INTERVENÇÃO DOS ESPÍRITOS NO MUNDO
CORPÓREO
Todos sabemos da
necessidade de paz íntima - da paz que nos patrocine a segurança.
Não desconhecemos que
todos respiramos num oceano de ondas mentais, com o impositivo de ajustá-las em
benefício próprio.
Vasto mar de vibrações
permutadas.
Emitimos forças e
recebemo-las.
O pensamento vige na
base desse inevitável sistema de trocas.
Queiramos ou não,
afetamos os outros e os outros nos afetam, pelo mecanismo das ideias criadas
por nós mesmos.
Assim Emmanuel inicia
o prefácio de Sinal Verde, ditado pelo Espírito André Luiz, enfatizando nossa
condição de aparelhos transmissores e receptores de ondas mentais.
Num mundo tão heterogêneo
como este em que vivemos, essas ondas aparecem nas mais variadas frequências,
de acordo com a equipagem evolutiva de cada um.
Temos muitas vezes ao
nosso lado uma multidão de Espíritos, que nos veem e conhecem os nossos
pensamentos. Sua influência sobre nós, portanto, é maior do que podemos supor e
muito frequentemente são eles que nos dirigem (L.E.,459).
Os pensamentos que nos
são sugeridos podem revelar-se positivos ou negativos, mas nós somos senhores
de nossa vontade.
As decisões que
tomamos, segundo o nosso livre-arbítrio, são de nossa responsabilidade.
Cabe a nós, nas
diversas situações de nossa vida, examinar criteriosamente as sugestões que nos
vêm à mente, pois podem ser de um bom Espírito ou de um Espírito menos
evoluído.
A diferença é que
"os bons Espíritos não aconselham senão o bem” (L.E., 464).
O problema de ter um
bom ou um mau Espírito a nos ao influenciar é questão de atração e sintonia, ou
seja, o Espírito inferior só pode nos causar algum mal porque os atraímos pelos
nossos desejos ou pelos nossos pensamentos.
Sua presença costuma
nos causar um sentimento de angústia, de ansiedade indefinível interior sem
causa conhecida (L.E.471).
Como podemos fazer
para neutralizar a influência desses Espíritos inferiores?
Atraindo os bons, pela
prática do bem e pela confiança em Deus. Não há antídoto mais eficaz.
Jesus, na oração
dominical, recomenda-nos pedir: "Senhor, não nos deixeis cair em tentação,
mas livrai-nos do mal", porque sabia que as tentações estão no íntimo de
cada um e que nós só deixaríamos de sucumbir a elas através da prece que brotasse
dos nossos corações, com sinceridade e fervor.
As tentações que
abrigamos no mundo psíquico são o mal que ainda não conseguimos eliminar; são
nossos maus hábitos, nossos vícios, nossas concepções errôneas, que muitas vezes
nos fazem agir em sentido contrário ao que gostaríamos.
A consciência dessa
realidade foi o que levou o Apóstolo Paulo a proferir a lição belíssima: "Porque
o que faço não o aprovo, pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço
isso faço. E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. De
maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em
mim".
Essas tentações
constituem-se em fatores adversos do nosso caráter, rebaixando nosso padrão
vibratório, e frequentemente são os elos da cadeia que ligam nossos pensamentos
aos dos Espíritos que se encontram nessa faixa inferior de vibrações.
Com isso, muitos atos
de nossa vida cotidiana (posturas, gestos, palavras, leituras, ideias, etc.)
acabam caindo na área de influência dessa categoria de Espíritos, moldando
nossa conduta, sem que o percebamos, visto que o envolvimento é extremamente
sutil.
E os Espíritos não só
se aproveitam das circunstâncias para induzir-nos ao mal; eles também as provocam,
algumas vezes, encaminhando-nos para o
objeto do nosso interesse, isto é, para
situações em que somos
tentados a agir contra a lei natural ou contra os princípios éticos e morais
que deveríamos respeitar, pois sabem que somos passíveis de queda.
Bibliografia: KARDEC,
Allan. O Livro dos Espíritos.
Questionário
1) Os Espíritos
influenciam nossa vida?
2) De que forma os
Espíritos podem nos causar algum mal?
3) O que são as nossas
tentações?
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