CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

terça-feira, 17 de setembro de 2019

19a Aula Parte A - CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA 2º ANO FEESP


FASCINAÇÃO, SUBJUGAÇÃO E POSSESSÃO

Fascinação: é uma ilusão produzida pela ação direta do Espírito sobre o pensamento do médium, que paralisa, de algum modo sua capacidade de julgar as comunicações. O médium fascinado não acredita ser enganado: o Espírito tem a arte de lhe inspirar uma confiança cega que o impede de ver a fraude e de compreender o absurdo do que escreve.

A fascinação tem consequências muito mais sérias, o Espirito expõe o médium em situações ridículas, comprometedoras e mesmo perigosas.

A diferença entre a obsessão simples e a fascinação está em que, na primeira, o Espírito que atormenta a pessoa é apenas um inoportuno por sua insistência o qual, o atormentado deseja sinceramente se livrar. Na segunda, para chegar a tais fins é preciso um Espírito hábil, astuto e profundamente hipócrita, pois não pode enganar e se fazer aceitar senão com a ajuda da máscara, com que se cobre e da falsa aparência da virtude, palavras de caridade são para ele credenciais.

Subjugação: é uma atormentação que paralisa a vontade daquele que a sofre e o faz agir fora da sua normalidade. Está sob um verdadeiro jugo.

A subjugação pode ser moral ou corporal. No primeiro caso, o subjugado é constrangido a tomar decisões muitas vezes absurdas e comprometedoras e por uma ilusão acredita serem sensatas. No segundo caso, o Espírito age sobre os órgãos materiais e provoca movimentos involuntários, levando-os por vezes, a praticar atos ridículos.

Como acontece:

O Espírito que subjuga penetra o perispírito da pessoa sobre a qual quer agir. O perispírito do obsedado recebe como que um envoltório, o corpo fluídico do Espírito estranho e, por esse meio, é atingido em todo seu ser; o corpo material experimenta a pressão sobre ele exercida de maneira indireta.

Possessão: Na Gênese - cap. XIV itens 45 à 49 - Kardec admite o termo possessão e o utiliza como forma de ação de um Espírito sobre o encarnado, distinguindo-a da subjugação. Fala que na obsessão, o Espírito atua exteriormente por meio de seu perispírito, que ele identifica com o do encarnado, este último se encontra então enlaçado como numa teia e constrangido a agir contra sua vontade. Já na possessão, em lugar de agir exteriormente, o Espírito livre se substitui, por assim dizer, ao Espírito encarnado, faz domicilio em seu corpo, sem que todavia este o deixe definitivamente, o que só ocorre com a morte.

A possessão é sempre temporária e intermitente, pois um Espirito desencarnado, não pode tomar definitivamente o lugar de um encarnado, dado que a união molecular do perispírito e do corpo não pode operar-se senão no momento da concepção. (Gênese cap. XIV item 47).

Kardec mostra a diferença entre obsessão e possessão: “O Espirito em possessão momentânea do corpo, dele se serve como o faria com o seu próprio, fala por sua boca, enxerga pelos seus olhos, age com seus braços, como o teria feito se fosse vivo. É o Espírito que fala, que se agita e se o conhecemos quando vivo, reconheceríamos sua linguagem, sua voz, seus gestos e até a expressão de sua fisionomia” (Gênese - Cap. XIV item 47).

Em síntese, pode-se dizer que: na obsessão o Espírito atua exteriormente por meio de seu perispírito, e na possessão faz domicilio no corpo do encarnado, que cede seu corpo voluntariamente, ou involuntariamente, quando o possessor é um Espírito mau, ao qual o possesso não tem força moral para resistir. Tanto na obsessão como na possessão, dizem os Espíritos, essa dominação não se efetua jamais, sem a participação daquele que sofre, seja por fraqueza, seja pelo seu desejo.

Tem-se tomado frequentemente por possessos os epilépticos ou os loucos, que tem mais necessidade de médico do que de exorcismo. Segundo Kardec a palavra possesso, deve ser entendida como sendo a dependência absoluta, em que a alma pode se encontrar em relação a Espíritos imperfeitos, exercendo sobre ela o seu domínio.

André Luiz em “Missionários da Luz” ~ Cap. XVII, relata um caso de possessão, dizendo que a obsediada estava “cercada de entidades agressivas, seu corpo tomara-se como que a habitação do perseguidor mais cruel. Ele ocupava lhe o organismo, desde o crânio até os pés, impondo-lhe tremendas reações em todos os centros de energia celular. Fios tenuíssimos, mas vigorosos, uniam ambos, e ao passo que o obsessor nos apresentava um quadro psicológico de satânica lucidez, a desventurada mulher mostrava aos colaboradores encarnados a imagem oposta, revelando angustia e inconsciência”. Deixa registrado que o tratamento deve ser sempre na base do amor e do esclarecimento.

No capítulo IX de “Nos Domínios da Mediunidade”, André Luiz, nos mostra um outro caso de possessão num doente de epilepsia, decorrente de dividas do passado, em que mais uma vez esclarece a importância do amor no tratamento, informando que a cura depende do entendimento de cada um.

André Luiz em “Libertação” - Cap. I - afirma “Estejamos convencidos de que se o diamante é lapidado pelo diamante, o mau só pode ser corrigido pelo mau. Funciona a Justiça, através da injustiça aparente, até que o amor nasça e redima os que se condenaram a longas e dolorosas sentenças diante da Boa Lei.

André Luiz no “Libertação” - Cap. II diz “Qualidades morais e virtudes excelsas não são meras fórmulas verbalistas. São forças vivas. Sem a posse delas, é impraticável a ascensão espiritual.”

Continua “A nossa mente, em qualquer parte, na Crosta ou aqui onde nos achamos, é um centro psíquico de atração e repulsão. Sem nosso esforço pessoal no bem, a obra regenerativa será adiada indefinidamente, compreendendo-se por precioso e indispensável nosso concurso fraterno para que nossos irmãos se convertam aos Desígnios Divinos. O mal é o desperdício do tempo ou o emprego da energia em sentido contrário aos propósitos do Senhor”.

Bibliografia:

KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns: 2ª Parte - Cap. XXIII

KARDEC, Allan. A Gênese: Cap. XIV

KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos: Cap. IX, Perg. 473 a 480

KARDEC, Allan. Obras Póstumas: Cap. Manifestações dos Espíritos

XAVIER, Francisco Candido (Espírito André Luiz). Nos Domínios da Mediunidade: Cap. XXIII

XAVIER, Francisco Candido (Espírito André Luiz). Missionários da Luz: Cap. XVIII

XAVIER, Francisco Candido (Espírito André Luiz). Libertação: Cap. I e II

PERALVA, Martins. Estudando a Mediunidade: - Cap. XI, XIII, XIX e XXXV

Fonte da imagem: Internet Google.

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