despertou para a alegria da interioridade e do dar de si.
Cristão não
é um rótulo, mas uma vivência. O Evangelho não é para ser lido e guardado na
estante; ele tem que ser vivido, aplicado em toda a vida de relação. Para se
tornar um cristão digno de ser chamado como tal é imprescindível revelar-se
pelas suas obras, em qualquer circunstância da vida.
Cristão, na
verdadeira acepção da palavra, não é somente aquele que guarda os ensinamentos de
Jesus nas expressões mais sinceras de seu coração, que se torna dócil,
compreensível, misericordioso, mas aquele que também busca motivos edificantes
que realmente ergam o reino da interioridade sobre alicerces que o sustentem.
De nada adianta viver uma vida de contemplação, ou passar o dia rezando, se não
dinamizarmos o nosso interior na alegria de dar de si com amor ao próximo.
Os
Espíritos, em sua essência divina, não foram criados para permanecer em
repouso, mas para dinamizar suas potências no trabalho, no exercício da
caridade, sendo agentes e transformadores do meio em que vivem. A fé verdadeira
é dinâmica, e não estática.
Quando Jesus
afirma que reconhece-se uma boa árvore pelos seus frutos (Mt, 7:20), é
indispensável questionar quais os frutos que produzimos, e se beneficiam de
fato nossos irmãos. As diversas encarnações representam oportunidades
vastíssimas para a prática do bem, cabe a nós gerarmos os frutos e
transubstanciá-los em natureza divina.
QUESTIONÁRIO:
C -
RECONHECE-SE O CRISTÃO PELAS SUAS OBRAS:
1 - Basta
clamar Senhor! Senhor! para ser reconhecido como cristão?
2 - A fé
verdadeira é dinâmica e não estática. Comente.
3 - Comente
a citação evangélica. "Reconhece-se uma boa árvore pelos seus
frutos".
Fonte da imagem: Internet Google.
Nenhum comentário:
Postar um comentário