CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

20a Aula Parte B - CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA 2º ANO FEESP


CARIDADE SEGUNDO O APÓSTOLO PAULO

Paulo de Tarso escreveu aos Coríntios “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse caridade, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse caridade, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse caridade, nada disso me aproveitaria”.

Dar esmolas, doar um agasalho, distribuir comida aos necessitados, colaborar com uma quantia na comunidade, são características de caridade.

Estaria nossa consciência tranquila diante de nossos deveres cristãos, segundo a caridade do Apostolo Paulo?

Paulo mostra nesta passagem de sua Carta que a caridade é algo muito mais profundo e mais importante do que ajudar com um agasalho, com o pão que nos sobra, aos necessitados. Embora isso seja um ato de caridade, não resume a grandiosidade desta virtude.

Ações caridosas devem fazer parte da vida daqueles que dedicam a divulgar a mensagem cristã. Caso contrário a palavra sem ação será como o sino que tine e como o metal que soa, como disse Paulo, ou seja, fará barulho chamando a atenção, mas não modificará os corações e inteligências a que é direcionada, e não auxiliara ninguém. “... cada arvore é conhecida pelo seu fruto” Jesus (Lc, VI:43-45).

A fé e o conhecimento espiritual também não são sinônimos de caridade, não fazem do indivíduo um ser caridoso. Mas sim, a prática desse conhecimento aliado a fé, “Assim também a fé, sem obras é morta” ,Tiago (2:17).

E Emmanuel disserta ainda para melhor esclarecimento que, “Reverenciamos a Providência Divina, depositamos em Cristo a nossa esperança, admiramos a virtude e acreditamos na força do bem; contudo, se nada realizamos, na esfera das boas obras, a nossa fé pode ser vigorosa e resplandecente, mas não adianta” (P.V.E. Lição 106). Qual seria então a vantagem da fé e do conhecimento, se o homem não ajudar a ele mesmo, com a prática e o bom exemplo daquilo que acredita?

Toda obra de caridade deve ser realizada de acordo com os princípios das Leis Divinas. Uma doação material, por exemplo, que é a mais fácil de fazer, deve ser desinteressada, para que o doador sinta-se irmão daquele que está sendo ajudado. Tendo como único objetivo, o amparo e alívio do necessitado.

Paulo nos ensina que, por mais fé que tenhamos em Deus e em nossas próprias forças nada seremos se não tivermos a caridade.

“A caridade é sofredora, é benigna; a caridade não é invejosa; não trata com leviandade; não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal.

Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e a caridade. Mas a maior destas é a caridade.” (Paulo, I Coríntios 1- 13).

O Apóstolo Paulo mostra que a verdadeira caridade desenvolve a resignação.

O homem resignado encontra forças para enxergar as dificuldades e os obstáculos da vida, como meios de progresso espiritual e não como uma punição, fazendo o possível para supera-los.

Ele amplia sua visão além da vida material, vê um novo horizonte. Encontra nos ensinamentos de Jesus a sabedoria que esclarece e a fé que garante a esperança no porvir. Surge então a mudança interior; desenvolvendo a humildade, a beneficência, a paciência e o amor ao próximo. Não espera mais por recursos que ainda não lhes pertencem, para fazer a caridade, doa de si mesmo.

Paulo coloca a caridade acima da própria fé, porque a caridade está ao alcance de todos, do ignorante e do sábio, do rico e do pobre e independe de qualquer crença. Define-a como um conjunto de todas as qualidades do coração tanto na bondade como na benevolência para com o próximo.

E o Espiritismo tem por máxima “Fora da caridade não há salvação”, que resume todos os deveres do homem para com as criaturas. Com essa regra o homem jamais se transviará, pois nela está inserido o princípio de igualdade perante Deus, cujo ensinamento nos foi dado por Jesus como maior mandamento “Amarás a Deus de toda tua alma, e ao teu próximo como a ti mesmo”.

Bibliografia:

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo Espiritismo: Cap. XI, item 13; XV itens 6, 7 e 10.

BÍBLIA DE JERUSALÉM. Novo Testamento: (Mt, XXII: 37-39); Paulo, I Coríntios (XIII: 1-7 e 13)

XAVIER, Francisco Candido (Espírito Emmanuel). Palavras de Vida Eterna: Lições 85/93/94 e 106

Questões para Reflexão:

1) Escreva com suas palavras o que ocorre num trabalho de doutrinação.

2) Explique como deve ser a conduta do doutrinador espírita perante o Espírito comunicante.

3) Faça uma pequena dissertação sobre o tema “Fora da caridade não há salvação”.

4) Explique o que Paulo queria dizer com a expressão: “seja como um metal que soa”.

Fonte da imagem: Internet Google.

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