CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

terça-feira, 10 de abril de 2018

4a Aula Parte A - CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA 1º ANO FEESP


PERISPÍRITO, PROPRIEDADES E MEDIUNIDADE

O perispírito como princípio das manifestações

- O homem é constituído por Espírito ou alma, perispírito e corpo físico.

- O Espírito é o ser inteligente e sensível, o perispírito o intermediário entre o Espírito e o corpo físico.

Perispírito (do grego peri, em torno, e do latim spiritus, alma, espírito) é o envoltório fluídico e perene do Espírito, que possibilita sua interação com os meios espiritual e físico. Seus elementos constituintes provêm dos fluidos do meio onde o Espírito se encontra; fluidos esses que o formam e o alimentam, do mesmo modo que o ar forma e alimenta o corpo material do ser humano. O perispírito é mais ou menos etéreo, conforme os mundos e purificação do Espírito. É Parte integrante desse, como o corpo é Parte integrante do homem. É o órgão de transmissão de todas as sensações.

Praticamente todas as civilizações humanas do passado falaram no perispírito. Os egípcios conheciam-no como o “kha”. Na Índia, fala-se em “Língua-Sharira”, enquanto que no esoterismo judeu é o “Nephesh”.

Paracelso o chamou de “corpo astral” ou “Evestrum” e Paulo de Tarso o denominou como “Corpo Espiritual” ou “Corpo Incorruptível”.

Kardec nos ensina que o perispírito, por meio de sua expansão do meio, une-se ao ser humano desde o momento da fecundação do óvulo pelo espermatozoide, unindo-se molécula a molécula. Essa união permanece por toda a vida física do indivíduo e só por ocasião da morte do corpo físico é que ocorre a desunião do perispírito, quando ele retoma ao mundo espiritual, que é seu local de origem.

Propriedades e qualidades

Plasticidade, densidade, ponderabilidade, luminosidade, penetrabilidade, visibilidade, tangibilidade, sensibilidade global, sensibilidade magnética, expansibilidade, bicorporeidade, unicidade, perenidade, capacidade refletora, odor, temperatura, mutabilidade.

Plasticidade - O perispírito sendo o espelho da alma e etérea extensão da mente, molda-se de acordo com seu comando plasticizante, pois é formado tanto por fluídos eterizados como por fluídos materiais. Tem um extremo poder plástico, adaptando-se as ordens mentais da alma. Assume as formas que o Espírito desejar.

Densidade - O perispírito não deixando de ser matéria, ainda que quintessenciada, apresenta em si uma densidade que se relaciona com o grau de evolução da alma.

Ponderabilidade - Sob os aspectos físicos, a matéria sutil ou o corpo espiritual em si não apresentaria um peso possível de ser detectado por meio de qualquer instrumentação até agora conhecida. Na união espiritual, cada organização perispirítica tem seu peso específico, que varia de acordo com sua densidade, pelo estado de moralidade do Espírito.

Luminosidade - Também desponta como característica particular de cada Espírito e seus condicionamentos morais evolutivos. A intensidade da luz esta na razão da pureza do Espírito.

Penetrabilidade - A natureza etérea do perispírito permite ao Espírito, caso apresente as necessárias condições mentais, atravessar qualquer barreira física, pois matéria alguma lhe opõe obstáculo. E ele atravessa todos, assim como a luz atravessa os corpos transparentes.

Visibilidade - Aos olhos físicos o perispírito é totalmente invisível, todavia não o é para os Espíritos. No caso dos menos evoluídos, esses só percebem os seus pares, captando-lhes o aspecto geral.

Tangibilidade - Sendo o perispírito também matéria, poderá como devido apoio ectoplásmico, tomar-se materialmente tangível, no todo ou em parte.

Sensibilidade Global - A sensibilidade do perispírito é global. Tendo a capacidade de penetrar o meio externo, isso pode acontecer em qualquer ponto do organismo.

Sensibilidade Magnética - O perispírito é particularmente sensível a ação magnética, pois sustenta uma estrutura semimaterial.

Expansibilidade - O perispírito pode, conforme suas condições, expandir-se, aumentando, inclusive, o campo de percepção sensorial.

Bicorporeidade - Este termo, criado por Kardec, é um dos fenômenos de desdobramento, embora seja uma forma mais adiantada da expansibilidade. Define-se como notável faculdade do perispírito, que possibilita, em condições especiais, o seu desdobramento, dando a impressão de “fazer-se em dois”, no mesmo lugar ou em lugares diferentes.

Unicidade - A estrutura perispirítica, como reflexo da alma, é única.

Perenidade - O perispírito é perene, está ligado à alma e como esta, não pode ser destruído. Porém, possui característica de mutabilidade.

Capacidade Refletora - O corpo espiritual, extensão da alma que é, reflete continua e instantaneamente os estados mentais.

Odor - O perispírito possui odores particulares que são perceptíveis por Espíritos, mas não devemos nos confundir com as manipulações ectoplásmaticas (odores criados por Espíritos).

Temperatura - Durante certas atividades mediúnicas, alguns médiuns registram, por exemplo, uma espécie de gélido torpor, com a aproximação de determinadas categorias de Espíritos ou, ao contrário, uma cálida sensação de bem-estar, quando da aproximação de um Espírito Superior.

Mutabilidade - A mutabilidade do perispírito ocorre constantemente: quando reencarna, quando decai, quando se eleva, quando muda para outra "morada da casa do Pai"... Por exemplo, o espírito progride, sua densidade e peso diminuem, sua luminosidade aumenta, marcas perispirituais que trazia de experiências infelizes somem, etc..
Mediunidade

“O desenvolvimento da faculdade mediúnica depende da natureza mais ou menos expansível do perispírito do médium e da sua maior ou menor assimilação pelo perispírito dos Espíritos”. (Obras Póstumas Manifestações dos Espíritos).

O perispírito é o princípio de todas as manifestações. O seu conhecimento foi a chave da explicação de uma imensidade de fenômenos.

Para que aconteça o fenômeno mediúnico, é preciso que o perispírito se expanda e se exteriorize para além do corpo físico.

Kardec ressaltou a importância do perispírito para o estudo, a analise, e tratamento de vários fenômenos da alma, englobando a vista dupla, visão a distancia, sonambulismo natural e artificial, catalepsia, letargia, presciência, pressentimentos, transfigurações, transmissão de pensamento, etc. (A Gênese, capítulo I, item 40).

O ato mediúnico é o momento em que o Espírito aproxima-se do médium e o envolve nas suas Vibrações espirituais. Essas vibrações irradiam-se do seu corpo espiritual atingindo o corpo espiritual do médium. A esse toque vibratório, semelhante ao de um brando choque elétrico, reage o perispírito do médium. Realiza-se a fusão fluídica. Ali estão fundidos e distintos. O que se da não é uma incorporação, mas uma interpenetração psíquica, como a da luz atravessando uma vidraça. (José Herculano Pires - “Mediunidade”)

Bibliografia:

KARDEC, Allan. Obras Póstumas: Capitulo Manifestações dos Espíritos
KARDEC, Allan. Livro dos Médiuns primeira Parte capitulo I, segunda Parte capitulo IV, VI
KARDEC, Allan. A Gênese: Capitulo I, item 40
PIRES, J. Herculano. Mediunidade: Capitulo V

Fonte da imagem: Internet Google.

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