CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

terça-feira, 11 de setembro de 2018

16a Aula Parte B - CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA 1º ANO FEESP


ATIRE A PRIMEIRA PEDRA

“Então lhe trouxeram os escribas e fariseus uma mulher que fora apanhada em adultério, e a puseram no meio, e lhe disseram: Mestre, esta mulher foi agora mesmo apanhada em adultério; e Moisés, na Lei, mandou apedrejar a estas tais. Qual é a vossa opinião sobre isto: Diziam, pois os judeus, tentando-o, para o poderem acusar. Jesus, porém, abaixando-se, pôs-se a escrever com o dedo na Terra. E como eles perseveraram em fazer-lhes perguntas, ergueu-se Jesus e disse-lhes: Aquele dentre vos que estiver sem pecado atire-lhe a primeira pedra. E tornando a abaixar-se, escrevia na terra. Mas eles, ouvindo-o, foram saindo um a um, Sendo os mais velhos os primeiros. E ficou só Jesus com a mulher, que estava no meio, em pé. Então, erguendo-se, Jesus lhe disse: Mulher, onde estão os que te acusavam? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor. Então Jesus lhe disse: Nem eu tampouco te condenarei; Vai, e não peques mais.” (João, VIII - 3:11)

Estas palavras de Jesus fazem da indulgência um dever, pois não há quem dela não necessite para si mesmo.

Ensinam que não devemos julgar os outros mais severamente do que julgamos a nós mesmos, nem condenar nos outros aquilo que desculpamos em nós. Antes de reprovar uma falta de alguém, consideremos se a mesma reprovação não nos pode ser aplicada. Desejamos a vitória do bem na Terra, contudo, para tanto se faz necessário acendemos a luz da indulgência para conquistá-la com segurança. Todos nós, Espíritos imperfeitos, ainda arraigados à evolução da Terra, reclamamos concurso e compaixão uns dos outros, mas nem sempre sabemos por nós mesmos, quando surgimos necessitados de semelhantes recursos. Como ensina-nos Emmanuel, por intermédio de Francisco Cândido Xavier, em muitas circunstâncias, estamos cegos da reflexão, surdos do entendimento, paralíticos da sensibilidade e anestesiados na memória sem perceber.

A censura de conduta alheia pode ter dois motivos: reprimir o mal, ou desacreditar a pessoa cujos atos criticamos. Este último motivo jamais tem justificativa, pois decorre da maledicência e da maldade. O primeiro pode ser louvável, e toma-se mesmo um dever em certos casos, pois pode dele resultar um bem, e porque sem ele o mal jamais será reprimido na sociedade. O homem deve ajudar o progresso do seu semelhante.

Indiscutivelmente, ninguém constrói nada de bom, sem responsabilidade e disciplina, advertência e firmeza, mas é preciso considerar que toda boa obra roga auxilio, a fim de aperfeiçoar-se. É preciso lembrar que o bem exigido pela força da violência gera inúmeros males em seu redor e desaparece da área luminosa do bem para converter-se num mal maior.

Jesus não podia proibir de se reprovar o mal, pois ele mesmo nos deu o exemplo disso, e o fez em termos enérgicos. Mas quis dizer que a autoridade da censura esta na razão da autoridade moral daquele que a pronuncia. A única autoridade legitima, aos olhos de Deus, é a que se apoia no bom exemplo. Comecemos, pois, por lavar a nossa alma dos vícios e paixões que a maculam, para purificar os nossos corações; depois, então, quando limpos de coração, poderemos censurar as faltas alheias. Porém, limpos de toda imperfeição, não julgaríamos porque estaríamos banhados pela luz da indulgência, por meio de um sentimento fraternal, que todos nós deveríamos ter para com os nossos irmãos. O indulgente não vê os defeitos alheios, e se os vê, evita comentá-los e divulgá-los. Ele jamais se preocupa com os maus atos alheios, a menos que seja para prestar um serviço, porém, ainda assim com o cuidado de atenuar tanto quanto possível. Não faz observações chocantes, nem traz censura nos lábios, mas sempre conselhos quase sempre velados. A indulgência acalma, corrige, enquanto o rigor desalenta, afasta e irrita.

O Evangelho recomenda-nos severidade para com nós mesmos e indulgência para as fraquezas alheias, porque essa é também uma forma de praticar a Caridade, que bem poucos observam. Caridade para com todos, porque o amor resume todos os deveres, e porque é impossível amar a Deus sem praticar a Caridade, da qual Ele faz uma lei para todas as criaturas.

Na luz da indulgência sustentaremos os fortes estimulando-os a perseverança e fortificaremos os fracos, mostrando-lhes a bondade de Deus, que leva em conta o menor arrependimento. É necessário compreendermos toda a misericórdia infinita de nosso Pai, e nunca nos esquecermos: “Perdoai as nossas ofensas, como perdoamos aos nossos ofensores”. Estas palavras não são admiráveis apenas pela letra, mas também pela essência que encerram.

Quando percebemos alguém delirando na ambição desenfreada, usando a indulgência poderemos renovar-lhe o modo de pensar e agir. Usando a indulgência no dia a dia poderemos oferecer apoio; mentalizar o melhor para as criaturas que nos cercam, compreender as necessidades alheias, seguindo assim os exemplos de Jesus e esforçando-nos para sermos dignos do amor e da misericórdia de Deus.

Quem somos nós para julgar nossos irmãos, se todos nós somos réus no tribunal de nossas consciências?

Bibliografia:

KARDEC, Allan: Evangelho Segundo o Espiritismo: cap. X
XAVIER, Francisco Cândido (Emmanuel). Livro da Esperança: Item 27

Questões para reflexão:

1) Faça um breve relato referente à Dependência Química, sobre a visão Científica.

2) Comente a Visão Espírita sobre a Dependência Química e suas implicações os usuários.

3) Escreva a reação de Jesus diante da mulher adúltera.

4) Comente as palavras de Jesus: “Atire-lhe a primeira pedra aquele que estiver isento de pecado”.

Fonte da imagem: Internet Google.

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