VIBRAÇÃO, RADIAÇÃO, DOAÇÃO E MEDITAÇÃO
O corpo
físico é uma maquina que funciona sem parar do nascimento ao desencarne e é
formado de matéria densa, ou seja, energia condensada em vários graus.
Vibração -
como conceito, é o ato ou efeito de vibrar, oscilar, balançar.
Radiação - é
a propagação de energia sob a forma de ondas.
Irradiar - é
lançar de si, emitir. Todo ser humano irradia de si um fluido vital ou
ectoplásmico (emanação de matéria orgânica, magnetismo humano), dando origem as
radiações de energia eletromagnéticas, que se apresentam sob a forma
vibratória.
A Doutrina
Espírita, no entanto mostra que todas as radiações decorrem da ação do
Espírito, quer dizer são mentais. A radiação mental é um processo intelectual
mediante o qual se emite e projeta a determinado alvo pensamentos concordantes
com o motivo que determinou a projeção.
Todos os
Espíritos, encarnados e desencarnados, possuem a faculdade de emitir e projetar
radiações a qualquer distancia, por maiores que sejam; entre os desencarnados
como é obvio, tal faculdade é exercida livremente, por ausência do entrave
material, que é o corpo Físico. Tais projeções como também ocorre com os pensamentos,
são tão rápidas que ultrapassam mesmo a velocidade da luz.
Quando a
mente esta voltada para os ideais superiores da fé ativa, a expressar-se em
amor pelos semelhantes; quando a disciplina se faz constante, através da
renuncia amorosa, da bondade, do esforço próprio no bem, e no estudo nobremente
conduzido, a criatura adquire elevado teor mental (“Nos Domínios da
Mediunidade”, Cap. 2). André Luiz fala neste livro, neste capítulo sobre “o
Psicoscópio, aparelho que facilita os exames e estudos da alma com o poder de definir
lhe as vibrações e com capacidade para efetuar diversas observações em torno da
matéria. Funciona a base de eletricidade e magnetismo, utilizando-se de
elementos radiantes análogos na essência os raios gama. Identifica os valores
da individualidade humana pelos raios que emite. A moralidade, o sentimento, a
educação e o caráter são claramente perceptíveis, através de ligeira inspeção”.
Usando este
aparelho André Luiz pode observar que “teto, paredes e objetos do cotidiano
eram formados de corrente de força, a emitirem baça claridade e que os
encarnados em oração, ao redor da mesa de trabalho, apareciam mais
estreitamente associados entre si, pelos vastos círculos radiantes que lhes nimbavam
as cabeças” E explica que “o homem encarnado é um gerador de força
eletromagnética (resulta da ação de atração e repulsão) e que todas as
substancias vivas da Terra emitem energias, enquadradas nos Domínios das radiações
ultravioletas. Existem almas regularmente evoluídas, em apreciáveis condições
vibratórias pela sincera devoção ao bem, com esquecimento dos seus próprios
desejos. Podem desse modo, projetar raios mentais, em vias de sublimação,
assimilando correntes superiores e enriquecendo os raios vitais de que são dínamos
comuns”. Complementa André Luiz que esses raios podem ser chamados de raios
ectoplásmicos e são peculiares a todos os seres vivos. É na “base deles que se
efetuam todos os processos de materialização mediúnica, porquanto os sensitivos
encarnados que os favorecem libertam essas energias com mais facilidade. Todas
as criaturas, porém, guardam-nas consigo, emitindo-as em frequência que varia e
cada uma, em conformidade com as tarefas que o Plano da vida lhes assinala. O
estudo da mediunidade repousa nos alicerces da mente com o seu prodigioso campo
de radiações”.
“Cada qual
de nós respira em determinado tipo de onda. Quanto mais primitiva se revela a
condição da mente, mais fraco é o influxo (influência) vibratório do
pensamento, induzindo à compulsória aglutinação do ser às regiões da
consciência embrionária ou torturada, onde se reúnem as vidas inferiores que
lhe são afins” (“Entre a Terra e o Céu”, André Luiz, Cap. 20)
No livro
Passes e Irradiações, diz Edgard Armond: “O ser humano, como um organismo
celular dinâmico, é uma unidade vibratória que absorve e emite radiações
diferentes: as físicas - calor, magnetismo, luz; as psíquicas - ondas vitais,
essenciais, pensamentos, ideias, desejos, etc.”.
“Tudo isso
age e reage sobre os outros seres, influenciando-os em sua vontade,
sentimentos, pensamentos e atos, sofrendo por sua vez a influência dos afins.
Tudo se reflete na radiação tonal, na aura individual, criando atmosfera boa ou
má, atrativa ou repulsiva. As afinidades vibratórias é que regulam esse
intercâmbio de dar e receber, no plano invisível, forcas e fluidos”.
No corpo
físico do homem ou do animal, cada célula, órgão, aparelho ou sistema, possui
sua tonalidade própria e o conjunto de todas elas, amalgamadas, fundidas numa
só, forma a tonalidade individual orgânica.
Órgãos,
aparelhos e sistemas, cada um possui sua tonalidade vibratória individual.
Doação - “o
pensamento influi de maneira decisiva, na doação de princípios curadores. Sem a
ideia iluminada pela fé e pela boa vontade, o médium não conseguiria ligação
com os Espíritos amigos que atuam sobre essas bases”. Diz André Luiz no
capitulo XVII do livro Nos Domínios da Mediunidade.
O passe é
uma transfusão de energias, mas nem todos os doentes alcançam a melhora, e isso
se dá pela falta de fé e merecimento, para que a criatura registre o socorro
que necessita. No terreno das vantagens espirituais, é imprescindível que o
candidato apresente condições favoráveis através da assistência magnética, onde
“recursos espirituais se entrosam entre a emissão e recepção, ajudando a
criatura necessitada, para que ela ajude a si mesma e ainda André Luiz, ao
final do capitulo “Serviço de Passes”, diz que “a mente reanimada reergue as
vidas microscópicas que a servem, no templo do corpo, edificando valiosas
reconstruções”; nos passes à distância companheiros espirituais se ajustam no
trabalho de auxilio, favorecendo a realização; e a prece silenciosa será o
melhor veiculo da forca curadora.
Meditação -
É uma concentração intensa da mente em uma ideia ou em algum fato. A meditação
pode ser considerada como a extensão da concentração, quando, ao invés de nos
abrirmos para o mundo espiritual, nos concentramos em aspectos emocionais ou
filosóficos de nossa realidade. W. E. Sangster afirma que meditar é dirigir o
nosso pensamento, fixar a nossa mente em certos pensamentos que transcendem as trivialidades
da vida cotidiana, “uma espécie de exercício espiritual que consiste em
reflexão profunda e continua”. (O valor da Meditação, em Revista Espírita Allan
Kardec, n° 13, pag. 11).
Segundo esse
mesmo autor, a meditação faz nosso pensamento “girar em tomo de um tema
verdadeiro e profundo; é preciso aprender a revolver no pensamento esse tema
uma quantidade de vezes”. Os temas citados como exemplo para a meditação é a
humildade, a gratidão, a disciplina, etc.
Meditação não deve ser confundida com
reflexão
Reflexão é o
ato ou efeito de refletir; volta da consciência do Espírito, sobre si mesmo,
para examinar o seu próprio conteúdo por meio do entendimento, da razão
(Dicionário Aurélio). Refletir é uma avaliação interior, analisando ideias,
situações ou emoções através de um processo mental lógico. Quando refletimos,
pensamos racionalmente, com o intuito de conhecer, compreender ou julgar algo
conscientemente, através da nossa inteligência. Caracteriza-se pela busca e
associação de ideias de uma maneira extremamente racional e consciente.
A meditação
diferencia-se naquilo que ela tem de aleatório e ocasional nessas associações.
A mente deixa-se ao livre fluir dos pensamentos.
“Você medita
quando, na quietude da natureza ou na paz de algum velho templo, você se volta
para dentro de si mesmo por alguns instantes para participar do silêncio de
Deus. Você medita ainda mais valiosamente quando, no meio do burburinho da
vida, no centro do alvoroço e dos desafios do dia a dia, leva consigo a mesma
quietude interior que transforma o seu coração no templo do Espírito, quando
embebe a sua mente nas águas da criação e da inteligência Divina para que com
sua atitude, cada ser, cada coisa, possa despertar para a sua qualidade
essencial” (Revista Espírita Allan Kardec, O que é Meditação?” n° 18, pag.16 .
Bibliografia:
XAVIER,
Francisco Cândido (Espírito André Luiz). Nos Domínios da Mediunidade; Cap.2 e
17
XAVIER,
Francisco Cândido (Espírito André Luiz). Entre a Terra e o Céu: Cap.20
KARDEC,
Allan. Livro dos Médiuns: Cap. XIV, itens 175 e 176
XAVIER,
Francisco Cândido (Espírito Emmanuel). Seara dos Médiuns: lições 81 e 83
ARMOND,
Edgard. Passes e RADIAÇÕES: Caps. 5 e 23
Fonte da
imagem: Internet Google.
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