CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

terça-feira, 17 de maio de 2022

7ª AULA PARTE C - CURSO BASICO DE ESPIRITISMO 1º ANO - FEESP

CAUSAS ANTERIORES DAS AFLIÇÕES

"E passando Jesus, viu um homem cego de nascença. E os discípulos lhe perguntaram: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? (João, 9:1-2)”.

Deduz-se pela pergunta dos apóstolos, que eles admitiam existir uma causa anterior para que aquele homem nascesse cego. 

Os sofrimentos da vida têm sempre uma causa e essa causa pode ter duas origens: umas estão na vida presente e outras em vidas pregressas.

Face à Justiça Divina, a tese de que o Espírito somente encarna uma vez enfrenta dificuldades intransponíveis para explicar anomalias, quais sejam a perda de entes queridos, a desencarnação precoce de chefes de família, reveses da fortuna, flagelos naturais, enfermidades incuráveis, doenças de nascença, idiotia, deformações físicas e outras modalidades de sofrimento inclusive de ordem moral, frustrando todas as medidas preventivas quer pela prudência, quer pela precaução.

Não são poucos os que clamam aos céus ao verem criaturas de má índole prósperas, favorecidas em todos os sentidos, convivendo lado a lado com os que vivem retamente perante Deus, açoitadas por dores e padecimentos de todos os matizes. À luz da teoria da reencarnação, porém, tudo é facilmente explicado; e com lógica, pois que "a cada um será dado segundo suas obras" (Tiago 2:4-18, 2:24-26; Pedro, 1-17; Apocalipse 20: 12-13).

Não existindo efeitos sem causa, e não se encontrando explicações para as aflições na vida atual, é lógico que se deve remontar às vidas passadas, onde elas tiveram as suas raízes.

Essa conclusão está conforme a justiça de Deus. A desencarnação de crianças em tenra idade muitas vezes após longo sofrimento, suscita questionamentos tais como o de não ter tido tempo de fazer mal nenhum. Nesse caso, o que teriam feito essas almas para serem acometidas de tantos males? Embora seja verdade, porém, é preciso ponderar que se não fizeram o mal, tampouco fizeram o bem; e sabe-se lá o que fizeram em vidas passadas.

As provas e expiações são decisivas para a elevação dos Espíritos e além de guardar relação com suas condutas em vidas passadas, levam-nos a compulsoriamente se reencontrarem a si próprios. Aos sofrimentos por causas anteriores, juntam-se, muito frequentemente, os que são consequências das faltas atuais, de modo que tanto as faltas cometidas em vidas pretéritas, como as que são praticadas na vida presente, sempre requerem reajustes, pois estão de conformidade com a sentença evangélica: "Quem com a espada fere, com espada será ferido"(MT, 26:52), equivalente à Lei de Ação e Reação. Assim, o homem que foi perverso e desumano em vidas passadas, poderá vir a ser tratado com dureza e desumanidade na vida presente; o que foi avarento e perdulário e que fez mau uso da fortuna, poderá renascer em condições de sofrer a falta do necessário; se foi um filho rebelde e ingrato, poderá vir a sofrer idêntico tratamento por parte de seus filhos; se foi um criminoso obstinado, poderá enfrentar duras consequências na vida presente.

Assim se explicam, pela pluralidade das existências e pela destinação da Terra como mundo expiatório, as anomalias que apresenta a repartição da felicidade e da infelicidade entre os bons e os maus neste mundo (ESE, cap. V, ítem 7). Aqui, deve-se esclarecer que nem sempre o mal é reajustado ou parcialmente resgatado numa só vida. Algumas vezes o processo de resgate se verifica no decurso de duas ou mais existências.

A pluralidade das existências elucida uma questão que tem levantado muitas indagações: por que uns são felizes e outros infelizes? Neste particular também é conveniente fazer evidenciar que, os que hoje são infelizes, estão num processo de reajustamento de faltas passadas, e, muitos daqueles que hoje desfrutam de felicidade e de prosperidade momentânea, continuarão com suas dívidas, vindo a pagá-las numa vida subsequente; o importante é conhecer que a justiça divina nunca falha.

Espíritos recalcitrantes e rebeldes perdem o direito ao livre-arbítrio de escolherem as tribulações por que devem passar, porém, os Espíritos que se mostram aptos a caminhar no roteiro do bem e estando arrependidos das faltas cometidas, podem escolher o gênero de provas que os levem ao triunfo do resgate bem sucedido. 

Seria ilógico acreditar que todo sofrimento tem por origem uma falta. Em numerosos casos, trata-se de provas escolhidas pelo Espírito, com o fito de acelerar o seu ciclo evolutivo e poder atingir mais rapidamente a perfeição. Desta maneira, chega-se à seguinte assertiva: a expiação serve sempre de prova, mas a prova nem sempre é expiação.

De qualquer maneira, tanto a prova como a expiação são fatores que indicam uma inferioridade relativa, pois o Espírito que tenha atingido a perfeição, jamais precisa ser provado. Deste modo, deve-se considerar-se que as provas e expiações sofridas pelos Espíritos são decisivas para a sua elevação e guardam íntima relação com o que eles fizeram em vidas passadas e o que devem fazer para melhor se reencontrarem a si próprios.

QUESTIONÁRIO:

C - CAUSAS ANTERIORES DAS AFLIÇÕES

1 - Qual a relação que existe entre o perispírito e as causas das nossas aflições?

2 - "Quem com a espada fere, com a espada será ferido"? Interprete

3 - As nossas expiações podem ser amenizadas?

Fonte da imagem: Internet Google.
 

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