OBSESSÃO - CAUSAS DA OBSESSÃO E MEIOS DE
COMBATÊ-LAS
André Luiz
em “Libertação” - Cap. I diz: “mentes cristalizadas na rebeldia, tentam
solapar, em vão a Sabedoria Eterna, criando quistos de vida inferior, na
organização terrestre, entrincheiradas nas paixões escuras, que lhes vergastam,
as consciências. Conhecem inumeráveis recursos de perturbar e ferir, obscurecer
e aniquilar.
Escravizam o
serviço benéfico da reencarnação em grandes setores expiatórios e dispõem de
agentes da discórdia contra todas as manifestações dos sublimes propósitos que
o Senhor nos traçou as ações.
Os motivos,
as causas da obsessão variam, segundo o caráter do Espírito (LM - cap. XXIII)
Vingança
contra desafetos do passado;
Desejo de
fazer os outros sofrerem, quase sempre por ignorância, inveja, ciúme, covardia,
etc..;
Desejo de
impor suas ideias para dominar, desunir, destruir e causar danos;
Divertimento com a impaciência da vítima, porquanto ao se zangar faz
precisamente o que o obsessor quer;
Apego a
pessoas por ligações afetivas do passado.
O meio mais
eficaz de combater a obsessão, é através do autoconhecimento “Conhece-te a ti
mesmo”. Sócrates.
O
autoconhecimento é a capacidade inata, que nos permite perceber, de forma
gradual, tudo que necessitamos transformar; nos dá a habilidade de saber como e
onde agem nossos pontos frágeis, ao mesmo tempo nos dá a consciência sobre
nossos potenciais adormecidos, para que possamos vir a ser o que somos em essência.
Fazendo essa
transformação pelo autoconhecimento, se quebra o elo que une vítima e o
obsessor, formado pela lei de afinidade, quando aprendemos a nos conhecer,
reconhecemos as nossas tendências positivas e negativas e nos sentimos mais
verdadeiros conosco mesmo e começamos por mudar nossos comportamentos, nossos
sentimentos, nossas palavras e nossas atitudes conosco e com o próximo, sendo
assim desenvolvemos algumas habilidades que são: a humildade, a tolerância, a
paciência, o arrependimento, o amor, por nos reconhecermos aprendizes do bem e
cheios de oportunidades para sermos felizes, se semearmos o bem e trabalharmos
na renovação moral, ética e social da comunidade que habitamos. Sendo assim nos
ligando ao bem, os obsessores, ou seja, cobradores (do mal que fizemos ou
proporcionamos a alguém), não se vê mais com condições de nos destruir, pois
não encontrarão chances e nem pontos vulneráveis, pois, estaremos em constante
ligação com espíritos trabalhadores do bem, em serviços ao Mestre Jesus.
André Luiz
no cap. II do “Libertação”, assevera: Nossa mente é uma entidade colocada entre
forças inferiores e superiores, com objetivos de aperfeiçoamento. Nosso
organismo perispiritual, fruto sublime da evolução, quanto ocorre ao corpo
físico na esfera da Crosta, pode ser comparado aos polos de um aparelho magneto
elétrico. O Espírito sofre a influenciação inferior, através das regiões em que
se situam o sexo e o estômago, e recebe os estímulos superiores, ainda mesmo
procedentes de almas não sublimadas, através do coração e do cérebro. Quando a
criatura busca manejar a própria vontade, escolhe a companhia que prefere e
lança-se ao caminho que deseja. Dirija um homem a sua vontade para a ideia de
doença e a moléstia lhe responderá ao apelo, porque a sugestão mental determina
a sintonia e receptividade da região orgânica, formando no corpo a enfermidade
idealizada. Temos que levar em conta, as provas necessárias, nos casos em que
determinada personalidade renasce, atendendo a impositivos das lições
expiatórias, mas, mesmo ai, o problema de ligação mental é infinitamente
importante, pois o doente que se compraz na aceitação e no elogio da própria decadência,
acaba na posição de incubador de bactérias e sintomas mórbidos, enquanto que o
Espírito em reajustamento, quando reage, valoroso, contra o mal, ainda que
benéfico e merecido, encontra imensos recursos de concentrar-se no bem,
integrando-se na corrente da vida vitoriosa.
Além da auto
transformação, que levara o médium ao controle de sua mente e suas ações, existe
a necessidade de auxiliar o Espírito obsessor, dentro de um trabalho especifico
que é o atendimento espiritual de desobsessão, que levará o Espírito obsessor
ao esclarecimento dos princípios doutrinários, para que gradativamente se
consciente das suas atitudes e se desligue do passado, buscando novos caminhos
em rumo a sua própria felicidade.
Kardec
pesquisou sobre a obsessão e concluiu que podemos reconhecê-la pelas seguintes
características:
1)
Persistência de um Espírito em se comunicar, pela escrita, audição, tiptologia,
etc...;
2) Ilusão
que, não obstante a inteligência do médium, o impede de reconhecer a falsidade
e o ridículo das comunicações recebidas;
3) Crença na
inefabilidade e na identidade absoluta dos Espíritos;
4)
Disposição para afastar-se das pessoas que podem esclarecê-lo;
5) Intolerância
para as críticas feitas às comunicações que recebe;
6)
Necessidade constante e inoportuna de escrever;
7)
Constrangimento físico qualquer, dominando-lhe a vontade e forçando-o a agir ou
falar contra sua vontade;
8) Ruídos e
desordens constantes ao redor do médium, dos quais é ele a causa de tudo, ou o
objeto.
De modo
geral, todos os homens estão sujeitos à obsessão, mas os médiuns certamente,
mais que os outros, enlaçados em tremendas provas, devem aprender, sem
desanimar, e servir ao bem, sem esmorecer.
Kardec (LM -
cap. XXIII item 251) diz “não há nenhum processo material, nenhuma fórmula,
sobretudo nenhuma palavra sacramental, com o poder de expulsar os Espíritos
obsessores. O que falta em geral ao obsediado é força fluídica suficiente.
Nesse caso a ação magnética de um bom magnetizador pode dar-lhe uma ajuda eficiente”.
Antes pois,
de pretender domar um Espírito mau, que se cuide o homem de domar a si mesmo, e
isto ele consegue através da boa vontade, secundada pela prece, pela
vigilância: Ajuda-te a ti mesmo, e o Céu te ajudara” - E.S.E. - cap. XXV
Bibliografia:
KARDEC,
Allan. O Livro dos Médiuns: 2ª parte - Cap. XXIII
KARDEC,
Allan. O Livro dos Espíritos: Pergs. 459 a 48o
XAVIER, Francisco
Candido (Espírito Emmanuel). Estude e Viva: - Lição 35
XAVIER,
Francisco Candido (Espírito André Luiz). Missionários da Luz Cap. XVIII
XAVIER,
Francisco Candido (Espírito André Luiz). Nos Domínios da Mediunidade: Cap. IX
XAVIER,
Francisco Candido (Espírito André Luiz). Libertação: Cap. I e II
KARDEC,
Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo: Cap. XXV
KARDEC,
Allan. Obras Póstumas: Manifestações dos Espíritos - § 7 item 58
Fonte da imagem: Internet Google.
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