CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

quinta-feira, 30 de maio de 2019

10ª Aula Parte B - CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA 2º ANO FEESP


PROIBIÇÃO DE EVOCAR MORTOS

O “Deuteronômio”, o último livro do Pentateuco, em seu capítulo 18, versículos 9 a 14, proíbe a evocação dos “mortos”; entretanto, trata-se de um tema arcaico e um atentado a solidariedade existente entre os mundos dos encarnados e desencarnados.

É evidente que os abusos reinantes, naquela época, levaram Moisés a proibir a invocação dos chamados mortos, ato que se tomou a tônica empregada por todos quantos combatem o Espiritismo.

O grande legislador dos hebreus, no entanto, estabeleceu essa lei apenas para evitar aquilo que o Espiritismo recomenda, incessantemente, aos seus seguidores: que evitem a invocação de Espíritos para fins menos elevados, consultando-os sobre assuntos terra-a-terra, ou obtendo deles informações que se revestem de um caráter mais humano do que espiritual, que nada edificam.

Deve-se esclarecer que Moisés combatia as invocações, quando elas não tinham um objetivo sério; entretanto, quando ele conhecia a idoneidade dos médiuns que eram canais dos Espíritos, em vez de condenar o ato, ele ratificava.

O livro “Números”, quarto livro do Pentateuco, tem a seguinte narrativa (cap. ll:26 a 29):

Certa vez, um moço veio denunciar a Moisés que dois homens, Eldad e Medad - estavam recebendo comunicação de Espíritos. Imediatamente, Josué, filho de Nun, ministro de Moisés, o qual ali estava, adiantou-se e disse: - Senhor meu, Moisés, proíbe-lhe. O Libertador dos Judeus, no entanto, retrucou-lhe: - Tens tu ciúmes por mim? Oxalá que todo o povo do Senhor fosse profeta, que o Senhor lhe desse o seu Espírito! (“Profeta” era o nome que davam aos médiuns)

Essa atitude de Moisés deixou bem claro que a sua proibição não atingia os médiuns sérios, compenetrados de seus deveres, mas apenas os medianeiros que não se preocupam com a verdade, e, por isso, se tornam porta-vozes de Espíritos enganadores ou inescrupulosos.

O próprio Moisés, no Tabernáculo comunicava-se reiteradamente com Espíritos. Todas as vezes que confabulava com Jeová, que aparentemente julgava ser o próprio Deus entrava em contato com o Plano Espiritual. Deus não se comunica diretamente com os homens, e Jeová era, simplesmente, uma deidade tribal dos antigos judeus.

As páginas do Velho e do Novo Testamento estão repletas de demonstrações as mais inequívocas desse intercâmbio.

O rei Saul, de Israel procurou a Pitonisa (médium) de Endor, a fim de receber orientação do Espírito esclarecido de Samuel (1º Samuel 28: 1-20. Na Bíblia católica é 1° Reis 28: 1-20.)

Jesus Cristo, acompanhado pelos Apóstolos Pedro, Tiago e João, subiu ao Monte Tabor e ali confabulou com os Espíritos de Moisés e Elias (Mt 17:1-8; Mc 9:2-8; Lc 9:28-36).

Paulo de Tarso recebeu, em seu quarto, a visita de um Espírito que lhe fez caloroso apelo no sentido de dirigir-se para a Macedônia, a fim de esclarecer o seu povo sobre a Boa Nova (Atos 16:9-10).

O Centurião Cornélio, na cidade de Cesaréia, foi visitado por um Espírito e instado a convidar o Apóstolo Pedro, que estava na cidade de Jope, para ir instruí-lo sobre os ensinamentos de Jesus (Atos 10: 3,8).

Ananias foi visitado por um Espírito de grande elevação, que o induziu a procurar o recém-converso Saulo de Tarso, para orientá-lo sobre tudo o que Jesus Cristo havia ensinado (Atos 9:10,12).

Simeão recebeu a promessa de um Espírito, de que não desencarnaria sem antes presenciar o advento do tão esperado Messias (Lc 2:25-27).

Maria de Nazaré e Isabel foram instruídas por Espíritos de ordem elevada, no tocante ao nascimento de Jesus Cristo e de João Batista. Zacarias, esposo de Isabel, também recebeu informação idêntica.

No dia de Pentecostes, todos os Apóstolos foram bafejados por Espíritos, ocorrendo a maior sessão coletiva de desenvolvimento de médiuns, na história religiosa do mundo (Atos 2: 1,11).

Bibliografia:

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo Cap. XXVII Itens 18 A 21

BÍBLIA SAGRADA. Antigo Testamento: Deuteronômio, Cap. 18:9 a 14.

BÍBLIA SAGRADA. Antigo Testamento: Números, Cap. 11:26 a 29.

BÍBLIA SAGRADA. Antigo Testamento: 1° Samuel 28:1-20 - Na Bíblia Católica é 1ºReis 28:1-20

BÍBLIA SAGRADA. Novo Testamento: Mt 17: 1-8; Mc 9:2-8; LC 9:28-36

BÍBLIA SAGRADA. Novo Testamento: Atos 16:9-10; 10:3,8; 9:10,12; e 2:1,11

BÍBLIA SAGRADA. Novo Testamento: Lucas 2:25-27

Questões para reflexão:

1) Explique o motivo pelo qual a Doutrina Espírita não entra em contradição à proibição de evocar os mortos imposta por Moisés aos hebreus.

2) Relacione as condições que podem ser inconvenientes para evocar os mortos segundo Kardec.

3) Relembre e analise sucintamente o que ocorreu com o rei Saul (consulta a médium de Endor)

4) Comente o que ocorreu com Ananias

Fonte da imagem: Internet Google.

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