O suicídio pode ser
definido como a destruição direta da vida por impulso próprio.
O suicídio voluntário
é uma transgressão da lei divina. (L.E. 944).
Sua causa geral é o descontentamento.
Muitos, porém são os
motivos que podem levar o indivíduo ao suicídio, tais como a ociosidade, a
falta de fé, a própria sociedade, a descrença na eternidade, o pensamento de
que tudo pode acabar com a vida; a simples dúvida quanto ao futuro e,
principalmente, as ideias materialistas, que não oferecem ao homem nenhuma alternativa
de solução para os seus problemas mais prementes; são “os maiores
incentivadores do suicídio: elas produzem a frouxidão moral”.
Há, ainda, alguns
outros casos, de ordem mais particular, que costumam levar seres humanos ao
suicídio. O homem que se vê envolvido em escândalo trazido a público, por
vergonha dos filhos e da família muitas vezes é levado ao ato extremo. Aquele
que perde entes queridos, por vezes sente-se impulsionado ao suicídio. O que
toma conhecimento de uma doença grave, que para a medicina terrestre não tem
cura, entrevendo a “morte inevitável e terrível”, pode deixar-se tomar pela ideia
de suicídio. Há também os que, por puro orgulho, sacrificam a vida para salvar
a de outros, embora sem nenhuma possibilidade de sucesso.
Não se pode esquecer
dos que abreviam sua vida através dos vícios, dos excessos da alimentação e do
sexo, por imprudência, por imperícia, por omissão. E hoje, ainda, verifica-se a
incidência de casos de suicídios em alguns grupos sociais específicos.
Embora haja muitos casos
que se podem estudar de suicídio, eles podem ser classificados em dois grandes grupos:
o direto (ou intencional), e o indireto.
Diversas são as consequências
do ato; porém, a mais comum, “a que o suicida não pode escapar é o
desapontamento” (L.E., 957), ou seja, o indivíduo chega a um resultado muito
diverso daquele que imaginava atingir com o seu gesto tresloucado. Mas, “a
sorte não é a mesma para todos, dependendo das circunstâncias. Alguns expiam
sua falta imediatamente, outros numa nova existência, que será pior do que
aquela cujo curso interromperam”.
O efeito mais grave do
suicídio vem a ser o lesionamento do corpo espiritual, com a persistência mais
prolongada e mais tenaz do laço que liga o Espírito ao corpo. Esse fato
prolonga igualmente a perturbação espiritual, provocando a ilusão de que o
Espírito ainda se encontra no número dos
“vivos”. Por isso, também, alguns podem ressentir-se dos efeitos da decomposição
de seu corpo, devido à sua falta de coragem e por uma espécie de apego à matéria.
Allan Kardec, em O
Evangelho Segundo o Espiritismo, lembra que “o espírita tem, portanto, para
opor à ideia do suicídio, muitas razões: a certeza de uma vida futura, na qual
ele sabe que será tanto mais feliz quanto mais infeliz e mais resignado tiver sido
na Terra; a certeza de que, abreviando sua vida, chega a um resultado
inteiramente contrário ao que esperava; que foge de um mal para cair noutro
ainda pior, mais demorado e mais terrível; que se engana ao pensar que, ao se
matar, irá mais depressa para o céu; que o suicídio é um obstáculo à reunião,
no outro mundo, com as pessoas de sua afeição, que lá espera encontrar.
De tudo isso resulta
que o suicídio, só lhe oferecendo decepções, é contrário aos seus próprios
interesses. (cap. V, item 17).
Há, todavia, alguns
antídotos eficazes, que podem evitar esse mal terrível. Em primeiro lugar, está
a prece, que restaura o bom ânimo e a vontade de realização. (Para o Espírito
suicida, também, a prece funciona como um bálsamo, que o reergue e o prepara
para as encarnações regenerativas).
O trabalho, em segundo
lugar, que ajuda a vida escoar-se mais rapidamente, sem maiores turbulências,
ajudando o homem a suportar suas vicissitudes com mais paciência e resignação,
sem queixas. Deve-se observar ainda os meios possíveis da reta consciência, através
de uma vida honesta, justa e acima de tudo evangelizada, isto é, à luz dos ensinamentos
de Jesus, que é “o Caminho, a Verdade e a Vida”.
BIBLIOGRAFIA:
Kardec, Allan - O
Livro dos Espíritos
Kardec, Allan - O
Evangelho Segundo o Espiritismo
QUESTIONÁRIO:
1 - Quais são os
principais casos de suicídio?
2 - Quais as
principais consequências do suicídio?
3 - Quais os antídotos
mais eficazes para evitar o suicídio?
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