Deus criou todos os
Espíritos simples e ignorantes, ou seja, sem conhecimento. Deu a cada um deles
uma missão, com o fim de os esclarecer e progressivamente conduzir à perfeição,
pelo conhecimento da verdade e para aproximar-se d’Ele. A felicidade eterna e
sem perturbações eles encontrarão nesta perfeição.
Pelo seu
livre-arbítrio, cada um segue o caminho do bem ou do mal, instruindo-se através
das lutas e tribulações da vida corporal. Em suas muitas existências, tem a
oportunidade de melhoria progressiva.
Ao seguir a lei
natural – a lei de Deus – o homem torna-se feliz. E os homens desejando pesquisar
a Lei de Deus, verificam que ele se encontra na consciência. Aprendem depois
que Deus ofereceu ao homem o modelo mais perfeito que lhe servir de guia:
Jesus.
Jesus trouxe-nos
ensinamentos pelo seu exemplo e também em forma de parábolas. Hoje, temos os
ensinamentos dos Espíritos que vieram esclarecer aquelas questões necessárias
ao nosso aprimoramento espiritual.
O Espírito Verdade, em
comunicação no ano de 1860, em Paris, nos diz: “Espíritas, amai-vos, eis o
primeiro mandamento; instruí-vos, eis o segundo. Todas as verdades se encontram
no Cristianismo”.
Para tanto, é preciso
educar o Espírito, para que possa, à luz dos ensinamentos de Jesus,
transformar-se no “homem novo”, substituindo o “homem velho” do passado. Como?
Transformando seus
defeitos e vícios em qualidades e virtudes. E, aos poucos, seus efeitos irão se
manifestar, nos sentimentos, nos pensamentos e nos atos exteriores. São as transformações
morais, na modificação da sua conceituação de vida, afinando-se bem com os ensinamentos
do Divino Mestre.
Jesus nos deu inúmeras
lições. No Sermão do Monte, dá-nos uma lição de amor em que cita as
bem-aventuranças que nos aproximam de Deus e que nos servem de consolação.
Aprendemos que
necessitamos conquistar virtudes: mansuetude, caridade, benevolência, pacifismo.
E buscar a paz interior, que é uma conquista íntima do Espírito, orando, e
vigiando nossos pensamentos.
É assim que crescemos
para Deus, com o coração sem máculas, sem manchas, sem nódoas: não colocando um
“remendo em roupa velha”, mas tecendo um tecido novo, em trama mais resistente,
para que perdure. A roupa velha é o homem velho; e o homem novo é aquele que recebe
o tecido novo (compreensão, preparação, purificação, serviços), tudo resumido
na Reforma Íntima que é o principal fundamento e finalidade dos estudos que
realizamos da doutrina de Jesus.
Não se pode usar o
termo Reforma Íntima separada de sua verdadeira e irrecorrível significação: a
de transformações morais.
O que acima de tudo
deve interessar aos homens encarnados é a progressão espiritual, pois esta é a única
finalidade dos seres em todos os escalões e em todos os mundos.
Espiritualização é a
exteriorização, é o “vir à tona” da centelha, isto é, do Eu interior, no
esforço de sintonizar-se à vibração universal divina, que é harmonia, luz e
amor; é sobrepor-se ao homem material purificando-se para conquistar o direito
de viver em mundos mais perfeitos.
É fácil distinguir
aquele que se espiritualiza: basta ver como se manifesta na vida comum os seus
sentimentos, pensamentos e atos, porque, por mais que o intelecto venha em seu
auxílio (com artifícios ou subterfúgios), não poderá esconder o que nele
predomina: a densidade material do corpo físico, ou a lenta exteriorização da
centelha, no campo moral.
É um esforço de
milênios, inúmeros dos quais se passaram sem que o homem atingisse tais alturas;
mas o Evangelho sempre oferece ao homem encarnado neste orbe, um poderoso auxílio
para a realização imediata da espiritualização, desde que seja compreendido, interpretado
e vivido na essência de sua significação e do seu poder redentor.
BIBLIOGRAFIA:
Armond, Edgard -
Verdades e Conceitos
Kardec, Allan - O
Livro dos Espíritos
Kardec, Allan - O
Evangelho Segundo o Espiritismo
QUESTIONÁRIO:
1 - Que é Reforma
Íntima?
2 - Qual o significado
da transformação do "homem velho" em "homem novo"?
3 - Como distinguir o
indivíduo que se espiritualiza?
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