SIMBIOSE E VAMPIRISMO
SIMBIOSE: é o processo pelo qual dois
seres vivos se associam. Essa associação se faz também entre encarnados e
desencarnados, onde os últimos “se aglutinam aos hábitos dos vivos,
partilhando-lhes a existência e absorvendo-lhes parcialmente a vitalidade, de
que se sustentam” (André Luiz). A essa influência damos o nome de simbiose
espiritual. São diversas as causas que provocam esse fenômeno. Muitas vezes a criatura,
ao reencarnar, já traz a companhia invisível da entidade com a qual está ligada
por tarefas e dívidas de outras existências: harmonizadas na mesma onda mental,
integram-se como hipnotizador e hipnotizado; ou o desencarnado se aproxima do indivíduo
aproveitando-se de emanações fluídicas que são peculiares a ambos (afinidade);
ainda outras vezes aparece quando a mente desencarnada se aproveita da
receptividade dos que lhe choram a perda, influenciando-os com emanações de seu
próprio corpo espiritual, utilizando-os como instrumentos de seus próprios
pensamentos. Qualquer que seja a origem do fenômeno, facilmente observável nas
reuniões de desobsessão, essa “união psíquica” perdura enquanto a criatura
encarnada, subjugada por fluidos que lhe são estranhos e deletérios, não buscar
a própria renovação através do estudo, da oração, da aquisição de virtudes.
Todo ser encarnado permanece responsável perante as sintonias que estabelece e
será beneficiado com influências positivas sempre que empreenda com disciplina
e boa vontade a tarefa de reajustamento próprio.
VAMPIRISMO: Vampiro é toda entidade
ociosa que se vale das possibilidades alheias. O vampirismo é a ação pela qual
os Espíritos imperfeitos, presos as paixões inferiores, “se imantam à
organização psicofísica de encarnados e desencarnados, sugando-lhes a
substancia vital...” (Martins Peralva). Herculano Pires ressalta que essa
classe de Espíritos atua desde sempre na Terra, influenciando suas vítimas que
direcionam seus recalques e frustrações para a pornografia e a criminalidade.
As raízes do vampirismo se encontram no próprio homem encarnado, face aos
desajustes:
a) de ordem
fisiológica, já que os excessos a que subordinamos o vaso físico como o abuso
do álcool e drogas, atrai entidades ignorantes, distantes da renovação, que
buscarão e encontrarão em nossos órgãos aquilo de que se nutrem;
b) de ordem
psicológica: a persistência no mal, o egoísmo, a cólera, a desesperação, o
comprazimento em atitudes, conversas e companhias menos edificantes, criam
“larvas mentais”, qual nuvem de bactérias, que passam a se exteriorizar de cada
individualidade através de emanação mental de teor inferior, estabelecendo correntes
invisíveis, que fazem com que a criatura se coloque, de imediato, sob
influência de encarnados e desencarnados que alimentam tais agentes enfermiços,
acompanhando-lhe os passos como sombras que ameaçam o equilíbrio mental. André
Luiz (“Evolução em Dois Mundos”) relata a ação de tais entidades sob dois
aspectos:
1) infecções
fluídicas - através da absorção de emanações vitais dos encarnados, dominando e
controlando suas vítimas de modo a comprometer seriamente tanto o psiquismo
como o corpo físico.
2) Parasitas
ovoides – Desencarnados com o perispírito modificado, autohipnotizados pela ideia
de vingança ou apego excessivo, ligados as vítimas que os alimentam através de
sentimentos de remorso ou arrependimento. Essa situação pode perdurar além da
morte física da vítima, até que, “na disposição firme para o bem, algoz e
vítima possam reajustar-se”. Para preservar o equilíbrio biopsíquico da própria
vida é fundamental a conduta digna, a luta pela erradicação dos hábitos
nocivos, o cultivo dos bons pensamentos e a prece. Os médiuns devem ser
instrumentos conscientes na batalha contra o vampirismo de todas as tendências,
doutrinando o obsedado, fortalecendo sua disposição para a renovação,
orientando-o e auxiliando-o tanto quanto possível na reintegração de seu
arbítrio. “Para a doença da alma, a cura real pertence ao homem-Espírito”.
(André Luiz - “Os Mensageiros”)
Bibliografia:
KARDEC,
Allan. A Gênese - Cap. XVI
XAVIER,
Francisco Candido (Espírito Emmanuel). Religião dos Espíritos: Lição:
Mediunidade e Dever
XAVIER,
Francisco Candido (Espírito Emmanuel). Justiça Divina: Lição: Exames.
XAVIER,
Francisco Candido (Espírito André Luiz). Evolução em Dois Mundos: Caps. XIV e
XV
XAVIER,
Francisco Candido (Espírito André Luiz). Mecanismos da Mediunidade: Cap. XVII
XAVIER,
Francisco Candido (Espírito André Luiz). Os Mensageiros: Cap. 40
XAVIER,
Francisco Candido (Espírito André Luiz). Missionários da Luz: Caps. 3 e 4
PIRES,
Herculano. Mediunidade: Cap. VIII
PERALVA,
Martins. Estudando a Mediunidade: Cap. XIII
Fonte da imagem: Internet Google.
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