CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

terça-feira, 14 de maio de 2019

8a Aula Parte A - CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA 2º ANO FEESP


MATÉRIA MENTAL - CORRENTE ELÉTRICA E MENTAL - CIRCUITO MEDIÚNICO

MATÉRIA MENTAL

O que é o pensamento?

O Pensamento sempre intrigou o homem. Todo mundo sabe o que é o pensamento, mas até hoje ninguém foi capaz de defini-lo com propriedade, nem de dizer, do ponto de vista fisiológico, o que o gera.

É intuitivo porém, que o pensamento é produto da mente e, por conseguinte da nossa alma.

Seria uma espécie de energia, veiculada em ondas mentais, que se propagam no continuum espaço-tempo como as demais ondas luminosas, sonoras, hertzianas, etc.) ou como os raios (luminosos, raios x, raios gama, etc.).

Essas ondas mentais seriam geradas por vibrações provocadas por impulsos do Espírito.

Diz Kardec em A Gênese:

“Sendo os fluídos o veículo do pensamento, este atua sobre os fluídos como o som sobre o ar; eles nos trazem o pensamento, como o ar nos traz o som. Pode-se dizer sem receio de errar, que há, nesses fluídos, ondas e raios de pensamentos, que se cruzam sem se confundirem, como existe no ar ondas e raios sonoros”.

André Luiz - (Mecanismos da Mediunidade) - Esclarece-nos que nos seres criados, homens e animais, verificamos também a existência de matéria mental, que não se confunde com a matéria como nós a definirmos em física. Essa matéria mental se constitui de determinado grau de concentração de energia, diverso daquele de que é formado nosso corpo material.

Segundo o conceito relativista, a matéria é energia concentrada segundo a fórmula básica: E=m.C2, na qual – E é energia; m massa e C2, o quadrado da velocidade da luz.

A concentração da energia se faz, no entanto, em diferentes graus, na proporção das respectivas condições vibratórias.

A matéria nossa conhecida é aquela de que são feitos os corpos e as coisas que encontramos em nosso plano.

Já o perispírito é constituído de matéria diferente, resultante de menor grau de concentração de energia. É a matéria que costumamos chamar de quintessenciada. É claro que outras gradações de concentração energética existem, gerando os tipos de matéria que se compatibilizem com os diferentes planos vibratórios.

Diz André Luiz que como alicerce vivo de todas as realizações nos planos físico e extra físico, encontramos o pensamento por agente essencial. Entretanto, ele ainda é matéria. A matéria mental, em que as leis de formação das cargas magnéticas ou dos sistemas atômicos prevalecem sob novo sentido, compondo o maravilhoso mar de energias sutis em que todos nos achamos submersos e no qual surpreendemos elementos que transcendem o sistema periódico dos elementos químicos conhecidos no mundo.

Para ele, o pensamento é o fluxo energético do campo espiritual de cada ser, a se graduar nos mais diversos tipos de onda, desde os raios super-ultra-curtos, em que se exprimem as legiões angélicas, através de processos ainda inacessíveis a nossa observação, passando pelas oscilações curtas, médias e longas em que se exterioriza a mente humana, até as ondas fragmentárias dos animais, cuja vida psíquica ainda em germe, somente arroja de si determinados pensamentos ou raios descontínuos.

A matéria mental é corpuscular, como corpuscular é a matéria no plano físico, e se compõe de átomos e partículas, com cargas positivas (prótons) e negativas (elétrons), embora, convém repetir, de outro teor vibratório, evidentemente mais sutil, mais energético.

Compreendemos assim, perfeitamente, que a matéria mental é o instrumento sutil da vontade, atuando nas formações da matéria física, gerando as motivações de prazer ou desgosto, alegria ou dor, otimismo ou desespero, que não se reduzem efetivamente a abstrações, por representarem turbilhões de força em que a alma cria os seus próprios estados de mentalização indutiva, atraindo para si mesma os agentes (por enquanto imponderáveis na Terra), de luz ou sombra, vitória ou derrota, infortúnio ou felicidade.

FORMAS-PENSAMENTOS

Emitindo uma ideia, passamos a refletir as que se lhe assemelham, ideia essa que para logo se corporifica, com intensidade correspondente a nossa insistência em sustentá-la, mantendo-nos, assim espontaneamente em comunicação com todos os que nos esposem o modo de sentir.

É nessa projeção de forças, a determinarem o compulsório intercâmbio com todas as mentes encarnadas ou desencarnadas, que se nos movimenta o Espírito no mundo das formas-pensamento, construções substanciais na esfera da alma, que nos liberam o passo ou no-lo escravizam, na pauta do bem ou do mal de nossa escolha.

Isso acontece porque, a maneira do homem que constrói estradas para a sua própria expansão ou que talha algemas para si mesmo, a mente de cada um, pelas correntes de matéria mental que exterioriza, eleva-se a gradativa libertação no rumo dos planos superiores ou estaciona nos planos inferiores, como quem traça vasto labirinto aos próprios pés.

CORRENTE ELÉTRICA E MENTAL

O Espírito, encarnado ou desencarnado, pode ser comparado a um dínamo complexo. Um dínamo gerador, indutor, transformador e coletor ao mesmo tempo, com capacidade de assimilar correntes continuas de força e exteriorizá-las simultaneamente.

A ciência explica que uma corrente elétrica não é mais do que um movimento de elétrons, e dentro do átomo os elétrons também se movem. Cada órbita eletrônica produz seu campo magnético, campos estes que se somam se forem ordenados, por exemplo, o radar e o raio-x, são ondas eletromagnéticas.

O cérebro humano produz constantemente milhões de pequenos impulsos elétricos que tendem a somar-se e assim podem ser recolhidos em volta do crânio.

Diz André Luiz:

“A corrente mental também é uma corrente de natureza elétrica, embora menos ponderável na esfera física.

Em tomo da corrente elétrica surgem efeitos magnéticos de intensidade correspondente. A eletricidade vibra”.

Toda partícula da corrente mental nascida das emoções e desejos recônditos do Espírito, através da consciência se desloca produzindo radiações eletromagnéticas, cuja frequência varia conforme os estados mentais do emissor.

CIRCUITO MEDIÚNICO

Para melhor entendermos a manifestação, isto é, a mensagem de uma entidade através de um médium, procuremos entender o Circuito Mediúnico que André Luiz explica no Livro Mecanismos da Mediunidade – Cap. VI

André Luiz compara o circuito mediúnico ao circuito elétrico que encerra um condutor de ida e outro de volta da corrente, abrangendo o gerador e os aparelhos de utilização a englobarem os serviços de geração, transmissão, transformação e distribuição de energia.

Para execução de semelhantes atividades, as máquinas respectivamente guardam consigo recursos especiais, em circuitos elementares como o sejam os de geração e manobra, proteção e medida.

Assim estabelece-se o circuito mediúnico do Espírito para o médium, e do médium para o Espírito através da sintonia e por afinidade, projetando o Espírito seus pensamentos em forma de ondas magnéticas, sonoras e coloridas.

As ideias em forma de ondulações são recebidas pelo médium, interpretadas, ampliadas, trabalhadas e retransmitidas através do cérebro físico, sistema nervoso, órgão da palavra (comunicação oral), braço e mão (comunicação escrita).

A união das correntes mentais chama-se, portanto, circuito mediúnico.

O circuito mediúnico, dessa maneira, expressa uma “vontade-apelo” e uma “vontade-resposta”, respectivamente, no trajeto ida e volta, definindo o comando da entidade comunicante e a concordância do médium.

Bibliografia:

XAVIER, Francisco Candido (Espírito André Luiz). Mecanismo da Mediunidade: Cap. IV, V, VI8a Aula - 29

ARMOND, Edgard. Passes e Radiações: Cap. V e XXIII

XAVIER, Francisco Candido (Espírito Emmanuel). Indulgência: Lições 12 e 13

PERALVA, Martins. Estudando a Mediunidade: Cap. 8 – Tomadas Mentais

XAVIER, Francisco Candido (Espírito André Luiz). Nos Domínios da Mediunidade: Cap. 5 - Assimilação de Correntes Mentais

Fonte da imagem: Internet Google.

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