Jesus: Infância à Vida Pública
A
INFÂNCIA DE JESUS
Há no
evangelho de Lucas (2:39,40) uma citação sobre a infância de Jesus: “Terminando
de fazer tudo conforme a Lei do Senhor; voltaram à Galiléia, para Nazaré, sua
cidade. E o menino crescia, tornava-se robusto, enchia-se de sabedoria, e a
graça de Deus estava com ele”.
JESUS
AOS 12 ANOS
Encontramos
em Lucas 2:41-50, o episódio de Jesus no Templo de Jerusalém, assim narrado:
“Seus pais iam todos os anos a Jerusalém para a festa da Páscoa. Quando o
menino completou doze anos, segundo o costume, subiram para a festa. Terminados
os dias, eles voltaram, mas o menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus
pais o notassem. Pensando que ele estivesse na caravana, andaram o caminho de
um dia, e puseram-se a procurá-lo entre os parentes e conhecidos. E não o
encontrando, voltaram a Jerusalém à sua procura.
Três dias
depois, eles o encontraram no Templo, sentado em meio aos doutores, ouvindo-os
e interrogando-os; e todos os que o ouviam ficavam extasiados com sua
inteligência e com suas respostas. Ao vê-lo, ficaram surpresos, e sua mãe lhe
disse: ‘Meu filho, porque agiste assim conosco? Olha que teu pai e eu, aflitos,
te procurávamos ’. Ele respondeu: ‘Por que me procuráveis? Não sabíeis que devo
estar na casa de meu Pai?’ Eles, porém, não compreenderam a palavra que ele
lhes dissera.
JESUS
DOS DOZE AOS TRINTA
Após este
episódio, as narrativas evangélicas focalizam Jesus no início de seu ministério
publico, aos 30 anos de idade. A ausência de informações a este respeito tem
levado muitas pessoas a levantarem conjecturas que, muitas vezes são tomadas
como verdade.
Entre estas
conjecturas, há quem afirme que Jesus esteve entre os essênios. A este respeito,
vale destacar as considerações de Emmanuel, em A Caminho da Luz, capitulo XII: “Muitos
séculos depois de sua exemplificação incompreendida há quem o veja entre os
essênios, aprendendo as suas doutrinas, antes do seu messianismo de amor e de
redenção. As próprias esferas mais próximas da Terra, que pela força das
circunstâncias se acercam mais das controvérsias dos homens, que do sincero aprendizado
dos espíritos estudiosos e desprendidos do orbe, refletem as opiniões
contraditarias da humanidade, a respeito do Salvador de todas as criaturas. O
Mestre, porém, não obstante a elevada Cultura das escolas essênias, não
necessitou de sua contribuição. Desde os seus primeiro dias na Terra, mostra-se
tal qual era, com a superioridade que o planeta lhe conheceu desde os tempos
longínquos do princípio.” Onde esteve Jesus dos 12 aos 30?
Retornemos a
Lucas 2:51,52 e vejamos o que ele nos diz, após o fato de Jesus ter sido
encontrado no templo de Jerusalém: “Desceu então com eles para Nazaré e
era-lhes submisso. Sua mãe, porém, conservava a lembrança de todos esses fatos
em seu coração. E Jesus crescia em sabedoria, em estatura e em graça, diante de
Deus e diante dos homens.”
No limiar do
estudo sobre o ministério publico de Jesus, vamos refletir: Jesus era o Messias?
As principais acomodações, interpolações, alterações nos textos evangélicos,
especialmente quanto às origens humanas de Jesus, convergem para um único
objetivo: convencer que Jesus é o Messias.
Porém, o que
Israel esperava? Durante séculos, foram construindo a expectativa de um messias
belicoso, segundo as melhores interpretações dos textos proféticos, revestido
de poder temporal, que iria libertar o povo do jugo estrangeiro e estabelecer a
hegemonia do povo de Deus.
Jesus, no
entanto, não corresponde ao conceito tradicional judaico do Messias. Jesus não
era um messias político. As profecias que o descrevem como um líder político
são inaceitáveis.
Conforme
assinala Hermínio Miranda no livro “Cristianismo: A Mensagem Esquecida”: “... A
despeito das manipulações posteriores, contudo ficaram veementes indícios de
que Jesus jamais se considerou o messias da tradição judaica. Um desses indícios
está na surpreendente questão levantada por João Batista, segundo consta em
Mateus, 11:3 “És tu aquele que há de vir, ou devemos esperar outro?”
Jesus lhe
responde com extrema habilidade e inteligência: Que o próprio João o julgue: os
cegos veem, os coxos andam, os “mortos” ressuscitam. No entanto, cala-se sobre
os aspectos políticos. Equivale isso a dizer: Trago comigo as credenciais de um
enviado, sim, para servir, para amar e pregar uma doutrina libertadora, mas não
sou o Messias no sentido político das expectativas tradicionais.
A
DESCONSTRUÇÃO DO MITO
Assinala
Herculano Pires em sua obra “Revisão do Cristianismo” que Kardec foi o primeiro
a ter a coragem de submeter o Evangelho (no sentido global do termo) as
divisões necessárias, para separar do texto, dividido em cinco partes, o ensino
moral de Jesus. Esse ensino que realmente nos oferece a concepção cristã do
mundo e do Homem. E nele, Jesus não aparece como um taumaturgo místico ou um semideus,
a pessoa de Deus no mundo ou a encarnação do Verbo, mas como o ser na
existência, o homem no mundo (não do mundo) da expressão kardeciana, o homem
que traz consigo a mais perfeita ideia de Deus e por isso se encamou, para transferi-la
aos homens como homem.
Finalizando,
transcrevemos as considerações de André Luiz em “Mecanismos da Mediunidade”,
capitulo XXVI: “Desde a chegada do Excelso benfeitor ao planeta, observa-se-lhe
o pensamento sublime penetrando o pensamento da humanidade”.
Dir-se-ia
que no estábulo se resumem pedras e arbustos, animais e criaturas humanas,
representando os diversos reinos da evolução terrestre, para receber-lhe o
primeiro toque mental de aprimoramento e beleza.
Casam-se os
hinos singelos dos pastores aos cânticos de amor nas vozes dos mensageiros
espirituais, saudando aquele que vinha libertar as nações, não na forma social
que sempre lhes será vestimenta às necessidades de ordem coletiva, mas no ádito
das almas, em função da vida eterna.
Antes dele,
grandes comandantes da ideia haviam pisado o chão do mundo, influenciando
multidões.
Guerreiros e
políticos, filósofos e profetas alinhavam-se na memória popular, recordados
como disciplinadores e heróis, mas todos desfilaram com exércitos e formulas,
enunciados e avisos, em que se misturam retidão e parcialidade, sombra e luz.
Ele chega
sem qualquer prestígio de autoridade humana, mas, com a sua magnitude moral, imprime
novos rumos à vida, por dirigir-se, acima de tudo, ao espírito, em todos os
climas da Terra. Transmitindo as ondas mentais das esferas superiores de que
procede, transita entre as criaturas, despertando-lhes as energias para a Vida
Maior como que a ranger-lhes as fibras recônditas, de maneira a harmonizá-las
com a sinfonia universal do Bem Eterno.”
QUESTAO
REFLEXIVA:
Comente a
importância da encarnação de Jesus entre nós
Bibliografia
- A Bíblia
de Jerusalém.
- Miranda,
Hermínio - Cristianismo: A mensagem Esquecida.
- Xavier,
Francisco C./Emmanuel - A Caminho da Luz.
- Xavier,
Francisco C./André Luiz - Mecanismos da Mediunidade.
- Pires,
Herculano - Revisão do Cristianismo.
Fonte da imagem: Internet Google.
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