SUICÍDIO E LOUCURA
E ele (Judas), atirando para o templo as moedas de prata, retirou-se e foi enforcar-se (Mt, 27:5).
O suicídio e a loucura representam dois graves problemas que assolam a Humanidade. O suicídio é um atentado contra as leis divinas, pois significa a fuga das responsabilidades e dos encargos da vida; é uma forma de deserção dos compromissos assumidos antes da encarnação, tendo como consequência a anulação de uma existência, fato que, inapelavelmente, demandará um novo recomeço no futuro.
De nada adianta pôr um fim à vida, uma vez que a pessoa que assim procede, além de ter que expiar de maneira bastante penosa a transgressão cometida, terá de reencarnar, por vezes com deformidades físicas, para tentar novamente vencer as provas que a misericórdia divina lhe concedeu. A incredulidade, a simples dúvida quanto ao futuro, as ideias materialistas, em uma palavra, são os maiores incentivadores do suicídio: eles produzem, a frouxidão moral (ESE, cap. V, ítem 16).
Ao acreditar que tudo termina com a morte do corpo, o indivíduo não hesita em premeditar a fuga da vida, por julgar que isto não acarretará consequências mais graves, uma vez que tudo se dilui no nada. A loucura, por sua vez, representa, em muitos casos, a consequência de erros humanos, principalmente quanto tem por origem os vícios degradantes que afetam os sentidos, atingindo a mente, anulando a vontade, abalando a fé, solapando as convicções mais íntimas.
Em outros casos, a loucura pode ser provocada por influência de Espíritos vingativos que pretendem um ajuste de contas de vidas pretéritas. Muitos desses casos devem-se à atuação de Espíritos desencarnados que não sabem perdoar. O suicídio, assim como a loucura, pode ter como causa ainda o uso desenfreado do álcool, o que conduz à insensatez e inconsciência das atitudes.
No entanto, o indivíduo é sempre responsável pelas consequências nefastas de seus atos. O álcool não resolve as vicissitudes humanas; enganam-se aqueles que, em vez de robustecerem na fé em Deus e em si mesmos; na religiosidade, preferem refugiar-se no mundo tenebroso do alcoolismo e das drogas. A calma e a resignação adquiridas na maneira de encarar a vida terrena, e a fé no futuro, dão ao espírito uma serenidade que é o melhor preventivo da loucura e do suicídio (ESE, cap. V, ítem 14).
A Doutrina Espírita, em sua mensagem consoladora, ensina a enfrentar com altivez os reveses da vida, ao revestir o homem com a couraça da fé raciocinada, com a qual poderá enfrentar com galhardia as adversidades da vida. Ela mostra ainda, pelo intercâmbio com o mundo invisível, os próprios Espíritos de suicidas que revelam a situação aflitiva em que se encontram no plano espiritual, provando assim que não se viola as leis de Deus impunemente.
Numerosos argumentos tem o espírita para se opor à ideia de suicídio: a certeza de que, abreviando a sua vida, chega a um resultado completamente diferente do que esperava; que foge de um mal para cair em outro ainda pior, mais demorado e mais terrível; que se engana ao pensar que, ao se matar, irá mais depressa para o céu; que o suicídio é um obstáculo à reunião, no outro mundo, com as pessoas de sua afeição, que lá espera encontrar.
Comparando, pois, os resultados das doutrinas materialistas e espírita, sob o ponto de vista do suicídio, vemos que a lógica de uma conduz a ele, enquanto a lógica de outra o evita, o que é confirmado pela experiência (ESE, cap. V, ítem 17).
QUESTIONÁRIO:
C - SUICÍDIO E LOUCURA
1 - Quais as principais causas do suicídio e da loucura?
2 - Qual a situação dos suicidas no plano espiritual?
3 - Compare os pontos de vista do materialista e do espírita, com relação à ideia de suicídio?
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