CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

19a Aula Parte A - CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA 1º ANO FEESP


SONAMBULISMO

Visão Cientifica -  Visão Espírita - Participação do Perispírito no Sonambulismo

Sonambulismo e Mediunidade

Visão Científica

Sonambulismo [do latim somnus= sono e ambulare= marchar, passear.

Sonâmbulo [do francês somnambule] - Pessoa em estado de sonambulismo, podendo levantar-se, andar e falar durante o sono.

O sonambulismo, conhecido também como noctambulismo, segundo a Medicina, é um transtorno classificado como uma parassonia do sono: manifestação noturna em forma de movimentos anormais durante o sono, resultando em interrupções do mesmo. São exemplos de parassonia o despertar confusional, o terror noturno, o sonambulismo, os pesadelos, os distúrbios alimentares noturnos, entre outros.

O conhecimento sobre parassonias expandiu-se muito nos últimos anos. Foram identificados novos transtornos, registrando-se a ocorrência de transtornos conhecidos mais frequentemente numa faixa etária mais larga e com consequências mais sérias do que previamente se pensava. As parassonias podem causar traumatismos relacionados ao sono e promover sofrimento psicológico pela perda repetida do autocontrole durante o sono.

O diagnóstico das parassonias é realizado através do uso de entrevista clínica, (as informações do paciente podem esclarecer o diagnostico e levar ao tratamento apropriado) e da polissonografia, ou seja, monitorização fisiológica do sono. Em adultos, as parassonias costumam ser mal diagnosticadas e tratadas inadequadamente como distúrbios psiquiátricos.

O sonambulismo ocorre durante os estágios do sono denominados 3 ou 4, chamados sono de ondas lentas. O sono tem cinco estágios durante os quais as ondas cerebrais diminuem de intensidade até atingir um profundo estado de relaxamento. A baixa atividade se mantém no hipotálamo, ligado a consciência, e no córtex cerebral, que controla os movimentos do corpo. No caso dos sonâmbulos, essas ondas, vindas de uma área do cérebro chamada ponte, são irregulares. Por isso não cumprem a contento a função de inibir a região motora.

Como as áreas motoras permanecem ativas, o sonâmbulo levanta da cama e pode andar, urinar, comer, realizar tarefas comuns e mesmo sair de casa, enquanto permanece inconsciente e sem possibilidade de comunicação, pois a área relacionada à consciência, no hipotálamo, se mantém quase inativa. E isso explica porque quem sofre desse distúrbio não percebe o que faz e nem se lembra de nada no dia seguinte.

Os episódios de sonambulismo geralmente emergem 15 minutos a duas horas depois do inicio do sono, embora possam ocorrer em qualquer momento durante o sono. A duração dos episódios poderá variar amplamente.

Algumas características são comuns entre os sonâmbulos, tais como:

Manter os olhos abertos durante o sono: falar durante o sono, de maneira incompreensível e sem propósito; ter uma expressão facial indiferente; sentar-se e parecer despertar durante o sono; caminhar ou realizar outras atividades detalhadas durante o sono, de qualquer tipo, sem lembrança do evento ao despertar, além de cena de confusão e desorientação ao despertar.

Ocorre sonambulismo sem traumatismos com igual frequência em ambos os sexos, mas o sonambulismo com traumatismos é mais predominante no sexo masculino. Já foram relatados casos de sonambulismo homicida, quando o sonâmbulo apresentou comportamento agressivo com manejo de armas (facas, revólveres); outras vezes há a perda do senso crítico (sair pela janela do quarto, andar sem destino por grandes distâncias) que podem resultar em trauma inadvertido ou morte para si ou outros.

É mais comum a ocorrência do sonambulismo em crianças e adolescentes. Habitualmente, são episódios isolados. Dentre as crianças entre 5 e 12 anos de idade, estima-se que 15 a 40% tenham apresentado algum episódio de sonambulismo, pelo menos uma vez na vida. A maior Parte das crianças sonâmbulas deixa de apresentar este comportamento a partir da adolescência. Em crianças, a causa habitualmente é desconhecida, mas o sonambulismo também pode estar relacionado com a fadiga, privação de sono ou ansiedade.

Dentre os adultos, as pesquisas estimam que 0,5 a 2,5% apresentaram ou apresentam episódios de sonambulismo, que pode estar associado habitualmente a distúrbios neurológicos, psiquiátricos, estresse, apneia do sono obstrutiva, movimentos periódicos das extremidades, crises noturnas, doença febril e uso ou abuso de álcool.

Outros fatores de risco incluem privação do sono, gravidez, menstruação e medicamentos específicos, incluindo psicotrópicos (carbonato de lítio e agentes com efeitos anticolinérgicos). Em idosos, o sonambulismo pode ser sintoma de uma síndrome cerebral orgânica.

A causa do sonambulismo é desconhecida da Ciência e não há tratamento que gere cura eficaz até o momento. Muitos pesquisadores atribuem como uma das causas o nervosismo ou o medo, mas ainda não há nada comprovado neste sentido.

Há algumas orientações preventivas, caso haja predisposição ao sonambulismo, como evitar o consumo de álcool ou agentes depressores do SNC (Sistema Nervoso Central); evitar a fadiga, a insônia, o estresse e a ansiedade, que podem agravar o distúrbio.

Habitualmente não é necessário nenhum tratamento especifico para o sonambulismo. Podem ser necessárias medidas de segurança, para impedir a ocorrência de lesões, como: a modificação do ambiente, mudando objetos como fios elétricos ou moveis para reduzir tropeções e quedas. Pode ser necessário bloquear as escadas com um portão. Em alguns casos, os tranquilizantes de curta duração têm sido úteis para reduzir a incidência do sonambulismo. Se este for acompanhado por outros sintomas, for frequente ou persistente e/ou incluir atividades potencialmente perigosas, o sonâmbulo deve ser submetido à avaliação médica mais rigorosa. Se o sonambulismo for frequente ou persistente, pode ser apropriado um exame para excluir outros distúrbios, como convulsões. Também pode ser apropriado submeter-se a uma avaliação psicológica, para determinar causas como ansiedade excessiva ou estresse, ou a uma avaliação clinica, para excluir outras causas.

Visão Espírita do Sonambulismo

A Doutrina Espírita considera o sonambulismo como um fenômeno de emancipação da alma, tal como o êxtase, a dupla vista, os sonhos, etc. Estes fenômenos são naturais, sempre existiram e comprovam a existência da alma, pois esta se manifesta independentemente da atividade corpórea.

O corpo pode viver, enquanto está ausente o Espírito, pois vive a vida orgânica, que independe do Espírito, embora permaneça ligado a este pelo cordão fluídico. Não é necessário o sono completo para a emancipação do Espírito, quando os sentidos entram em torpor o Espírito recobra a sua liberdade. Os órgãos materiais, achando-se de certa forma em estado de catalepsia, deixam de receber as impressões exteriores e com a prostração das forcas vitais, o Espírito se desprende, tomando-se tanto mais livre, quanto mais fraco for o corpo. Para se emancipar, aproveita todos os instantes de inatividade que o corpo lhe concede. É um estado de emancipação da alma mais completo do que o sonho, que pode ser considerado um sonambulismo imperfeito. A manifestação ocorre, sobretudo durante o sono, quando o Espírito pode deixar provisoriamente o corpo, que se acha entregue ao repouso indispensável à matéria. Geralmente, o Espírito, preocupado com algo, se entrega a alguma ação que exige o uso do seu corpo, do qual se serve como se empregasse uma mesa ou qualquer outro objeto material.

O sonambulismo pode ser espontâneo, produzindo-se naturalmente e sem influência de nenhum agente exterior ou artificial ou o que é provocado por emanação magnética, conhecido como sonambulismo magnético.

No sonambulismo há uma maior lucidez da alma, porém o esquecimento absoluto no momento do despertar é um dos sinais característicos do verdadeiro sonambulismo, visto que a independência da alma e do corpo é mais completa do que nos sonhos. O cérebro, em repouso como os demais órgãos, não registra a atividade da alma, dai a impossibilidade da recordação do que foi vivenciado em estado de emancipação da alma.

O desenvolvimento maior ou menor da clarividência sonambúlica depende da organização física e da natureza do Espírito encarnado. Há disposições físicas que permitem ao Espírito desprender-se mais ou menos facilmente da matéria. O sonâmbulo diz que vê de varias formas, porque, achando-se inteiramente preso a matéria, não compreende como pode ver sem o auxilio dos órgãos. Porém, esta se referindo à visão da alma, que vê pelo todo, não necessitando de um canal especifico para tal. O sonâmbulo consegue ver o que se passa no ambiente em que se encontra, bem como o que esta ocorrendo em locais mais distantes, pois desdobra-se até estes locais, sente-se transportado ao lugar onde Vê o que descreve. É a dupla vista ou segunda vista, é a visão da alma. Nos fenômenos sonambúlicos, em que a alma se transporta, o sonâmbulo experimenta no corpo as sensações do frio e do calor existentes no lugar onde se acha em Espírito, muitas vezes bem distante do seu invólucro material, descrevendo cenas ou pessoas daquele local. A alma, que permanece ligada ao corpo pelo cordão fluídico, desempenha o papel de condutor das sensações que vidência.

O sonâmbulo, muitas vezes, demonstra possuir mais conhecimentos do que os que lhe supõe, falando com exatidão de coisas que ignora quando desperto, do que esta acima de sua capacidade intelectual. Isto ocorre porque, entrando no estado de crise sonambúlica, ativa sua bagagem de conhecimentos das existências anteriores e que estão arquivadas em sua memória perispirítica, embora de modo incompleto. Passada a crise, a recordação se apaga.

Participação do Perispírito no Sonambulismo

A participação do perispírito no fenômeno sonambúlico concentra se principalmente em algumas de suas propriedades, no caso em questão, a expansibilidade, que é o seu poder de irradiar-se ao redor e a distância do corpo Físico.

É a expansibilidade do perispírito que faculta o processo de emancipação da alma.

A expansibilidade é uma das principais propriedades do perispírito. O perispírito não esta preso ao corpo.

Embora seja indivisível, pode expandir-se. Em “Obras Póstumas”, no capitulo sobre manifestações dos Espíritos, 1ª parte, item 11: “O Perispírito não esta encerrado nos limites do corpo como muna caixa. É expansível por sua natureza fluídica; irradia-se e forma, em tomo do corpo, uma espécie de atmosfera que o pensamento e a força de vontade podem ampliar mais ou menos”.

O perispírito é o órgão sensitivo do Espírito, por meio do qual este percebe aquilo que escapa aos sentidos corpóreos. O Espírito vê, ouve e sente, por todo o seu ser, tudo o que se encontra na esfera de irradiação do seu fluido perispirítico. O sonâmbulo vê, portanto, com os olhos da alma.

O fluido perispiritual é o agente de todos os fenômenos espíritas. Todos os fenômenos só podem realizar-se graças à ação recíproca dos fluidos emitidos pelo médium e pelo Espírito. O desenvolvimento da faculdade mediúnica prende-se a natureza mais ou menos expansível do perispírito do médium e a sua maior ou menor facilidade de assimilação com os fluidos dos Espíritos.

A expansibilidade perispirítica, esta na base dos principais processos mediúnicos. A ação fluídica do Espírito se transmite de perispírito a perispírito, e deste ao corpo material. O estado de sonambulismo facilita consideravelmente essa ação graças ao desprendimento do perispírito, que melhor se identifica com a natureza fluídica do Espírito. No estado de desprendimento em que se encontra, a alma do sonâmbulo entra em comunicação mais fácil com os Espíritos desencarnados, comunicação que se estabelece pelo contato fluídico que conduz a eletricidade e serve de transmissão ao pensamento, como um fio.

Sonambulismo e Mediunidade

O sonâmbulo é médium?

Há aqui uma importante distinção a ser feita, os fenômenos de emancipação da alma são anímicos e não mediúnicos. Porém, em alguns casos podem se tomar também mediúnicos.

No estado de desprendimento em que se coloca, o sonâmbulo pode entrar mais facilmente em comunicação com os Espíritos, pois o estado de emancipação da alma facilita essa comunicação. Assim, o sonâmbulo pode ser considerado médium sonâmbulo, quando durante seu sonambulismo, entrar em contato com os Espíritos, transmitindo as comunicações destes e não as suas opiniões e visões anímicas.

Faz-se necessário diferenciar quando ele esta agindo por influência anímica: ver, ouvir e sentir fora dos limites dos sentidos, transmitir informações que esteja vendo a distancia ou transmitir conhecimentos de sua bagagem espiritual ou quando está agindo como médium: intérprete de outro ser, de uma inteligência estranha, transmitindo conhecimentos que não são dele próprio.

Por conta disso, o sonambulismo é considerado uma variedade da faculdade mediúnica.

O Espírito que se comunica o pode fazer com um sonâmbulo; observa-se isto principalmente em prescrições médicas, quando o sonâmbulo transmite a mensagem com a receita para o tratamento do enfermo, recebida de um Espírito. Muitas vezes, ao ser questionado sobre a patologia do doente não sabe responder, pois esta fora do âmbito de seus conhecimentos, indicando que só transmitiu aquilo que o Espírito lhe ditou.

Os sonâmbulos também podem ver e ouvir perfeitamente os Espíritos e os descrever precisamente, como o fazem os médiuns videntes e audientes. Também podem transmitir mensagens por meio da psicofonia ou psicografia.

Kardec denomina os “médiuns de desdobramento” de “médiuns sonâmbulos”.

Encontramos exemplos de médiuns sonâmbulos na obra “Nos Domínios da Mediunidade” do Espírito André Luiz, psicografada por Francisco Cândido Xavier, Capítulos 8 e 10 - “Psicofonia sonambúlica” e “Sonambulismo torturado”.

Na mediunidade sonambúlica a sintonia também é muito importante para a prática da Mediunidade. Se o médium sonâmbulo não estabelecer sintonia com os bons Espíritos, mediante a sua conduta cristã, atrairá os Espíritos enganadores e levianos, perdendo a oportunidade de colaborar na Seara de Jesus, com o bom uso de sua faculdade mediúnica.

Bibliografia:

NAGEL, Ruddy Reite. Transtornos do Sono
REIMÃO, Rubens. Segredos do Sono: sono e qualidade de vida.
Tufik, Sérgio. Medicina e Biologia do Sono.
Mello, Marco T{1lio de. Sono: Aspectos profissionais e suas interfaces na saúde.
KARDEC, Allan. Livro dos Espíritos: Livro 2, Cap. VII, Questões 425 a 455
KARDEC, Allan. Livro dos Médiuns: 2ª Parte, Caps. XIV n° 172, 173 e Cap. XXV n° 46
KARDEC, Allan. A Gênese: Cap. XIV, n 22 e 23
KARDEC, Allan. Obras Póstumas: Dos Médiuns, item 34
KARDEC, Allan. Revista Espírita: janeiro e novembro de 1858, julho de 1861, janeiro de 1863 e setembro e novembro de 1865
XAVIER, Francisco Cândido (Espírito André Luiz). Nos Domínios da Mediunidade: cap. 8 e 10 “Psicofonia sonambúlica” e ”Sonambulismo
torturado”.
Folha Espírita - marco/ 2005: Artigo: “Sonambulismo: Independência do Espírito” - Entrevista com o Dr. José Roberto Pereira Santos
(Secretário da AME-Brasil),
Revista Crista de Espiritismo - edição 36 - artigo: “Sonambulismo”
ZIMMERMANN, Zalmiro. Perispírito
MOREIRA, Fernando. Fisiologia da Alma
PERERA, Yvonne do Amaral. Devassando o Invisível
PEREIRA, Yvonne do Amaral. Recordações da Mediunidade

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terça-feira, 25 de setembro de 2018

18a Aula Parte B - CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA 1º ANO FEESP


ENTRE AS FORÇAS COMUNS

O Espírito foi criado para viver em comunhão com os semelhantes, que é a unidade de um todo em processo de aperfeiçoamento e que não pode fugir, sem dano, a cooperação, mas, à maneira da arvore no reino vegetal, precisa crescer e auxiliar com eficiência para garantir a estabilidade do campo e fazer-se respeitável (Roteiro, Lição 33).

“Indiscutivelmente a mediunidade, no aspecto em que a conhecemos na Terra, é a resultante de extrema sensibilidade magnética, embora, no fundo, estejamos informados de que os dons mediúnicos, em graus diversos são recursos inerentes a todos” (Emmanuel/F.C.Xavier - Roteiro, Lição 35).

O intercâmbio entre o mundo físico e o mundo espiritual se dá pelo pensamento.

Na prática da mediunidade, o pensamento invisível do homem associa-se ao pensamento invisível das entidades espirituais que o assistem, estabelecendo uma série infinda de combinações em benefício do trabalho de todos, no roteiro da evolução. Os bons pensamentos do encarnado se associam aos bons pensamentos do desencarnado, quando aceita as oportunidades de trabalho para o bem.

É fundamental aos médiuns a renovação interior, um trabalho de evangelização que ajuda na sublimação dos pensamentos e sentimentos, para sintonia e convivência com os Bons Espíritos.

Quando os pensamentos são viciados e voltados à negatividade é preciso educá-los por meio de boas leituras, conversas edificantes, estudo e reflexão dos ensinamentos do Evangelho. Assim, com força de vontade, firmeza e amor o médium consegue modificar sua forma de pensar.

“Ninguém se esqueça de que estamos assimilando incessantemente as energias mentais daqueles com quem nos colocamos em relação.” (Emmanuel/F.C.Xavier - “Roteiro”, Lição 35).

A mente é manancial vivo de energias criadoras. O pensamento é substância, coisa mensurável. Encarnados e desencarnados povoam o planeta, na condição de habitantes de um imenso palácio de vários andares, em posições diversas, produzindo pensamentos múltiplos que se combinam, que se repelem ou que se neutralizam (“Roteiro”).

Um bom exemplo de mediunidade com Jesus, encontramos em Maria de Nazaré, pura de coração, sintonizava-se com a espiritualidade superior. Através da mediunidade recebeu o aviso de Gabriel - Um Espírito Superior, de que seria mãe do Messias.

O Benfeitor Espiritual Emmanuel no livro “Roteiro”, afirma o seguinte:

“Os pensamentos honestos e nobres, sadios e generosos, belos e úteis, fraternos e amigos, são a garantia do auxilio positivo aos outros e a nós mesmos”.

Bibliografia:

Bíblia de Jerusalém - Antigo Testamento, Êxodo: Cap.3: 1-22),
Novo Testamento: Lucas Cap. 1:26 a 28; Atos dos Apóstolos Cap. 16:9
XAVIER, Francisco Cândido (Espírito Emmanuel). Roteiro: Lição 35
PUGLIA, Silvia C. S. C. – CDM

Questões para reflexão

1) Descreva sucintamente sobre os médiuns Audientes.

2) Explique porque os Espíritos se tornam visíveis.

3) Faça um breve relato sobre a anunciação do Espírito Gabriel, a Maria de Nazaré.

4) Analise a frase: “a mente é manancial de energias criadoras”.

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quinta-feira, 20 de setembro de 2018

18a Aula Parte A - CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA 1º ANO FEESP


MANIFESTAÇÕES VISUAIS

“De todas as manifestações espíritas, as mais interessantes são, sem contradita, aquelas pelas quais os Espíritos podem se tomar visíveis. Ver-se-á, pela explicação deste fenômeno, que ele não e mais sobrenatural do que os outros” (L.M., Cap. VI, item 100).

O estudo das manifestações visuais examina as razoes pelas quais os Espíritos se tomam visíveis. Segundo Allan Kardec “toda pessoa que sente a influência dos Espíritos em qualquer grau de intensidade é médium”, pois, a mediunidade é inerente ao ser humano. (L.M., Cap. XIV, item 159).

Médiuns Audientes são aqueles que ouvem os Espíritos e podem conversar com eles. Às vezes é uma Voz interna, que se faz ouvir intimamente; pode ser externa como se fosse uma pessoa encarnada ao nosso lado.

O médium auditivo capta as ondas sonoras que provém dos Espíritos por meio de rumores, palavras ou conversas inteiras vindas do mundo espiritual.

“O hábito de comunicar-se com os Espíritos faz com que o médium audiente reconheça e identifique o Espírito comunicante pelo timbre vocal. Quem não possui esta faculdade, ainda assim pode comunicar-se com um espírito conhecido, um ente querido, uma pessoa amiga ou alguém de notoriedade publica, através de um médium audiente, que fará às vezes de interprete”. (L.M., Cap. XIV, item 165).

O médium auditivo tanto pode captar ondas sonoras, provindas de Espíritos desencarnados que deliberadamente os transmitem, como quaisquer rumores, vozes, palavras e até mesmo conversações inteiras, provindas do mundo etéreo, mesmo quando não sejam emitidas, deliberadamente, para seu conhecimento. Os Espíritos podem produzir sons vocais imitando a voz humana; esse fenômeno é designado pelo nome de pneumatofonia. Esses sons manifestam-se de duas maneiras bem distintas: “é, às vezes, uma voz interna que ressoa em nosso foro íntimo, e, embora as palavras sejam claras e distintas, nada tem de material; de outras vezes, as palavras são exteriores e tão distintamente articuladas como se proviessem de uma pessoa ao nosso lado. Esse fenômeno da pneumatofonia é quase sempre espontâneo e só muito raramente pode ser provocado” (L.M., Cap. XII, item 151).

Os Médiuns videntes são dotados da faculdade de ver os Espíritos. Comumente é uma faculdade que resulta de uma crise súbita e passageira. É raro que ela seja permanente.

Há médiuns que possuem tal faculdade em estado normal (vigília) e guardam a lembrança precisa do que viram.

Existem outros que a vidência se apresenta em estado sonambúlico ou aproximado do sonambulismo. Na vidência é a alma que vê os Espíritos; os médiuns podem ver com os olhos abertos e/ou fechados. Um cego pode ver os Espíritos da mesma forma que aqueles que têm visão normal, pela mesma razão. (L.M., Cap. XIV, item 167).

Alguns fatores interferem nas aparições no estado de vigília; é necessário que exista a combinação dos fluidos do Espírito com os fluidos do médium que tenha condição para ver. Deve haver afinidade espiritual e uma finalidade útil para se apresentarem.

Os médiuns não devem provocar a aparição dos Espíritos, pois corre o risco de excitar a imaginação e se perturbar espiritualmente.

Os bons Espíritos se apresentam para orientar, consolar, ajudar o médium.

Os Espíritos inferiores assustam, amedrontam e muitos se vingam do médium.

É importante o esforço pessoal para a renovação interior a fim de vencer as más tendências e poder se elevar espiritualmente para sintonizar com os bons Espíritos.

Bibliografia:

Kardec, Allan. Livro dos Médiuns: Capítulos VI e XIV

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terça-feira, 18 de setembro de 2018

17a Aula Parte B - CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA 1º ANO FEESP


A CANDEIA DO CORPO

“Ninguém acende uma lâmpada para colocá-la em lugar escondido ou debaixo do alqueire, e sim sobre o candelabro, a fim de que os que entram vejam a luz. A lâmpada do corpo é o teu olho. Se teu olho estiver são, todo o teu corpo ficara também iluminado”. Lucas (11:33 a 35).

“Ora, eu vos digo, conduzi-vos pelo Espírito e não satisfareis os desejos da carne, pois a carne tem aspirações contrárias ao Espírito e o Espírito contrárias à carne. Eles se opõem reciprocamente, de sorte que não fazeis o que quereis”. Paulo (Gálatas, 5: 16 a 26). “Nenhuma carne é igual às outras, uma é carne dos homens, outra a carne dos quadrúpedes, outra a dos pássaros, outra a dos peixes. há corpos celestes e corpos terrestres. São, porém, diversos o brilho dos celestes e o brilho dos terrestres. Um é o brilho do sol, outro o brilho da lua, e outro o brilho das estrelas. E até de estrela para estrela há diferenças de brilho. O mesmo se dá com a ressurreição dos mortos; semeado corruptível, o corpo ressuscita incorruptível; semeado desprezível, ressuscita reluzente de gloria; semeado na fraqueza, ressuscita cheio de força; semeado corpo psíquico ressuscita corpo espiritual.” – Paulo (Coríntios : 15:39 a 44)

Paulo A. Godoy em sua obra, “Os Quatro Sermões de Jesus”, cita os seus ensinamentos: “Os vossos olhos são a candeia de vosso corpo. Se os vossos olhos forem bons, todo o vosso corpo será luminoso, entretanto, se eles forem maus, todo o vosso corpo será treva, e quão grandes serão essas trevas.” Essas afirmações, disse Jesus, refletem o que vai dentro de nossas almas. Com base nesse ensinamento devemos usar os nossos olhos no sentido do bem, de forma que as nossas almas sejam beneficiadas. Em outra ocasião disse o Mestre: Se teu olho direito te escandalizar, arranca-o e tira-o para longe de ti, pois, te é melhor que se perca um dos teus membros do que seja todo o seu corpo lançado no abismo.

“Caminhai enquanto tendes a luz, para que as trevas não vos apreenda: quem caminha nas trevas não sabe para onde Vai!”. Jesus. (João, 12:35)

“O homem de meditação encontrará pensamentos divinos, analisando o passado e o futuro. Ver-se-á colocado entre duas eternidades - a dos dias que se foram e a que lhe acena do porvir. Examinando os tesouros do presente, descobrira suas oportunidades preciosas. No futuro, antevê a bendita luz da imortalidade, enquanto que no pretérito se localizam as trevas da ignorância, dos erros praticados, das experiências mal vividas”.

A vida humana, pois, apesar de transitória, é a chama que vos coloca em contato com o serviço de que necessitais para a ascensão justa. Nesse abençoado ensejo, é possível resgatar, corrigir, aprender, ganhar, conquistar, reunir, reconciliar e enriquecer-se no Senhor. Refleti na observação do Mestre e apreender-lhe-eis o luminoso sentido. Andai enquanto tendes luz, disse Ele. Quem Vive, Segundo as leis sublimes do Espírito, respira em esfera diferente do próprio campo material em que ainda pousa os pés. Avançada compreensão assinala-lhe à posição íntima. Nas dificuldades e aflições da estrada, recolhe recursos à própria iluminação e engrandecimento. Ampara sem inclinações doentias. Serve sem escravizar-se. Permanece atento para com as obrigações da sementeira, todavia, não se inquiete pela colheita, porque sabe que o campo e a planta, o sol e a chuva, a água e o vento pertencem ao Eterno Doador.

Bem-aventurado o homem que segue vida afora em Espírito! Para ele, a morte aflitiva não é mais que alvorada de novo dia, sublime transformação e alegre despertar! (Espírito Emmanuel- “Pão Nosso”, lições 6 e 82).

Emmanuel, descrevendo o corpo humano, o chama de Santuário Divino e diz: Raros estudiosos, no entanto, se recordam dos prodígios do corpo humano, realização paciente da Sabedoria Divina, nos milênios, templo da alma, em temporário aprendizado na Terra. Por mais se nos agigante a inteligência, até agora não conseguimos explicar, em toda a sua harmoniosa complexidade, o milagre do cérebro, com o coeficiente de bilhões de células; o aparelho elétrico do sistema nervoso; a câmara ocular onde as imagens viajam, da retina para os recônditos do cérebro, em cuja intimidade se incorporam as telas da memória, como patrimônio inalienável do Espírito; o parque da audição com seus complicados recursos; o centro da fala; e outros sistemas que integram o corpo humano, o mais sublime dos santuários e uma das super maravilhas da Obra Divina. Dia surge, porém no qual o homem reconhece a grandeza do templo vivo em que se demora no mundo e suplica o retorno a ele, como trabalhador faminto de renovação, que necessita de adequado instrumento de conquista do abençoado salário do progresso moral para a suspirada ascensão as Esferas Divinas. As energias mentais dos habitantes da Terra tecem o envoltório que os retém na superfície do Globo. Raros são aqueles cuja mente vara o teto sombrio com os raios de luz dos sentimentos sublimados que lhes fulguram no templo intimo. O pensamento é o gerador dos infracorpúsculos ou das linhas de forca do mundo subatômico, criador de correntes de bem ou de mal, grandeza ou decadência, vida ou morte, segundo a vontade que o exterioriza e dirige. (Emmanuel/FCXavier- Roteiro, Lições 3 e 30).

Bibliografia:

Bíblia de Jerusalém:Lucas (11:33 a 35)
Bíblia de Jerusalém:Paulo (I Coríntios 15: 39 a 44)
18ª Aula - 55
Bíblia de Jerusalém:Paulo (Gálatas 5: 16 a 26)
Bíblia de Jerusalém:João (12:35)
GODOI Paulo Alves. Os quatro Sermões de Jesus: Lição, A Candeia do Corpo
XAVIER, Francisco Cândido (Espírito Emmanuel). Roteiro: Lições 3 e 30
XAVIER, Francisco Cândido (Espírito Emmanuel). Pão Nosso: Lições 6 e 82
PUGLIA, Silvia C. S. C. – CDM

Questões para reflexão

1) Explique a formação da aura segundo André Luiz.

2) Explique a interferência do pensamento na exteriorização da aura.

3) Comente os ensinamentos de Paulo quando ele diz que nenhuma carne é igual à outra.

4) Analise o significado da afirmação de Emmanuel: “Bem-aventurado o homem que segue a vida afora em Espírito!”

Fonte da imagem: Internet Google.

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

17a Aula Parte A - CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA 1º ANO FEESP


AURA

Aura, do latim: aura, ae = o ar em movimento, vento, sopro, eflúvio, exaltação, no sentido figurado: brilho, cintilação. (Dicionário Aurélio).

“É claramente compreensível que todas as agregações celulares emitam radiações e que essas radiações se articulem, através de sinergias funcionais, a se constituírem de recursos que podemos nomear por “tecidos de força” em tomo dos corpos que as exteriorizam. Todos os seres vivos, por isso, dos mais rudimentares aos mais complexos se revestem de um “halo energético” que lhes corresponde à natureza”. (A. Luiz,Evolução em dois Mundos, Capitulo XVII)

André Luiz não classifica as emanações dos seres não humanos como (auras), porém, de “halo energético”, constituído por “tecido de força”, sinalizando-nos sensível diferença entre as irradiações humanas das dos demais reinos da Terra. “A alma encarnada ou desencarnada esta envolvida na própria aura ou túnica de forças eletromagnéticas, em cuja tessitura circulam as irradiações que lhe são peculiares. Essas irradiações, de maneira condensada, até um ponto determinado de saturação, contendo as essências e imagens que lhe configuram os desejos do mundo intimo, em processo espontâneo de auto- exteriorização, ponto esse do qual a sua onda mental se alonga adiante, atuando sobre todos os que com ela se afinem e recolhendo naturalmente a atuação de todos os que se lhe revelem simpáticos”. (“Mecanismos da Mediunidade”, Cap. X).

Cada ser tem o fluido próprio, que o envolve e o acompanha em todos os seus movimentos, como a atmosfera acompanha e envolve cada planeta. (O.P, Manifestações dos Espíritos, item 1).

Em torno do ano 1939, o casal russo Kirlian desenvolveu na Universidade de Kirov, antiga União Soviética, uma câmera que consegue fotografar as emanações de um corpo submetido a um Campo elétrico de alta voltagem e de baixa amperagem, e fotografou o que seria a aura das plantas e dedos humanos.

Já em 1968 admitiu-se que a aura seria o Corpo Bioplasmático descoberto por cientistas russos da Universidade de Kirov. Falou-se também que ocorreriam irradiações em corpos materiais inorgânicos, como rochas, moedas; etc.

Nos corpos inorgânicos há um campo magnético formado pelo magnetismo emanante do estado vibratório dos átomos. O ímã e os astros-celestes são exemplos desse campo de irradiações. No ser orgânico existe algo mais que no inorgânico, pois é um ser dotado de vitalidade, fluido vital, o que enriquece a aura, fazendo-a mais complexa e rica. No ser orgânico pensante, a complexidade energética da aura é muito maior. O pensamento orientado pela vontade pode dar um maior significado a aura, visto que sob seu controle ele pode expandir se ao infinito.

A Aura humana

Além do corpo físico há uma camada leitosa, emanação do próprio corpo. E a aura material, a qual se dá o nome de duplo etéreo, ou etérico, ou aura vital, comum a todos os seres orgânicos, existindo, portanto, nos vegetais, nos animais e nos homens. Esta aura material, emanação de nosso corpo físico, interpenetra-o, ao mesmo tempo em que parece dele emergir, emitindo continuamente, uma emanação energética que se apresenta em formas de raias ou estrias que partem de toda a superfície. Na codificação encontramos na Gênese, Cap. 15: “os movimentos mais secretos da alma repercutem no envoltório fluídico”. É assim que uma alma pode ler outra alma como um livro, vendo o que não é perceptível aos olhos do corpo

A aura humana constitui, portanto, a fotosfera psíquica do homem apresentando cores variadas, Segundo a onda mental emitida, retratando lhe os pensamentos em cores e imagens, conforme os objetivos escolhidos, nobres ou deprimentes.

Na obra “Nos Domínios da Mediunidade”, no Cap. 2, André Luiz cita um aparelho do plano espiritual, o “psicoscópio”, que se destina a auscultação da alma, com o poder de definir lhe as vibrações e com capacidade para efetuar diversas observações em tomo da matéria. A moralidade, o sentimento, a educação e o caráter são claramente perceptíveis, através de ligeira inspeção.

“A leitura da aura é Uma técnica de avaliação das condições espirituais das pessoas através da vidência. Mas é ponto pacífico no Espiritismo que a vidência não oferece nenhuma condição de segurança para servir como instrumento de pesquisa” (J.H.Pires - “Mediunidade”, capitulo 13).

A aura espiritual compõe-se de:

- um campo estável, fundamental, indicativo do caráter das pessoas e de seu grau de espiritualidade (Parte fixa);

- faixas ondulantes que revelam as reações do Espírito encarnado às inúmeras circunstancias da vida exterior (Parte variável).

- conjunto de estrias que são cintilações, radiações que indicam impulsos momentâneos, de caráter passageiro.

Nos trabalhos de cura espiritual, os videntes chamados a proceder a exames espirituais para determinação de perturbações físicas e psíquicas; isso impõe a necessidade de conhecimentos sobre o corpo humano e do Perispírito, do qual a aura é uma espécie de espelho exterior. Os médiuns, para fazerem exames espirituais, devem apenas deter-se no campo físico, estável da aura. Ela reflete saúde, doença, caráter, os pensamentos, sentimentos, virtudes e vícios. Nas moléstias graves a aura se desvanece.

A aura humana acrescida das vibrações dos pensamentos humanos forma a chamada aura espiritual do homem.

Temos na obra de Emmanuel, “Pensamento e Vida”, Cap. 8: “Na vida comum, a alma entra em ressonância com as correntes mentais em que respiram as almas que se assemelham. Assimilamos os pensamentos daqueles que pensam como pensamos. É que sentindo, mentalizando, falando ou agindo, sintonizamo-nos com as emoções e ideias de todas as pessoas, encamadas ou desencarnadas, da nossa faixa de simpatia. Estamos invariavelmente atraindo ou repelindo recursos mentais que se agregam aos nossos, fortificando-nos para o bem ou para o mal, segundo a direção que escolhemos”.

Verificamos assim que “a aura” é a nossa plataforma onipresente em toda comunicação com as rotas alheias, antecâmara do Espírito, em todas as nossas atividades de intercâmbio com a vida que nos rodeia, através da qual somos vistos e examinados pelas Inteligências Superiores, sentidos e reconhecidos pelos nossos afins, e temidos e hostilizados ou amados e auxiliados pelos irmãos que caminham em posição inferior a nossa. É por essa couraça vibratória, espécie de carapaça fluídica, em que cada consciência constrói o seu ninho ideal, que começaram todos os serviços de mediunidade na Terra. (Andre Luiz, Evolução em Dois Mundos, Cap. 17)

Quando nossos pensamentos estiverem num padrão vibratório elevado, em prece ou estudos edificantes, por exemplo, nossa aura apresenta-se, geralmente, ampliada e mais iluminada.

Bibliografia:

XAVIER, Francisco Cândido (Espírito André Luiz). Evolução em Dois Mundos: Cap. XVII
XAVIER, Francisco Cândido (Espírito André Luiz). Mecanismos da Mediunidade: Cap. X
XAVIER, Francisco Cândido (Espírito André Luiz). Nos Domínios da Mediunidade: Cap. XI
KARDEC, Allan. A Gênese: Cap. XV
KARDEC, Allan. Obras Póstumas: Manifestações dos Espíritos
PIRES, J. Herculano. Mediunidade: Capitulo XIII
MELO, Jacob. O Passe: cap. IV item 2
XAVIER, Francisco Cândido (Espírito Emmanuel). Pensamento e Vida: Cap.8

Fonte da imagem: Internet Google.

terça-feira, 11 de setembro de 2018

16a Aula Parte B - CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA 1º ANO FEESP


ATIRE A PRIMEIRA PEDRA

“Então lhe trouxeram os escribas e fariseus uma mulher que fora apanhada em adultério, e a puseram no meio, e lhe disseram: Mestre, esta mulher foi agora mesmo apanhada em adultério; e Moisés, na Lei, mandou apedrejar a estas tais. Qual é a vossa opinião sobre isto: Diziam, pois os judeus, tentando-o, para o poderem acusar. Jesus, porém, abaixando-se, pôs-se a escrever com o dedo na Terra. E como eles perseveraram em fazer-lhes perguntas, ergueu-se Jesus e disse-lhes: Aquele dentre vos que estiver sem pecado atire-lhe a primeira pedra. E tornando a abaixar-se, escrevia na terra. Mas eles, ouvindo-o, foram saindo um a um, Sendo os mais velhos os primeiros. E ficou só Jesus com a mulher, que estava no meio, em pé. Então, erguendo-se, Jesus lhe disse: Mulher, onde estão os que te acusavam? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor. Então Jesus lhe disse: Nem eu tampouco te condenarei; Vai, e não peques mais.” (João, VIII - 3:11)

Estas palavras de Jesus fazem da indulgência um dever, pois não há quem dela não necessite para si mesmo.

Ensinam que não devemos julgar os outros mais severamente do que julgamos a nós mesmos, nem condenar nos outros aquilo que desculpamos em nós. Antes de reprovar uma falta de alguém, consideremos se a mesma reprovação não nos pode ser aplicada. Desejamos a vitória do bem na Terra, contudo, para tanto se faz necessário acendemos a luz da indulgência para conquistá-la com segurança. Todos nós, Espíritos imperfeitos, ainda arraigados à evolução da Terra, reclamamos concurso e compaixão uns dos outros, mas nem sempre sabemos por nós mesmos, quando surgimos necessitados de semelhantes recursos. Como ensina-nos Emmanuel, por intermédio de Francisco Cândido Xavier, em muitas circunstâncias, estamos cegos da reflexão, surdos do entendimento, paralíticos da sensibilidade e anestesiados na memória sem perceber.

A censura de conduta alheia pode ter dois motivos: reprimir o mal, ou desacreditar a pessoa cujos atos criticamos. Este último motivo jamais tem justificativa, pois decorre da maledicência e da maldade. O primeiro pode ser louvável, e toma-se mesmo um dever em certos casos, pois pode dele resultar um bem, e porque sem ele o mal jamais será reprimido na sociedade. O homem deve ajudar o progresso do seu semelhante.

Indiscutivelmente, ninguém constrói nada de bom, sem responsabilidade e disciplina, advertência e firmeza, mas é preciso considerar que toda boa obra roga auxilio, a fim de aperfeiçoar-se. É preciso lembrar que o bem exigido pela força da violência gera inúmeros males em seu redor e desaparece da área luminosa do bem para converter-se num mal maior.

Jesus não podia proibir de se reprovar o mal, pois ele mesmo nos deu o exemplo disso, e o fez em termos enérgicos. Mas quis dizer que a autoridade da censura esta na razão da autoridade moral daquele que a pronuncia. A única autoridade legitima, aos olhos de Deus, é a que se apoia no bom exemplo. Comecemos, pois, por lavar a nossa alma dos vícios e paixões que a maculam, para purificar os nossos corações; depois, então, quando limpos de coração, poderemos censurar as faltas alheias. Porém, limpos de toda imperfeição, não julgaríamos porque estaríamos banhados pela luz da indulgência, por meio de um sentimento fraternal, que todos nós deveríamos ter para com os nossos irmãos. O indulgente não vê os defeitos alheios, e se os vê, evita comentá-los e divulgá-los. Ele jamais se preocupa com os maus atos alheios, a menos que seja para prestar um serviço, porém, ainda assim com o cuidado de atenuar tanto quanto possível. Não faz observações chocantes, nem traz censura nos lábios, mas sempre conselhos quase sempre velados. A indulgência acalma, corrige, enquanto o rigor desalenta, afasta e irrita.

O Evangelho recomenda-nos severidade para com nós mesmos e indulgência para as fraquezas alheias, porque essa é também uma forma de praticar a Caridade, que bem poucos observam. Caridade para com todos, porque o amor resume todos os deveres, e porque é impossível amar a Deus sem praticar a Caridade, da qual Ele faz uma lei para todas as criaturas.

Na luz da indulgência sustentaremos os fortes estimulando-os a perseverança e fortificaremos os fracos, mostrando-lhes a bondade de Deus, que leva em conta o menor arrependimento. É necessário compreendermos toda a misericórdia infinita de nosso Pai, e nunca nos esquecermos: “Perdoai as nossas ofensas, como perdoamos aos nossos ofensores”. Estas palavras não são admiráveis apenas pela letra, mas também pela essência que encerram.

Quando percebemos alguém delirando na ambição desenfreada, usando a indulgência poderemos renovar-lhe o modo de pensar e agir. Usando a indulgência no dia a dia poderemos oferecer apoio; mentalizar o melhor para as criaturas que nos cercam, compreender as necessidades alheias, seguindo assim os exemplos de Jesus e esforçando-nos para sermos dignos do amor e da misericórdia de Deus.

Quem somos nós para julgar nossos irmãos, se todos nós somos réus no tribunal de nossas consciências?

Bibliografia:

KARDEC, Allan: Evangelho Segundo o Espiritismo: cap. X
XAVIER, Francisco Cândido (Emmanuel). Livro da Esperança: Item 27

Questões para reflexão:

1) Faça um breve relato referente à Dependência Química, sobre a visão Científica.

2) Comente a Visão Espírita sobre a Dependência Química e suas implicações os usuários.

3) Escreva a reação de Jesus diante da mulher adúltera.

4) Comente as palavras de Jesus: “Atire-lhe a primeira pedra aquele que estiver isento de pecado”.

Fonte da imagem: Internet Google.

terça-feira, 4 de setembro de 2018

16a Aula Parte A - CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA 1º ANO FEESP


DEPENDÊNCIA QUÍMICA

Visão Científica

O conceito de dependência química ainda é muito discutido no meio científico. Várias teorias estão sendo estudadas e testadas. A Organização Mundial de Saúde (OMS) acrescentou grande colaboração ao assunto, ao catalogar a síndrome da dependência de substâncias psicoativas (as drogas atuando no cérebro afetando a atividade mental) como uma doença. Neurologicamente, está ligado a alterações na estrutura e funções cerebrais, o que caracteriza uma doença cerebral, com implicações psicológicas, sociais e espirituais. Esta colocação elimina os conceitos leigos que catalogavam o dependente químico como um viciado, fraco, sem caráter, etc.

Hoje, para a Medicina, o dependente químico deve ser tratado como um doente como qualquer Outro. O dependente químico vivera bem se não ingerir drogas. Estas atuam sobre o sistema nervoso central, estimulando o consumo repetitivo da substância, o que gera a dependência, que poderá ser física e/ou psicológica.

A OMS considera ainda, que o abuso de drogas não pode ser definido apenas em função da quantidade e frequência de uso. Uma pessoa somente será considerada dependente se o seu padrão de uso resultar em pelo menos três dos seguintes sintomas ou sinais, ao longo dos últimos doze meses: forte desejo ou compulsão de consumir drogas; dificuldades em controlar o uso, seja em termos de inicio, término ou nível de consumo; uso de substancias psicoativas para atenuar sintomas de abstinência, com plena consciência dessa prática; estado fisiológico de abstinência; evidência de tolerância, quando individuo necessita de doses maiores de substancia para alcançar os efeitos obtidos anteriormente com doses menores; estreitamento do repertório pessoal de consumo, passa a consumir drogas em ambientes inadequados, a qualquer hora ,sem nenhum motivo especial.

As drogas também são catalogadas como lícitas ou legalizadas, os medicamentos alopatas e homeopáticos, o álcool, o tabaco e a cafeína, que são as drogas mais consumidas e de uso praticamente universal e as ilícitas ou ilegais, cuja produção e comércio são proibidos como a maconha, cocaína, crack, LSD, heroína, êxtase, etc.

Elas formam basicamente três grupos:

Depressoras            Estimulantes            Perturbadoras

Álcool                     Anfetaminas             LSD
Calmantes              Extasy                     Maconha / Haxixe
Barbitúricos            Cocaína                   Ayahuasca
Inalantes               Crack/ Merla            Cogumelo
Solventes              Cafeína                    Lírio
Ópio - Morfina        Tabaco
Ópio – Codeína

Depressoras da Atividade Cerebral: diminuem a atividade mental, a atenção, a concentração e a capacidade intelectual. O usuário fica “desligado”, “devagar”, desinteressado, podendo entrar em depressão.

Estimulantes da Atividade Cerebral: aceleram a atividade mental, afetando o cérebro. O usuário fica “ligado”, “elétrico”, sem sono.

Perturbadoras da Atividade Cerebral: provocam distúrbios no funcionamento do cérebro, este trabalha de forma desordenada. O usuário fica com a mente perturbada.

Muitas pesquisas tem demonstrado que algumas pessoas nascem com o organismo predisposto (predisposição mórbida) a criar dependência quando ingerem determinadas substâncias psicoativas.

Aproximadamente 10 em cada 100 pessoas nascem com essa predisposição, mas só desenvolverão a doença ao entrarem em contato com a substância, ou seja, ao ingerirem álcool, cocaína, anfetaminas, etc.

Dependência Química é, portanto, a predisposição mórbida a desenvolver dependência a substâncias químicas alteradoras do estado de humor.

A Sociedade Americana da Medicina de Adição (ASAM) define dependência química à:

- Doença Crônica: exige tratamento pelo resto da vida (como a Diabetes), ao contrário da doença aguda, que surge e desaparece após tratamento adequado, por exemplo, a gripe. Por isso, é também considerada, até o momento, como doença incurável, porém tratável.

- Doença Primária: é a “doença base“, que aparece em primeiro lugar, desencadeando doenças secundárias (hepatite, cirrose, problemas circulatórios, etc.).

- Doença Progressiva: quando não tratada, evolui em fases pré-estabelecidas com piora de todos os aspectos da vida. O dependente inicia o uso do químico de maneira moderada e vai aumentando o consumo gradativamente.

- Doença Fatal: leva a morte ou loucura se não tratada. O dependente deve ser incluído em programas de tratamentos que abordemos aspectos biopsicossociais e espirituais.

A Dependência Química é uma doença grave, com consequências alarmantes. Caracteriza-se por uma continua ou periódica perda do controle, pela obsessão ou uso de substâncias psicoativas e distorções na maneira de pensar e de agir.

Estatísticas da OMS e da Abead (Associação Brasileira de Estudo sobre Álcool e Drogas) apontam cerca de 64%, em media, dos homicídios, 35% a 64% de acidentes de transito com vitimas e 80% da pessoas que praticam tentativa de suicídio. Compromete a saúde física (síndrome da abstinência, doenças hepáticas, gastrite, anemia, distúrbios neurológicos); psicológica (danos na percepção, mudança de humor e de comportamento); relacionamento interpessoal (problemas conjugais e violência, enfraquecimento das relações sociais); desempenho ocupacional (problemas escolares ou profissionais) e problemas legais, financeiros e/ou espirituais (deturpação de Valores éticos e morais).

Os recursos para detê-la são as ações chamadas de prevenção primaria, para evitar o surgimento de novos casos, através das intervenções educativas (psicopedagógicos) precoces, massificadas e incessantes, na família, na escola, na comunidade, etc. As ações de prevenção secundária (tratamento dos casos já existentes) e de prevenção terciária (reintegração social).

A família e muitas outras pessoas que convivem com o dependente químico (amigos, vizinhos, colegas de trabalho) na tentativa de o ajudarem, se envolvem emocionalmente na situação, em função da ligação afetiva e desenvolvem os mesmos comportamentos irracionais dos dependentes químicos. Desenvolvem uma doença emocional chamada co-dependência: dependência emocional ao comportamento do dependente químico, vivendo em função do mesmo. Perdem o controle de sua própria vida, apresentam grandes dificuldades em lidar com as próprias emoções, desenvolvendo atitudes impensadas. Sentimentos como raiva, perda, culpa e medo e atitudes como fuga, controle, ameaças, criticas, agressões e negação, refletem a desestruturação emocional do co-dependente.

Tratamento:

O 1° passo para a recuperação é o afastamento total do uso da droga. O importante não é a diminuição da quantidade ou frequência, mas a abstinência total.

O dependente não pode jamais voltar a fazer uso da droga, pois logo à dependência se reinstala, por tratar-se de uma doença crônica, incurável até o momento.

Não há caso de dependentes que, tendo parado de usar a droga possa fazê-lo de novo - ainda que por simples e ocasional recreação sem voltar à dependência. Parar temporariamente e voltar ao uso significa recaída, isto é, retomar ao ponto de partida.

Há várias opções de tratamento, tanto para o dependente como para o familiar, a nível ambulatorial ou hospitalar: médico, psicológico, grupos de autoajuda (como “Alcoólicos Anônimos” e “Narcóticos Anônimos” e para a família “Al-Anon” e “Nar-Anon”), Comunidades Terapêuticas, etc. Não existe uma forma de tratamento que seja universalmente a melhor. Um mesmo individuo pode tentar diferentes caminhos até encontrar o mais eficaz para si. A Federação Espírita do Estado de São Paulo (FEESP) oferece assistência espiritual especializada para a dependência química, com assistência distinta para usuários de drogas ilícitas (P3AT) e drogas licitas: álcool (P3A) e tabagismo (P3T).

Visão Espírita

A Doutrina Espírita pode colaborar muito para a recuperação do dependente químico, mostrando-lhe novas perspectivas de vida.

A causa da pré-disposição física, detectada pela Ciência, é de origem espiritual, pois através do uso abusivo de drogas em vidas passadas, plasma-se no corpo físico, através do perispírito, a predisposição orgânica como forma de resgate e auto superação.

O Espiritismo representa poderoso estimulo na luta para vencer a dependência química, pois ensina de onde viemos, porque nos encontramos na Terra, porque só iremos e para onde vamos após a morte do corpo, gerando reflexões sobre as causas e consequências do uso de drogas na vida presente, na vida espiritual e nas futuras reencarnações.

As consequências espirituais da dependência química são diversas:

Deturpação dos valores ético morais: com a progressividade da doença, o dependente químico utilizará de qualquer estratégia para conseguir mais droga, deixando de lado seus Valores, os padrões éticos e tudo mais que tenha aprendido de bom na vida: pode enganar, manipular, roubar, se prostituir e até matar. A obsessão pela droga é tão intensa que no momento da compulsão, o dependente não consegue respeitar sequer os laços familiares, podendo apresentar as atitudes descritas acima inclusive com seus familiares. Obviamente, estas atitudes vão sintonizar o dependente com Espíritos também desequilibrados e infelizes.

A ação das drogas no perispírito: Segundo a Ciência, a droga, ao penetrar no organismo físico do usuário, atinge o aparelho circulatório, o sangue, o sistema respiratório, o cérebro e as células, principalmente as neuronais.

No livro “Missionários da Luz”, o Espírito André Luiz relata que: “O corpo perispiritual, que dá forma aos elementos celulares, esta fortemente radicado no sangue. O sangue é elemento básico de equilíbrio do corpo perispiritual”. Em “Evolução em dois Mundos”, o mesmo autor espiritual relata que os neurônios guardam relação intima com o perispírito.

Desta forma, a ação das drogas no sangue e nos neurônios, também vai comprometer as regiões correspondentes no perispírito, gerando lesões e deformações no corpo espiritual, podendo até bloquear as energias emanadas do perispírito ao corpo Físico via centros de força, alcançando e comprometendo, substancialmente, o equilíbrio e a própria saúde do seu corpo perispiritual.

O corpo material é um bem facultado para a evolução do homem na Terra. O uso de drogas pode danificá-lo de maneira irreversível, comprometendo também o perispírito. Em uma próxima encarnação, essa desarmonia condicionará o normal desenvolvimento do novo corpo material. Exemplo: tabagistas que reencarnam com problemas pulmonares.

O fumo não só introduz impurezas no perispírito, que são visíveis aos médiuns videntes, à semelhança de manchas, formadas de pigmentos escuros, envolvendo os órgãos mais atingidos, como os pulmões, mas também amortece as vibrações mais delicadas, bloqueando-as, tornando o homem até certo ponto insensível aos envolvimentos espirituais de entidades amigas e protetoras. As substâncias tóxicas do cigarro ficam impregnadas ao organismo espiritual causando de pequenas a grandes lesões. As drogas em geral, causam nos seres encarnados, um entorpecimento dos sentidos, deslocando o perispírito, para um ponto de desequilíbrio com o corpo material.

Vampirismo:

Esclarece André Luiz em “Missionários da Luz”: “Paralelamente aos micróbios alojados no corpo físico há bacilos de natureza psíquica, quais larvas, portadoras de vigoroso magnetismo animal. Essas larvas constituem alimento habitual dos espíritos desencarnados e fixados nas sensações animalizadas.” O Espírito de um usuário de drogas que desencarne sem ter se libertado da dependência, na espiritualidade continuará sentindo o desejo e a necessidade de consumir a droga. Desta forma, vai se aproximar de dependentes químicos encarnados e vampirizar ou sugar os vapores sutis das drogas. Estes vapores, ao se volatilizarem são facilmente detectados e sugados pelos Espíritos ainda presos as sensações dos químicos.

Obsessão:

Os Espíritos dependentes químicos que desencarnam sem tratamento, mantém no perispírito integralmente as mesmas sensações experimentadas na jornada terrena. Para garantir que possam continuar sorvendo os vapores que as drogas exalam, influenciam os encarnados a manterem a ingestão dos químicos, por intermédio dos processos de obsessão. Como Espírito precisara vincular-se à mente de um dependente para transmitir-lhe seus anseios de consumo da droga e incentivar o encarnado a consumir mais e mais, o que demonstra que o dependente encarnado sustenta a sua compulsão e a de muitos desencarnados! André Luiz, em “Sexo e Destino”, capítulo 6°, ilustra muito bem como os Espíritos conseguem levar um individuo a ingerir químico e, ao mesmo tempo, usufruir de suas emanações. Estabelecem uma sintonia que gera uma sobrecarga mental no encarnado que afeta as funções cerebrais, gerando queda no rendimento físico, intelectual e emocional do usuário. Este absorve as impregnações fluídicas maléficas daqueles, deixando o usuário, enfermiço, triste, irritadiço, infeliz, submetido à vontade dos obsessores.

O Médium e a Dependência Química:

“A primeira condição para ser passista é trabalhar em sua própria depuração moral, a fim de não comprometer os fluidos salutares que está encarregado de transmitir. O fluido humano está sempre mais ou menos impregnado de impurezas físicas e morais do encarnado. Os fluidos dos bons Espíritos é necessariamente mais puros e, por isto mesmo, tem propriedades mais ativas, que acarretam uma cura mais pronta, mas, passando através do encarnado pode alterar-se. Todo passista, tem a necessidade de trabalhar para seu melhoramento moral” (Allan Kardec - Revista Espírita, Setembro, 1865).

O médium deve estar gozando de boa saúde física e mental para doar suas energias ao assistido. O passe magnético, por exemplo, é uma transfusão de energia magnética, algo semelhante à transfusão de sangue.

Não é preciso uma condição especial para doar sangue, apenas que o doador seja saudável, da mesma forma que o médium.

Como o passista doa de si uma Parte dos fluidos que vão fortalecer o lado material e espiritual do necessitado, esses fluidos precisam estar limpos de vibrações deletérias. O uso de produtos químicos, como por exemplo, o fumo ou do álcool gastam muita energia vital, deixando o médium deficiente de energia, além de contaminar a pureza dos Fluidos que é portador, dificultando o trabalho dos Espíritos, que acabam por não obter a devida qualidade nos trabalhos. Como a intenção é ajudar, ele deve oferecer o melhor de si ao assistido.

Se o médium é dependente de qualquer químico, deve buscar tratamento material e espiritual para recuperar-se antes de iniciar suas tarefas mediúnicas.

Caso o médium seja usuário ocasional destas substancias, sem dependência, também deve conscientizar-se de que são produtos alteradores de seu humor e que podem vir a prejudicá-lo muito mais do que imagina.

Gradativamente, deve eliminar o consumo destas substancias desde que é ciente de que causam dependência física e psíquica e que também as suas emanações sustentam a dependência de Espíritos menos esclarecidos.

Todo aquele que vai adentrar no trabalho mediúnico na Seara de Jesus deve realizar a renovação interior da maneira mais ampla possível. Caso ainda seja portador de alguma dependência química, precisa buscar ajuda para recuperar-se, a fim de doar ao assistido fluidos de melhor qualidade. À medida que o médium avança na compreensão da importância do trabalho mediúnico, percebe que o seu bem-estar físico e espiritual não mais representa beneficio apenas para si próprio, mas também para todos que vai assistir em sua tarefa.

Relembrando o Apostolo Paulo de Tarso: “Tudo me é licito, mas nem tudo me convém!”

Bibliografia:

Centro Brasileiro de Informações Sobre Drogas Psicotrópicas - Universidade Federal de São Paulo - Depto. de Psicobiologia
BURNS, John E. O Caminho dos Doze Passos.
MILAN, James R.; KETMAN, Katerine. Alcoolismo Mitos e Realidade
KRUPNICK, L.. Do Desespero à Decisão
MURAD, José Elias. Maconha A Toxidade Silenciosa
MURAD, José Elias. Reflexões Sobre Tabaco e Tabagismo
LEITE, Marcos da Costa; ANDRADE, Arthur Guerra de. Cocaína e Crack
MIRANDA, Clara F.; MIRANDA, Marcio L.. Construindo a Relação de Ajuda
BEATTIE, Melody. Co-Dependência Nunca Mais
MINIRTH, Robert Hemfelt, F.; MEIER, Paul. O Amor é Uma Escolha
TIBA, Içami. Anjos Caídos: como prevenir e eliminar as drogas na vida do adolescente
DRUMMOND, Marina C. Caetano; DRUMMOND FILHO, Helio Caetano. Drogas, a busca de respostas
GIKOVATE, de Flavio. Drogas Opção de Perdedor
Revista Reformador - Março – 1998
XAVIER, Francisco Cândido (Espírito André Luiz). Sexo e Destino
XAVIER, Francisco Cândido (Espírito André Luiz). Missionários da Luz
XAVIER, Francisco Cândido; VIEIRA, Waldo. (Espírito André Luiz). Evolução em dois Mundos
PIRES, José Herculano. Diálogo dos Vivos
TEIXEIRA, J. Raul. Desafios da Educação
MIRANDA, Manoel P. Nas Fronteiras da Loucura
FERREIRA, Dr. Inácio. Psiquiatria em Face da Reencarnação

Fonte da imagem: Internet Google.