CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

10ª AULA PARTE A CURSO PREPARATÓRIO DE ESPIRITISMO - FEESP

NOÇÕES SOBRE MEDIUNIDADE

Mediunidade é a faculdade, ou aptidão, que possuem certos indivíduos, denominados médiuns, de servirem de intermediários entre os mundos físico e espiritual.

A mediunidade é inerente ao organismo, como a visão, a audição e a fala, daí, qualquer um pode ser dotado dessa faculdade.

É uma conquista da alma; daí, a necessidade de oração e vigilância, de reforma íntima, isto é, da substituição de defeitos e vícios, por qualidades e virtudes, de uma conduta moral irrepreensível, para que possa sintonizar-se com espíritos de hierarquia mais elevada.

Evangelizando-se, estudando muito, dando a cota de tempo de que possas dispor e, principalmente, seguindo lições como a que se encontra no capítulo XXVI, do Evangelho Segundo o Espiritismo “Daí de graça o que de graça recebestes”.

Na I Epístola de Paulo de Tarso aos Coríntios, temos lições sobre teoria e prática mediúnica.

Em O Livro dos Médiuns, Kardec também o faz. De ambos, as lições “Os Dons Mediúnicos” demonstram a inteligência, as potencialidades, a diversidade de Espíritos que existem na Terra.

Não é bastante, por isso, estudar ou conhecer o efeito; é indispensável buscar e conhecer a causa de todos os fenômenos que se vão estudando. Toda a mediunidade a serviço de Jesus é realizada pelos Espíritos mais evoluídos que sintonizam com cada médium, conforme sua capacidade de doação.

Paulo traz ensinamentos de imenso valor doutrinário: “Quanto aos dons mediúnicos, não quero, irmãos, que estejais em ignorância”, começa ele no cap. 12. Explica a diversidade de carismas, mas o Espírito é o mesmo; diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo; diversidade de operações, mas é o mesmo Deus, que opera em todos.

Prossegue falando da mediunidade de vidência e xenoglossia, dizendo que não basta haver médiuns em sintonia, é preciso haver pessoas em estado de lucidez que orientem os trabalhos, dialoguem com os Espíritos e interpretem o que haviam dito.

Todas as formas de mediunidade são necessárias; nenhuma faculdade é superior à outra; são todos indispensáveis ao bom andamento dos trabalhos, até as mais humildes tarefas.

Não há ninguém mais importante, porque todos são importantes, mas cada um deve ter a sua tarefa específica e por vezes até certa hierarquia em favor da disciplina, pois tudo deve ser feito dentro da mais absoluta ordem.

Allan Kardec, no século XIX, e os espíritas do século XX, reexaminam incessantemente as fontes do Cristianismo primitivo, buscando ali as lições que os inspirem. Hoje ainda temos as preocupações de Paulo.

“Orar e vigiar” é a maior delas.

Cada um de nós é o único responsável pela valorização das oportunidades ofertadas por Deus.

Paulo classifica a mediunidade, discorre sobre a hierarquia das funções, fala sobre o exercício da mediunidade e escreve sobre a “excelência da caridade”, no Cap. 12. Por que o ensaio sobre o amor é inserido no contexto de uma dissertação sobre a mediunidade?

Porque Paulo compreendeu profundamente esta verdade: “Se eu falar a língua dos homens e dos anjos e não tiver caridade, sou como um metal que soa, ou como o sino que tine. E se tiver o dom da profecia e penetrar todos os mistérios, mas não tiver a caridade, nada sou”.

Entre estas três virtudes: a fé, a esperança e a caridade, a mais excelente é a caridade”. Coloca assim, a caridade acima da própria fé. O exercício da mediunidade sem o amor, é frio e inócuo.

Emmanuel, em O Consolador, respondendo a questões afirma: A maior necessidade do médium é evangelizar-se a si mesmo, antes de se entregar às grandes tarefas doutrinárias, pois, de outro modo, poderá esbarrar sempre com o fantasma do personalismo, em detrimento de sua missão. “O primeiro inimigo do médium reside nele mesmo”.

Frequentemente é o personalismo, a ambição, a ignorância ou a rebeldia no voluntário desconhecimento dos seus deveres à luz do Evangelho, fatores de inferioridade moral que, não raro, conduzem à invigilância, à leviandade e à confusão dos campos improdutivos.

Contra esse inimigo é preciso movimentar as energias íntimas pelo estudo, pelo cultivo da humildade, pela boa vontade, com o melhor esforço de autoeducação, à claridade do Evangelho.

BIBLIOGRAFIA:

Kardec, Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo

Xavier, F. C. - O Consolador

QUESTIONÁRIO:

1 - O que é mediunidade?

2 - Qual o principal inimigo do médium?

3 - Na sua opinião, por que o médium deve evangelizar-se?

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