CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

quinta-feira, 27 de abril de 2023

7ª Aula Parte A – CURSO BÁSICO DE ESPIRITISMO 2º ANO – FEESP

INSTINTO DE CONSERVAÇÃO - MEIOS DE CONSERVAÇÃO - GOZOS DOS BENS TERRENOS - NECESSÁRIO E SUPÉRFLUO - PRIVAÇÕES VOLUNTÁRIAS – MORTIFICAÇÕES – PROVAS VOLUNTÁRIAS - VERDADEIRO CILÍCIO

INSTINTO DE CONSERVAÇÃO

Dentre as sábias Leis de Deus que regem toda a criação, a LEI DE CONSERVAÇÃO se destaca, pois é ela que impulsiona o homem e os seres no rumo da evolução, do aprimoramento, através do trabalho contínuo.

“Todos os seres vivos possuem o instinto de conservação qualquer que seja o grau de inteligência; em uns é puramente mecânico em outros é racional.” (LE 7o2)

Em tudo o que vive, seja de natureza simples ou complexa, o instinto de conservação é inerente a espécie, pois sem ele pereceriam.

MEIOS DE CONSERVAÇÃO

A necessidade de viver e defender a vida é essencial ao aperfeiçoamento dos seres, para isso, Deus deu meios de o homem prover através do uso dos bens da Natureza (LE 705).

O homem movido pelo instinto de conservação, aliado a inteligência, adquire meios de cultivar a terra, transformar a matéria e até mesmo sofisticá-la, a fim de suprir aquilo que julga ser-lhe necessário (LE 706).

A LEI DE CONSERVAÇÃO não se aplica somente ao homem, senão também a tudo que o cerca. Pais zelosos dizem que devem preservar a natureza para seus filhos e netos. Ora, diante da lei imperiosa da reencarnação quem serão aqueles que virão habitar esta mesma Terra num futuro próximo ou distante? Portanto, é de fundamental importância o despertar de consciência desde a mais tenra idade, fazer dos filhos os multiplicadores do bem em todas as suas manifestações e agentes no bom uso da INTELIGÊNCIA. O homem por possuir livre arbítrio, traz consigo a responsabilidade de seus atos. Muitas vezes não tão satisfatórios perante a natureza.

GOZOS DOS BENS TERRENOS

No mais das vezes, o homem é movido por um desejo insofreável de possuir bens. Observa o que o semelhante tem e deseja para si. A ambição, a inveja, a cupidez, fazem com que seja tentado a possuir de maneira além do que lhe seja necessário.

Deus, dotando o homem com o instinto de conservação, oferece-lhe os bens da Terra para que aprenda a usufruir com equilíbrio. E para que cresça moralmente, faz com que desenvolva o sentido de limites do que lhe possa ser realmente necessário e do que seja supérfluo (LE 712-A).

NECESSÁRIO E SUPÉRFLUO

Conhecer e discernir o necessário do supérfluo é o resultado da aprendizagem exercida através da vivência.

Quando o homem passa por experiências marcantes como a da miséria; da extrema necessidade; do desgaste da saúde; das limitações físicas que impõem determinada condição para obter meios de garantir sua sobrevivência; quando se vê no limite das forças, essas experiências ficam gravadas na sua memória espiritual.

Será de fato necessário passar por essas experiências para que o homem se condoa da necessidade de seu irmão de caminhada? Que aprenda a dividir com ele, não o que sobra, mas o que tem! Na maioria dos lares o vazio esta presente; caminhos tortuosos levam as pessoas em busca de necessidades que não existem, vacilam diante dos apelos de consumo, da necessidade social de ter sempre mais, e não o de “ser”.

PRIVAÇÕES VOLUNTÁRIAS - MORTIFICAÇÕES

“A lei de conservação obriga-nos a prover as necessidades do corpo? Os Espíritos respondem sim, sem energia e a saúde, o trabalho é impossível.” (LE 718).

O bem estar é um desejo natural, portanto não é proibido. Deus proíbe o abuso por ser contrario a lei de conservação.

A procura do bem estar é valida desde que não seja conquistado em prejuízo de outrem e se não enfraquecer as forças morais e físicas (LE 719).

As privações voluntárias com vistas a uma expiação tem algum mérito aos olhos de Deus?

- Sempre que fizer bem aos outros terá o maior mérito. (LE 720)

As privações meritórias é a privação dos prazeres inúteis, porque liberta o homem da matéria e eleva sua alma.

O meritório é resistir às tentações e aos excessos de coisas que nada tem de proveito.

A vida de mortificações dos ascetas segue apenas aquele que a pratica e por conseguinte o impede de fazer o bem.

Submeter-se a privações no trabalho pelos outros esta é a verdadeira mortificação de acordo com a caridade cristã. (LE 721).

Alimentação animal não é contrária a lei natural, tendo em vista que este tipo de alimentação ainda é necessária a constituição física, pois ao contrário o homem perece.

As mutilações praticadas no corpo do homem ou dos animais, não são agradáveis aos olhos de Deus. Não devemos criar sofrimentos voluntários sem nenhuma utilidade para os outros.

PROVAS VOLUNTÁRIAS - VERDADEIRO CILÍCIO

“O instinto de conservação foi dado a todos os seres contra os perigos e sofrimentos. Fustigai o vosso Espírito e não o vosso corpo, mortificai o vosso orgulho, sufocai o vosso egoísmo que se assemelha a uma serpente a vos devorar o coração e farei mais pelo vosso adiantamento do que por meio dos rigores que não mais pertencem a este século.” (LE 727).

Essa questão nos conduz naturalmente a outra. Desde que Jesus disse: “Bem-aventurados os aflitos”, há mérito em procurar as aflições, agravando as provas por meio de sofrimentos voluntários? A isso responderei muito claramente: Sim, é um grande mérito, quando os sofrimentos e as privações têm por fim o bem do próximo, porque se trata da caridade pelo sacrifício; não, quando eles só têm por fim o bem próprio, porque se trata de egoísmo pelo fanatismo.

Há uma grande distinção a fazer. Quanto a vós, pessoalmente, contentai-vos com as provas que Deus vos manda, não aumenteis a carga já por vezes bem pesada; aceitai-as sem queixas e com fé, eis tudo o que Ele vos pede. Não enfraqueçais o vosso corpo com privações inúteis e macerações sem propósito, porque tendes necessidades de todas as vossas forças, para cumprir vossa missão de trabalho na Terra.

Torturar voluntariamente, martirizar o vosso corpo, é infligir à lei de Deus, que vos dá os meios de sustentá-lo e de fortalecê-lo. Debilitá-lo sem necessidade é um verdadeiro suicídio. Usai, mas não abuseis: tal é a lei. O abuso das melhores coisas traz as suas punições, pelas consequências inevitáveis. (ESE V item 26).

BIBLIOGRAFIA:
KARDEC, Allan - O Livro dos Espíritos - questões 71 a 87, 702 a 710 e 715 a 727;
KARDEC, Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo - cap. V item 26;

A imagem acima é meramente ilustrativa. Fonte: Internet Google.
 

terça-feira, 25 de abril de 2023

6ª Aula Parte B – CURSO BÁSICO DE ESPIRITISMO 2º ANO - FEESP

LAÇOS DE FAMÍLIA E PIEDADE FILIAL

LAÇOS DE FAMÍLIA- ESE, Cap. IV, item 18

“... Os liames sociais são necessários ao progresso e os laços de família resumem os liames sociais; eis porque eles constituem uma Lei Natural. Deus quis que os homens, assim, aprendessem a amar se como irmãos”. (LE. - pergunta 774)

O valor e a importância da família crescem, de fato, quando são enfocados sob o ângulo da Doutrina Espírita, pois se aprende na Codificação que o casamento, marco inicial na constituição da família, representa um progresso conquistado pelo homem em busca de sua perfectibilidade. Portanto, deve-se evitar o relaxamento dos laços familiares, porque implicam, ao invés do amor, no desenvolvimento do egoísmo, retardando, assim, o ciclo evolutivo da humanidade.

Ensinam os Espíritos que é na família e através dela, que se dá o burilamento das almas, segundo o princípio da reencarnação. Esta tarefa deve ser realizada com seriedade e responsabilidade, pois não é por acaso que determinadas criaturas são reunidas numa mesma família. O espírita não pode permitir que seu lar seja simplesmente uma morada, mas um local acolhedor onde se encontram almas necessitadas de desenvolver sentimentos de amor e de perdão, onde os Espíritos se refazem das lutas de cada dia e se ajudam, fraternalmente, trabalhando por um futuro melhor.

PIEDADE FILIAL- ESE, Cap. XIV item 3

“Honrarás vosso pai e vossa mãe” (Marcos, 7:1o; MT 15:4; Lc 18:20)

Um dos mandamentos contidos no Decálogo prescreve a necessidade de honrar pai e mãe, o que implica em dar-lhes todo o afeto possível, em todas as fases de suas vidas, e principalmente na velhice, retribuindo assim, em parte, os desvelos e as preocupações que tiveram na infância dos filhos. É evidente que aquele que assim não proceder estará amealhando pesados encargos para si na vida futura, através de novas reencarnações.

A ingratidão é um dos deslizes humanos que mantêm o mais intimo parentesco com o egoísmo, tomando dimensão maior quando é cometida pelos filhos, em relação aos seus pais. Muitos chegam ao ponto de colocarem seus pais idosos nos aposentos mais obscuros da casa onde residem, não lhes dando nenhum tipo de conforto, quando não os internam em casas de idosos ou asilos, para que eles não os incomodem em seus lares.

Muitos filhos dão aos pais o estritamente necessário para poderem sobreviver; ao passo que eles próprios de nada se privam. Sobretudo, para os pais sem recursos é que se demonstra a verdadeira piedade dos filhos.

O mandamento “honrar vosso pai e vossa mãe” é uma consequência da lei geral da caridade e do amor ao próximo, já que não pode amar o seu próximo aquele que não ama seus pais. O vocábulo “honrai” encerra um dever a mais para com eles: o da piedade filial. Deus quis mostrar com isso que, ao amor é preciso acrescentar o respeito, as atenções, a submissão e a condescendência, o que implica a obrigação de cumprir para com eles, de um modo mais rigoroso ainda, tudo o que a caridade manda para com o próximo (ESE, Cap. XIV item 3).

Há, em verdade, certos pais que se descuidam de seus deveres para com os filhos. A estes, porém, não cabe censurá-los ou puni-los, pois talvez eles mesmos tenham dado causa ao menosprezo dos pais.

Se a caridade Cristã sublima a retribuição do mal com o bem, a indulgência com as imperfeições alheias, o perdão das ofensas e o amor ao próximo até mesmo aos inimigos, essa obrigação é ainda bem maior em relação aos pais.

BIBLIOGRAFIA:

KARDEC, Allan - o Evangelho Segundo o Espiritismo - cap. XII (itens 1 a 3 e 9;

EMMANUEL, Francisco Cândido Xavier - Vida e Sexo - itens 6 a 9, 11, 19, 20, 22 e 23;

PERALVA, Martins - O Pensamento de Emmanuel- item 27;

CALLIGARIS, Rodolfo - Leis Morais; 7

A imagem acima é meramente ilustrativa. Fonte: Internet Google.
 

terça-feira, 18 de abril de 2023

6ª Aula Parte A – CURSO BÁSICO DE ESPIRITISMO 2º ANO - FEESP

LEI DE REPRODUÇÃO

POPULAÇÃO DO GLOBO - SUCESSÃO, APERFEIÇOAMENTO E DIVERSIDADE DAS RAÇAS - POVOAMENTO DA TERRA - OBSTÁCULO A REPRODUÇÃO - CASAMENTO - CELIBATO - POLIGAMIA - UNIÃO ESTÁVEL.

POPULAÇÃO DO GLOBO - Questão 686 do LE.

Embora não tenhamos conhecimento e nem mesmo a mínima ideia de quando fomos criados, a Doutrina Espírita nos ensina que percorremos os reinos inferiores da natureza, como Princípio Inteligente. Amealhando experiências em cada um dos reinos, nos capacitamos a, quando prontos, adentrarmos no reino hominal. Desta forma, somos criados simples e ignorantes, mas com capacidade de raciocinar e com a missão de progredir em todos os aspectos, através das múltiplas reencarnações, até alcançar a relativa perfeição.

A reprodução dos seres vivos é, portanto, uma lei natural, pois, sem ela, o mundo corpóreo desapareceria.

Contudo, não se deve deduzir que, havendo uma progressão constante de corpos físicos (para dar cumprimento ao princípio reencarnatório), o mundo material possa vir a ter uma população excessiva, cuja saturação levaria à escassez de meios e recursos de sobrevivência.

Deus a isso provê, mantendo sempre o equilíbrio, pois, o Plano Espiritual Superior nos assiste e nos fiscaliza permanentemente.

SUCESSÃO, APERFEIÇOAMENTO, DIVERSIDADE DAS RAÇAS E POVOAMENTO DA TERRA

A história nos conta a trajetória das raças humanas ao longo dos séculos e milênios. Como tudo em nosso mundo, as raças humanas aparecem, se desenvolvem, atingem o ápice da evolução e terão também o período de decrescimento e extinção. É a renovação como lei.

Somos todos da espécie humana e irmãos em Deus. O homem que surgiu em determinada região geográfica, com um clima peculiar daquela região, estimulando vida e hábitos diferentes de outros que surgiram em outras localidades, explicam as diferenças físicas e morais que distinguem as variedades da raça humana.

Esta diversidade proporciona ao Espírito em evolução oportunidades inúmeras de aprendizado, evolução e progresso, não só do Espírito, como da sociedade da qual ele pertence, ou poderá pertencer.

OBSTÁCULOS A REPRODUÇÃO

A reprodução dos seres vivos é uma Lei Natural e corresponde a necessidade no mecanismo da evolução.

O homem usando sua inteligência e capacidade de discernimento pode adotar certas precauções para regulá-la.

A reprodução excessiva de determinadas plantas ou animais pode ser nociva e prejudicial ao homem, nesse caso, pode-se perfeitamente impedir ou regular a reprodução.

Deus dotou o homem de inteligência e raciocínio para que seja seu aliado no equilíbrio das forças na natureza.

Os próprios animais concorrem para a harmonia e o equilíbrio dos seres vivos, pois, ao se nutrirem das espécies animais e vegetais segundo seus instintos de conservação detêm o desenvolvimento excessivo de tais espécies.

No entanto, em se tratando de seres humanos, deve o homem levar em conta sua responsabilidade em adotar métodos para controlar sua reprodução.

Deus permitiu ao homem descobrir os meios para esse controle, o que significa sua aprovação, entretanto, importa saber as razões que levam o homem a assim agir.

Quando a não observação da Lei de Reprodução se traduz por uma ação meramente sensual mostrando a predominância da matéria sobre o Espírito, revela-se sua condição de inferioridade e materialidade.

O homem, em busca de sua relativa perfeição, deve aprender a direcionar seu impulso sexual sublimando-o paulatinamente e de tal forma, que possa transformá-lo em novas fontes de energia.

CASAMENTO E CELIBATO – POLIGAMIA - UNIÃO ESTÁVEL

a) CASAMENTO E CELIBATO

“O casamento ou a união permanente de dois seres, como é obvio, implica o regime de vivência pelo qual duas criaturas se confiam uma à outra, no campo da assistência mútua.” (Vida e Sexo - cap. 7 – Emmanuel)

A Doutrina Espírita veio nos ensinai; para grande surpresa nossa, que a verdadeira vida é no Plano Espiritual.

Para as nossas experiências, expiações, provas, oportunidades de trabalho, e estudo, etc. e, sobretudo para o progresso e evolução em todos os aspectos, Deus nos deu as reencarnações.

Por meio das reencarnações, temos a única maneira de progredirmos ate alcançarmos a condição de Espíritos Puros. Condição essa, que todos nos, sem exceção, alcançaremos um dia, conforme promessa de nosso Mestre Jesus. “Sede vos logo perfeitos, como também vosso Pai celestial é perfeito.” (Mt, V:44-48)

O tempo que levaremos para atingir esse objetivo vai variar de Espírito para Espírito, pois é uma tarefa individual.

A união conjugal no Plano Espiritual se da através de almas afins, enquanto no Plano físico essas relações se dão, muitas vezes para reajustar uma situação criada em outras encarnações, onde esses Espíritos têm a oportunidade de se encontrarem para “provarem ou expiarem” através do convívio e com isso evoluírem Espiritualmente, se libertando daqueles laços que os prendiam.

Deus, com sua paciência e misericórdia infinita, aguarda o resultado dos nossos esforços sem nenhuma pressa ou pressão, leve o tempo que levar, mesmo porque, somos imortais. Tivemos um começo, mas não teremos fim.

Antes de retornarmos ao plano físico fazemos um planejamento reencarnatório onde nos comprometemos em receber; acolher e conviver com companheiros de aventuras infelizes com a promessa de socorro e oportunidade de reedificação, com a esperança de elevação, resgate, burilamento e melhoria. O Casamento ou união conjugal é uma dessas oportunidades onde se pode constituir uma família e quitar os débitos obtidos.

Celibato (do latim caelibatus) que significa “não casado” na sua definição literal é uma pessoa que se mantêm solteira, podendo manter relações sexuais, logo não precisa se manter casto. No entanto, o termo é popularmente usado para descrever uma pessoa que escolhe abster-se de atividades sexuais. (Wikipédia - dicionário)

O celibato quando decidido por motivos religiosos ou beneméritos, mediante juramento ou voto sagrado, se o propósito é de se consagrar e servir a coletividade, sem segunda intenção egoísta, esse sacrifício eleva o homem acima de sua condição material e um ato meritório, perante as Leis Divinas.

Contudo, quando o celibato é um ato voluntário, tendo como finalidade a fuga das responsabilidades que a constituição familiar exige, não pode ser considerado um estado ideal “... Os que vivem assim por egoísmo desagradam a Deus e enganam a todos (LE - pergunta 698)

b) POLIGAMIA

“Poligamia, do grego “muitos matrimônios”. No reino animal, a poligamia se refere à relação onde os animais mantêm mais de um vínculo sexual no período de reprodução. Nos humanos, a poligamia é um tipo de relacionamento amoroso e sexual entre mais de duas pessoas, por um período significativo de tempo ou por toda a vida. É permitida por algumas religiões e pela legislação de determinados países.”

A poligamia para ser uma lei natural deveria ser universal, mas, no entanto é utilizada, ainda, em alguns países pela legislação humana.

A abolição da prática poligâmica marca o progresso social, pois a monogamia é a união onde proporciona aos cônjuges a oportunidade de se conhecerem afetivamente e se elevarem moralmente através dos princípios de amor e fraternidade, respeito, constituindo a união ideal do raciocínio e do sentimento entre as almas eleitas.

“... o casamento segundo as vistas de Deus tem que se fundar na afeição dos seres que se unem. Na poligamia, não há afeição real: há apenas sensualidade...” (LE -pergunta 701)

c) UNIÃO ESTÁVEL

Nossa legislação, bem como a maioria dos outros países, permite a separação dos casais, através do desquite ou divórcio. As leis humanas vão se modificando, procurando acompanhar o progresso da civilização. A Doutrina Espírita concorda com essa posição, ponderando que é preferível a separação oficializada, mesmo porque nesses casos, a separação já é um fato consumado.

Partindo-se do princípio de que não há uniões ao acaso. O divórcio sendo uma lei humana, vem para legalizar um mal maior, ou seja, para interromper compromissos que poderiam causar danos maiores aos cônjuges, onde levaria muito mais tempo para resgatar.

O fato de uma separação em uma encarnação não quer dizer que os Espíritos deixarão de ter aquele compromisso, pois em outra oportunidade virão juntos, para resgatar o que sucumbiram nessa.

Espera-se que haja equilíbrio nos compromissos afetivos entre casais, para que não percam a oportunidade de construir a verdadeira libertação.

Os débitos que contabilizamos ficam gravados dentro de nós, para que em algum momento possamos quitar. O espírita, conhecedor das Leis de Deus, que são misericordiosas, porém justas, deve esforçar ao máximo para manter a união estável, evitando o rompimento.

BIBLIOGRAFIA:

KARDEC, Allan - O Livro dos Espíritos, questões 50 a 54 e 686 a 701;

KARDEC, Allan -A Gênese - cap. I, parágrafos 31 e 32; cap. VI, parágrafos 7, 24, 28, 32, 48 e 49; cap. VII, parágrafos 7, 24, 28, 32, 48 e 49; cap. X, parágrafos 26 a 30; cap. XI, parágrafos 15, 16, 23, 29, 32, 39, 41 e 42; cap. XII, parágrafos 25 e 26;

KARDEC, Allan - O Que é Espiritismo - questão 142;

KARDEC, Allan - Evangelho Segundo o Espiritismo - cap. XVII, itens 7 e II; cap. XXII, itens I a 5; cap. XVII, itens 3 e 10;

PIRES, José Herculano - O Homem no Mundo - Heloisa Pires, pág. 137;

A imagem acima é meramente ilustrativa. Fonte: Internet Google.
 

quinta-feira, 13 de abril de 2023

5ª Aula Parte B – CURSO BÁSICO DE ESPIRITISMO 2º ANO - FEESP

PARÁBOLA DO RICO INSENSATO OU AVARENTO

Um homem rico possuidor de terras, teve grande produção. Pensava consigo mesmo que faria para recolher seus frutos e entendia ser melhor construir celeiros maiores e lá guardar todo o seu produto e todos os seus bens e poderá descansar; comer e beber; por muitos anos. Contudo, Deus lhe disse: “Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus”.

De que valem tesouros que a traça e a ferrugem corroem? Esta parábola demonstra o quanto o homem contemporâneo esta voltado para as riquezas materiais, esquecendo as espirituais. O Ter é mais forte que o Ser.

Este rico proprietário de terras, esqueceu que o seu verdadeiro tesouro esta no coração, retrato da alma. Aquele a quem Deus concedeu bens materiais tem por obrigação ser útil ao próximo.

Se este homem tivesse ajuntado os tesouros no céu, ou seja, trabalhado em prol dos tesouros da alma, sentimentos e atitudes nobres, ficaria tranquilo no momento que o Senhor o chamasse a Pátria Espiritual, pois teria trabalhado em proveito de si e do próximo.

BIBLIOGRAFIA:
KARDEC, Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap. XVI, item 3;

EMMANUEL, Francisco Cândido Xavier - Pensamento e vida - item 17;

LUIZ, André - Conduta Espírita - item 8;

O Espírito da verdade - Diversos Espíritos -item 9;

ALMEIDA, José de Souza - Evangelho Segundo Espiritismo e Parábolas;

SCHUTEL, Caibar e Parábolas e Ensinos de Jesus - Parábola do Avarento;

A imagem acima é meramente ilustrativa. Fonte: Internet Google.
 

terça-feira, 11 de abril de 2023

5ª Aula Parte A – CURSO BÁSICO DE ESPIRITISMO 2º ANO - FEESP

LEI DO TRABALHO

NECESSIDADE DO TRABALHO - LIMITE DO TRABALHO – REPOUSO

NECESSIDADE DO TRABALHO

Todo o universo trabalha e com o homem não seria diferente. O Livro da Gênese demonstra todos os ciclos pelo qual a Terra e o homem passaram e provam que pelo trabalho todos vem para dar continuidade ao trabalho de Deus (LE 674). Quando pensamos na palavra trabalho, logo remetemos nosso pensamento às ocupações materiais que desenvolvemos, contudo, o trabalho vai muito aquém desta simples visão.

Isto demonstra, que para o ser hominal, não somente as atividades materiais, que desenvolvem a inteligência do homem, mas também os trabalhos que desenvolvem a moral, os sentimentos daquele Espírito em evolução, são trabalhos que devem ser realizados ativamente pelo homem.

Quando o homem se entrega a ociosidade à expiação prevalece para que ele seja alertado para a sua melhoria (LE 676). Todo trabalho é útil, toda profissão dedicada à melhoria da sociedade, ao progresso e seu funcionamento dentro da economia do planeta é necessária, alias, em um planeta de provas e expiações, temos de ter atividades diversas que deem oportunidades a todos em suas provas para aprimoramento pessoal. Isto sem contar as diversas atividades direcionadas ao bem de nosso semelhante, que nos auxiliam a desenvolver as várias virtudes e depurar nossos sentimentos.

A oportunidade de trabalho esta em todos os lugares e momentos, mesmo para aqueles homens que estão impossibilitados de trabalhar, por qualquer impedimento, Deus oferece condições de que ele seja útil de alguma maneira, mesmo que através de uma prece direcionada aqueles que lhe auxiliam e participam de sua caminhada.

LIMITE DO TRABALHO. REPOUSO

Na sociedade em que vivemos, não podemos esquecer que nos é dado limite para o trabalho material, e este repouso é necessário ao descanso de nosso corpo físico e da mente, o limite do trabalho é o das forças, isto é, Deus não coloca fardos passados em ombros que não possam aguentar. Muitos homens e mulheres em nossa sociedade, não respeitam este limite, na chamada “corrida do ouro” e trazem para si inúmeras doenças e desequilíbrios.

Há muitos que detêm condições de fornecer ao seu semelhante, ou a comunidade onde vive, oportunidades de progresso e melhoria. Contudo, delas abusa, impondo a aqueles que deveria auxiliar em seu progresso intelecto moral, excessos de trabalho. Já vivenciamos épocas em que o homem escravizava outro homem e, apesar da sociedade estar mais atenta (com relação a leis de proteção aos direitos humanos), hoje ainda encontramos aqueles que sob diversas formas, escravizam seu semelhante, impondo-lhe condições abusivas de trabalho material, transgredindo as Leis Divinas e sendo o responsável por colher os frutos amargos do mau uso de seu livre-arbítrio.

O mais forte trabalhando para o mais fraco, é assim que a nossa vida de relação com o semelhante acontece e não paramos para perceber. São os pais cuidando dos filhos pequenos; são os filhos que devem cuidar dos Pais já idosos; são os mais bem aquinhoados pelos bens materiais que podem e devem proporcionar aos menos abastados, condições de trabalho, onde podem desenvolver suas diversas potencialidades; são os homens dispostos de boa vontade, respeito e amor ao próximo que auxiliam de diversas formas, seu semelhante caído sob o peso das dificuldades.

O mesmo não se da, contudo, com o trabalho moral. Aquele onde o homem desenvolve suas virtudes, no contato com seu semelhante, em todos instantes de sua existência. Para esta atividade, não existe limite, pois a cada instante de nossas vidas podemos aproveitá-lo para sermos um “homem de bem”, como nos ensina Jesus.

Na passagem do evangelho, onde Jesus realizou a cura de um enfermo no tanque de Betsaída, os Judeus veem ao seu encontro e dizem que não era licito realizar curas aos sábados e Jesus deixa-nos uma lição que devemos analisar com muito carinho para aplicá-la em nossas vidas: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (Jo, 5:1-17).

BIBLIOGRAFIA:

KARDEC, Allan - O Livro dos Espíritos - questões 674 a 685-a;

CALLIGARIS, Rodolfo - Leis Morais;

FRANCO, Divaldo P. - Leis Morais da vida, Cap. III;

EMMANUEL, Francisco Cândido Xavier - Religião dos Espíritos;

PERALVA, Martins - O Pensamento de Emmanuel- no. 26;

LUIZ, André - Conduta Espírita - item 26.

A imagem acima é meramente ilustrativa. Fonte: Internet Google.
 

terça-feira, 4 de abril de 2023

4ª Aula Parte B – CURSO BÁSICO DE ESPIRITISMO 2º ANO - FEESP

PEDI E OBTEREIS

“E quando orais, não haveis de ser como os hipócritas, que gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das ruas, para serem vistos dos homens; em verdade vos digo que eles já receberam a sua recompensa.”

“Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e. fechando a porta, ora a teu Pai em secreto; e teu Pai que vê o que se passa em secreto, te dará á paga.”

“E quando orais, não faleis muito como os gentios; pois cuidam que pelo muito falar serão ouvidos.”

“Não queirais, portanto parecer-vos com eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, primeiro que vós lho peçais” (Mateus, VI: 5 8)

A prece é uma demonstração de humildade da criatura para com o Criador; não pode servir de estimulo ao orgulho dos homens.

Recomendando-nos que oremos secretamente, Jesus quer que o sagrado ato da prece seja realizado na maior simplicidade possível e na mais perfeita humildade e harmonia.

A prece não vale pelas palavras com que é formulada, e sim pelo sentimento que a inspira. Não são os lábios que devem orar; mas o próprio coração.

É verdade que o Pai sabe o que é necessário a cada um de nós, antes que lho pecamos. Jesus neste versículo, quer dizer-nos que, velando pela criação inteira, esta a Previdência Divina, que a tudo prove.

Contudo, temos a obrigação de orar, tanto assim que Jesus nos ensina como fazer:

PAI NOSSO QUE ESTÁS NOS CÉUS; SANTIFICADO SEJA O TEU NOME

Iniciamos a prece por um ato de adoração a Deus, pronunciando seu nome sempre com o maior respeito.

VENHA A NÓS O TEU REINO. SEJA FEITA TUA VONTADE, ASSIM NA TERRA COMO NOS CÉUS

O reino que desejamos é um mundo, onde todos sejam felizes. É, portanto, nosso dever trabalhar para que haja a maior soma possível de felicidade na terra. Só Deus sabe o que convém a cada um de seus filhos; por conseguinte, devemos conformar-nos com a vontade Divina que rege o Universo.

O PÃO NOSSO DE CADA DIA, DÁ-NOS HOJE

Rogamos ao Pai celestial os meios de subsistência material e espiritual. A subsistência material conseguimo-la pelo trabalho; e a espiritual, pelo cumprimento, pelo estudo e pelo respeito às leis divinas.

E PERDOA-NOS AS NOSSAS DÍVIDAS, ASSIM COMO TAMBÉM PERDOAMOS AOS NOSSOS DEVEDORES

Para recebermos uma graça de nosso Pai, devemos ter iniciativa. Se não procurarmos merecer o favor divino, estacionaremos na estrada do progresso. E se lutarmos para alcançar o auxílio celeste, tanto mais depressa construiremos nossa felicidade.

Todavia, o auxilio divino está sempre subordinado aos atos que praticamos para com o próximo.

Um dos benefícios, que Jesus nos ensina a obtermos de Deus, é o perdão das faltas, que cometemos contra suas leis. Ora se nossos irmãos cometem faltas contra nós; se lhes perdoarmos os prejuízos morais ou materiais que nos causaram, e certo que conseguiremos o perdão de Deus, pelos erros em que incidimos durante nossa encarnação.

Misericórdia para com os outros, a fim de obtermos misericórdia do Pai.

E NÃO NOS DEIXE CAIR EM TENTAÇÃO. MAS LIVRA-NOS DO MAL, ASSIM SEJA.

Pedimos ao Pai as forças suficientes para resistirmos às tentações que se nos apresentam durante a vida; por isso, quando formos tentados, devemos elevar ao Alto o nosso pensamento, donde nos virá o auxilio.

Roguemos ao Senhor que nos livre do mal, mas não o pratiquemos nem por atos, nem por palavras, nem por pensamentos.

“PORQUE SE VOS PERDOARDES AOS HOMENS AS OFENSAS QUE TENDES DELES, TAMBÉM O VOSSO PAI CELESTIAL PERDOARÁ OS VOSSOS PECADOS.”

“MAS SE NÃO PERDOARDES AOS HOMENS, TAMPOUCO O VOSSO PAI VOS PERDOARÁ OS VOSSOS PECADOS”

BIBLIOGRAFIA:

KARDEC, Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo - cap. XXVII, itens 1 a 15

EMMANUEL, Francisco C. Xavier - Pensamento e vida - item 26

CALLIGARIS, Rodolfo - Leis Morais

EMMANUEL, Francisco C. Xavier - Religião dos Espíritos

EMMANUEL, Francisco C. Xavier - O Livro da Esperança - item 1

LUIZ, André, Waldo vieira - Conduta Espírita - item 26

SIMONETTI, Richard - A Constituição Divina

RIGONATTI, Eliseu - O Evangelho dos Humildes

AUTORES DIVERSOS, Waldo vieira/Francisco C. Xavier - O Espírito da Verdade - item 72

VINICIUS, PEDRO DE CAMARGO - Em Busca do Mestre

JOANNA DE ANGELIS, Divaldo P. Franco - Leis Morais da vida - item 2

PIRES, José Herculano - O Homem no Mundo - Heloisa Pires;

PERALVA, Martins - O Pensamento de Emmanuel - nº 24 e 25;

A imagem acima é meramente ilustrativa. Fonte: Internet Google.