CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

terça-feira, 28 de maio de 2013

4ª AULA PARTE B CURSO PREPARATÓRIO DE ESPIRITISMO - FEESP


INTERVENÇÃO DOS ESPÍRITOS NO MUNDO CORPÓREO

Todos sabemos da necessidade de paz íntima - da paz que nos patrocine a segurança.

Não desconhecemos que todos respiramos num oceano de ondas mentais, com o impositivo de ajustá-las em benefício próprio.

Vasto mar de vibrações permutadas.

Emitimos forças e recebemo-las.

O pensamento vige na base desse inevitável sistema de trocas.

Queiramos ou não, afetamos os outros e os outros nos afetam, pelo mecanismo das ideias criadas por nós mesmos.

Assim Emmanuel inicia o prefácio de Sinal Verde, ditado pelo Espírito André Luiz, enfatizando nossa condição de aparelhos transmissores e receptores de ondas mentais.

Num mundo tão heterogêneo como este em que vivemos, essas ondas aparecem nas mais variadas frequências, de acordo com a equipagem evolutiva de cada um.

Temos muitas vezes ao nosso lado uma multidão de Espíritos, que nos veem e conhecem os nossos pensamentos. Sua influência sobre nós, portanto, é maior do que podemos supor e muito frequentemente são eles que nos dirigem (L.E.,459).

Os pensamentos que nos são sugeridos podem revelar-se positivos ou negativos, mas nós somos senhores de nossa vontade.

As decisões que tomamos, segundo o nosso livre-arbítrio, são de nossa responsabilidade.

Cabe a nós, nas diversas situações de nossa vida, examinar criteriosamente as sugestões que nos vêm à mente, pois podem ser de um bom Espírito ou de um Espírito menos evoluído.

A diferença é que "os bons Espíritos não aconselham senão o bem” (L.E., 464).

O problema de ter um bom ou um mau Espírito a nos ao influenciar é questão de atração e sintonia, ou seja, o Espírito inferior só pode nos causar algum mal porque os atraímos pelos nossos desejos ou pelos nossos pensamentos.

Sua presença costuma nos causar um sentimento de angústia, de ansiedade indefinível interior sem causa conhecida (L.E.471).

Como podemos fazer para neutralizar a influência desses Espíritos inferiores?

Atraindo os bons, pela prática do bem e pela confiança em Deus. Não há antídoto mais eficaz.

Jesus, na oração dominical, recomenda-nos pedir: "Senhor, não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal", porque sabia que as tentações estão no íntimo de cada um e que nós só deixaríamos de sucumbir a elas através da prece que brotasse dos nossos corações, com sinceridade e fervor.

As tentações que abrigamos no mundo psíquico são o mal que ainda não conseguimos eliminar; são nossos maus hábitos, nossos vícios, nossas concepções errôneas, que muitas vezes nos fazem agir em sentido contrário ao que gostaríamos.

A consciência dessa realidade foi o que levou o Apóstolo Paulo a proferir a lição belíssima: "Porque o que faço não o aprovo, pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço. E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim".

Essas tentações constituem-se em fatores adversos do nosso caráter, rebaixando nosso padrão vibratório, e frequentemente são os elos da cadeia que ligam nossos pensamentos aos dos Espíritos que se encontram nessa faixa inferior de vibrações.

Com isso, muitos atos de nossa vida cotidiana (posturas, gestos, palavras, leituras, ideias, etc.) acabam caindo na área de influência dessa categoria de Espíritos, moldando nossa conduta, sem que o percebamos, visto que o envolvimento é extremamente sutil.

E os Espíritos não só se aproveitam das circunstâncias para induzir-nos ao mal; eles também as provocam, algumas  vezes, encaminhando-nos para o objeto do nosso interesse, isto é, para

situações em que somos tentados a agir contra a lei natural ou contra os princípios éticos e morais que deveríamos respeitar, pois sabem que somos passíveis de queda.

Bibliografia: KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos.

Questionário

1) Os Espíritos influenciam nossa vida?

2) De que forma os Espíritos podem nos causar algum mal?

3) O que são as nossas tentações?

terça-feira, 21 de maio de 2013

4ª AULA PARTE A CURSO PREPARATÓRIO DE ESPIRITISMO - FEESP


REENCARNAÇÃO E EVOLUÇÃO DOS ESPÍRITOS

Evolução

O Espiritismo é o Cristianismo redivivo, consequência direta da doutrina do Cristo.

Define os laços que unem a alma ao corpo e levanta o véu que ocultava aos homens os mistérios da morte.

Sabemos que todas as almas, tendo um mesmo ponto de origem, são criadas iguais, com idênticas aptidões para progredir, em função do seu livre-arbítrio.

Deus, a ninguém dispensou do trabalho, para progredir.

Desde que toda a criação deriva da grande Lei da Unidade que rege o Universo e que todos os seres gravitam para a perfeição relativa (porque perfeição absoluta é Deus), não existem favorecidos em detrimento de outros, pois todos sofrem as consequências de suas próprias obras.

Os Espíritos adquirem conhecimento, passando pelas provas que Deus lhes impõe (L.E., 115).

Uns aceitam essas provas com submissão e chegam mais prontamente ao seu destino; outros não conseguem sofrê-las sem lamentação e assim permanecem (por sua culpa) distanciados da perfeição e da felicidade prometida.

À medida que os Espíritos avançam, compreendem o que os afasta da perfeição.

Quando o Espírito conclui uma prova, adquire o conhecimento e não mais o perde. Pode permanecer estacionário, mas não retrogradar.

Ao adquirir consciência de si mesmo, o seu livre-arbítrio vai se desenvolvendo.

A sabedoria de Deus se encontra na liberdade de escolha que concede a todos, porque assim cada um tem o mérito das suas obras.

Reencarnação

Desde tempos imemoriais, o homem possui o sentimento da imortalidade do Espírito.

Civilizações antigas que antecederam o advento do Cristo Planetário trazem-nos os ensinamentos referentes ao assunto. Há muito sabemos que todos nós somos Espíritos imortais.

Sabemos ser Elias uma encarnação anterior de João, o Batista, aquele que teve como tarefa reconhecer a Jesus, como enviado de Deus, para nos orientar e instruir.

A lição de Nicodemos também é lembrada por todos nós. É necessário renascer de novo, Jesus lhe falou.

Raciocinemos juntos: como poderíamos encarar a justiça de Deus, observando ao nosso redor, homens simples, aparentemente bons, no maior sofrimento moral, com a miséria estampada nas faces?

Como encarar a Justiça Divina, ao tirar a vida de um recém-nascido, filho de pais boníssimos?

Existem Leis Imutáveis. As mesmas leis que governam os corpos celestes governam o nosso Planeta e todos nós. Justas, todas atuam em benefício de nosso crescimento para Ele, como Espíritos imortais, que somos.

Devemos aos Espíritos que nos trouxeram conhecimentos sob a égide do Espírito da Verdade, explanações de nosso mundo real, que é o mundo dos Espíritos e que esquecemos, quando aqui reencarnaríamos.

E por que esquecemos?

Porque poderíamos nos tornar orgulhosos, envaidecidos ou, então, aborrecidos por nos reconhecermos inferiores, por praticarmos atos que nos envergonhariam se deles nos lembrássemos nesta existência.

Assim, temos por uma Lei de Ação e Reação, por nosso livre-arbítrio, pelo bem ou pelo mal que praticamos; existências mais ou menos felizes aqui neste Planeta.

Planeta este que é de Expiações e Provas. Isso significa que aqui não temos uma felicidade completa.

E onde se encontra a Felicidade?

Encontra-se no coração daqueles que, fazendo o bom uso do livre-arbítrio, só praticam o bem. Daqueles que, conhecendo o Evangelho de Jesus, não só o leem como o praticam.

Sobrevivência do Espírito

Verificamos assim, que sem a preexistência da alma, a doutrina do pecado original seria não somente inconciliável com a justiça de Deus como tornaria todos os homens responsáveis pela falta de um só.

Com a preexistência, o homem traz ao renascer o gérmen das suas imperfeições e sofre a pena das suas próprias faltas e não a de outrem.

Da mesma maneira, ao progredir, o Espírito traz virtudes ou conhecimentos já adquiridos.

Estudando as propriedades dos fluidos e a ação deles sobre a matéria, o Espiritismo demonstrou a existência do Perispírito (envoltório inseparável da alma, é um dos elementos constitutivos do ser humano e durante a vida do corpo, serve de ligação entre este e a matéria, sendo o veículo de transmissão do pensamento).

É no perispírito que se registram, automaticamente, todos os estados da alma.

Cada existência terrena deixa no perispírito a sua impressão.

Bibliografia: KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos.

Questionário

1) Em que passagens do Evangelho, podemos ter a prova da reencarnação?

2) Como se dá a evolução do Espírito?

3) Qual a relação entre reencarnação e a Justiça Divina?

terça-feira, 14 de maio de 2013

3ª AULA PARTE B CURSO PREPARATÓRIO DE ESPIRITISMO - FEESP


Os Espíritos

Os Espíritos não são, como vulgarmente se acredita, uma criação distinta das outras. São as almas das pessoas que viveram na terra ou em outros mundos, despojadas de seu envoltório corporal.

Quem admite a existência da alma, sobrevivendo ao corpo, igualmente admite a dos Espíritos.

Negar estes equivale a negar aquela. Comumente fazemos uma falsa ideia dos Espíritos.

Estes não são, como alguns pensam, seres imprecisos e indefinidos, nem chamas como as dos fogos-fátuos, nem fantasmas como os dos contos fantásticos.

São seres semelhantes a nós mesmos e que, como nós, têm um corpo: mas fluídico e invisível em estado normal.

Durante a vida, quando unida ao corpo, a alma tem um duplo envoltório. Pesado, grosseiro e destrutível: o corpo.

O outro fluídico, leve e indestrutível: o perispírito.

Três coisas essenciais contam-se, pois, no homem:

1°) A alma ou Espírito, princípio inteligente onde residem o pensamento, a vontade e o senso moral.

2°) O corpo, envoltório material que coloca o Espírito em relação com o mundo exterior.

3°) O perispírito, envoltório leve, imponderável, que serve de laço intermediário entre o Espírito e o corpo.

O envoltório exterior sucumbe quando está gasto e já não pode realizar suas funções: o Espírito dele se liberta como o fruto se despoja da casca, a árvore da cortiça e a serpente da pele.

Em outras palavras: como nos livramos de uma veste imprestável.

A isto chamamos morte.

A morte é a simples destruição do envoltório material que a alma abandona, como a mariposa abandona a crisálida.

A alma conserva, entretanto, seu corpo fluídico ou perispiritual.

A morte do corpo liberta o Espírito do envoltório que o prendia à Terra e lhe trazia sofrimentos.

Uma vez desembaraçado dessa carga, fica-lhe apenas o corpo etéreo, que lhe permite percorrer os espaços e franquear as distâncias com a rapidez do pensamento.

A união da alma, do perispírito e do corpo material, constitui o homem.

Separados do corpo, a alma e o perispírito constituem o ser denominado Espírito.

Os Espíritos possuem todas as percepções que tinham na Terra, ainda mais requintadas, por isso que essas faculdades não estão embaraçadas pela matéria.

Experimentam sensações que nos são desconhecidas, veem e ouvem coisas que nossos sentidos limitados não nos permitem ver nem ouvir.

Para eles não existem as trevas, salvo para aqueles cujo castigo consiste em viver nas sombras.

Todos os nossos pensamentos repercutem neles que os leem como num livro aberto.

De modo que aquilo que podemos ocultar a alguém, enquanto vivo, não mais poderemos, desde que volte ao estado de Espírito. (L.E., 237).

Encontram-se os Espíritos por toda parte. Estão entre nós, ao nosso lado, observando-nos incessantemente. Sua contínua presença entre nós, torna-os agentes de diversos fenômenos.

Desempenham um papel importante no mundo moral e, até certo ponto, no mundo físico.

Constituem, assim, uma das potências da natureza.

A partir do momento em que se admite a sobrevivência da alma ou do Espírito, é racional admitir a dos afetos, sem os quais as almas de nossos parentes e amigos ser-nos-iam arrebatadas para sempre.

Como os Espíritos podem ir a toda parte, é igualmente racional admitir que os que nos amaram durante a vida terrena nos amem depois da morte; que viviam ao nosso lado, que conosco desejem comunicar-se e que, para conseguir, empreguem os meios à sua disposição.

Isto é confirmado pela experiência.

Realmente, a experiência prova que os Espíritos conservam os afetos sérios que tinham na Terra, que se alegram de estar ao lado dos que amaram, principalmente quando atraídos pelo pensamento e pelos sentimentos afetuosos que se conservam, ao passo que se mostram indiferentes para com aqueles que lhes votam indiferença.

Bibliografia: KARDEC, Allan. “Noções elementares de Espiritismo”, “O que é o Espiritismo”. São Paulo, Lake.

Questionário

1) Como deve conduzir-se quem deseja instruir-se seriamente na Doutrina Espírita?

2) Quais os elementos essenciais materiais e espirituais que formam o homem?

3) Qual a diferença entre alma e Espírito?

terça-feira, 7 de maio de 2013

3ª AULA PARTE A CURSO PREPARATÓRIO DE ESPIRITISMO - FEESP


Noções Preliminares de Espiritismo

A) Noções práticas de espiritismo

B) Observações preliminares

1. É erro crer que a certos incrédulos basta presenciar um fenômeno extraordinário para se convencerem. Os que não admitem a existência da alma ou do Espírito, no homem, não podem admiti-la fora dele.

Negando a causa, consequentemente negam o efeito.

Apresentam-se, pois, quase sempre, com ideias preconcebidas, com a deliberação prévia de negar tudo, o que se impede de realizar uma observação séria e imparcial.

Fazem perguntas e levantam objeções impossíveis de contestação completa no primeiro momento, pois seria preciso dar a cada um deles um curso de Espiritismo, explanando todos os princípios.

O estudo prévio tem a vantagem de responder às objeções, que na maior parte se fundam na ignorância da causa dos fenômenos e das condições em que se produzem.

2. Os que desconhecem o Espiritismo imaginam que os fenômenos espíritas se produzem como as experiências de física e química. Daí a pretensão de submetê-los à sua vontade e a recusa de se colocarem em condições necessárias à observação.

Sem admitir em princípio a intervenção dos Espíritos, desconhecendo sua natureza e sua maneira de agir, procedem como se trabalhassem a matéria bruta. E como não obtêm o que desejam, concluem que os Espíritos não existem.

Colocando-nos sob um outro ponto de vista, compreenderemos que, sendo os Espíritos as almas dos homens, depois da morte também seremos Espíritos. Ora, nós certamente, do mesmo modo, não estaremos dispostos a servir de joguete para satisfazer caprichos de pessoas curiosas.

3. Mesmo certos fenômenos que podem ser provocados, pela razão mesma de provirem de inteligências livres, jamais estão à inteira disposição de alguém; e quem quer que se orgulhasse de os obter à vontade, estaria apenas dando prova de ignorância ou de má-fé.

É preciso esperá-los, colhê-los de passagem, e muito amiúde acontece que, quando menos esperamos, apresentam-se os fenômenos interessantes e concludentes.

Quem deseja instruir-se seriamente deve, pois, armar-se, nisto como em tudo, de paciência e de perseverança e sujeitar-se ao que for preciso, pois de outro modo mais vale não tratar do assunto.

4. As reuniões que se ocupam das manifestações espíritas nem sempre realizam as condições favoráveis à obtenção de resultados satisfatórios ou de molde a dar convicção.

Existem algumas de onde os incrédulos saem menos convencidos do que quando entraram.

Então objetam, aos que falam do caráter respeitável do Espiritismo, com o relato dos acontecimentos (frequentemente ridículos), de que foram testemunhas.

Esses não serão mais lógicos do que os que julgam uma arte pelos desenhos de um principiante, uma pessoa por sua caricatura ou uma tragédia por sua paródia.

O Espiritismo também tem seus aprendizes; e quem deseja instruir-se não bebe ensinamentos de uma só fonte, uma vez que, só pelo exame e pela comparação se pode firmar um juízo.

5. As reuniões frívolas têm um grave inconveniente para os novatos que as assistem: dão-lhes uma ideia falsa do caráter do Espiritismo.

Os que assistem a reuniões desta natureza certamente não podem levar a sério uma coisa que veem ser tratada levianamente por aqueles mesmos que se dizem seus adeptos.

O estudo antecipado lhes ensinará a julgar a transcendência do que veem e a distinguir entre o mau e o bom.

6. O mesmo raciocínio é aplicável aos que julgam o Espiritismo por certas obras excêntricas que dele dão uma ideia falsa e ridícula.

O Espiritismo é tão responsável pelas faltas dos que o compreendem mal ou o praticam erradamente quando a poesia é responsável pelos maus poetas.

Parece deplorável que haja tais obras nocivas à verdadeira ciência.

Sem dúvida, seria preferível que só houvesse boas.

Mas a maior culpa recai sobre os que não se dão ao trabalho de estudar a questão inteiramente.

Todas as artes e todas as ciências encontram-se no mesmo caso.

Porventura, a respeito das coisas mais sérias, não foram escritos tratados absurdos e cheios de erros?

Por que seria o Espiritismo privilegiado, sobretudo se os que o criticam não o julgassem pelas aparências, ficariam sabendo o que ele repele, e não lhe atribuiriam aquilo que repudia em nome da razão e da experiência.

Bibliografia KARDEC, Allan. O principiante espírita.

Questionário

1) Qual a importância do estudo no Espiritismo?

2) Por que se deve evitar reuniões frívolas?

3) Como procedem os que desconhecem o Espiritismo?