Fluido Universal
O Fluido
Cósmico Universal é uma criação de Deus e o principio elementar de toda
matéria.
Em “A
Gênese”, cap. XIV temos a seguinte definição: “O fluido cósmico universal, como
já foi demonstrado, é a matéria elementar primitiva, da qual as modificações e
transformações constituem a inumerável variedade dos corpos da natureza...”
Esse fluido
ou “plasma divino”; é a matéria elementar básica, primitiva, e suas
transformações e modificações constituem a inumerável variedade de corpos da
natureza. O fluido cósmico apresenta-se sob dois estados distintos:
- o de
eterização ou imponderabilidade, e
- o de
materialização ou ponderabilidade.
O ponto
intermediário entre esses dois estados é o da transformação do fluido em
matéria tangível.
Ao primeiro
estado pertencem os fenômenos espirituais e psíquicos. Estes, quando ligados a
vida corporal, podem ser percebidos pelos encarnados; no entanto, escapam a
análise dos instrumentos.
Esses
fenômenos são estudados pelo Espiritismo, através da revelação das leis do
mundo espiritual.
Ao segundo
estado - o da ponderabilidade - pertencem os fenômenos estudados pela Ciência.
Posto isto,
podemos aqui ressaltar que a Ciência, de certa forma, pode ser divida em duas
modalidades: a Ciência Acadêmica e a Ciência Espírita.
A Ciência
Acadêmica ou Material parte de pressupostos próprios, rigidamente estabelecidos
e se utiliza da observação e experimentação, mas espera que todos os fenômenos
obedeçam as suas condições. Eis o motivo de, muitas vezes, ter rejeitado os
resultados das experimentações mediúnicas.
A Ciência
Espírita, por sua vez, não parte de sistemas preconcebidos, mas, ao contrario,
observa, analisa, e então conclui. Não espera que os fenômenos submetam-se a
vontade do experimentador. Compreende que como tais manifestações dependem da
vontade de Inteligências que gozam de livre arbítrio, não ha como forçar um
resultado, ou repeti-lo para sempre obter o mesmo resultado.
Voltemos ao
nosso tema. O ponto de partida do fluido universal é o grau de pureza absoluta;
o oposto é a sua transformação em matéria tangível.
Os fluidos
mais próximos da materialidade compõem a atmosfera terrestre, de onde os
Espíritos ligados a Terra extraem os elementos necessários a sua existência.
Referimo-nos
a atmosfera terrestre, pois, como nos ensina a Doutrina Espírita, cada planeta
tem atmosfera fluídica própria, de acordo com o seu grau de evolução.
PERISPÍRITO
O
perispírito é um dos produtos mais importantes do fluido cósmico universal; é
uma condensação desse fluido em tomo de um foco de inteligência. É, pois,
matéria, porém sutil, quintessênciada.
O Espírito
extrai o seu envoltório semimaterial, ou seja, seu perispírito, do fluido
ambiente do planeta em que vai habitar. Dai resulta que esses elementos devem
variar Segundo os mundos e o adiantamento moral do Espírito encarnante.
Esse
envoltório perispiritual foi chamado de corpo espiritual por Paulo de Tarso, de
mediador plástico por Emmanuel, e de muitos outros nomes por diferentes escolas
de pensamento.
Devido as
suas propriedades, explicam-se vários fenômenos tidos anteriormente como
sobrenaturais, os quais serão estudados nas próximas aulas.
ACÃO
DOS ESPÍRITOS SOBRE OS FLUIDOS
“Os fluidos
espirituais, que constituem um dos estados do fluido cósmico universal, são,
falando de modo apropriado, a atmosfera dos seres espirituais...” (GE, XIV item
13)
Os Espíritos
agem sobre os fluidos espirituais através do pensamento e da vontade: “O
pensamento e a vontade são para os Espíritos aquilo que a mão é para o homem”.
(GE, XIV, item 13).
Pelo
pensamento, os Espíritos imprimem a esses fluidos esta ou aquela direção,
aglomerando-os, combinando-os e dispersando-os, modificando suas propriedades
de acordo com determinadas leis. É nas palavras de Kardec: “a grande oficina ou
laboratório do mundo espiritual”.
O fluido é o
veiculo do pensamento, como o ar é o veiculo do som.
O Espírito,
como ser pensante, sempre estará exercendo a faculdade de pensar. Nessa atividade,
as suas boas ou más intenções determinarão sua atmosfera fluídica. Esse campo
fluídico que o envolve tem cor, tamanho e aparência própria, e forma “imagens
fluídicas”. Tais imagens exteriorizam-se e, assim, tomam-se visíveis aos outros
Espíritos, decorrendo dai que nenhuma intenção pode ser escondida.
“É assim que
os movimentos mais secretos da alma repercutem no envoltório fluídico, que uma
alma pode ler em outra alma como num livro, e ver o que não é perceptível pelos
olhos do corpo.” (GE, cap. XIV: 15)
QUALIDADE
DOS FLUIDOS
Os fluidos,
veículo do pensamento, podem estar impregnados de qualidades boas ou más,
modificados em função da pureza ou impureza dos sentimentos. Os pensamentos
negativos contaminam os fluidos, como os miasmas deletérios contaminam nossa
atmosfera.
Suas consequências
sobre os encarnados são diversas.
Se
estivermos em uma reunião onde as pessoas procuram alimentar bons sentimentos,
os seus pensamentos purificados formam uma Corrente fluídica benéfica. Se os
pensamentos forem fúteis ou vulgares do ponto de vista moral, as emanações
fluídicas serão de baixo teor.
Do ponto de
vista físico, esses fluidos podem ser, entre outros: excitantes ou calmantes,
irritantes ou dulcificantes, repulsivos ou reparadores; do ponto de vista moral,
trazem a impressão dos sentimentos de ódio, ciúme, orgulho, egoísmo; ou ainda,
de bondade, caridade, benevolência, amor.
Essa
diversidade da qualidade dos fluidos pode fazer-nos ter as mais variadas
impressões ou sentimentos.
No nosso
dia-a-dia podemos perceber a assimilação ou a repulsão dos fluidos dentro de
nossos relacionamentos pelas sensações diferentes despertadas diante da
presença de uma ou outra pessoa.
Em “O
Evangelho Segundo o Espiritismo”, no cap. XII, item 3, Kardec discorre sobre
essa questão: "Esse sentimento, por outro lado, resulta de uma lei física:
a da assimilação e repulsão dos fluidos. O pensamento malévolo emite uma
corrente fluídica que causa penosa impressão; o pensamento benévolo envolve-nos
num eflúvio agradável. Daí a diferença de sensações que se experimenta, na
aproximação de um inimigo ou de um amigo.”
Esta é uma
das razões da orientação do Mestre em relação à vigilância de nossos
pensamentos, da necessidade de estarmos em prece constantemente, de buscarmos
nos renovar a cada dia para o Bem, para os bons sentimentos, para os bons
pensamentos, para as boas ações.
QUESTÃO
REFLEXIVA:
Como nossos
pensamentos podem influenciar a nossa vida?
Bibliografia
- A Bíblia
de Jerusalém.
- Kardec, Allan – A Gênese - Ed. FEESP.
- Kardec,
Allan - O Livro dos Espíritos - Ed. FEESP.
- Kardec,
Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo - Ed. FEESP.
- Kardec,
Allan - O Livro dos Médiuns - Ed. FEESP.
- Kardec,
Allan – Obras Póstumas
- Wantuil,
Z./Thiesen, F. Allan Kardec, o Educador e o Codificador, vol. I.
- Kardec,
Allan – Revista Espírita – 1864 e 1858.
-
Figueiredo, Paulo H. – Mesmer – A Ciência Negada e os Textos Escondidos.
Fonte da imagem: Internet Google.
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