CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

10ª AULA PARTE A CURSO BÁSICO DE ESPIRITISMO 1º ANO - FEESP

ALMA APÓS A MORTE - SEPARAÇÃO DA ALMA E DO CORPO

RETORNO DA VIDA CORPÓREA À VIDA ESPIRITUAL

A ALMA APÓS A MORTE: É muito natural que um leigo em assuntos de espiritualidade alimente a curiosidade de saber em que se transforma a alma no instante da morte. Allan Kardec define a alma sendo o Espírito encarnado. Assim, é natural que, no instante da desencarnação, a alma volte a ser Espírito, conservando a sua individualidade e seu perispírito, guardando a mesma aparência da última encarnação.

Individualidade, portanto, seria a consciência de si, sem ponderar o tempo, ou seja, o "eu sou". Contudo, há que se observar o atual estágio do despertamento espiritual do homem, no qual a aparência física se constitui no fator preponderante para o reconhecimento das individualidades; isto é possível, uma vez que o perispírito conserva a forma da última encarnação, facilitando assim o reconhecimento dos membros de um determinado grupo.

Não tem fundamento a hipótese dos que conjecturam que após a morte a alma retorna a um todo universal. Quando estás numa assembleia, fazes parte integrante da mesma, e não obstante conservas a tua individualidade (LE, perg. 151). A individualização ainda se evidencia quando esses seres provam a sua identidade através de sinais incontestáveis, de detalhes pessoais relativos à vida terrena, e que podem ser constatados; ela não pode ser posta em dúvida quando eles se manifestem por meio das aparições.

A individualidade da alma foi teoricamente ensinada como um artigo de fé, mas o Espiritismo a torna patente e, de certa maneira, material (LE, perg. 152). Com efeito, extrinsecamente essa individualidade é constatada pelo aspecto do seu perispírito, em tudo semelhante ao seu corpo somático, e intrinsecamente por conservar todas as suas qualidades e tendências, pelo desejo de ir para um mundo melhor e pelas recordações impregnadas de doçura ou amargor, segundo o emprego que tenha dado á vida (LE, perg. 150b).

SEPARAÇÃO DA ALMA E DO CORPO: Ao contrário do que se presume a separação da alma e do corpo não é necessariamente dolorosa. A rigor, o corpo, frequentemente sofre mais durante a vida do que no momento da morte (LE, perg. 154), principalmente quando a enfermidade sua causadora tenha sido dolorosa. Neste caso o momento final leva à cessação das dores e são um prazer para o Espírito que vê chegar o fim do exílio na terra (LE, perg. 154).
Quando a morte é lenta e por esgotamento da vitalidade orgânica, é muito comum o Espírito afastar-se quase sem o perceber: é como uma lâmpada que se apaga por falta de energia (LE, perg. 154).

Na separação, os laços que retinham o Espírito se desatam, não se rompem e ele se afasta gradualmente e não como um pássaro que escapa subitamente libertado. (LE, perg. 155a). E é ainda o Espiritismo que vem ensinar que, dependendo da elevação alcançada pelo Espírito, o instante da morte pode, ou não, ser doloroso, e que os sofrimentos, algumas vezes experimentados, são um bálsamo para o Espírito, que vê chegar o momento supremo de sua libertação.

Assim é que a separação, no momento da morte, será tanto mais penosa para o Espírito, quanto maior tiver sido o seu apego à matéria; e, ao contrário, será tanto mais suave, quanto maior tiver sido o seu desprendimento das coisas terrenas.

Nos casos de morte violenta o Espírito, colhido de improviso, fica aturdido, sentindo, pensando e acreditando-se vivo, prolongando essa ilusão até que compreenda o seu estado. Para aqueles mais evoluídos, a situação transitória pouco dura. Para outros menos evoluídos, a situação se prolonga por mais tempo.

Ao aproximar-se do momento da morte, a alma sente muitas vezes que se desatam os liames que a prendem ao corpo e então emprega todos os seus esforços para rompê-los de uma vez.

Assim, já parcialmente desprendida, goza por antecipação o futuro a desenrolar-se ante ela (LE, perg. 157). Estabeleçamos como princípio, alguns casos:

1 - Se no momento em que se extingue a vida orgânica o desprendimento do perispírito fosse completo, a alma nada sentiria absolutamente.

2 - Se, nesse momento, a coesão do perispírito e do corpo físico estiver no auge de sua força, produz-se uma espécie de ruptura que reage dolorosamente sobre a alma.

3 - Se esta coesão for fraca, a separação torna-se fácil e opera-se sem abalo.

Ao se reconhecer na nova vida no mundo dos Espíritos, aquele que fez o mal pelo simples desejo de fazê-lo, sente-se constrangido por tê-lo feito. Para o homem de bem a situação é outra; ele se sente aliviado de um grande peso, porque não receia nenhum olhar perquiridor (LE, perg. 159).

QUESTIONÁRIO:

A - A ALMA APÓS A MORTE - SEPARAÇÃO DA ALMA E DO CORPO

1 - O Espírito mantém a individualidade após a morte? Explique.

2 - O Espiritismo pode ajudar a fazer o instante da morte menos doloroso?

3 - A separação da alma e do corpo é igual para todos?


Fonte da imagem: Internet Google.

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