MEDIUNIDADE E FIDELIDADE
Ao longo de
sua trajetória evolutiva, o homem, ao receber por acréscimo da misericórdia
divina a ferramenta de trabalho espiritual denominada mediunidade, dela
serviu-se em busca do seu aprimoramento, porém nem sempre a utilizou com
fidelidade e responsabilidade, gerando comprometimentos para o seu futuro.
E fidelidade
se conquista com o exercício da mediunidade com amor, humildade e discrição.
Kardec
deu-nos o exemplo disso, quando nunca ressaltou nenhum médium que o auxiliou na
Codificação.
Em
“Roteiro”, o autor espiritual Emmanuel nos diz: “... E ainda em todos os
acontecimentos religiosos que precederam a vinda do Cristo, a manifestação dos
desencarnados ou o fenômeno espírita comparece por vívido clarão da verdade,
orientando os sucessos e guiando as supremas realizações do esforço
coletivo...”, concluímos que a alegria ou tristeza, fé ou descrença, saúde ou
doença e tantos outros estados da alma, dependem unicamente de como nos
conduzimos, agindo e interagindo com o próximo, haja vista que para o serviço
mediúnico com Jesus, há a exigência de estudo constante, disponibilidade,
disciplina, renúncia e, sobretudo vigilância.
O Espírito
André Luiz na obra “Sol nas Almas” psicografado por Waldo Vieira, lição n° 67
se reporta à responsabilidade: “... Necessário saiba o médium que aptidões
estabelecem responsabilidades e que estas, honorificadas pelo trabalho
construtivo e menosprezadas por atividades menos dignas gera, respectivamente, o
auxilio dos poderes que elevam a vida ou a Companhia dos agentes que a
rebaixam...”, isso nos traz a realidade atual, a necessidade de auto iluminação
do médium para que ele possa sempre ser um instrumento fiel e consciente do seu
compromisso junto ao próximo, como recurso de inolvidável sintonia com o Bem Maior.
Do mesmo
autor espiritual, o livro “O Espírito da Verdade”, lição nº70, “... lembre-se
de que, na tarefa de ajudar, o bem maior é sempre aquele que ainda está por
fazer, a espera da nossa disposição...”, ou seja, este é o médium fiel, o que
auxilia, que coopera, distribui, empresta, organiza e exemplifica em todas as circunstâncias
com naturalidade, discrição e caridade nas suas menores atitudes.
No Evangelho
Segundo o Espiritismo, cap. XXIV, item 11, “Os sãos não precisam de médico”,
temos: “... que a mediunidade é inerente a uma condição orgânica, de que todos
podem ser dotados, como a de ver, ouvir ou falar. Não há nenhuma de que o
homem, em consequência do seu livre-arbítrio, não possa abusar...”, isso denota
que a cada um será pedido contas do uso da faculdade recebida, por ser esta, o
Auxilio Divino que o Pai Criador em sua infinita bondade, através de seus
mensageiros, nos permite levar a luz a todos, dissipando as trevas da ignorância
e da má vontade; o fortalecimento no bem a todos os virtuosos; a orientação com
extremado amor aos viciosos, para que estes possam se conduzir a Jesus,
arrependidos e dispostos ao trabalho com os amigos espirituais em busca da
ascensão espiritual.
Bibliografia:
VIEIRA,
Waldo (André Luiz). Sol nas Almas: Lição 67
XAVIER,
Francisco Cândido; VIEIRA, Waldo (Autores Espirituais Diversos). O Espírito da
Verdade: lições 05, 14, 19, 29 e 70
KARDEC,
Allan. Evangelho Segundo Espiritismo: Cap. VI, item 8; cap. XVIII, item 3; cap.
XXIV itens 4, 11 e 12; e, cap. XXVI, item 7.
XAVIER,
Francisco Cândido (Emmanuel). Roteiro
MIRANDA,
Hermínio C. Diversidade de Carismas, vol. II
Questões
para reflexão:
1) Explique
o que é mediunidade e por que todos os homens são médiuns?
2) Comente
sobre o medo do médium de ter contato com os Espíritos.
3) Faça um
breve relato da fidelidade do médium em suas tarefas mediúnicas.
4) Analise
os ensinamentos de Jesus: “os sãos não precisam de médico”.
Fonte da
imagem: Internet Google.
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