Os Verdadeiros Discípulos
OS
VERDADEIROS DISCÍPULOS
“Nem todo
aquele que me diz ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos Céus, mas sim aquele
que pratica a vontade de meu Pai que esta nos céus. Muitos me dirão naquele
dia: ‘Senhor, Senhor; não foi em teu nome que profetizamos e em teu nome que
expulsamos demônios e em teu nome que fizemos muitos milagres? ’ Então eu lhes
declararei: Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, vos que praticais a iniquidade’.”
(Mt 7:21-23).
A mensagem
inicia-se por essa Base de Jesus: “Nem todo o que me diz: Senhor; Senhor
entrará no Reino dos Céus, mas sim o que faz a vontade de meu Pai”.
Em muitos
momentos de nossa vida, todos nós chamamos pelos amigos espirituais, por Jesus,
por Deus, principalmente nos momentos em nos sentimos mais fragilizados e
carentes de auxilio e consolo.
Quando
oramos, sempre somos ouvidos, mas nem sempre somos atendidos naquilo que
queremos, mas sim naquilo que verdadeiramente necessitamos.
Nossa
verdadeira condição interior não pode ser escondida da Espiritualidade
Superior, pois todas nossas intenções, nossos sentimentos podem ser percebidos,
inclusive em relação a nossa vivência do Evangelho.
Essas
palavras de Jesus nos levam desse modo, a meditar sobre duas posturas que
podemos ter em relação a Deus, em relação ao exercício da religiosidade.
Uma é
exterior, ritualística, fazendo as coisas mecanicamente, clamando o nome Deus e
fazendo, repetidas vezes, uma grande quantidade de preces decoradas, sem buscar
a reforma intima.
A outra
postura é aquela que implica em interiorização verdadeira de todos os
ensinamentos deixados por Jesus, implica assim em renovação de sentimentos,
purificação do coração, elevação dos pensamentos, e atitudes... Sempre atitudes
positivas diante de todas as situações da vida.
Na obra “Os
Quatro Sermões de Jesus” Paulo A. Godoy ensina-nos: “Não basta bater no peito e
proferir o nome do Senhor, não é o suficiente propagar o Seu nome, proferir
belas palavras, enaltecer a Sua santidade. E imprescindível fazer a Sua
vontade, que consiste em praticar boas obras e amar próximo com a si mesmo”.
Então,
meditando sobre todos os exemplos de Jesus, entendemos o verdadeiro significado
da palavra religião, ou melhor, de religiosidade. Religião, em sua acepção
primitiva, original, significa religar, ou seja, a ligação do ser humano com
Deus.
Mas através
do tempo seu significado se distorceu e acabou por designar mais
especificamente as religiões que possuem práticas externas, de forma
ritualística, com um corpo de sacerdotes alocados hierarquicamente.
A
religiosidade, o sentimento religioso, ao contrário, trata-se de uma disposição
íntima, que implica em um modo de agir corretamente, de seguir a vida Segundo a
lei de Deus, segundo os ensinamentos de Jesus.
Jesus nunca
ensinou, em sentido distorcido, religião alguma, mas ensinou-nos, em todos os
momentos, a buscarmos uma vida baseada na religiosidade.
A nossa
religiosidade, ou seja, nossa espiritualização, deve manifestar-se em nosso dia
a dia através de nossos bons pensamentos, bons sentimentos, boas ações, pois
essas condutas permitem nosso crescimento espiritual e, portanto, que nos
tomemos verdadeiros discípulos de Jesus.
Tiago, em
sua epístola, disse: “Com efeito, a religião pura e sem macula diante de Deus,
nosso Pai, consiste nisto: visitar os órfãos e as viúvas em Suas tribulações e
guardar-se livre da corrupção do mundo.” (Tia 1-27).
A
CASA SOBRE A ROCHA
"Assim,
todo aquele que ouve essas minhas palavras, e as põem em prática será comparado
a um homem sensato que construiu a sua casa sobre a rocha. Caiu à chuva, vieram
às enxurradas, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, mas ela não caiu,
porque estava alicerçada na rocha. Por outro lado, todo aquele que ouve essas
minhas palavras, mas não as pratica, será comparado a um homem insensato que
construiu a sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, vieram as enxurradas,
sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela caiu. E foi grande sua
ruína!" (Mt7:24-27).
O verdadeiro
sentimento religioso é forca motriz que nos impulsiona ao crescimento
espiritual. Esse crescimento espiritual Jesus representa, figuradamente, como a
edificação de uma casa. Assim, aquele que ouve as palavras de Jesus e as segue,
pode ser comparado ao homem sábio que edificou sua casa sobre a rocha. E veio a
chuva, e transbordaram os rios, e assopraram os ventos, e combateram aquela
casa, e ela não caiu, porque estava fundada sobre a rocha.
Por outro
lado, aquele que ouve as palavras de Jesus, e não as segue, pode ser comparado
ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia. E veio a chuva, e
transbordaram os rios, e assopraram os ventos, e combateram aquela casa, e ela
caiu, e foi grande a sua ruína.
Essa figura
é bastante forte e ilustra plenamente os resultados de quando nós cultivamos ou
não o caminho correto. Nessa imagem, o sentido da ventania, da chuva e da
enchente são as dificuldades de nossa vida, que todos estão sujeitos. E se não
tivermos onde nos segurar, caso não cultivemos os verdadeiros Valores, em qualquer
dificuldade que apareça, nossa casa, que representa nossa estabilidade
emocional, nosso equilíbrio psíquico, será levada pelo Vento, afundara na
areia, pois não tinha alicerces.
Por outro
lado, quando buscamos seguir as lições de Jesus, quando procuramos seguir as
Leis de Deus, então, nesse momento, começamos a construir nossa casa na rocha.
Esse caminho
é o da busca das virtudes, é da busca constante do aprimoramento pessoal, do
aperfeiçoamento moral. Esses são os verdadeiros alicerces que nos permitem
vivenciar todas as situações do mundo sem se abalar.
Pois se
cultivarmos a paciência, a tolerância, a benevolência, a complacência, se
quisermos, nada poderá nos perturbar. Porque nós seremos fortalezas inseridas
na rocha. E quem não deseja atingir essa condição?
Ser uma
fortaleza. Ser mais forte que todas as dificuldades da vida? Quem não deseja
adquirir uma força tal, e ser capaz enfrentar todas as situações sem se
perturbar?
Essa é a
proposta das lições de Jesus: atingirmos as bem-aventuranças. E para as
alcançarmos não depende de ninguém, a não ser de nos mesmos. E o motivo de
depender só de nos mesmos é porque é uma condição íntima, pessoal, adquirida
com esforço, intransferível, e que depois de adquirida não pode ser tirada por ninguém.
Eis a grande
diferença dos Valores do Espírito, em relação às coisas externas, pois estas
dependem de outras pessoas. Já para as aquisições, para as conquistas do
Espírito não dependemos de mais ninguém, só de nos mesmos.
Assim, nós,
seres humanos, temos o livre arbítrio, e podemos fazer tudo aquilo que
quisermos. Mas de acordo com as nossas escolhas poderemos ser felizes, ou não.
Segundo a
Lei de Deus, nós fomos criados para ser plenamente felizes apenas quando buscamos
os verdadeiros Valores, quando fazemos a coisa certa, quando agimos
harmoniosamente, quanto buscamos desenvolver essa religiosidade.
Sempre que
nós nos afastarmos desse caminho encontraremos insatisfação.
Caminhemos,
então, a largos passos em direção à felicidade, a satisfação, a prosperidade
espiritual, a realização...
Nós podemos
nos tomar verdadeiras fortalezas, podemos transitar pela vida com satisfação e
aproveitando cada minuto para nos desenvolvermos e crescermos espiritualmente,
e assim:
- Viver as
pequenas alegrias, mas com pureza;
- Viver com
nosso semelhante, sem melindrá-lo;-
- Ter
seriedade de conduta, mas sorrir; '
- Praticar a
caridade sem limites.
QUESTÃO
REFLEXIVA:
Como podemos
construir a nossa casa sobre a rocha?
Bibliografia
- A Bíblia
de Jerusalém.
- Kardec,
Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo - Ed. FEESP.
- Godoy,
Paulo Alves – Os Quatro Sermões de Jesus – Ed. FEESP.
- Almeida,
Jose de Souza – As Parábolas – Ed. FEESP.
- Rigonatti,
Eliseu – O Evangelho dos Humildes.
Fonte da imagem: Internet Google.
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