CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

quinta-feira, 26 de março de 2020

4ª Aula Parte B - CURSO O QUE É O ESPIRITISMO FEESP


A REFORMA ÍNTIMA

Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes, ou seja, sem conhecimento. Deu a cada um deles uma missão, com o fim de esclarecê-los e progressivamente conduzi-los à perfeição, pelo conhecimento da verdade e para que se aproximassem Dele. Chegando à perfeição, encontram a felicidade suprema.

Kardec pergunta aos Espíritos na questão 967 de O Livro dos Espíritos, no que consiste a felicidade dos bons Espíritos e a resposta é objetiva: “Em conhecer todas as coisas; não ter ódio, nem ciúme, nem inveja, nem ambição, nem qualquer das paixões que fazem a infelicidade dos homens”. Pelo livre-arbítrio, cada um de nós segue o caminho do bem ou do mal, instruindo-nos através das lutas e tribulações da vida corporal. Em nossas muitas encarnações temos a oportunidade de melhoria progressiva.

Seguindo a lei natural - a lei de Deus - o homem torna-se feliz. Quando desejamos saber qual é a verdadeira Lei de Deus, os Espíritos dizem-nos que ela está escrita em nossa consciência (L.E, questão 621). E, quando queremos acertar, Deus ofereceu-nos o modelo mais perfeito para nos servir de guia: Jesus.

Jesus ensinou-nos pelo seu exemplo e pelas suas máximas; os Espíritos, por sua vez, vieram esclarecer os ensinamentos de Jesus necessários para o nosso aprimoramento.

O Espírito da Verdade diz-nos: “Espíritas: amai-vos, eis o primeiro mandamento; instrui-vos, eis o segundo. Todas as verdades se encontram no Cristianismo”.

Para que possamos atingir tal objetivo, é preciso educar o Espírito a luz dos ensinamentos do Cristo - transformarmo-nos no “homem novo” em substituição ao “homem velho” do passado. Conseguimos isso vencendo nossos defeitos e vícios, e ganhando qualidades e virtudes. Aos poucos, sentiremos os efeitos dessa transformação em nossos sentimentos, pensamentos e atos.

Jesus ofereceu-nos inúmeras lições. No Sermão do Monte dá-nos uma lição de amor por meio das bem-aventuranças, para que nos aproximemos de Deus e sejamos consolados. Aprendemos que necessitamos conquistar virtudes, como a mansuetude, a caridade, a benevolência e o pacifismo; e que devemos buscar a paz interior, conquista do Espírito, através da oração e da vigilância dos nossos pensamentos.

Em virtude de nosso atraso moral afastamo-nos gradativamente das Leis Divinas, que deveriam nortear as nossas vidas. É importante sabermos, a partir do momento em que iniciamos a nossa Reforma Íntima, que a nossa felicidade de hoje será sempre proporcional ao nosso esforço de renovação - e pelo bem que semearmos como consequência das virtudes adquiridas.

Não se pode entender o termo Reforma Íntima separado de sua verdadeira significação, da qual não podemos fugir: a da transformação moral. Como nos disse Jesus: "Ninguém põe remendo de pano novo em vestido velho, porque o remendo tira parte do vestido e fica maior a rotura.” (Mateus, 9:16). Não remendamos o que está velho; buscamos o tecido novo, mais resistente e duradouro.

Devemos buscar os valores espirituais, a progressão espiritual, única finalidade dos seres em todos os níveis e em todos os mundos.

Espiritualização é a exteriorização, o vir a tona da centelha Divina, do nosso Eu interior no esforço de sintonizarmo-nos com a vibração Divina universal, que é a harmonia, luz, amor, equilíbrio; é sobrepormo-nos ao homem material e aos valores materiais.

Diz-nos o Espírito Emmanuel: “Todos somos doentes pedindo alta”; a caminhada é longa, muitas vezes encontraremos obstáculos, porém, Jesus é claro quanto ao convite para a renovação: “Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás, é apto para o reino de Deus.” (Lucas, 9:62)

É um esforço de milênios, foram inúmeras as encarnações em que não atingimos tal objetivo; mas o Evangelho sempre nos oferece um poderoso auxilio para a espiritualização, desde que seja compreendido, interpretado e vivido na essência de sua significação e do seu poder redentor.

FIXAÇÃO DO APRENDIZADO:

1) Que é Reforma Íntima?

2) O que significa a transformação moral? Quais virtudes devemos conquistar?

3) Qual a contribuição do Evangelho de Jesus para que vençamos os nossos defeitos morais?

BIBLIOGRAFIA
- Kardec, Allan - A Gênese - Ed. FEESP.
- Kardec, Allan - O Livro dos Espíritos - Ed. FEESP.
- Kardec, Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo - Ed. FEESP.

Fonte da imagem: Internet Google.

terça-feira, 24 de março de 2020

4ª Aula Parte A - CURSO O QUE É O ESPIRITISMO FEESP


ESPÍRITO E MATÉRIA

Desde a Antiguidade, quando o homem começou a formar a base de seu conhecimento, uma das coisas que mais o fascina é saber o princípio das coisas. Assim foi, por exemplo, com os primeiros filósofos gregos como Tales de Mileto, Heráclito de Êfeso, Demócrito de Abdera, entre outros. Eles procuravam saber como as coisas eram formadas e cada um deu a sua explicação, limitada a sua época, ao entendimento das pessoas e a inexistência de uma ciência organizada.

Os Espíritos revelaram que ao homem não é dado conhecer todas as coisas aqui na Terra (L.E, questão 17). Falta-nos desenvolver faculdades que ainda desconhecemos, assim como a condição moral necessária. Os nossos sentidos, da mesma forma, permitem-nos apenas o conhecimento do mundo material e da realidade em que nos encontramos. A nossa inteligência, ainda limitada, só alcança uma ínfima parcela do conhecimento do Universo. Quando dominarmos o conhecimento por completo, teremos chegado à perfeição (L.E, questão 898).

Porém, na medida em que aperfeiçoamo-nos em amor e sabedoria, iremos paulatinamente conhecendo os mistérios da Natureza. O que o homem não consegue aprender, Deus permite que lhe seja revelado, para ajudá-lo na marcha do progresso.

A ciência humana trouxe-nos, a partir das civilizações mesopotâmica, egípcia, hebraica e, principalmente, grega, o conhecimento do Universo, mesmo que de forma rudimentar. A partir do século XVII, com o grande desenvolvimento da Ciência, as leis físicas, ou materiais, foram descobertas graças aos estudos de Newton e de Lavoisier. Todavia, o Universo não engloba só a matéria, de sorte que o conhecimento humano necessitava ser ampliado. O Universo até então conhecido era estreito demais, limitado pelos sentidos humanos e chegando até os instrumentos científicos podiam alcançar, o que era pouco. Vez por outra, filósofos e homens de ciência, como Kant, Galileu Galilei e tantos outros, alargavam esses limites.

Somente na Segunda metade do século XIX, com o advento do Espiritismo - codificado por Allan Kardec em seu tríplice aspecto: Ciência, Filosofia e Religião - o mundo espiritual abriu-se ao homem, mostrando-lhe um Universo infinito, formado por dois elementos gerais: a matéria e o espírito. Deus, a Inteligência Suprema e causa primária de todas as coisas, é o Criador, presidindo a tudo.

A matéria

A matéria já foi definida pela ciência como aquilo que tem extensão, que pode impressionar os sentidos e é impenetrável. O homem, no esforço de compreender o que é visível, palpável e mensurável, sempre tentou classificá-la desde o começo dos tempos. Por isso, no passado distante, o homem falava de quatro elementos formadores de todas as coisas: água, fogo, terra e ar; as quatro essências conhecidas na Antiguidade. Com a estruturação da química orgânica, surge a Tabela periódica, inicialmente com pouco mais de cinquenta elementos, depois ampliada para noventa e dois (do hidrogênio ao urânio) e, hoje, contando com mais de cem elementos. Esses mesmos elementos, que consideramos simples, não são mais que modificações de uma substância primitiva, o fluido cósmico universal, definido como matéria elementar primitiva (L.E, questão 27).

A matéria também existe em estados que desconhecemos, podendo ser tão etérea e sutil que não produza nenhuma impressão aos nossos sentidos. Das modificações e transformações do fluido universal, encontramos a variedade inumerável dos corpos da Natureza. Esse fluido, imponderável e inabordável pelos instrumentos humanos, é o que podemos chamar de matéria quintessênciada, matéria essa manipulada pelo mundo espiritual.

Começando pelo átomo, a matéria encontra-se no Universo em dois estados distintos: eterização ou imponderabilidade e materialização ou ponderabilidade. No primeiro temos os fenômenos do mundo invisível, constituindo os fenômenos espirituais e que são atribuição do Espiritismo. No segundo encontramos os fenômenos materiais, do mundo visível e que são da alçada da ciência.

“O ponto de partida do fluido universal é o grau de pureza absoluta, do qual nada pode dar uma ideia; o ponto oposto é sua transformação em matéria tangível".

Em nosso mundo físico, a matéria divide-se em orgânica, formando os corpos dos seres vivos (homens, animais e plantas) e inorgânica, encontrada nos minerais, água, ar etc.

O Espírito

“Que é espírito?”, perguntou Kardec aos Espíritos (L.E, questão 23).

A resposta foi objetiva e precisa: “O princípio inteligente do Universo”. Elemento espiritual, não se confunde com a matéria, pois que não está sujeito as suas mesmas vicissitudes, mas tem sim atributos, entre os quais a inteligência, seu atributo essencial (L.E, questão 24).

“O elemento espiritual individualizado constitui os seres chamados Espíritos, como o elemento material individualizado constitui os diferentes corpos da Natureza, orgânicos e inorgânicos”.

Os Espíritos, seres inteligentes da Criação tem, portanto, como ponto de partida o princípio espiritual e são permanentemente regidos pela Lei do progresso. Partindo da condição de simples e ignorantes, dotados de infinitas potencialidades, todos os Espíritos estão destinados a perfeição, o que implica no conhecimento de todas as coisas. A cada uma das encarnações, o que corresponde à ideia da justiça de Deus, podemos recomeçar sempre e, assim, dar um passo a mais na senda do progresso, através de nossa consciência, razão, vontade, inteligência e livre-arbítrio.

FIXAÇÃO DO APRENDIZADO:

1) O homem sempre teve explicação para a existência do Universo? Como o Espiritismo auxiliou em sua compreensão?

2) Quais são os elementos gerais do Universo? O que é o Fluido Cósmico Universal?

3) Qual o principal atributo do elemento espiritual?

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quinta-feira, 19 de março de 2020

3ª Aula Parte B - CURSO O QUE É O ESPIRITISMO FEESP


O VALOR DA PRECE

Relata-nos o Espírito Humberto de Campos, no livro “Boa Nova” (psicografia de Francisco Candido Xavier) que, certa feita, Pedro perguntou a Jesus como deveríamos interpretar a oração, ao que o Mestre respondeu: “Em tudo deve a oração constituir o nosso recurso permanente de comunhão ininterrupta com Deus."

Kardec, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, esclarece que as condições da prece foram definidas por Jesus nas seguintes passagens:

“E quando orais, não haveis de ser como os hipócritas, que gostam de orar em pé nas sinagogas, e nos cantos das ruas, para serem vistos dos homens; em verdade vos digo, que eles já receberam a sua recompensa. Mas vós, quando orardes, entrai em vosso aposento, e, fechada a porta, orai a Vosso Pai em secreto; e Vosso Pai, que vê o que se passa em secreto, vos dará a paga. E quando orais não faleis muito, como os gentios; pois cuidam que pelo seu muito falar serão ouvidos. Não queirais, portanto, parecer-vos com eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, primeiro que vos lho peçais.” (Mateus, VI:5-8).

“E propôs também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, como se fossem justos, e desprezavam os outros: Subiram dois homens ao templo, para fazer oração: um fariseu e outro publicano. O fariseu, posto em pé, orava lá no seu interior desta forma: Graças te dou, meu Deus, porque não sou como os demais homens, que são uns ladrões, uns injustos, uns adúlteros, como é também este publicano; jejuo duas vezes por semana, pago o dízimo de tudo o que tenho. O publicano, pelo contrário, posto Lá longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Meu Deus, sê propício a mim, que sou pecador. Digo-vos que este voltou justificado para a sua casa, e não o outro; porque todo o que se exalta será humilhado, e todo o que se humilha será exaltado”. (Lucas, XVIII: 9-14)

O que podemos tirar de lição dessas duas passagens? Que a prece não deve ser motivo de exibição, mas sim que a façamos sem afetação e em segredo. Deve ser feita com simplicidade e sem muitas palavras, pois não será pelo palavreado que seremos ouvidos, mas sim pela sinceridade com que é realizada. Não devemos também orar com o coração cheio de ressentimento contra alguém; devemos perdoar todo o mal que por ventura alguém tenha nos feito, pois, como poderemos pedirmos perdão a Deus pelos nossos erros se ainda não perdoamos o nosso próximo? A prece agradável a Deus é aquela que é sincera, fervorosa, proferida com fé, humildade e sempre caridosa com o próximo.

Por que devemos orar, se Deus conhece todas as nossas necessidades? Será que podemos modificar o andamento dos fatos com a oração, já que Deus a tudo provê?

Kardec explica em O Evangelho Segundo o Espiritismo que, mesmo que o Universo seja regido por leis naturais e imutáveis e que Deus não as muda segundo os nossos desejos, “(...) daí a acreditar que todas as circunstâncias da vida estejam submetidas à fatalidade, a distância é grande”. Somos senhores de um livre-arbítrio relativo para dele fazermos uso e tomarmos iniciativa; se Deus dotou-nos de raciocínio e inteligência foi para que deles nos servíssemos, assim como da vontade para querermos e da atividade para a ação. De nossa iniciativa originam-se acontecimentos que escapam forçosamente a fatalidade e que nem por isso destroem a harmonia das leis universais. Deus pode conceder certos pedidos sem violar a imutabilidade das leis que regem o conjunto, isso sempre dependendo do Seu consentimento.

Mas basta pedirmos para que nosso desejo seja realizado? Certamente que não. Invariavelmente, obteremos respostas para as nossas suplicas, porém, a concessão nem sempre vem de acordo com o que almejamos – ou melhor, é a imperfeita compreensão que temos de nossas verdadeiras necessidades que nos leva a concluir, erradamente, sobre a não satisfação dos nossos pedidos.

“A prece é um ato de adoração. Fazer preces a Deus é pensar Nele, aproximar-se Dele, pôr-se em comunicação com Ele. Pela prece podemos fazer três coisas: louvar, pedir e agradecer.” (LE, questão 659).

Devemos orar no começo e no fim de cada trabalho; no começo para elevarmos nossas almas e atrairmos os Espíritos esclarecidos e bons, e no fim, para agradecermos os benefícios e ensinamentos que houvermos recebido.

Seja a nossa prece singela, curta e realizada em silêncio, muito mais um transporte do nosso coração do que uma formula decorada. O que importa é o nosso pensamento firme e, para ser eficaz, não deve ser uma recitação, proferida de maneira mecânica, mas sim um ato de vontade capaz de atrair as boas vibrações do Plano Espiritual e as irradiações do Divino Foco.

A prece deve ser improvisada de preferência, porque assim a preocupação com o que estamos dizendo, prende a nossa atenção e favorece nossa ligação com o Alto.

A prece não nos livrará das provas que devem ser o meio da cura de nossos males morais, mas nos fortalecerá o ânimo, como uma preparação para enfrentarmos as dificuldades.

Jesus deixou-nos o modelo de prece concisa, que resume todos os nossos deveres para com Deus: a Oração Dominical, ou o Pai Nosso. Como nos diz Kardec: “Encerra ainda uma profissão de fé, um ato de adoração e submissão, o pedido de coisas necessárias a vida terrena e ao princípio de caridade”.

Meditemos em torno dessas palavras: “Pai Nosso que estais no Céu, santificado seja o vosso nome. Venha a nós o vosso Reino, seja feita a sua vontade, assim na Terra como no Céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje.

Perdoais as nossas dividas, assim como nós perdoamos os nossos devedores. Não nos deixei cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Assim seja.” (Mateus, VI:9-13).

Em Lucas, acrescenta-se: “Pais vossos são o reino, o poder e a glória para sempre”.

FIXAÇÃO DO APRENDIZADO:

1) O que é a prece?

2) Qual a prece mais agradável a Deus?

3) Na sua opinião, qual é o valor da prece?

BIBLIOGRAFIA

- Compri, Maria T. - Experiências a Luz do Evangelho no Lar - Ed. FEESP.
- Kardec, Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo - Ed. FEESP.

Fonte da imagem: Internet Google.

terça-feira, 17 de março de 2020

3ª Aula Parte A - CURSO O QUE É O ESPIRITISMO FEESP


O EVANGELHO NO LAR

Conta-nos o Espírito Néio Lucio, no livro “Jesus no Lar” (psicografia de Francisco Candido Xavier), que Jesus fez o primeiro Evangelho no Lar na casa de Simão Pedro, reunindo ali corações ávidos de esclarecimento. Com isso, o Mestre ensinou-nos que a harmonia e a paz tão desejada para o mundo começam dentro da nossa casa, onde devemos exercer primeiramente nossos deveres como cristãos.

Néio Lucio narra assim as palavras de Jesus a respeito do lar: “O berço doméstico é a primeira escola e o primeiro templo da alma. A casa do homem é a legitima exportadora de caracteres para a vida comum. Se o negociante seleciona a mercadoria, se o marceneiro não consegue fazer um barco sem aperfeiçoar a madeira aos seus propósitos, como esperar uma comunidade segura e tranquila sem que o lar se aperfeiçoe?”

Por isso, devemos organizar o nosso ambiente doméstico a Luz do Evangelho, já que a paz do mundo começa ali.

Seremos fora, no grande campo da sociedade, aquilo que aprendermos no lar. Portanto, os pais não devem falhar com os filhos, do contrário, esses falharão com a sociedade, com o próximo e com eles mesmos; serão como a casa edificada na areia movediça - vindo os rios da mudança, os ventos da renovação, haverá grande ruína.

Devemos conservar entre nossos familiares a esperança, estudando em casa a Boa Nova de Jesus, praticando a fraternidade e crescendo em amor e sabedoria.

A respeito da oração, ensinou-nos Jesus: “Onde estiverem duas ou mais criaturas reunidas em meu nome, eu entre elas estarei.” (Mateus, 18:20).

Como começar?

Convidaremos nossos familiares para o estudo do Evangelho, marcando dia e hora apropriados para todos, que deve ser seguido sempre. Esse dia será especial e o horário nobre, pois receberemos a visita de Jesus, através de seus mensageiros. A partir de então, a Luz adentrará o nosso lar e as trevas baterão em retirada.

Preparação para o Evangelho no Lar:

No dia do Evangelho, desde a manhã, buscaremos ter pensamentos elevados, conversação edificante e trabalho normal.

Aproximando-se a hora do Evangelho, podemos colocar música clássica ou música a luz da oração (opcional), assim como a água para ser fluidificada. Se houver alguém doente, pode-se colocar um copo com água em nome da pessoa.

Se o telefone tocar, atenderemos e diremos que estamos fazendo o Evangelho e, quando terminarmos, retornaremos a ligação.

Se for a campainha, iremos à porta e convidaremos a pessoa para entrar. Explicaremos em rápidas palavras a reunião, convidando a visita a participar dela. Na hora das vibrações, envolver os visitantes em muita paz, saúde e agradecer-lhes a presença.

Roteiro para realização:

Em primeiro lugar, designaremos uma pessoa para conduzir o Evangelho e as restantes para todos os itens. Em seguida, prosseguiremos dessa maneira:

1 - Início da reunião. Iniciar com uma prece simples e espontânea, recepcionando carinhosamente o Mentor Espiritual e todos aqueles, dos dois planos, que estão presentes. Buscaremos o silêncio interior, para sentirmos a presença de Jesus e pedir-lhe a inspiração para a leitura mais apropriada do Evangelho, além de podermos assimilar seus ensinamentos e colocá-los em pratica no nosso dia a dia.

2 - Leitura do Evangelho. Ler, a cada reunião, um trecho pequeno de O Evangelho segundo o Espiritismo, começando da pelo Prefácio, pulando a introdução, ir para o Cap. I, com Voz audível, calmamente, para que todos possam entender. A leitura deve ser metódica e na sequência, tendo o caráter de aula. Dessa maneira, o nosso lar será a escola de Jesus, onde a matéria estudada é o Evangelho, os alunos carentes somos nós e o Mestre é Jesus.

3 - Comentários sobre o texto lido. Os comentários são breves, feitos por todos e cada um expõe o que entendeu da leitura. Se tivermos dificuldade, leiamos de novo. Certamente, os mentores espirituais estarão nos ajudando a compreender a lição, para que a assimilemos com facilidade. Importante frisarmos que não é comunicação mediúnica, mas sim a inspiração divina de Amigos abnegados que nos trazem amorosamente as orientações necessárias não só da leitura, como também sobre os problemas atuais que podem e devem ser comentados a luz do Evangelho. Cuidado para não trazer a tona fatos desagradáveis e que possam ser motivo de discussão. A hora do Evangelho é sagrada e momento de paz.

4 - Vibrações. É o momento mais importante da reunião. Lembremo-nos das palavras de Jesus: “Vós sois a luz do mundo, podeis fazer o que eu faço e muito mais” (Mateus, 5:14). Jesus referia-se a potencialidade do Espírito, ao poder da mente quando canalizada para o bem, quando passamos à condição de doadores. Todos temos algo de bom para dar ao próximo, em benefício da humanidade. Destacaremos um membro da reunião para dirigir as vibrações (com Voz moderada) e os demais acompanharão com o pensamento, procurando doar paz, amor, saúde, equilíbrio. O valor da vibração está no impulso mental que é dado, na vontade firme e sincera de querer ajudar, na dedicação e amor aos semelhantes, acreditando no poder da fé raciocinada.

5 - Prece de encerramento. Aprece será simples e espontânea, um agradecimento ao Senhor da Vida e ao plano espiritual, que nos deram a sustentação para o nosso Evangelho.

A reunião tem duração de quinze a trinta minutos; podemos fazer o Evangelho sozinhos, seguindo todas as etapas acima descritas e em Voz alta.

Se houver crianças, podemos introduzir livros infantis específicos, como o “O Evangelho Segundo o Espiritismo para a Infância” (Edições Feesp).

A conversação no lar, após o Evangelho, deve ser edificante, iluminada pelo amor e pela pratica da compreensão mútua, sem o que o objetivo da reunião não terá sido atingido. Procuremos estender tal comportamento para todos os dias, sempre permanecendo nessa calma, Vivenciando as lições aprendidas durante a reunião – o Evangelho no Lar serve para harmonizar a nossa casa e nossas relações com os familiares.

A prática das orientações é imprescindível; nossa conduta, em todas as situações, deve se pautar pelas vibrações radiantes do Evangelho, para que nos tornemos seu exemplo Vivo. Recordemos o ensinamento de Tiago (2:14): “Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé e não tiver obras? Porventura, a fé pode salvá-lo?”.

FIXAÇÃO DO APRENDIZADO

1) Qual a finalidade do Evangelho no Lar?

2) Quais os itens que compõem o roteiro da reunião?

3) Na sua opinião, qual a maior motivação para a pratica do Evangelho no Lar?

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quinta-feira, 12 de março de 2020

2ª Aula Parte B - CURSO O QUE É O ESPIRITISMO FEESP


O MAIOR MANDAMENTO

“Mas os fariseus, tendo sabido que Ele fizera calar os saduceus, se reuniram em conselho. E um deles, que era doutor da Lei, para o tentar fez esta pergunta: Mestre, qual é o grande mandamento da lei? Respondeu Jesus:

Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o maior e o primeiro mandamento. E o Segundo, semelhante ao primeiro é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Estes dois mandamentos contém toda a lei e os profetas.” (Mateus, 22:34-40).

Verdadeiramente, Jesus proclamou que ao cumprirmos esses dois mandamentos - “Amar a Deus e ao próximo” - vale muito mais que seguir todas as formulas e todos os cultos, ou fazer todos os sacrifícios, porque no amor a Deus e ao próximo encontramos a única e universal religião. Se o gênero humano praticar esses ensinamentos, chegará à unidade e a realização de seus destinos, pela solidariedade e a fraternidade.

Na maravilhosa mensagem de Jesus, Deus é Pai e todos os homens são irmãos!

Com esses dois mandamentos, o Mestre substitui o Decálogo, ou seja, os Dez Mandamentos de Moises, pois quem ama a Deus sobre todas as coisas, a Ele unicamente presta culto, não adorando imagens de qualquer espécie; respeita o Seu nome e O santifica, não somente um dia, mas todos os dias da semana, todas as horas e todos os minutos. E quem ama o próximo como a si mesmo, honra seus pais, não mata, não adultera, não levanta falso testemunho, nem cobiça coisa alguma de quem quer que seja.

Quem ama o próximo, deseja ao semelhante o que quer para si. É o reconhecimento da Paternidade Divina, expandida na Fraternidade Universal. O amor ao próximo é a ponte que liga a criatura ao Criador.

Pelas palavras de Jesus, podemos entender que o único caminho da salvação, é a pratica da caridade com humildade, que é absolutamente contrária ao caminho do desajuste, do egoísmo e do orgulho.

Do amor ao próximo, como a nós mesmos, nasce o socorro que devemos prestar ao nosso semelhante pela inteligência, pelo coração, com brandura e mansuetude, para não tornar-lhe penoso receber o auxílio, seja ele material, moral ou intelectual que lhe dispensamos.

Como está implícito no amor de Deus, a pratica da caridade para com o próximo e todos os deveres do homem resumem-se na máxima: Fora da caridade não há salvação, pois tudo aquilo que se aprende em conceitos deve revelar-se, concretamente, em ações.

Então, como exigir ou esperar atitudes nobres dos semelhantes se não desenvolvemos a paciência e a benevolência para com eles? E se o homem não praticar o amor ao próximo, como pode amar a Deus?

FIXAÇÃO DO APRENDIZADO:

l) Qual o maior mandamento? E o segundo?

2) Por que esses dois mandamentos podem substituir o Decálogo trazido por Moises?

3) Como compreender a proposta “triangular” do amor a Deus, ao próximo e a si mesmo?

BIBLIOGRAFIA

Kardec, Allan - A Gênese. Ed. Feesp
Kardec, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. São Paulo: FEESP. 9ª ed., 1993, Introdução, Item II, p.6.
Kardec, A. O Livro dos Espíritos, 2.ed., São Paulo: FEESP, Questão l, s.d.

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terça-feira, 10 de março de 2020

2ª Aula Parte A - CURSO O QUE É O ESPIRITISMO FEESP


DEUS E AS TRÊS REVELAÇÕES

A primeira questão de “O Livro dos Espíritos” expressa um dos grandes questionamentos da humanidade: o que é Deus?

Desde sua criação o homem sente, dentro de si mesmo, que há um Criador. A frase de Léon Denis explica bem tal sentimento ao afirmar que: “Há coisas, que de tão profundas, só se sentem, não se descrevem".

Os Espíritos nos revelam que encontraremos Deus onde a ciência dos homens ainda não alcança. “Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo aquilo que não é obra do homem e a vossa razão vos responderá”.

Ao observarmos a criação Divina, verificamos a grande harmonia do Universo, numa interação pensada e dirigida, produto de uma Inteligência sábia, onde tudo é elaborado de maneira minuciosa e perfeita. Kardec explica: “As obras ditas da natureza são produto de forças materiais que agem mecanicamente, como consequência das leis de atração e de repulsão, mas são empregadas, distribuídas, apropriadas para as necessidades de cada coisa, por uma inteligência que não é dos homens”.

Deus sempre será Deus, pois é Eterno. Suas leis também sempre são as mesmas, pois são naturais; o que muda, através dos tempos, é a maneira como o homem consegue concebê-Lo.

Sempre trouxemos dentro de nós o sentimento de adoração, pois trazemos a marca do Criador. Essa marca está gravada em nossa consciência o que nos traz a intuição de um Ser Superior - é uma consciência universal, pois encontramos tal crença em todos os povos.

No caminho percorrido pela humanidade na busca por essa força ou Ser Superior, vemos que a concepção de Deus muda conforme a nossa evolução. Enquanto primitivos, alguns povos entendiam que as forças da natureza eram governadas por vários deuses. Quanto a isso, explicam-nos os Espíritos: “A palavra deus tinha, entre os antigos, acepção muito ampla. Era uma qualificação genérica, que se dava a todo ser existente fora das condições da Humanidade.”

Mais tarde, incapazes ainda de compreender a essência Divina, personificamos Deus a nossa imagem e semelhança. Dessa maneira, Deus ganhou características humanas e imperfeitas, como a crueldade, vingança, ira etc.

Nesta trajetória, temos a primeira revelação com Moisés, o que representou um grande avanço para os homens da época. O Deus de Moisés é forte e poderoso e Lhe revelou os Dez Mandamentos, um código de conduta moral para um povo turbulento e indisciplinado. Contudo, o Deus revelado por Moisés ainda é duro e parcial.

Tal concepção muda com Jesus, que mostra-nos Deus não mais como o Ser vingativo, mas o Pai, o Criador que auxilia a Sua criação emanando amor, base de suas leis universais que regem a tudo.

A terceira revelação, trazida pelo Espiritismo, resgata os ensinamentos de Cristo e explicando-nos de onde viemos, para onde vamos e por que estamos na Terra.

Ao contrário das duas primeiras revelações, centralizadas em duas figuras - Moisés e Jesus - a Doutrina Espírita é fruto da comunicação de vários Espíritos, universalizando o seu ensino. “Deus quis que a nova revelação chegasse aos homens por um meio mais rápido e mais autêntico. Eis porque encarregou os Espíritos de a levarem de um polo a outro, manifestando-se por toda a parte, sem dar a ninguém o privilégio exclusivo de ouvir a sua palavra”, esclarece-nos Kardec.

Os Espíritos nos revelam que Deus é “a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas" e os seus atributos são: eterno, único, imutável, imaterial e soberanamente justo e bom. Deus, dentro de Sua misericórdia e amor, nos assiste sempre. E quanto mais desenvolvemos conquistas espirituais e libertamo-nos da matéria, mais nos aproximamos de Deus. O que nos resta, por hora, é a urgência de fazer com que Deus exista dentro de nossos corações, que se reflita em nossas atitudes, pensamentos e palavras.

FIXAÇÃO DO APRENDIZADO

1) Onde podemos encontrar Deus?

2) No que Jesus se diferencia de Moisés na apresentação de Deus?

3) Qual a definição de Deus na Doutrina Espírita?

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quinta-feira, 5 de março de 2020

1a Aula Parte Única - CURSO O QUE É O ESPIRITISMO FEESP


O SURGIMENTO DO ESPIRITISMO

Embora as manifestações espirituais sejam de todos os tempos, foi assinalado como 18 de abril de 1857 (data da publicação de “O Livro dos Espíritos”) o início da doutrina espírita. Contudo, bem antes dessa data, iniciou-se o que Arthur Conan Doyle denominou de “invasão organizada”, ou seja, manifestações espirituais persistentes que culminaram com o aparecimento do Espiritismo.

Surgiram médiuns, fatos e comunicações espirituais que preparam o terreno para a codificação de Kardec – os chamados antecessores.

Emmanuel Swedenborg (1688-1772)

Sueco, vidente, mas também um gênio científico e tecnológico de seu tempo. Graduou-se em Engenharia de Minas e também era profundo conhecedor da Bíblia, teólogo, autoridade em Mineração, Metalurgia, Engenharia Militar, Astronomia, Física, Zoologia, Anatomia, Economia, Política e Finanças.

Desde criança, Swedenborg já manifestava sinais de uma mediunidade de elevado potencial. Com notável clarividência, certa noite, em um jantar em Gothenburg, percebeu e narrou fielmente, para mais de 16 testemunhas, um grande incêndio que ocorria a cerca de 400 km de distância, em Estocolmo, da casa de seu vizinho.

Descreveu com nitidez a vida espiritual, além do fenômeno da exteriorização do ectoplasma, que definiu como “uma espécie de vapor que se exalava dos poros de meu corpo. Era um vapor aquoso muito visível e caia no chão, sobre o tapete”.

Edward Irving (1792 - 1834)

Ministro da Igreja da Escócia (presbiteriana), Edward Irving nasceu em Annan.

Foi na Inglaterra que fatos mediúnicos marcantes o fizeram conhecido. De personalidade vibrante, carismático e com um porte físico avantajado, possuía grande eloquência. O brilhantismo de suas pregações logo conquistou um grande número de adeptos, motivo que o fez ser transferido para a igreja escocesa de Regent Square, em Londres.

Em 1831 surgiu em sua comunidade um surto de manifestações mediúnicas de xenoglossia, quando fiéis começaram a falar em línguas estranhas. Algumas pessoas entravam em convulsão e se pronunciavam em latim, com voz cavernosa, e em outras línguas desconhecidas.

Posteriormente começaram a aparecer possessões por entidades inferiores, o que levou ao fim das manifestações psíquicas na comunidade.

Andrew Jackson Davis (1826 - 1910)

Também conhecido como o profeta da nova revelação, nasceu em Blooming Grove, às margens do Rio Hudson, Nova York (EUA).

De família de poucos recursos materiais e intelectuais, possuía apenas a educação primaria. Desde a infância, porém, manifestou a clarividência e a clariaudiência.

Em transe magnético, o corpo humano era como que transparente para Davis, o que lhe dava oportunidade de fazer diagnósticos precisos de pessoas doentes. Também magnetizado, com 19 anos de idade, ditou várias comunicações mediúnicas, entre as quais, sua grande obra “The Principles of Nature, Her Divine Revelation, and a Voice to Makind”. Ainda em estado mediúnico, trouxe comunicações em hebraico e demonstrou enormes conhecimentos de Geologia, Arqueologia, Historia, Mitologia, origem das Línguas e de fatos bíblicos.

O aparecimento do Espiritismo foi previsto por ele em “Os Princípios da Natureza” (1847), onde diz: “É verdade que os Espíritos se comunicam entre si, quando um está no corpo e outro em esferas mais altas - e, também, quando uma pessoa em seu corpo é inconsciente do influxo e, assim, não pode se convencer do fato. Não levará muito tempo para que essa verdade se apresente como viva demonstração”.

As Irmã Fox

Golpes produzidos por um Espírito desencarnado em uma humilde casa no Vilarejo de Hydesville, Estado de Nova Iorque (EUA) deram origem ao que, posteriormente, foi chamado de Moderno Espiritualismo.

No centro dos acontecimentos, encontramos Margaret (1833-1893), Kate (1837-1892) e Leah (1814-1890) Fox, médiuns de efeitos físicos.

Em dezembro de 1847, a família Fox, composta por pai e mãe metodistas e duas filhas, Margaret então com 14 anos e Kate, de 10 anos, alugou a casinha modesta e já com fama de mal-assombrada. Leah, à época, morava em Rochester, onde ensinava música.

Em meados de marco de 1848, certos ruídos começaram a acontecer na casa dos Fox e foram Crescendo em intensidade. Por vezes, eram batidas, em outras, sons como o de arrastar de móveis. Na noite de 31 de março, os fenômenos se intensificaram de modo que o barulho se tomou mais alto e numa frequência mais acentuada.

Foi, então, que a jovem Kate desafiou a forca invisível a repetir as batidas que ela ininterruptamente fornecia com os dedos. Embora o desafio tivesse sido feito com palavras suaves, foi prontamente respondido. Após uma investigação realizada, os Fox souberam que tratava-se de um Espírito assassinado naquele local e enterrado na adega, a dez pés de profundidade.

As comunicações por meio de pancadas continuaram até que, para convencer os detratores de que o fenômeno era autêntico, as irmãs Fox começaram a fazer demonstrações públicas. A primeira delas se deu em 14 de novembro de 1849, no Corinthian Hall, o maior salão de Rochester, resultando na organização do primeiro núcleo de estudantes do Espiritualismo moderno.

Várias comissões foram organizadas para estudar o fenômeno e Kate, Margaret e Leah foram exaustivamente expostas e estudadas.

Em Lyle Dale, atualmente encontra-se a sede central regional dos Espiritualistas Americanos, junto com a velha casa da família Fox.

As mesas girantes e Kardec

Na América do Norte foi desenvolvido o método da comunicação com os Espíritos usando-se o alfabeto. Falava-se o alfabeto e se pedia ao Espírito para indicar, por batidas ou pancadas, as letras que compunham as desejadas palavras. No final de 1850, surge uma nova maneira de comunicação - bastava, simplesmente que os médiuns se colocassem ao redor de uma mesa sentados, em cima da qual punham as mãos. Erguendo um de seus pés, a mesa daria uma pancada toda vez que fosse proferida a letra que servisse ao Espírito comunicante para completar palavras e frases. Esse processo, apesar de muito lento, produzia excelentes resultados; foi o início das mesas girantes ou falantes.

No fim de 1854, o Prof. Hippolyte Léon Denizard Rivail, mais tarde Allan Kardec, expressa sua opinião sobre tais manifestações: “Só acreditarei quando o vir e quando me provarem que uma mesa tem cérebro para pensar, nervos para sentir e que se possa tornar sonâmbula. Até lá, permita que eu não veja no caso mais do que um conto para fazer-nos dormir em pé”.

Rivail era um homem de ciência e não se dava a credulidade gratuita, sem análises racionais. A incredulidade inicial, contudo, foi vencida. Na primeira vez que presenciou o fenômeno das mesas girantes, em maio de 1855, afirmou: “Entrevi, naquelas aparentes futilidades, no passatempo que faziam daqueles fenômenos, qualquer coisa de sério, como que a revelação de uma nova lei, que tomei a mim estudar a fundo”.

A continuidade dos estudos permitiu a Rivail aplicar nesta nova ciência o método experimental. Percebeu, nas primeiras observações, que os Espíritos, por serem os homens desencarnados, eram limitados como nós e também sujeitos a enganos. Esse pensamento o levou a estruturar o trabalho da Codificação de maneira metódica; utilizava-se de inúmeros médiuns para realizar a comparação e a fusão de todas as respostas coordenadas, classificadas e outras vezes refeitas.

Esse trabalho resultou na primeira edição de O Livro dos Espíritos, em 18 de abril 1857. A obra foi lançada sob a autoria de Allan Kardec, pseudônimo que fora revelado pelo Espírito Zéfiro, nome utilizado em uma das encarnações anteriores, na qual Rivail era um sacerdote druida.

FIXAÇÃO DO APRENDIZADO:

l) Qual a importância dos antecessores para o surgimento do Espiritismo?

2) Qual a contribuição das mesas girantes para o Espiritismo?

3) Como Kardec analisou as comunicações espirituais? Qual trabalho surgiu dessas primeiras observações?

BIBLIOGRAFIA
- Doyle, Arthur Conan - A História do Espiritismo- Ed. Pensamento.
- Kardec, Allan - Obras Póstumas - Ed. Lake
- Wantuil, Zêus - As Mesas Girantes e o Espiritismo - Ed. FEB

Fonte da imagem: Internet Google.

terça-feira, 3 de março de 2020

Calendário das postagens em 2020


Curso “O Que É O Espiritismo” FEESP

As aulas serão postadas sempre às 9 horas do horário de Brasília
 
Março – Dias: 5, 10, 12, 17, 19, 24 e 26

Abril – Dias: 2, 9, 16, 23 e 30

Maio – Dias: 7, 14, 21 e 28

Junho – Dias: 4, 9, 18 e 25

Julho: Não haverá postagens

Agosto – Dias: 6, 13, 20 e 27

Setembro – Dias: 3, 10, 17 e 24

Outubro – Dias: 1, 8, 15, 22 e 29

Novembro – Dias: 5, 12, 19 e 26

Dezembro – Dias: 1 e 3

segunda-feira, 2 de março de 2020

CURSO “O QUE É O ESPIRITISMO” - FEESP


Conteúdo

1ª Aula - Parte Única - O SURGIMENTO DO ESPIRITISMO

2ª Aula - Parte A - DEUS E AS TRÊS REVELAÇÕES
              Parte B - O MAIOR MANDAMENTO

3ª Aula - Parte A - O EVANGELHO NO LAR
              Parte B - O VALOR DA PRECE

4ª Aula - Parte A – ESPÍRITO E MATÉRIA
              Parte B – A REFORMA ÍNTIMA

5ª Aula - Parte A - O ESPIRITISMO EM SEU TRÍPLICE ASPECTO
              Parte B – PARÁBOLA DOS TRABALHADORES DA ÚLTIMA HORA

6ª Aula – Parte Única - O LIVRO DOS ESPÍRITOS

7ª. Aula - Parte A - COMPROMISSO AFETIVO - CASAMENTO E DIVÓRCIO
               Parte B - PARENTESCO CORPORAL E ESPIRITUAL

8ª. Aula - Parte A - MÉDIUNS E MEDIUNIDADE
               Parte B - DAI DE GRAÇA O QUE DE GRAÇA RECEBESTES

9ª Aula -  Parte A - A CARIDADE SEGUNDO PAULO
               Parte B - A PARÁBOLA DO BOM SAMARITANO

10ª Aula - Parte Única - O LIVRO DOS MÉDIUNS

11ª Aula - Parte A - VISÃO ESPÍRITA DA EUTANÁSIA
                Parte B - O MAL E O REMÉDIO

12ª Aula - Parte A - OS MILAGRES SEGUNDO O ESPIRITISMO
                Parte B - A FÉ QUE TRANSPORTA MONTANHAS

13ª Aula – Parte Única - O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

14ª Aula - Parte A - ESQUECIMENTO DO PASSADO
                Parte B - JUSTIÇA DAS AFLIÇÕES

15ª Aula – Parte Única - O CÉU E O INFERNO

16ª Aula - Parte A - VALORIZAÇÃO DA VIDA – ABORTO E SUICÍDIO
                Parte B - BEM SOFRER E MAL SOFRER

17ª Aula - Parte A - CREMAÇÃO - DOAÇÃO DE ÓRGÃOS E TRANSPLANTES
                Parte B - A LEI DE AMOR

18ª Aula - Parte A - ESPIRITISMO E SEXUALIDADE
                Parte B - NÃO JULGUE, COMPREENDA

19ª Aula - Parte A – A TERAPÊUTICA ESPÍRITA
                Parte B - PROVAS E TORMENTOS VOLUNTÁRIOS

20ª Aula – Parte Única - A GÊNESE

21ª Aula - Parte A - O ESPIRITISMO COMO CONSOLADOR PROMETIDO
                Parte B – NÃO COLOQUEIS A CANDEIA DEBAIXO DO ALQUEIRE

22ª Aula – Parte Única - A VIDA DE FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

23ª Aula – Parte Única - VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES

24ª Aula – Parte Única - VIDA E OBRA DE ALLAN KARDEC