CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

22a Aula Parte B - CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA 2º ANO FEESP


O DEVER - A VIRTUDE

Define-nos Lázaro, no capítulo XVII, item 7, de O Evangelho Segundo o Espiritismo, que “dever é a obrigação moral, primeiro para consigo mesmo e depois para com os outros”, esclarecendo que se refere somente ao dever moral.

Toda criatura de DEUS, em qualquer reino da Criação, está sujeito à lei do progresso, lei natural que a todos liga e congrega para a consecução final deste desígnio divino: a perfectibilidade.

E o ser humano deve perlustrar o caminho do progresso, no uso do seu livre arbítrio, monitorado pela consciência, na qual DEUS inscreveu suas Leis, imperando soberana a Lei de Amor.

Assim, para realizar a Lei de Amor devemos cumprir nossos deveres, na concretização do progresso moral e intelectual, como perfeitamente acentuou o Espírito Verdade, no Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo VI, item 5, recomendando: “Espíritas, amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo”, e continua: “todas as verdades se encontram no Cristianismo”.

Logo, todos os nossos deveres se consubstanciam na aquisição da instrução intelectual e no exercício do Amor; este, por sua vez, luarizando a intelectualidade e transformando-a em sabedoria, eis que o conhecimento intelectual, somente quando empregado conforme os ditames da ética e da moral, ou seja, seguindo os ensinamentos e exemplos de JESUS, completa o que denominamos reforma íntima, tomando-nos um homem novo, como preconizado por Paulo de Tarso: “E assim, se alguém está em CRISTO é nova criatura: as coisas antigas já passaram, eis que se fizeram novas” ( II Coríntios, 5:17).

Entretanto, há de se perguntar: o dever, onde ele começa, onde acaba?

E Lázaro esclarece judiciosa e cristalinamente: “O dever começa precisamente no ponto em que ameaçais a felicidade ou a tranquilidade do próximo e termina no limite que não desejaríeis ver transposto em relação a vós mesmos”, todos temos deveres e direitos e, cumprindo nossos deveres com fidelidade em relação ao próximo, nascem nossos direitos.

Assim, se queremos evitar, para o futuro, a dor, os sofrimentos e os resgates aos quais estamos jungidos, cumpramos hoje as obrigações que nos são próprias, com obediência e resignação nesta época de transição que atravessamos, continuando aptos a habitar a Terra, que tanto amamos e a qual tanto devemos, quando guindada em planeta de regeneração.

“Encerra a virtude, em seu grau mais elevado, o conjunto de qualidades essenciais que caracterizam o homem de bem. Virtuosa é a criatura boa, caritativa, laboriosa, sóbria, modesta. No entanto, alguns atos reveladores de fraquezas morais, muitas vezes, empanam o brilho dessas qualidades intrínsecas. A pessoa que faz alarde de suas qualidades não é virtuosa, pois lhe falta a principal qualidade: a modéstia, e lhe sobeja o vício mais oposto: orgulho.”

A pessoa, portadora de virtudes verdadeiramente dignas desse nome, evita a ostentação e faz com que ela se oculte, fugindo, assim, as homenagens de seus semelhantes. Jesus Cristo é o modelo excelso da virtude; no entanto, podem-se também mencionar alguns expoentes de virtudes santificantes, tais como: Francisco de Assis, Vicente de Paulo, Anália Franco, Bezerra de Menezes e muitos outros, que passaram pela Terra como um rasgo de luz, disseminando o Bem em sua expressão mais elevada.

Aquele que se exalta, que levanta monumento às próprias virtudes, com essa atitude anula o mérito real que possa ter. Que dizer, então, daquele que apenas aparenta virtudes que não possui? Este procura enganar-se a si próprio e também a Deus. Aquele que pratica o Bem sente em sua alma uma satisfação íntima; entretanto, desde que esta seja exteriorizada com o fito de receber elogios, receber aplausos, degenera em amor-próprio e vaidade.

Por isso, quando deres esmola, não te ponhas a trombetear em público, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, com o propósito de serem glorificados pelos homens. “Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Tu porém, quando deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita para que a tua esmola fique em segredo; e o teu Pai, que vê no segredo, te recompensará”. (Mt 6:2-4)

Ou ainda: “Aquele que se exaltar será humilhado, e aquele que se humilhar será exaltado”.

Bibliografia:

KARDEC, Allan. Evangelho Segundo Espiritismo: Cap. VI, item 5 e cap. XVII - itens 7 e 8

BÍBLIA DE JERUSALÉM. Novo Testamento II Coríntios -5; 17

BÍBLIA DE JERUSALÉM. Novo Testamento: Mateus - 6:2-4

Questões para reflexão:

1) Descreva sucintamente o que é mandato mediúnico.

2) Explique a relação do Médium, no mandato mediúnico com o seu mentor espiritual.

3) Explique a finalidade do conhecimento e pratica do Evangelho de Jesus no cumprimento do Dever.

4) Faça um breve relato sobre a virtude e como se comporta uma pessoa virtuosa.

Fonte da imagem: Internet Google.

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