DO “MODUS OPERANDI” DOS ESPÍRITOS
- O Processo
das Comunicações
- Os
Aparelhos Mediúnicos
- A
ldeoplasticidade do Pensamento
- A
Psicometria
O “modus
operandi” das entidades que se comunicam nos ambientes terrestres, tem a sua
base no magnetismo universal dentro do qual todos os seres e mundos gravitam
para a perfeição suprema; e incalculável é a extensão do papel que a sugestão e
a telepatia representam nos fenômenos mediúnicos.
O processo
das comunicações entre os planos visível e invisível verifica-se que
invariavelmente, dentro de teledinamismo poderoso que estamos longe ainda de
apreciar nas nossas condições de Espíritos encarnados.
Entidades
sábias e benevolentes, que já se desvencilharam totalmente dos envoltórios
terrenos, assim o desejando, vencem distâncias imensas, a fim de que os seus
elevados ensinamentos sejam ministrados, desde que hajam cérebros possuídos de
capacidade receptiva e que não lhes ofereça obstáculos insuperáveis.
As pesquisas
de Allan Kardec e de outros experimentadores partiram da observação do fenômeno
das mesas girantes, que constituía, como já sabemos, manifestação de ordem
física. E, como raciocina o próprio Kardec, se os fenômenos então observados tivessem
ficado restritos ao movimento dos objetos, teriam permanecido no domínio das
ciências físicas. Até aí, tudo poderia parecer fruto do acaso. Mas em seguida,
passaram a ser dadas respostas mais desenvolvidas, com o auxílio das letras do
alfabeto. Esse fato, repetido a vontade por milhares de pessoas e em todos os
países não podia deixar dúvida sobre a natureza inteligente das manifestações.
O processo de comunicação com os Espíritos então era muito lento e incômodo.
Foram os próprios Espíritos que sugeriram outros meios, que deram origem as
comunicações escritas.
O Espírito
que se quer comunicar compreende, sem dúvida, todas as línguas, pois, que as
línguas são a expressão do pensamento e é pelo pensamento que o Espírito tem a
compreensão de tudo; mas, para exprimir esse pensamento, torna-se necessário um
instrumento, que é o médium (do latim médium).
Há alguns
pontos importantes para a comunicação dada espontaneamente por um Espírito
superior, que definem a questão do papel do médium nas comunicações. Qualquer
que seja a natureza do médium, não varia essencialmente o processo de
comunicação. Para que uma comunicação se torne mais fácil, os Espíritos dão
preferência ao médium que tenha o cérebro povoado de conhecimentos adquiridos
na sua encarnação atual e o seu Espírito rico de conhecimentos latentes,
obtidos em encarnações anteriores. O Espírito comunicante deve encontrar no
cérebro do médium os elementos adequados a dar vestidura às palavras que deseja
transmitir. Com médiuns poucos adiantados, a comunicação se torna mais longa e
penosa, porque os Espíritos se veem forçados a lançar mão de recursos mais
complexos.
Ignoramos,
na Terra, a maravilhosa ideoplasticidade do pensamento. Conhecendo a plenitude
de suas faculdades, após haver triunfado em muitas experiências que lhes
asseguram elevada posição espiritual, senhores de grandes poderes psíquicos,
conquistados com a fé e com a virtude incorruptíveis, os Espíritos superiores
possuem uma vontade potente e criadora de todas as formas e beleza. Às vezes,
apresentam ao vidente grandiosas cenas da história do planeta, multidões
luminosas, legiões de almas, quadros esses que, na maioria das vezes,
constituem os pensamentos materializados das mentes envolvidas que os
arquitetam, e que atuam sobre os centros visuais dos sensitivos, objetivando o
progresso geral. A evolução, sob todos os seus aspectos, deve ser procurada com
afinco, pois é dentro dessa aspiração que vemos a verdade da afirmação de Jesus
- “A quem mais tiver, mais será dado”. A medida que progredimos moralmente,
mais se aperfeiçoara o processo da nossa comunhão com os planos invisíveis
superiores.
A
comunicação dos Espíritos também tem acompanhado o desenvolvimento do homem, e
vem se aperfeiçoando através do tempo, à medida que vamos nos desenvolvendo e
nos tornando aptos a usar a ciência e a tecnologia que, no plano espiritual, já
existem, sempre lembrando que o “modus operandi” tem a sua base no Fluido
Universal.
No princípio
os Espíritos utilizaram às pranchetas, as mesas girantes, a tiptologia. Depois
chegou a vez das comunicações mais aprimoradas, utilizando-se como
intermediário uma pessoa encarnada, o médium, ponte de ligação entre o mundo
espiritual e o mundo material. A comunicação pelo pensamento é o próximo passo.
O pensamento
é força, capaz até de ser fotografado, e a telepatia já é usada com sucesso por
algumas pessoas. No plano espiritual o pensamento é a linguagem comum entre os
Espíritos. O Espírito André Luiz nos mostra que, em Nosso lar, os Espíritos
utilizam a ideoplastia para mentalizar e criar suas moradas lá. É a força do
pensamento que molda, que idealiza, que realiza. Assim como o homem encarnado
progrediu e alcançou níveis tecnológicos maravilhosos, permitindo o uso da
eletrônica e dos modernos aparelhos na solução de seus problemas, na cura, nas
modernas cirurgias etc., os Espíritos, por estarem no plano espiritual, tem
condições que ainda não conhecemos de fazer o intercâmbio com o mundo material.
Assim como
os homens nos dias de hoje não podem deixar de acompanhar os vestígios do
progresso e a comunicação instantânea entre todos os povos pela internet sob
pena de ficar à margem e perder o bonde da história, também os Espíritos agora
podem utilizar os imensos recursos de que são possuidores e que não utilizavam
antes por nos faltar estrutura para acompanha-los. Dia virá que não haverá
necessidade de aparelho algum para que os Espíritos, encarnados ou
desencarnados se comuniquem. Todos se comunicarão de modo direto, pelo
pensamento, através do Fluido Universal, como o som se propaga através do ar.
A
psicometria é uma faculdade anímica, mas também mediúnica. Faculdade pela qual
o médium, tocando determinados objetos, entra em relação com pessoas e fatos
aos mesmos ligados. Essa percepção se verifica em vista de tais objetos se
acharem impregnados da influência pessoal do seu possuidor.
O Espírito
André Luiz oferece-nos um conceito bem simples. “Faculdade de perceber o lado
oculto do ambiente e de ler impressões e lembranças ao contato de objetos e
documentos, nos domínios da sensação a distância.” (Nos Domínios da Mediunidade
- Cap. 26).
“Toda
pessoa, ao penetrar num recinto, deixa aí um pouco de si mesma, da sua
personalidade, dos seus sentimentos, das suas virtudes, dos seus defeitos.
Quando tocamos um objeto, imantamo-lo com um fluido que nos é peculiar” nos diz
Hermínio C. Miranda, em “Estudando a Mediunidade” cap. 39. O volume de energias
fluídicas que sobre o mesmo projetamos é de tal maneira acentuado que a nossa
própria mente ali ficará impressa. Em qualquer tempo e lugar, a nossa vida, com
méritos e deméritos, fica gravada no fluido universal, que é à base do modus
operandi das comunicações e assim podem ser desvendadas através da psicometria,
revelando o passado, conhecendo o presente e desvendando o futuro.
Bibliografia:
XAVIER,
Francisco Candido (Espírito Emmanuel). Emmanuel - XXIX
KARDEC,
Allan. O Livro dos Médiuns: Cap. XIX - n° 225
XAVIER,
Francisco Candido (Espírito André Luiz). Nos Domínios da Mediunidade: Cap. 5 e
26
PERALVA,
Martins. Estudando a Mediunidade: Cap. XXXIX
XAVIER,
Francisco Candido (Espírito Emmanuel). Emmanuel – Cap. XXIX
Fonte da imagem: Internet Google.
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