ALMA APÓS A MORTE - SEPARAÇÃO DA ALMA E DO CORPO
RETORNO DA
VIDA CORPÓREA À VIDA ESPIRITUAL
A ALMA APÓS A MORTE: É muito natural
que um leigo em assuntos de espiritualidade alimente a curiosidade de saber em
que se transforma a alma no instante da morte. Allan Kardec define a alma sendo
o Espírito encarnado. Assim, é natural que, no instante da desencarnação, a
alma volte a ser Espírito, conservando a sua individualidade e seu perispírito,
guardando a mesma aparência da última encarnação.
Individualidade,
portanto, seria a consciência de si, sem ponderar o tempo, ou seja, o "eu
sou". Contudo, há que se observar o atual estágio do despertamento
espiritual do homem, no qual a aparência física se constitui no fator
preponderante para o reconhecimento das individualidades; isto é possível, uma
vez que o perispírito conserva a forma da última encarnação, facilitando assim
o reconhecimento dos membros de um determinado grupo.
Não tem
fundamento a hipótese dos que conjecturam que após a morte a alma retorna a um todo
universal. Quando estás numa assembleia, fazes parte integrante da mesma, e não
obstante conservas a tua individualidade (LE, perg. 151). A individualização
ainda se evidencia quando esses seres provam a sua identidade através de sinais
incontestáveis, de detalhes pessoais relativos à vida terrena, e que podem ser
constatados; ela não pode ser posta em dúvida quando eles se manifestem por
meio das aparições.
A
individualidade da alma foi teoricamente ensinada como um artigo de fé, mas o Espiritismo
a torna patente e, de certa maneira, material (LE, perg. 152). Com efeito,
extrinsecamente essa individualidade é constatada pelo aspecto do seu
perispírito, em tudo semelhante ao seu corpo somático, e intrinsecamente por
conservar todas as suas qualidades e tendências, pelo desejo de ir para um
mundo melhor e pelas recordações impregnadas de doçura ou amargor, segundo o
emprego que tenha dado á vida (LE, perg. 150b).
SEPARAÇÃO DA ALMA E DO CORPO: Ao
contrário do que se presume a separação da alma e do corpo não é
necessariamente dolorosa. A rigor, o corpo, frequentemente sofre mais durante a
vida do que no momento da morte (LE, perg. 154), principalmente quando a enfermidade
sua causadora tenha sido dolorosa. Neste caso o momento final leva à cessação das
dores e são um prazer para o Espírito que vê chegar o fim do exílio na terra
(LE, perg. 154).
Quando a
morte é lenta e por esgotamento da vitalidade orgânica, é muito comum o Espírito
afastar-se quase sem o perceber: é como uma lâmpada que se apaga por falta de energia
(LE, perg. 154).
Na
separação, os laços que retinham o Espírito se desatam, não se rompem e ele se
afasta gradualmente e não como um pássaro que escapa subitamente libertado.
(LE, perg. 155a). E é ainda o Espiritismo que vem ensinar que, dependendo da
elevação alcançada pelo Espírito, o instante da morte pode, ou não, ser
doloroso, e que os sofrimentos, algumas vezes experimentados, são um bálsamo
para o Espírito, que vê chegar o momento supremo de sua libertação.
Assim é que
a separação, no momento da morte, será tanto mais penosa para o Espírito, quanto
maior tiver sido o seu apego à matéria; e, ao contrário, será tanto mais suave,
quanto maior tiver sido o seu desprendimento das coisas terrenas.
Nos casos de
morte violenta o Espírito, colhido de improviso, fica aturdido, sentindo,
pensando e acreditando-se vivo, prolongando essa ilusão até que compreenda o
seu estado. Para aqueles mais evoluídos, a situação transitória pouco dura.
Para outros menos evoluídos, a situação se prolonga por mais tempo.
Ao
aproximar-se do momento da morte, a alma sente muitas vezes que se desatam os
liames que a prendem ao corpo e então emprega todos os seus esforços para rompê-los
de uma vez.
Assim, já
parcialmente desprendida, goza por antecipação o futuro a desenrolar-se ante
ela (LE, perg. 157). Estabeleçamos como princípio, alguns casos:
1 - Se no
momento em que se extingue a vida orgânica o desprendimento do perispírito
fosse completo, a alma nada sentiria absolutamente.
2 - Se,
nesse momento, a coesão do perispírito e do corpo físico estiver no auge de sua
força, produz-se uma espécie de ruptura que reage dolorosamente sobre a alma.
3 - Se esta
coesão for fraca, a separação torna-se fácil e opera-se sem abalo.
Ao se
reconhecer na nova vida no mundo dos Espíritos, aquele que fez o mal pelo
simples desejo de fazê-lo, sente-se constrangido por tê-lo feito. Para o homem
de bem a situação é outra; ele se sente aliviado de um grande peso, porque não
receia nenhum olhar perquiridor (LE, perg. 159).
QUESTIONÁRIO:
A - A ALMA
APÓS A MORTE - SEPARAÇÃO DA ALMA E DO CORPO
1 - O
Espírito mantém a individualidade após a morte? Explique.
2 - O
Espiritismo pode ajudar a fazer o instante da morte menos doloroso?
3 - A
separação da alma e do corpo é igual para todos?
Fonte da
imagem: Internet Google.
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