CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

terça-feira, 25 de junho de 2019

13a Aula Parte B - CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA 2º ANO FEESP


OS FALSOS PROFETAS

João, o evangelista, nos ensina em sua Primeira Epístola, no capítulo 4, versículo 1: “Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os Espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo afora”.

Também temos em Jeremias (Cap.23, versículo 16): “isso diz o Senhor dos Exércitos: não deis ouvidos as palavras dos profetas que entre vós profetizam e vos enchem de vãs esperanças; falam as visões do seu coração, não o que vem da boca do Senhor”.

Explica-nos Kardec, em “Obras Póstumas” que os chamados médiuns proféticos, em tão grande número na Antiguidade, constituem uma variedade da mediunidade de inspiração. Porém, “o dom da profecia (...) é excepcional e implica uma missão na Terra” e que “se há verdadeiros profetas, maior é o número dos falsos, que tomam os devaneios da sua imaginação como revelações, quando não são velhacos que por ambição se fazem passar como profetas”.

E se há tão grande número de encarnados dispostos a enganar os mais crédulos, o de desencarnados é ainda mais extenso.

“Os Espíritos são as almas dos homens, e como os homens não são perfeitos, há também Espíritos imperfeitos(...) É incontestável que há Espíritos maus, astuciosos, profundamente hipócritas, contra os quais devemos nos prevenir”, diz Kardec em “O Livro dos Médiuns” (questão 46).

Uma característica comum a Espíritos dessa ordem é o desejo de cativar discípulos incautos entre os desencarnados, para levar suas teorias absurdas e espalhar a desunião entre os grupos, pregando o isolamento.

Frequentemente apresentam-se espontaneamente, tomando, muitas vezes, nomes respeitáveis e conhecidos, impondo regras e ideias errôneas. Devemos desconfiar de tudo que nos inflame o orgulho e de comunicações que tendam ao misticismo, extravagantes, que ditem cerimônias e práticas estranhas ao caráter antidogmático espírita.

Então, o que devemos fazer para ficar imunes ao seu assédio? A recomendação áurea de Kardec: passar toda e qualquer comunicação sob o crivo da razão e do bom senso.

Antes de aceitarmos uma informação nova como autêntica, devemos proceder como Kardec o fez ao codificar a doutrina: o do controle universal do ensino dos Espíritos. Todas as vezes que uma revelação deve chegar aos homens, ela vem para um grande número de pessoas, com prudência, no tempo correto. Nunca é resultado de uma teoria pessoal, pois um só individuo não pode ter a presunção de se auto intitular como dono da verdade.

“Não será pela opinião de um homem que se produzirá a união, mas pela unanimidade da voz dos Espíritos (...) A opinião universal, eis, portanto, o juiz supremo, aquele que pronuncia em última instância. Ela se forma de todas as opiniões individuais”.

Os Espíritos sábios sempre preferem se comunicar por médiuns sérios, estudiosos, empenhados em se melhorar a cada dia. Os mistificadores, ao contrário, preferem médiuns levianos, que se deixam fascinar por elogios ou que buscam tirar proveito de sua faculdade. Além disso, buscam meios onde se encontram pessoas frívolas, movidas mais pela curiosidade que pelo desejo de instrução e melhoria.

Devemos lembrar, ainda, que os Espíritos inferiores apenas exploram o que há de imperfeito em nós.

Diz Emmanuel: “Todos somos induzidos ao erro, na pauta de nossa própria estultícia. Dominados de orgulho, cremos naqueles que nos incitam à vaidade e, sedentos de posse, assimilamos as sugestões infelizes de quantos se proponham explorar-nos a insensatez e a cobiça”.

Separar o joio do trigo, o certo do errado, o absurdo da razão, a fé humana, movida pelas paixões e pelo material da divina, eterna e perfeita, eis aquilo que se espera do homem precavido, que tem Jesus por modelo. Só assim saberemos distinguir o verdadeiro profeta e “podemos reconhecê-lo por suas palavras e por suas ações. Deus não se serve da boca do mentiroso para ensinar a verdade” (“O Livro dos Espíritos” - questão 624).

Bibliografia:

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo: Cap. XXI - Itens 10 e 11 - Introdução - item II

KARDEC, Allan. Obras Póstumas: Manifestações dos Espíritos – questão 6 - item 49

XAVIER, Francisco Candido (Espírito Emmanuel). Religião dos Espíritos: Ante os falsos profetas

Questões para reflexão:

1) Explique por que não se devem repelir as comunicações de além túmulo.

2) Comente a importância de interrogar os Espíritos.

3) Comente sobre os falsos profetas.

4) Analise a afirmação de Emmanuel: “Todos somos induzidos ao erro, na pauta de nossa própria estultícia”.

Fonte da imagem: Internet Google.

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