CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

quinta-feira, 12 de maio de 2016

8ª Aula Parte B – CURSO APRENDIZES DO EVANGELHO 1º ANO – FEESP

Jesus: Infância à Vida Pública

A INFÂNCIA DE JESUS

Há no evangelho de Lucas (2:39,40) uma citação sobre a infância de Jesus: “Terminando de fazer tudo conforme a Lei do Senhor; voltaram à Galiléia, para Nazaré, sua cidade. E o menino crescia, tornava-se robusto, enchia-se de sabedoria, e a graça de Deus estava com ele”.

JESUS AOS 12 ANOS

Encontramos em Lucas 2:41-50, o episódio de Jesus no Templo de Jerusalém, assim narrado: “Seus pais iam todos os anos a Jerusalém para a festa da Páscoa. Quando o menino completou doze anos, segundo o costume, subiram para a festa. Terminados os dias, eles voltaram, mas o menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais o notassem. Pensando que ele estivesse na caravana, andaram o caminho de um dia, e puseram-se a procurá-lo entre os parentes e conhecidos. E não o encontrando, voltaram a Jerusalém à sua procura.

Três dias depois, eles o encontraram no Templo, sentado em meio aos doutores, ouvindo-os e interrogando-os; e todos os que o ouviam ficavam extasiados com sua inteligência e com suas respostas. Ao vê-lo, ficaram surpresos, e sua mãe lhe disse: ‘Meu filho, porque agiste assim conosco? Olha que teu pai e eu, aflitos, te procurávamos ’. Ele respondeu: ‘Por que me procuráveis? Não sabíeis que devo estar na casa de meu Pai?’ Eles, porém, não compreenderam a palavra que ele lhes dissera.

JESUS DOS DOZE AOS TRINTA

Após este episódio, as narrativas evangélicas focalizam Jesus no início de seu ministério publico, aos 30 anos de idade. A ausência de informações a este respeito tem levado muitas pessoas a levantarem conjecturas que, muitas vezes são tomadas como verdade.

Entre estas conjecturas, há quem afirme que Jesus esteve entre os essênios. A este respeito, vale destacar as considerações de Emmanuel, em A Caminho da Luz, capitulo XII: “Muitos séculos depois de sua exemplificação incompreendida há quem o veja entre os essênios, aprendendo as suas doutrinas, antes do seu messianismo de amor e de redenção. As próprias esferas mais próximas da Terra, que pela força das circunstâncias se acercam mais das controvérsias dos homens, que do sincero aprendizado dos espíritos estudiosos e desprendidos do orbe, refletem as opiniões contraditarias da humanidade, a respeito do Salvador de todas as criaturas. O Mestre, porém, não obstante a elevada Cultura das escolas essênias, não necessitou de sua contribuição. Desde os seus primeiro dias na Terra, mostra-se tal qual era, com a superioridade que o planeta lhe conheceu desde os tempos longínquos do princípio.” Onde esteve Jesus dos 12 aos 30?

Retornemos a Lucas 2:51,52 e vejamos o que ele nos diz, após o fato de Jesus ter sido encontrado no templo de Jerusalém: “Desceu então com eles para Nazaré e era-lhes submisso. Sua mãe, porém, conservava a lembrança de todos esses fatos em seu coração. E Jesus crescia em sabedoria, em estatura e em graça, diante de Deus e diante dos homens.”

No limiar do estudo sobre o ministério publico de Jesus, vamos refletir: Jesus era o Messias? As principais acomodações, interpolações, alterações nos textos evangélicos, especialmente quanto às origens humanas de Jesus, convergem para um único objetivo: convencer que Jesus é o Messias.

Porém, o que Israel esperava? Durante séculos, foram construindo a expectativa de um messias belicoso, segundo as melhores interpretações dos textos proféticos, revestido de poder temporal, que iria libertar o povo do jugo estrangeiro e estabelecer a hegemonia do povo de Deus.

Jesus, no entanto, não corresponde ao conceito tradicional judaico do Messias. Jesus não era um messias político. As profecias que o descrevem como um líder político são inaceitáveis.

Conforme assinala Hermínio Miranda no livro “Cristianismo: A Mensagem Esquecida”: “... A despeito das manipulações posteriores, contudo ficaram veementes indícios de que Jesus jamais se considerou o messias da tradição judaica. Um desses indícios está na surpreendente questão levantada por João Batista, segundo consta em Mateus, 11:3 “És tu aquele que há de vir, ou devemos esperar outro?”

Jesus lhe responde com extrema habilidade e inteligência: Que o próprio João o julgue: os cegos veem, os coxos andam, os “mortos” ressuscitam. No entanto, cala-se sobre os aspectos políticos. Equivale isso a dizer: Trago comigo as credenciais de um enviado, sim, para servir, para amar e pregar uma doutrina libertadora, mas não sou o Messias no sentido político das expectativas tradicionais.

A DESCONSTRUÇÃO DO MITO

Assinala Herculano Pires em sua obra “Revisão do Cristianismo” que Kardec foi o primeiro a ter a coragem de submeter o Evangelho (no sentido global do termo) as divisões necessárias, para separar do texto, dividido em cinco partes, o ensino moral de Jesus. Esse ensino que realmente nos oferece a concepção cristã do mundo e do Homem. E nele, Jesus não aparece como um taumaturgo místico ou um semideus, a pessoa de Deus no mundo ou a encarnação do Verbo, mas como o ser na existência, o homem no mundo (não do mundo) da expressão kardeciana, o homem que traz consigo a mais perfeita ideia de Deus e por isso se encamou, para transferi-la aos homens como homem.

Finalizando, transcrevemos as considerações de André Luiz em “Mecanismos da Mediunidade”, capitulo XXVI: “Desde a chegada do Excelso benfeitor ao planeta, observa-se-lhe o pensamento sublime penetrando o pensamento da humanidade”.

Dir-se-ia que no estábulo se resumem pedras e arbustos, animais e criaturas humanas, representando os diversos reinos da evolução terrestre, para receber-lhe o primeiro toque mental de aprimoramento e beleza.

Casam-se os hinos singelos dos pastores aos cânticos de amor nas vozes dos mensageiros espirituais, saudando aquele que vinha libertar as nações, não na forma social que sempre lhes será vestimenta às necessidades de ordem coletiva, mas no ádito das almas, em função da vida eterna.

Antes dele, grandes comandantes da ideia haviam pisado o chão do mundo, influenciando multidões.

Guerreiros e políticos, filósofos e profetas alinhavam-se na memória popular, recordados como disciplinadores e heróis, mas todos desfilaram com exércitos e formulas, enunciados e avisos, em que se misturam retidão e parcialidade, sombra e luz.

Ele chega sem qualquer prestígio de autoridade humana, mas, com a sua magnitude moral, imprime novos rumos à vida, por dirigir-se, acima de tudo, ao espírito, em todos os climas da Terra. Transmitindo as ondas mentais das esferas superiores de que procede, transita entre as criaturas, despertando-lhes as energias para a Vida Maior como que a ranger-lhes as fibras recônditas, de maneira a harmonizá-las com a sinfonia universal do Bem Eterno.”

QUESTAO REFLEXIVA:

Comente a importância da encarnação de Jesus entre nós

Bibliografia

- A Bíblia de Jerusalém.
- Miranda, Hermínio - Cristianismo: A mensagem Esquecida.
- Xavier, Francisco C./Emmanuel - A Caminho da Luz.
- Xavier, Francisco C./André Luiz - Mecanismos da Mediunidade.
- Pires, Herculano - Revisão do Cristianismo.


Fonte da imagem: Internet Google.

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