CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

19ª Aula Parte B – CURSO APRENDIZES DO EVANGELHO 1º ANO – FEESP

Fluido Universal

O Fluido Cósmico Universal é uma criação de Deus e o principio elementar de toda matéria.

Em “A Gênese”, cap. XIV temos a seguinte definição: “O fluido cósmico universal, como já foi demonstrado, é a matéria elementar primitiva, da qual as modificações e transformações constituem a inumerável variedade dos corpos da natureza...”

Esse fluido ou “plasma divino”; é a matéria elementar básica, primitiva, e suas transformações e modificações constituem a inumerável variedade de corpos da natureza. O fluido cósmico apresenta-se sob dois estados distintos:

- o de eterização ou imponderabilidade, e

- o de materialização ou ponderabilidade.

O ponto intermediário entre esses dois estados é o da transformação do fluido em matéria tangível.

Ao primeiro estado pertencem os fenômenos espirituais e psíquicos. Estes, quando ligados a vida corporal, podem ser percebidos pelos encarnados; no entanto, escapam a análise dos instrumentos.

Esses fenômenos são estudados pelo Espiritismo, através da revelação das leis do mundo espiritual.

Ao segundo estado - o da ponderabilidade - pertencem os fenômenos estudados pela Ciência.

Posto isto, podemos aqui ressaltar que a Ciência, de certa forma, pode ser divida em duas modalidades: a Ciência Acadêmica e a Ciência Espírita.

A Ciência Acadêmica ou Material parte de pressupostos próprios, rigidamente estabelecidos e se utiliza da observação e experimentação, mas espera que todos os fenômenos obedeçam as suas condições. Eis o motivo de, muitas vezes, ter rejeitado os resultados das experimentações mediúnicas.

A Ciência Espírita, por sua vez, não parte de sistemas preconcebidos, mas, ao contrario, observa, analisa, e então conclui. Não espera que os fenômenos submetam-se a vontade do experimentador. Compreende que como tais manifestações dependem da vontade de Inteligências que gozam de livre arbítrio, não ha como forçar um resultado, ou repeti-lo para sempre obter o mesmo resultado.

Voltemos ao nosso tema. O ponto de partida do fluido universal é o grau de pureza absoluta; o oposto é a sua transformação em matéria tangível.

Os fluidos mais próximos da materialidade compõem a atmosfera terrestre, de onde os Espíritos ligados a Terra extraem os elementos necessários a sua existência.

Referimo-nos a atmosfera terrestre, pois, como nos ensina a Doutrina Espírita, cada planeta tem atmosfera fluídica própria, de acordo com o seu grau de evolução.

PERISPÍRITO

O perispírito é um dos produtos mais importantes do fluido cósmico universal; é uma condensação desse fluido em tomo de um foco de inteligência. É, pois, matéria, porém sutil, quintessênciada.

O Espírito extrai o seu envoltório semimaterial, ou seja, seu perispírito, do fluido ambiente do planeta em que vai habitar. Dai resulta que esses elementos devem variar Segundo os mundos e o adiantamento moral do Espírito encarnante.

Esse envoltório perispiritual foi chamado de corpo espiritual por Paulo de Tarso, de mediador plástico por Emmanuel, e de muitos outros nomes por diferentes escolas de pensamento.

Devido as suas propriedades, explicam-se vários fenômenos tidos anteriormente como sobrenaturais, os quais serão estudados nas próximas aulas.

ACÃO DOS ESPÍRITOS SOBRE OS FLUIDOS

“Os fluidos espirituais, que constituem um dos estados do fluido cósmico universal, são, falando de modo apropriado, a atmosfera dos seres espirituais...” (GE, XIV item 13)

Os Espíritos agem sobre os fluidos espirituais através do pensamento e da vontade: “O pensamento e a vontade são para os Espíritos aquilo que a mão é para o homem”. (GE, XIV, item 13).

Pelo pensamento, os Espíritos imprimem a esses fluidos esta ou aquela direção, aglomerando-os, combinando-os e dispersando-os, modificando suas propriedades de acordo com determinadas leis. É nas palavras de Kardec: “a grande oficina ou laboratório do mundo espiritual”.

O fluido é o veiculo do pensamento, como o ar é o veiculo do som.

O Espírito, como ser pensante, sempre estará exercendo a faculdade de pensar. Nessa atividade, as suas boas ou más intenções determinarão sua atmosfera fluídica. Esse campo fluídico que o envolve tem cor, tamanho e aparência própria, e forma “imagens fluídicas”. Tais imagens exteriorizam-se e, assim, tomam-se visíveis aos outros Espíritos, decorrendo dai que nenhuma intenção pode ser escondida.

“É assim que os movimentos mais secretos da alma repercutem no envoltório fluídico, que uma alma pode ler em outra alma como num livro, e ver o que não é perceptível pelos olhos do corpo.” (GE, cap. XIV: 15)

QUALIDADE DOS FLUIDOS

Os fluidos, veículo do pensamento, podem estar impregnados de qualidades boas ou más, modificados em função da pureza ou impureza dos sentimentos. Os pensamentos negativos contaminam os fluidos, como os miasmas deletérios contaminam nossa atmosfera.

Suas consequências sobre os encarnados são diversas.

Se estivermos em uma reunião onde as pessoas procuram alimentar bons sentimentos, os seus pensamentos purificados formam uma Corrente fluídica benéfica. Se os pensamentos forem fúteis ou vulgares do ponto de vista moral, as emanações fluídicas serão de baixo teor.

Do ponto de vista físico, esses fluidos podem ser, entre outros: excitantes ou calmantes, irritantes ou dulcificantes, repulsivos ou reparadores; do ponto de vista moral, trazem a impressão dos sentimentos de ódio, ciúme, orgulho, egoísmo; ou ainda, de bondade, caridade, benevolência, amor.

Essa diversidade da qualidade dos fluidos pode fazer-nos ter as mais variadas impressões ou sentimentos.

No nosso dia-a-dia podemos perceber a assimilação ou a repulsão dos fluidos dentro de nossos relacionamentos pelas sensações diferentes despertadas diante da presença de uma ou outra pessoa.

Em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, no cap. XII, item 3, Kardec discorre sobre essa questão: "Esse sentimento, por outro lado, resulta de uma lei física: a da assimilação e repulsão dos fluidos. O pensamento malévolo emite uma corrente fluídica que causa penosa impressão; o pensamento benévolo envolve-nos num eflúvio agradável. Daí a diferença de sensações que se experimenta, na aproximação de um inimigo ou de um amigo.”

Esta é uma das razões da orientação do Mestre em relação à vigilância de nossos pensamentos, da necessidade de estarmos em prece constantemente, de buscarmos nos renovar a cada dia para o Bem, para os bons sentimentos, para os bons pensamentos, para as boas ações.

QUESTÃO REFLEXIVA:

Como nossos pensamentos podem influenciar a nossa vida?

Bibliografia

- A Bíblia de Jerusalém.
- Kardec, Allan – A Gênese - Ed. FEESP.
- Kardec, Allan - O Livro dos Espíritos - Ed. FEESP.
- Kardec, Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo - Ed. FEESP.
- Kardec, Allan - O Livro dos Médiuns - Ed. FEESP.
- Kardec, Allan – Obras Póstumas
- Wantuil, Z./Thiesen, F. Allan Kardec, o Educador e o Codificador, vol. I.
- Kardec, Allan – Revista Espírita – 1864 e 1858.
- Figueiredo, Paulo H. – Mesmer – A Ciência Negada e os Textos Escondidos.


Fonte da imagem: Internet Google.

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