AMAI OS INIMIGOS
Se o amor ao
próximo é o princípio da caridade, amai aos inimigos é a sua aplicação máxima,
pois esta virtude é uma das maiores vitórias alcançadas sobre o egoísmo e o
orgulho.
Amar aos
inimigos, não é ter para com eles uma afeição forçada, que não é natural, é não
ter contra eles nem ódio, nem rancor, nem desejo de vingança, é não fazer nada
que possa prejudica-los em palavras ou atos, não fazer obstáculo à
reconciliação. É desejar-lhes o bem e não o mal. É alegrar-se em lugar de se
aborrecer com o bem que os atinge.
Para aquele
que cré, e especialmente o espírita, a maneira de ver é diferente, pois dirige
o seu olhar para o passado e o futuro, entre os quais, percebe que a vida
presente é apenas um momento, que as maldades das quais é vítima, fazem parte
das provas que deve sofrer. Quando o Senhor nos aconselha amar os inimigos, não
exigiu aplausos ao que rouba ou destrói, nem mandou multiplicarmos as asas da
perversidade ou da má fé. O Mestre, acima de tudo, preocupou-se em
preservar-nos contra o veneno do ódio, evitando-nos a queda em disputas
inferiores, inúteis ou desastrosas. Esse conhecimento nos dá condições de
entender que, “Deus não age por capricho e tudo no Universo está regido por
leis em que se revelam a sua sabedoria e sua bondade”. (L.E. questão 1003)
Precisamos
ter coragem para perdoar o mal que nos fizeram e por isso precisamos trabalhar
em nós a transformação do nosso mundo interior, soltar o passado (recordações
negativas e sofridas) e deixar o futuro acontecer. O futuro é uma semente de
possibilidades, o passado ficou para trás. O presente nada mais é do que um
deslocamento em direção ao futuro, tudo depende de nossa forma de desejar o
melhor e trabalhar por isso, através dos pensamentos e das ações.
O pensamento
maldoso carrega em si mesmo uma corrente fluídica que causa má influência. O
pensamento benevolente nos envolve com uma agradável impressão; daí a diferença
de sensações que experimentamos aos nos aproximarmos de um amigo ou de um
inimigo.
Podemos ter
inimigos entre os encarnados e os desencarnados. Por isso Jesus nos ensinou
“Amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam e orai por aqueles que
vos perseguem e vos caluniam, a fim de que sejais filhos de vosso Pai que está
nos céus, que faz erguer o sol sobre os bons e os maus e faz chover sobre os justos
e os injustos.” (MT. 5:43 a 45)
Jesus nosso
Mestre teve vários desafetos, quando do desempenho do seu sublime Messiado: os
Escribas, os Fariseus, os Saduceus e os Sacerdotes do Templo, todos se
mancomunaram contra Ele, fazendo com que fosse crucificado. O mestre, no
entanto, jamais os considerou como inimigos, tanto que na cruz suplicou ao Pai Celestial,
que os perdoassem, porque eles não sabiam o que estavam fazendo. (Lc 23:34)
Bibliografia:
KARDEC,
Allan. O Evangelho Segundo Espiritismo: Cap. XII
KARDEC,
Allan. O Livro dos Espíritos: Perg. 1003
XAVIER,
Francisco Candido (Espírito Emmanuel). Pão Nosso: Cap. 137
XAVIER,
Francisco Candido (Espírito Emmanuel). Caminho, Verdade e Vida: Cap. 143
BÍBLIA
SAGRADA. Novo Testamento: Evangelho de Mateus 5 :43-45
BÍBLIA
SAGRADA. Novo Testamento: Evangelho de Lucas 23:34
Questões
para reflexão:
1) Explique
os fatores relevantes no processo da obsessão.
2) De acordo
com o LM n° 238, descreva o que acontece na obsessão simples.
3) Analise a
recomendação de Jesus. “Amai os inimigos”.
4) Relacione
alguns aspectos do nosso pensamento que podem interferir como meio de atração
ou afastamento dos bons ou maus Espíritos.
Fonte da imagem: Internet Google.
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