MEDIUNIDADE E PSICOTERAPIA
“O homem
através de suas realizações, construções mentais e atitudes, instala nos
centros da vida pensante os distúrbios que produzem alienações das mais
diversas que terminam por se manifestar através de psicoses e psicopatias.”
(Joana de Angelis) Muitos problemas atuais tem sua origem no caminho percorrido
em outras encarnações, outros são consequência de ideias e emoções cultivadas
na vida presente. A psicoterapia é procurada para tratamento de tais distúrbios
através de métodos como a persuasão, sugestão, hipnose, psicanálise e os
processos que dela derivam, e sua finalidade é restabelecer o equilíbrio
emocional perturbado.
As Casas
Espíritas igualmente são procuradas por criaturas perturbadas e infelizes que
buscam acolhimento junto a medianeiros benévolos, equilibrados, que as orientam
nos princípios doutrinários do Espiritismo, verdadeira terapia da alma. Para
que esse auxílio seja mais eficaz é importante que o médium ou atendente, ao
realizar o atendimento, conheça alguns princípios de psicoterapia, de
relacionamento interpessoal, bem como necessidades individuais que devem ser
respeitadas tais como:
Necessidade da criatura ser tratada como pessoa que tem valor absoluto, com
dignidade inata e não ser classificada como um tipo ou categoria.
Necessidade de exprimir os próprios sentimentos, que podem ser positivos,
negativos, de medo, de insegurança. A discrição do médium é condição
fundamental.
Necessidade de compreensão, simpatia, bondade, para que a criatura sinta
segurança quanto ao interesse afetivo na solução dos problemas apresentados.
Necessidade de não ser julgado por causa de suas dificuldades: o orientador não
deve mostrar estranheza ou perplexidade e tampouco levantar hipóteses
precipitadas sobre os problemas, sem análise mais cuidadosa.
Necessidade de ser tratado como pessoa livre, com direito as próprias escolhas.
Não se deve forçar soluções e sim apontar caminhos, deixando as opções a cargo
do arbítrio de cada um.
Podemos
apontar ainda algumas atitudes que favorecem o auxílio aos necessitados:
Argumentação sob o crivo do discernimento espírita, exaltando a
responsabilidade pessoal de cada um diante dos obstáculos. Lembremo-nos de
Jesus: “Tudo depende de ti e da tua fé”, convidando o entrevistado para uma
vida autêntica, oferecendo apoio e incentivo para a construção da “casa sobre a
pedra”. (Abandono das fantasias).
Auxílio
para que cada um evite a transferência psicológica que atribui aos outros os
danos que foram causados por negligência própria. Estimular a criatura a
mergulhar nos íntimos painéis de si mesmo, combatendo os inimigos “de dentro”.
Ressaltar
que o encorajamento e ajuda não exime a necessidade de reparação dos danos.
No
atendimento manter o equilíbrio: nem desmedido envolvimento, nem excesso de
indiferença.
O
orientador espírita deve também considerar que “os sintomas resultantes das
influências mediúnicas não são diferentes daqueles apresentados pelos processos
psicológicos naturais. A definição exige conhecimento e observação, já que
ambos os campos, via de regra, se interpenetram” (Adenauer Novaes).
“São
inimagináveis as possibilidades de socorro de um encarnado confiante no Alto”
(Emmanuel), mas é preciso que os orientadores se instruam constantemente para
melhorar seus processos de análise das almas, suas técnicas de expor soluções
estimulando a confiança necessária à renovação mental e moral do homem, reconduzindo-o
ao equilíbrio, livrando-o das fixações e auxiliando a terapêutica convencional;
tanto quanto é imperioso o esforço honesto e constante para melhoria por parte
da criatura necessitada.
Bibliografia:
FRANCO,
Divaldo Pereira (Espírito Joana de Angelis). Após a Tempestade: Lição 17
XAVIER,
Francisco Candido (Espírito Emmanuel). Estude e Viva: Lição 31
NOYAES,
Adenauer. Psicologia e Mediunidade: Pag. 37 a 41 e 87 a 90
XAVIER,
Francisco Candido (Espírito André Luiz). Missionários da Luz: Cap. 4
(Vampirismo)
PIRES, José
Herculano. Vampirismo
Questões
para Reflexão:
1) Explique
o processo da simbiose espiritual e quais as suas causas.
2) Explique
a ação dos Espíritos vampirescos e como a criatura pode libertar-se dessas
influências negativas.
3) Explique
o porquê da Doutrina Espírita ser considerada como “terapia da alma”.
4) Relacione
algumas atitudes que colaboram no auxílio a criatura necessitada.
Fonte da imagem: Internet Google.
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