CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

18ª Aula Parte B – CURSO APRENDIZES DO EVANGELHO 1º ANO – FEESP

Os Verdadeiros Discípulos

OS VERDADEIROS DISCÍPULOS

“Nem todo aquele que me diz ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos Céus, mas sim aquele que pratica a vontade de meu Pai que esta nos céus. Muitos me dirão naquele dia: ‘Senhor, Senhor; não foi em teu nome que profetizamos e em teu nome que expulsamos demônios e em teu nome que fizemos muitos milagres? ’ Então eu lhes declararei: Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, vos que praticais a iniquidade’.” (Mt 7:21-23).

A mensagem inicia-se por essa Base de Jesus: “Nem todo o que me diz: Senhor; Senhor entrará no Reino dos Céus, mas sim o que faz a vontade de meu Pai”.

Em muitos momentos de nossa vida, todos nós chamamos pelos amigos espirituais, por Jesus, por Deus, principalmente nos momentos em nos sentimos mais fragilizados e carentes de auxilio e consolo.

Quando oramos, sempre somos ouvidos, mas nem sempre somos atendidos naquilo que queremos, mas sim naquilo que verdadeiramente necessitamos.

Nossa verdadeira condição interior não pode ser escondida da Espiritualidade Superior, pois todas nossas intenções, nossos sentimentos podem ser percebidos, inclusive em relação a nossa vivência do Evangelho.

Essas palavras de Jesus nos levam desse modo, a meditar sobre duas posturas que podemos ter em relação a Deus, em relação ao exercício da religiosidade.

Uma é exterior, ritualística, fazendo as coisas mecanicamente, clamando o nome Deus e fazendo, repetidas vezes, uma grande quantidade de preces decoradas, sem buscar a reforma intima.

A outra postura é aquela que implica em interiorização verdadeira de todos os ensinamentos deixados por Jesus, implica assim em renovação de sentimentos, purificação do coração, elevação dos pensamentos, e atitudes... Sempre atitudes positivas diante de todas as situações da vida.

Na obra “Os Quatro Sermões de Jesus” Paulo A. Godoy ensina-nos: “Não basta bater no peito e proferir o nome do Senhor, não é o suficiente propagar o Seu nome, proferir belas palavras, enaltecer a Sua santidade. E imprescindível fazer a Sua vontade, que consiste em praticar boas obras e amar próximo com a si mesmo”.

Então, meditando sobre todos os exemplos de Jesus, entendemos o verdadeiro significado da palavra religião, ou melhor, de religiosidade. Religião, em sua acepção primitiva, original, significa religar, ou seja, a ligação do ser humano com Deus.

Mas através do tempo seu significado se distorceu e acabou por designar mais especificamente as religiões que possuem práticas externas, de forma ritualística, com um corpo de sacerdotes alocados hierarquicamente.

A religiosidade, o sentimento religioso, ao contrário, trata-se de uma disposição íntima, que implica em um modo de agir corretamente, de seguir a vida Segundo a lei de Deus, segundo os ensinamentos de Jesus.

Jesus nunca ensinou, em sentido distorcido, religião alguma, mas ensinou-nos, em todos os momentos, a buscarmos uma vida baseada na religiosidade.

A nossa religiosidade, ou seja, nossa espiritualização, deve manifestar-se em nosso dia a dia através de nossos bons pensamentos, bons sentimentos, boas ações, pois essas condutas permitem nosso crescimento espiritual e, portanto, que nos tomemos verdadeiros discípulos de Jesus.

Tiago, em sua epístola, disse: “Com efeito, a religião pura e sem macula diante de Deus, nosso Pai, consiste nisto: visitar os órfãos e as viúvas em Suas tribulações e guardar-se livre da corrupção do mundo.” (Tia 1-27).

A CASA SOBRE A ROCHA

"Assim, todo aquele que ouve essas minhas palavras, e as põem em prática será comparado a um homem sensato que construiu a sua casa sobre a rocha. Caiu à chuva, vieram às enxurradas, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, mas ela não caiu, porque estava alicerçada na rocha. Por outro lado, todo aquele que ouve essas minhas palavras, mas não as pratica, será comparado a um homem insensato que construiu a sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, vieram as enxurradas, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela caiu. E foi grande sua ruína!" (Mt7:24-27).

O verdadeiro sentimento religioso é forca motriz que nos impulsiona ao crescimento espiritual. Esse crescimento espiritual Jesus representa, figuradamente, como a edificação de uma casa. Assim, aquele que ouve as palavras de Jesus e as segue, pode ser comparado ao homem sábio que edificou sua casa sobre a rocha. E veio a chuva, e transbordaram os rios, e assopraram os ventos, e combateram aquela casa, e ela não caiu, porque estava fundada sobre a rocha.

Por outro lado, aquele que ouve as palavras de Jesus, e não as segue, pode ser comparado ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia. E veio a chuva, e transbordaram os rios, e assopraram os ventos, e combateram aquela casa, e ela caiu, e foi grande a sua ruína.

Essa figura é bastante forte e ilustra plenamente os resultados de quando nós cultivamos ou não o caminho correto. Nessa imagem, o sentido da ventania, da chuva e da enchente são as dificuldades de nossa vida, que todos estão sujeitos. E se não tivermos onde nos segurar, caso não cultivemos os verdadeiros Valores, em qualquer dificuldade que apareça, nossa casa, que representa nossa estabilidade emocional, nosso equilíbrio psíquico, será levada pelo Vento, afundara na areia, pois não tinha alicerces.

Por outro lado, quando buscamos seguir as lições de Jesus, quando procuramos seguir as Leis de Deus, então, nesse momento, começamos a construir nossa casa na rocha.

Esse caminho é o da busca das virtudes, é da busca constante do aprimoramento pessoal, do aperfeiçoamento moral. Esses são os verdadeiros alicerces que nos permitem vivenciar todas as situações do mundo sem se abalar.

Pois se cultivarmos a paciência, a tolerância, a benevolência, a complacência, se quisermos, nada poderá nos perturbar. Porque nós seremos fortalezas inseridas na rocha. E quem não deseja atingir essa condição?

Ser uma fortaleza. Ser mais forte que todas as dificuldades da vida? Quem não deseja adquirir uma força tal, e ser capaz enfrentar todas as situações sem se perturbar?

Essa é a proposta das lições de Jesus: atingirmos as bem-aventuranças. E para as alcançarmos não depende de ninguém, a não ser de nos mesmos. E o motivo de depender só de nos mesmos é porque é uma condição íntima, pessoal, adquirida com esforço, intransferível, e que depois de adquirida não pode ser tirada por ninguém.

Eis a grande diferença dos Valores do Espírito, em relação às coisas externas, pois estas dependem de outras pessoas. Já para as aquisições, para as conquistas do Espírito não dependemos de mais ninguém, só de nos mesmos.

Assim, nós, seres humanos, temos o livre arbítrio, e podemos fazer tudo aquilo que quisermos. Mas de acordo com as nossas escolhas poderemos ser felizes, ou não.

Segundo a Lei de Deus, nós fomos criados para ser plenamente felizes apenas quando buscamos os verdadeiros Valores, quando fazemos a coisa certa, quando agimos harmoniosamente, quanto buscamos desenvolver essa religiosidade.

Sempre que nós nos afastarmos desse caminho encontraremos insatisfação.

Caminhemos, então, a largos passos em direção à felicidade, a satisfação, a prosperidade espiritual, a realização...

Nós podemos nos tomar verdadeiras fortalezas, podemos transitar pela vida com satisfação e aproveitando cada minuto para nos desenvolvermos e crescermos espiritualmente, e assim:

- Viver as pequenas alegrias, mas com pureza;

- Viver com nosso semelhante, sem melindrá-lo;-

- Ter seriedade de conduta, mas sorrir; '

- Praticar a caridade sem limites.

QUESTÃO REFLEXIVA:

Como podemos construir a nossa casa sobre a rocha?

Bibliografia

- A Bíblia de Jerusalém.
- Kardec, Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo - Ed. FEESP.
- Godoy, Paulo Alves – Os Quatro Sermões de Jesus – Ed. FEESP.
- Almeida, Jose de Souza – As Parábolas – Ed. FEESP.
- Rigonatti, Eliseu – O Evangelho dos Humildes.


Fonte da imagem: Internet Google.

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