CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

terça-feira, 19 de abril de 2016

5ª Aula Parte B – CURSO APRENDIZES DO EVANGELHO 1º ANO – FEESP

Domínios Estrangeiros e o Mundo Romano

Após a morte do Rei Salomão, o território de Israel foi dividido em dois reinos: o Reino do Norte e o Reino do Sul. Esta divisão enfraqueceu a estrutura política e militar desses reinos, permitindo uma serie de invasões por povos estrangeiros, com sérias repercussões a longo prazo na vida do povo hebreu.

ASSÍRIA (824 a 612 a.C.)

O Reino do Norte é submetido ao poder dos assírios em 722 a.C. Seus habitantes são levados para o exílio. Os assírios estabeleceram seu grande império ate 612 a.C., quando Nínive, capital da Assíria, é destruída pelos “medos e babilônios”.

Os principais profetas deste período, após Salomão, foram Elias, Amós, Oséias, Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel. Elias insurge-se contra o sincretismo religioso no Reino do Norte, proclamando Javé como único soberano, Deus de Israel, em oposição aos adoradores de Baal. Oséias afirma que os cultos exteriores nada significam (Oséias, 626). Isaias proclama serem inúteis os cultos e sacrifícios se não houver a prática da justiça e do bem (740 a.C.). Jeremias (626 a.C.) prediz a invasão do Norte como iminente e que seria um castigo divino.

BABILONIA (612 a 539 a.C.)

Nabucodonosor, após derrotar assírios e egípcios, toma o Reino do Sul, conquistando Jerusalém em 597 a.C., e em 586 ela é destruída e saqueada, inclusive o templo. Seus habitantes são levados ao exílio da Babilônia, exceto os mais pobres que ficaram para cultivar a terra.

Ezequiel e Daniel foram deportados para a Babilônia onde Daniel, por seus dotes mediúnicos, toma-se ministro da corte real e profetiza a queda do império.

PERSIA (538 a 332 a.C.)

Ao domínio babilônico, segue-se o persa. O filho de Cambises, Ciro II, o Grande, é o fundador do grande Império Persa, ao derrotar os reinos da Ásia Menor. Em 539 a.C. toma Babilônia, anexando ao importante Império Babilônico.

Em 538 a.C., Ciro permitiu aos hebreus exilados na Babilônia, que voltassem para Jerusalém. Assim, Jerusalém e o templo são reconstruídos a partir de 538 a.C., face à política adotada pelo governo do império persa, que, inclusive, lhes deu a liberdade de consciência para manter a própria religião.

Em 537 a.C., a primeira caravana de repatriados retorna. A região estava dominada por povos idolatras, que ali haviam se instalado e que dificultavam a reconstrução do templo.

Neemias foi eleito governador por Artaxerxes, sucessor de Ciro, que o manda voltar para ajudar na reconstrução do templo e unir o povo.

Em 428 a.C., o sacerdote Esdras Volta para Jerusalém com muitos judeus e assessorado pelos levitas.

Neemias promulga a Lei de Moisés como lei de Estado que regerá a vida da comunidade judaica. Fundava-se assim, em 397 a.C., o Judaísmo.

Os samaritanos tentaram participar da comunidade judaica, porem os judeus os rejeitaram por terem construído um templo, realizado reformas e aceitarem apenas o Pentateuco, rejeitando os textos acrescentados posteriormente.

MACEDÔNIOS (332 a 63 a.C.)

Depois dos persas, são submetidos aos macedônios, com Alexandre Magno, em 332 a.C. Depois dos macedônios, aproximadamente por 200 anos, são dominados pelos selêucidas (Região da Síria) e ptolomeus (em Alexandria), dinastias fundadas pelos generais de Alexandre, apos a morte deste.

Alexandre Magno transforma o mundo da época, impondo a Cultura Helenística. Traz os avanços de sua cultura e costumes. Morre cedo e seu império é dividido entre seus generais.

A Judéia fica sob o domínio de Ptolomeu (General grego que se tornou rei do Egito), de 301 a 197 a.C.

Deportou mais judeus para o Egito. Nesse reinado é feita a tradução dos Livros Sagrados, a Bíblia Hebraica, para o grego (tradução dos 70).

De 197 a 142 a. C., a Judéia rica sob o poder dos Selêucidas, dinastia fundada por Seleuco, General grego que se tomou rei da Sina; em 175 a.C., Antíoco IV tenta impor a Cultura, a religião e os costumes gregos aos judeus.

Uns aceitavam e outros não (os gregos haviam colocado seus deuses no Templo).

A família do sacerdote Matatias se opôs aos selêucidas e os irmãos Macabeus (Judas, Jonatas e Simão) iniciam uma guerra santa que dura três anos e meio. Conquistam territórios palestinos e os descendentes dos Macabeus formam a verdadeira dinastia real-sacerdotal, governando a Palestina até o ano 63 a. C..

Os principais profetas deste período foram Ageu (520 a. C.), Zacarias, Joel e Malaquias, que viveu no século V a.C.. Malaquias lembrava aos judeus as exigências de Deus e a vinda do Messias. Nessa época, a Palestina tinha uma independência relativa e, aos poucos, Roma Vai conquistando o império grego.

O MUNDO ROMANO, SUA POLÍTICA E DOMÍNIOS

Fundada pelos etruscos, em 753 a.C., Roma tinha a alma popular devotada aos gênios, aos deuses, e as superstições de toda espécie, mantendo-se desta forma até o período da Expansão Romana, quando esta sociedade conhece o seu apogeu. Após a conquista do Império de Alexandre, o grande, Roma deixa-se influenciar pela notável Cultura dos filósofos gregos e sua religião. Antes de se apropriar dos deuses helênicos, dotando-os de elementos das tradições e historias das populações do rio Tibre, os romanos “não procuravam muita indagação transcendente em matéria religiosa ou filosófica, atendendo somente aos problemas do culto externo, sem muitas argumentações com a lógica. Com a evolução da cidade, chegou a possuir mais de trinta mil deuses”. (Emmanuel, A Caminho da Luz, cap. XI)

Esta sociedade não conhecia a igualdade. Pelo contrário, era dividida em classes. A maioria conhecia a aspereza e a miséria, enquanto poucos podiam participar das decisões políticas e possuíam terras.

Após as guerras de expansão romana, ocorridas entre 264 a.C e 146 a.C; Roma não era mais aquela pequena cidade na Península Itálica. Os domínios desta grande civilização alcançavam as regiões do Mar Mediterrâneo, ou Mare Nostrum (Mar Nosso), como os romanos costumavam se referir.

A conquista do Mediterrâneo modificou amplamente as estruturas políticas e administrativas de Roma, assim como sua sociedade. Além dos patrícios e plebeus surge uma nova classe social formada por mercadores responsáveis pelo comércio em entrepostos localizados no Mare Nostrum. À medida que as conquistas avançavam, esses mercadores, ou cavaleiros, subjugavam certos povos, transformando-os em escravos. Assim, as guerras eram sinônimas de mais terras, tributos e escravos.

Entretanto, a política interna da Republica Romana estava em crise. Lutas pelo poder assinalavam uma instituição que estava prestes a ruir. Caio Otavio, personagem importante deste momento, auto proclama-se Imperador. Nasce o Império Romano em 27 a. C., um pouco antes do nascimento de Jesus Cristo.

Roma já havia dominado os selêucidas que governavam a Palestina, e conquistou Jerusalém. Fez da Judéia província romana em 63 a.C. a 135 d.C.

O momento do nascimento de Jesus Cristo foi denominado pelos historiadores de “Pax Romana”. Otavio Augusto foi o imperador que cessou com as conquistas, preocupando-se apenas com a manutenção de suas fronteiras. Com o fim das guerras, o Império Romano volta seu olhar para um florescimento cultural e artístico. Sem duvida, essa fase atingiu seu apogeu, sendo denominada “O século de Augusto”.

No capitulo XIII de “A Caminho da Luz”, Emmanuel comenta sobre o esforço despendido pelas entidades espirituais, junto à República Romana, no período anterior ao século de Augusto, no sentido de orientar-se a atividade geral para um grande movimento de fraternidade e de união de todos os povos do planeta. Com base na educação e no amor, Roma teve nas mãos a grande oportunidade de “unificar as bandeiras do orbe, dando um novo rumo à evolução coletiva e estabelecendo as linhas paralelas do progresso físico e moral da humanidade”.

Emmanuel acrescenta que o estado que se encontrava Roma facultava a chegada do Evangelho. Roma chegou ao ápice do seu poderio constituindo-se numa sociedade moderna e avançada.

Entretanto, com o passar do tempo, deixou-se prender por uma legião de Espíritos agressivos e ambiciosos abrindo espaço para a violência que se seguiria. Contraiu penosos débitos diante da Justiça Divina em nome do poder e da expansão dos seus domínios.

E nesse cenário de tão nefastos acontecimentos que Jesus reúne as assembleias de seus emissários. “A Terra não podia perder a sua posição espiritual, depois das conquistas da sabedoria ateniense e da família romana” (A Caminho da Luz, cap. XI).

Era a chegada do Cristo que se prenunciava.

Na Judéia, uma das províncias romanas no Oriente, governada por Herodes, o Grande, idumeu de origem, facções políticas locais se digladiavam em fins do século I a.C. De um lado, a aristocracia e os sacerdotes judeus aceitavam a dominação romana, pois os primeiros obtinham vantagens comerciais e os segundos mantinham o monopólio da religião.

Nesse clima de agitação, durante o governo de Otavio, nasceu Jesus.

DIÁSPORA

De origem grega, diáspora que significa “dispersão”. Essa palavra tomou-se o termo para indicar as comunidades judaicas estabelecidas fora da Palestina entre o ultimo século a.C. e o século I d.C. "Os hebreus da Diáspora consideravam Jerusalém como a sua capital moral, encarando-a como guia religioso”. (Extraído de “Dicionário Bíblico”, de John L. Mackenzie)

QUESTÃO REFLEXIVA:

“Reflita e comente: Que lições de vida podemos aprender com a história do povo romano”

Bibliografia

- A Bíblia de Jerusalém.
- Kardec, Allan – O Evangelho Segundo o Espiritismo - Ed. FEESP.
- Xavier, Francisco C./Emmanuel - A Caminho da Luz.
- Armond, Edgard - O Redentor.
- Mesquita, Antonio Neves de - Povos e Nações do Mundo Antigo.
- Vaz, Maria L. e Panazzo, Silvia - Navegando pela História.


Fonte da imagem: Internet Google.

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