CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

terça-feira, 14 de maio de 2013

3ª AULA PARTE B CURSO PREPARATÓRIO DE ESPIRITISMO - FEESP


Os Espíritos

Os Espíritos não são, como vulgarmente se acredita, uma criação distinta das outras. São as almas das pessoas que viveram na terra ou em outros mundos, despojadas de seu envoltório corporal.

Quem admite a existência da alma, sobrevivendo ao corpo, igualmente admite a dos Espíritos.

Negar estes equivale a negar aquela. Comumente fazemos uma falsa ideia dos Espíritos.

Estes não são, como alguns pensam, seres imprecisos e indefinidos, nem chamas como as dos fogos-fátuos, nem fantasmas como os dos contos fantásticos.

São seres semelhantes a nós mesmos e que, como nós, têm um corpo: mas fluídico e invisível em estado normal.

Durante a vida, quando unida ao corpo, a alma tem um duplo envoltório. Pesado, grosseiro e destrutível: o corpo.

O outro fluídico, leve e indestrutível: o perispírito.

Três coisas essenciais contam-se, pois, no homem:

1°) A alma ou Espírito, princípio inteligente onde residem o pensamento, a vontade e o senso moral.

2°) O corpo, envoltório material que coloca o Espírito em relação com o mundo exterior.

3°) O perispírito, envoltório leve, imponderável, que serve de laço intermediário entre o Espírito e o corpo.

O envoltório exterior sucumbe quando está gasto e já não pode realizar suas funções: o Espírito dele se liberta como o fruto se despoja da casca, a árvore da cortiça e a serpente da pele.

Em outras palavras: como nos livramos de uma veste imprestável.

A isto chamamos morte.

A morte é a simples destruição do envoltório material que a alma abandona, como a mariposa abandona a crisálida.

A alma conserva, entretanto, seu corpo fluídico ou perispiritual.

A morte do corpo liberta o Espírito do envoltório que o prendia à Terra e lhe trazia sofrimentos.

Uma vez desembaraçado dessa carga, fica-lhe apenas o corpo etéreo, que lhe permite percorrer os espaços e franquear as distâncias com a rapidez do pensamento.

A união da alma, do perispírito e do corpo material, constitui o homem.

Separados do corpo, a alma e o perispírito constituem o ser denominado Espírito.

Os Espíritos possuem todas as percepções que tinham na Terra, ainda mais requintadas, por isso que essas faculdades não estão embaraçadas pela matéria.

Experimentam sensações que nos são desconhecidas, veem e ouvem coisas que nossos sentidos limitados não nos permitem ver nem ouvir.

Para eles não existem as trevas, salvo para aqueles cujo castigo consiste em viver nas sombras.

Todos os nossos pensamentos repercutem neles que os leem como num livro aberto.

De modo que aquilo que podemos ocultar a alguém, enquanto vivo, não mais poderemos, desde que volte ao estado de Espírito. (L.E., 237).

Encontram-se os Espíritos por toda parte. Estão entre nós, ao nosso lado, observando-nos incessantemente. Sua contínua presença entre nós, torna-os agentes de diversos fenômenos.

Desempenham um papel importante no mundo moral e, até certo ponto, no mundo físico.

Constituem, assim, uma das potências da natureza.

A partir do momento em que se admite a sobrevivência da alma ou do Espírito, é racional admitir a dos afetos, sem os quais as almas de nossos parentes e amigos ser-nos-iam arrebatadas para sempre.

Como os Espíritos podem ir a toda parte, é igualmente racional admitir que os que nos amaram durante a vida terrena nos amem depois da morte; que viviam ao nosso lado, que conosco desejem comunicar-se e que, para conseguir, empreguem os meios à sua disposição.

Isto é confirmado pela experiência.

Realmente, a experiência prova que os Espíritos conservam os afetos sérios que tinham na Terra, que se alegram de estar ao lado dos que amaram, principalmente quando atraídos pelo pensamento e pelos sentimentos afetuosos que se conservam, ao passo que se mostram indiferentes para com aqueles que lhes votam indiferença.

Bibliografia: KARDEC, Allan. “Noções elementares de Espiritismo”, “O que é o Espiritismo”. São Paulo, Lake.

Questionário

1) Como deve conduzir-se quem deseja instruir-se seriamente na Doutrina Espírita?

2) Quais os elementos essenciais materiais e espirituais que formam o homem?

3) Qual a diferença entre alma e Espírito?

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