CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

24ª AULA PARTE ÚNICA CURSO PREPARATÓRIO DE ESPIRITISMO - FEESP

BIOGRAFIA DO DR. ADOLFO BEZERRA DE MENEZES

CONSOLIDADOR DA DOUTRINA ESPÍRITA NO BRASIL

Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti nasceu em uma cidade do Ceará, hoje município de Jaguaretama, antiga Freguesia de Riacho de Sangue, em 29 de agosto de 1831. Seu pai, Antônio Bezerra Cavalcanti, era Tenente-Coronel da Guarda Nacional. Fabiana de Jesus Maria Bezerra, sua mãe – ela o encaminhou aos estudos.

Em 1838, frequentou por dez meses, a Escola Pública da Vila do Frade, onde aprendeu a ler, escrever e também aritmética. Em 1842, transferindo-se sua família para o Rio Grande do Norte, foi matriculado na Escola Pública da Serra dos Martins, em Vila da Maioridade (hoje, cidade de Imperatriz). Dois anos depois, substituía em seus impedimentos, o professor de Latim.

Em 1846, a família retorna ao Ceará, quando passou a frequentar o Liceu existente, sob a direção do seu irmão Manoel Soares da Silva Bezerra, completando os estudos preparatórios à faculdade. Seu pai, nessa época, atravessava dificuldades financeiras por haver dado aceite em duplicatas de terceiros. Cumpriu sua palavra e passou a ser, apenas, o administrador de seus antigos bens. E segue uma vida honrada que servia de exemplo ao então adolescente Bezerra de Menezes.

Desejando ser médico, vai morar no Rio de Janeiro, onde se tornará o Médico dos Pobres.

Parte, em 5 de fevereiro, para o Rio de Janeiro, com 400 mil réis que seus parentes lhe deram para custear a viagem, chegando com 18 mil réis no bolso e sonhos no coração.

Ingressou como praticante interno no Hospital da Santa Casa de Misericórdia, em novembro de 1852. Estudava nas Bibliotecas Públicas e dava aulas para manter-se.

Doutorou-se em Medicina aos 25 anos de idade, pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Eleito membro da Academia Imperial de Medicina e nomeado Cirurgião-Tenente do Corpo de Saúde do Exército em 1858, quando passou a assinar o seu nome sem o Cavalcanti.

Na Academia Nacional de Medicina, foi durante quatro anos, o redator dos Anais da Entidade.

Casou-se, em 6 de novembro de 1861, com Maria Cândida de Lacerda com quem teve um casal de filhos. Dois anos depois do desencarne de sua esposa (aos 34 anos de idade), casou-se em segundas núpcias com a senhora Cândida Augusta de Lacerda, irmã materna de sua mulher. Tiveram cinco filhos.

Indicado por moradores da Freguesia de São Cristóvão; elegeu-se em 1861, pelo Partido Liberal, vereador à Câmara Municipal. Exonerou-se do cargo de assistente de cirurgião.

Reeleito Vereador em 1864, foi Deputado Federal em 1867 e Membro da Comissão de Obras Públicas e figurou em listra tríplice para uma cadeira no Senado.

Dissolvida a Câmara dos Deputados em 1868, assumiu a Criação da Companhia Estrada de Ferro Macaé a Campos, concluída em 1873.

Foi diretor da Companhia Arquitetônica, em 1872, que abriu o Boulevard 28 de setembro, em Vila Isabel. Em 1875 fora Presidente da Companhia Carril de São Cristóvão e Membro de diversas entidades e sociedades beneficentes.

Vereador no Rio de Janeiro (no período de 1879 a 1880) foi Presidente da Câmara Municipal, cargo equivalente ao de Prefeito; e Deputado Federal em 1880.

Trabalhos publicados. O escritor J. F. Velho Sobrinho, no seu Dicionário Biobibliográfico Brasileiro, relata a existência de mais de quarenta livros e outras publicações do Dr. Bezerra de Menezes.

Obra extensa consta de Biografias de homens célebres, Trabalhos sobre a escravidão no Brasil, sobre a seca no Nordeste, romances, como A Pérola Negra, História de um Sonho, Lázaro o Leproso, O Bandido, Viagem através dos Séculos, A Casa Assombrada, Os Carneiros de Panúrgio e Casamento e Mortalha (inacabado).

Ao desencarnar, continua sua obra, por intermédio do médium Francisco Cândido Xavier com os livros: Apelos Cristãos e Bezerra, Chico e você. Com Yvonne Pereira, compõe os romances: Tragédia de Santa Maria e Nas telas do Infinito. Pela médium Ayesha Spitzer, Os Comentários Evangélicos, publicados por Edgard Armond, em 1968. Consolidador em sua época; encontravam-se dispersos os espíritas brasileiros.

Recebeu um dia O Livro dos Espíritos de presente do tradutor, seu amigo, o médico Dr. Joaquim Carlos Travassos. Dez anos depois, proclamava sua adesão solene ao Espiritismo, perante 2.000 pessoas, no Solar da Guarda Velha, em 16 de agosto de 1886.

No início de 1895, Bezerra de Menezes dirigia o Grupo Ismael e, numa noite de junho de 1895, é convidado a presidir a Federação Espírita Brasileira. É eleito de 1895 a 1900.

Fora profundo conhecedor do Evangelho de Jesus, que leu, interpretou e praticou; antigo redator de A Reforma de Sentinelas da Liberdade; escreveu sob o pseudônimo de Max no jornal O Paiz, entre 1886 e 1890 – republicado como Estudos Filosóficos, em três volumes.

Servir era o seu lema. Médico; amou a profissão. Doou até o anel de formatura a paciente que não possuía dinheiro para pagar o enterro da esposa e o alimento para os filhos. Em seu consultório médico, nos altos da Farmácia Homeopática Cordeiro, receitava para os pobres.

Lindos são os casos a respeito de sua conduta como médico (reunidos por Ramiro Gama, numa bela obra literária).

Tratava dos pobres do corpo e do espírito, nas reuniões de desobsessão, na Federação Espírita Brasileira. Em 11 de abril de 1900, às 11 horas e 30 minutos, houve o seu desencarne.

Minutos antes, elevava seu pensamento a Maria, Mãe de Jesus, pedindo por aqueles que ficavam. Assim viveu aquele que, em vida, unificou os espíritas brasileiros, em torno da Doutrina dos Espíritos.

BIBLIOGRAFIA:

Gama, Ramiro – Lindos Casos de Bezerra de Menezes

Xavier, Francisco Cândido – Bezerra, Chico e você.

QUESTIONÁRIO:

1 - Onde e quando nasceu o Dr. Bezerra de Menezes?

2 - Qual a atividade literária do Dr. Bezerra de Menezes?

3 - Enuncie sua atividade como espírita?

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