CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

terça-feira, 24 de abril de 2018

6a Aula Parte A - CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA 1º ANO FEESP


A EPÍFISE

Desde a Antiguidade existem relatos que demonstram o conhecimento da Epífise ou Glândula Pineal. Entre os gregos na Escola de Alexandria, os estudos pineais estavam relacionados às questões de ordem religiosa. Os gregos a denominavam como conárium enquanto os latinos por glândula pinealis.

No século XVIII, Descartes, um grande pensador, afirmou que a epífise era o centro da alma. De acordo com a doutrina espírita, esse parecer não precede, basta para tanto consultar as questões numero 146 e 146a do Livro dos Espíritos.

A alma humana não possui uma sede, não esta determinada e circunscrita em certa Parte do corpo. Entre as religiões de origem oriental, o conhecimento e a importância deste órgão possuem posição de destaque. Os hindus, por exemplo, a conheciam como a flor de mil pétalas. Para eles, a Glândula Pineal era possuidora de elementos orgânicos que estabeleciam uma ponte de ligação com o centro coronário.

Podemos destacar como principais características da Epífise:

a) a separação dos hormônios psíquicos, que são os responsáveis pelas glândulas sexuais e por todo o sistema endócrino. É função da epífise despertar no homem após os 14 anos a fonte criadora, a válvula do escapamento, antes disso sua energia é freada. Por tudo isso, pode-se afirmar que a Epífise tem um papel elementar, básico e absoluto;

b) Esta relacionada à Parte emocional;

c) Relaciona-se a vontade de cada um, ao esforço de se melhorar. A epífise esta relacionada à vontade;

d) Constitui-se, por assim dizer, um armazém energético, pois supre com energias de caráter psíquico, todo o corpo;

e) Glândula da vida mental. Representa uma manifestação do centro coronário.

Apesar de sua importância já ser conhecida por diversos povos, entre os espíritas os estudos de relevância sobre o assunto ganharam destaque a partir de 1945 quando por meio da mediunidade de Francisco Cândido Xavier, André Luiz, um médico desencarnado, relatou o seu espanto, ao perceber a função que a epífise desempenhava no momento do transe mediúnico.

Segundo André Luiz: “quanto mais lhe notava as singularidades do cérebro, mais admirava a luz crescente que a epífise deixava perceber. A glândula minúscula transformara-se em um núcleo radiante e, em derredor, seus raios formavam um lótus de pétalas sublimes.” Logo em seguida, André Luiz afirma o seguinte: “Examinei atentamente os demais encarnados. Em todos eles a glândula apresentava notas de luminosidade, mas em nenhum brilhava como no intermediário em serviço”. (Missionários da Luz). A descrição efetuada demonstra claramente que a Epífise coloca o ser encarnado em contato com o mundo espiritual, de forma mais intensa.

Na década de 1940 e 1950, a medicina ainda havia avançado muito pouco em relação ao seu conhecimento sobre o papel e o funcionamento da glândula pineal. Ela era vista apenas como um órgão vestigial, o frenador da sexualidade infantil.

A partir de 1958, pesquisas desenvolvidas na Universidade de Yale, nos Estados Unidos, identificaram que a glândula Pineal produz um hormônio próprio, a melatonina. Tal descoberta permitiu um avanço nas pesquisas sobre este assunto.

A Glândula Pineal faz Parte do epitálamo, um dos componentes do diencéfalo. Ela corresponde a uma evaginação do teto diencefálico. A natureza fez um trabalho bastante cuidadoso, pois localizou esta glândula no eixo mediano do encéfalo. Com relação ao seu peso e tamanho, não existe um consenso propriamente dito sobre o assunto. Afirma-se que a Glândula Pineal possui um formato de um cone, e pesa aproximadamente 100 mg no homem. Por outro lado, Jorge Andréa, fornece informações mais precisas: afirma que ela mede de 6 a 8 mm de comprimento por 4 a 5 mm de largura e 2 a 5 mm de espessura, sendo o peso médio de O,16 gr.

Possui a forma de uma pinha (na criança), já no adulto possui um formato achatado, e forma triangular ou ovular. Possui coloração rósea.

E preciso ponderar que a Glândula Pineal não é uma exclusividade humana, esta localizada também nos vertebrados inferiores. Neste caso, não só a localização, mas também a função possui um caráter bastante diferenciado.

Nos vertebrados de sangue frio ela tem como função ser um órgão fotorreceptor, por isso muitos destes animais reage rapidamente à mudança de cor devido à iluminação ambiental.

Em algumas espécies a Glândula Pineal possui um caráter duplo. Um componente intracraniano, o órgão pineal propriamente dito, o outro extracraniano, que se manifesta na Parte exterior e frontal da cabeça. É o caso do lagarto, que possui uma lente, o terceiro olho.

Nos mamíferos, apesar da estrutura ser bem mais simples, a dupla origem permanece, porém perdeu sua função fotorreceptora. Não recebe mais de forma direta a luz, não envia impulsos nervosos ao cérebro. Pode ser considerado um órgão secretor. Sua função muda, assim como sua relação com o organismo.

Segundo Jorge Andrea, com relação ao olho pineal, pode-se pensar que em vez de ser considerado uma característica de regressão, fadada ao desaparecimento, talvez possa ser visto o inicio do processo de desenvolvimento.

“Desse modo, o olho pineal pode ser visto como o ponto em que se iniciam os verdadeiros alicerces da Glândula Pineal”, e como tal, da individualidade Espiritual - as expressões de um Eu em formação não existente nos invertebrados, cuja zona espiritual deve fazer Parte de um conjunto próprio da espécie, sem as nuanças que caracterizam o indivíduo, o EU.

Na espécie humana, a função da Glândula Pineal passa pelos mecanismos da meditação e do discernimento, da reflexão e do pensamento e pela direção e orientação dos fenômenos psíquicos mais variados. Perante essas informações, temos o dever de efetuar um questionamento: Para que serve a Glândula Pineal? Sua ausência causaria quais danos ao organismo?

A Glândula Pineal apresenta ligações com a tireoide, a suprarrenal, o pâncreas e tímus. No primeiro caso, a relação entre as duas Glândulas é evidente. A retirada cirúrgica de uma interfere na outra, é um ponto de partida para um processo violento, mais acentuado em direção a tireoide. No Segundo caso, a retirada da Pineal altera os índices de colesterol e acido ascórbico. Com relação ao pâncreas, órgão produtor da insulina, sabe-se que a Glândula Pineal exerce uma função frenadora, e no caso do tímus, os tumores da Pineal impedem a regressão normal da Glândula na idade oportuna.

Em suma, podemos afirmar que a Glândula Pineal esta ligada a todo o setor glandular do organismo. A Glândula Pineal esta comprometida com vários departamentos orgânicos, inclusive aqueles que orientam a vida psíquica.

“Podemos considerar a Pineal como sendo a Glândula da vida psíquica; a Glândula que resplandece o organismo, acorda a puberdade e abre suas usinas energéticas para que o psiquismo humano, em seus intricados problemas psicológicos, se expresse em voos imensuráveis”

Os pesquisadores já não perguntam mais para que serve a pineal, eles pesquisam para saber de forma mais detalhada quais órgãos do corpo humano estão sob sua interferência, ou melhor, sobre a interferência da melatonina, hormônio produzido pela Glândula Pineal e seu grau de atuação sobre esses órgãos. Hoje em dia, sabe-se que a Epífise é a reguladora da cronobiologia, dos ritmos biológicos, ela é que determina se uma pessoa esta acordada ou dormindo, em outras palavras, se o Espírito esta ligado ao corpo ou não, em períodos de vigília e sono.

Com relação aos mecanismos da mediunidade, sabe-se que a Epífise é considerada a Glândula da vida mental porque é por meio dela que todos os fenômenos anímicos e espíritas se produzem.

É preciso destacar que no Brasil, os estudos sobre a Glândula Pineal tem recebido a atenção de médicos e cientistas.

Bibliografia:

ANDREA, Jorge. Palingênese: A grande lei. (reencarnação).
KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos.
XAVIER, Francisco Cândido (Espírito André Luiz). Missionários da Luz

Fonte da imagem: Internet Google.

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