PERDÃO
Jesus nos
ensinou: “Bem-aventurados os que são misericordiosos porque eles próprios
alcançarão misericórdia”. Nesse sentido a misericórdia é o complemento da
doçura, porque aquele que não é misericordioso não será também dócil, nem
pacifico.
A
misericórdia consiste no esquecimento e no perdão das ofensas. O ódio e o
rancor revelam uma alma sem elevação e sem grandeza, (vivendo um grande
sofrimento por isso). O esquecimento do mal próprio da alma mais preparada, com
conhecimentos, que está acima do mal, que lhe quiseram fazer.
Jesus
recomendou a pratica do perdão constante, como forma de exercitar a caridade, e
a tolerância com o próximo, que deveis “perdoar não sete vezes, mas sim setenta
vezes sete”.
Na prece tão
simples, tão resumida e tão elevada no seu alcance, o Pai Nosso, que Jesus
ensinou a seus discípulos. “Tu perdoarás, mas sem limites. Perdoarás ainda que
a ofensa te seja feita muitas vezes. Ensinarás aos teus irmãos o esquecimento
de si mesmos, que os torna invulneráveis a agressões, aos maus procedimentos e
as injúrias. Serás doce e humilde de coração, nunca medindo tua mansidão e
brandura.
Farás,
enfim, o que desejas que o Pai Celestial faça por ti. Não tem Ele te perdoado
sempre? Acaso conta as inúmeras vezes em que Seu perdão vem apagar as tuas
faltas? Essa é a resposta que o Mestre Jesus dá a Pedro, quando indaga sobre o
número de vezes que deveria perdoar. (Mt. 18 :22).
Sabemos que
o ato de perdoar requer amadurecimento e crescimento espiritual e por
consequência, certo grau de evolução. Na questão 661 do livro dos Espíritos;
Kardec pergunta: É valido orar a Deus para perdoar nossas faltas?
Deus sabe
discernir o bem e o mal. A prece não oculta as faltas. Aquele que pede a Deus o
perdão de suas faltas não o obtém, senão mudando de conduta. As boas ações são
as melhores preces, porque os atos valem mais que as palavras.
Quando
erramos, é necessário primeiramente admitir nossas fraquezas e em seguida pedir
aos outros que mostrem nossas falhas. E a medida que perdoamos nossos erros e
faltas, começamos também a perdoar as faltas e erros dos outros.
Precisamos
compreender o outro, avaliando e analisando, o que ele pensava e como se sentia
na hora do erro, assim mais facilmente aprenderemos a perdoar.
Se Deus nos
ama e nos aceita da forma que somos hoje, por que haveríamos de tomar uma
atitude contraria a Sabedoria Divina?
O exercício
do perdão nos leva a uma virtude relevante, no que tange ao aprimoramento das
qualidades morais e espirituais do homem.
Praticando o
perdão, o homem ocasiona um efeito de ordem moral e ou ordem material. A morte
do corpo físico não livra o Espírito da ação dos adversários. É certo que os
Espíritos que alimentam sentimentos de vingança, perseguem sempre, mesmo
estando na vida espiritual, aqueles que consideram seus inimigos. Por isso
observam-se na terra, quadros terríveis de obsessões, pois esses Espíritos,
esperam, pacientemente, que o Espírito a quem querem mal, esteja encarnado (num
novo corpo físico), para mais facilmente o atormentarem, atingindo-os nos seus
interesses ou nas suas mais íntimas afeições.
Perdoar nos
livra do cultivo de uma fixação neurótica em situações ocorridas no passado,
que nos impede o crescimento no presente.
Abandonar as
mágoas do passado significa curar as dores do presente e ao mesmo tempo
fortalecer nossos projetos de uma vida futura mais feliz.
Precisamos
perceber as nossas limitações para compreender as dos outros. Admitir que todos
estamos sujeitos ao erro e entender que, em se tratando do amor, todos somos
ainda aprendizes.
Por isso
devemos ser flexíveis e abrir mão da ilusão de possuir toda a verdade.
Amar a Deus,
amar ao próximo, como a nós mesmos. Essa é a mais pura essência dos
ensinamentos de Jesus.
Bibliografia:
KARDEC,
Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo - cap. X - itens 2 a 8
KARDEC,
Allan. O Livro dos Espíritos - perg. 661
BILBIA
SAGRADA. Novo Testamento: Evangelho de Mateus - 18:22
Questões
Para Reflexões:
1) Faça um
breve relato sobre o meio mais eficaz de combater a obsessão e como é possível
evitá-la.
2) Com base
no ensinamento de Kardec que afirma não haver nem uma palavra para expulsar os
Espíritos obsessores, descreva os meios mais eficazes para afasta-los de suas
presas.
3) Analise a
eficácia do perdão para aqueles que se consideram ofendidos.
4) Face aos
ensinamentos de Jesus sobre o perdão, comente os motivos que impedem o ofendido
desculpar os seus desafetos.
Fonte da imagem: Internet Google.
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