CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

22ª AULA PARTE A - CURSO BÁSICO DE ESPIRITISMO 1º ANO - FEESP

OS ESPÍRITOS DURANTE OS COMBATES - PACTOS - PODER OCULTO - TALISMÃS - FEITICEIROS - BÊNÇÃOS E MALDIÇÃO

Intervenção dos Espíritos no Mundo Corpóreo

OS ESPÍRITOS DURANTE OS COMBATES: Nas guerras, acontece de também os Espíritos tomam partido. É assim que os antigos nos representavam os deuses tomando partido por este ou aquele povo. Esses deuses nada mais eram que os Espíritos representados por figuras alegóricas (LE, 541). Ora, existem aqueles que são bons e apoiam o lado da justiça, ao passo que os maus, os que alimentam sentimentos inferiores, comprazem-se em participar da discórdia e da destruição.

Com relação aos soldados que morrem durante os combates, acontece o mesmo que em todos os casos de morte violenta, ou seja, ficam surpreendidos e como que atordoados, não acreditando estarem mortos; parece-lhe ainda tomar parte na ação. Não é senão pouco a pouco que compreendem a realidade. Conforme tenham sentimentos mais ou menos elevados, alguns passam ainda a odiar os seus inimigos e persegui-los. Outros, com mais serenidade, veem que não há fundamento para a animosidade e abandonam o campo de luta.

Entretanto, muitos guardam vestígios mais ou menos fortes, conforme o seu caráter, mantendo interesse pelo desfecho das lutas. Deve-se, entretanto, observar que são raras as mortes instantâneas. Na maioria dos casos, os Espíritos, cujos corpos tenham sido mortalmente feridos, não têm consciência imediata do fato.

PACTOS: Não existem, verdadeiramente, pactos, pois estes consistem em se dar algo, obtendo determinada coisa em troca. O que existe, de fato, são pessoas de má natureza, que se simpatizam com Espíritos inferiores. Na verdade, pode acontecer de uma pessoa que não se simpatiza com o vizinho e deseja prejudicá-lo, chamar por Espíritos Inferiores, os quais identificam-se com ela pelo desejo de praticar o mal. No entanto, isto não significa que o vizinho não possa livrar-se deles por meio de bons pensamentos, de preces e de uma vontade resoluta.

Por outro lado, aquele que assim pediu auxílio aos Espíritos inferiores fica, então, obrigado a servir, pois estes também necessitam dele para o mal que queiram fazer.

A dependência em que o homem se encontra, algumas vezes, dos Espíritos inferiores, provém da sua entrega aos maus pensamentos que eles lhe sugerem, e não de qualquer espécie de estipulações feitas entre eles. O pacto, no sentido comum atribuído a essa palavra, é uma alegoria que figura uma natureza má simpatizando com Espíritos malfazejos (LE, 549).

No tocante às lendas fantásticas de pessoas que teriam vendido a alma aos chamados demônios para obterem determinados favores, inclusive a posse de riquezas terrenas, cumpre esclarecer que essas fábulas, como todas as fábulas, encerram um ensinamento. Aqueles que entram em contato com essas entidades trevosas, para obterem riquezas ou outros benefícios, ficam na dependência desses Espíritos inferiores, e estarão se rebelando contra a Providência Divina, insurgindo, portanto, contra as provas que escolheram e que cumpre suportar neste mundo.

PODER OCULTO: A crença de que alguém possa ser dotado de poderes mágicos deve ser excluída da mente de pessoas sensatas. Somente aqueles que são supersticiosos, ou ignorantes das leis da natureza, podem admitir a existência de criaturas com poderes sobrenaturais. Tais poderes, portanto, referem-se simplesmente à ação natural dos fluidos magnéticos, cuja intensidade varia não só de indivíduo para indivíduo, mas principalmente da condição moral de cada um. Na realidade, algumas pessoas têm um poder magnético muito grande, do qual podem fazer mau uso, se o seu próprio Espírito for mau. Nesse caso poderão ser secundadas por maus Espíritos (LE, perg. 552).

TALISMÃS: Os fatos narrados como prova da existência de poderes são naturais, geralmente mal compreendidos. Ninguém possui fórmulas e práticas, mediante as quais possa dispor-se do concurso dos Espíritos. Todas as fórmulas são charlatanice; não há nenhuma palavra sacramental, nenhum signo cabalístico, nenhum talismã que tenha qualquer ação sobre os Espíritos, porque eles são atraídos pelo pensamento e não pelas coisas materiais (LE, perg. 553).

No entanto, aquele que, com ou sem razão, confia naquilo a que se chama poder de um talismã, pode, por essa mesma confiança, atrair um Espírito, porque então é o pensamento que age: o talismã é um signo que ajuda a dirigir o pensamento (LE, perg. 544). Neste caso, a natureza do Espirito atraído depende da pureza da intenção e da elevação de pensamentos.

No entanto, qualquer que seja o caso, esse tipo de crença indica estreiteza de ideias, que podem dar azo a Espíritos imperfeitos e zombeteiros.

FEITICEIROS: Feiticeiros são pessoas que desfrutam de certas faculdades, tal qual a força magnética ou a dupla vista. Fazendo coisas incompreensíveis ao vulgo, essas pessoas são tidas como portadora de um poder sobrenatural. Muitos sábios e grandes vultos da história foram tidos como feiticeiros aos olhos dos menos favorecidos, como é o caso de Joana D'Arc.

O Espiritismo e o magnetismo nos dão a chave de uma infinidade de fenômenos sobre os quais a ignorância teceu muitas fábulas, em que os fatos são exagerados pela imaginação. O conhecimento esclarecido dessas duas ciências, que se resumem numa só, mostrando a realidade das coisas e sua verdadeira causa, é o melhor preservativo contra as ideias supersticiosas, porque revela o que é impossível, o que está nas leis da natureza e o que não passa de crença ridícula (LE, perg. 555).

BÊNÇÃO E MALDIÇÃO: Jamais a maldição pode atingir alguém, se este não merece. Como temos as tendências opostas do bem e do mal, pode nesses casos haver uma influência momentânea, sobre a matéria, mas essa influência nunca se verifica se não se lhe oferecer sintonia. Mais frequentemente se maldizem os maus e bendizem os bons. No entanto, a bênção e a maldição não podem jamais desviar a Providência da senda da justiça; esta não fere o amaldiçoado se ele não for mau, e sua proteção não cobre aquele que não a mereça (LE, perg. 557).

QUESTIONÁRIO:

A - OS ESPÍRITOS DURANTE OS COMBATES - PACTOS - PODER OCULTO - TALISMÃS - FEITICEIROS - BÊNÇÃOS E MALDIÇÃO

1 - Existem "pactos" para a Doutrina Espírita?

2 - Como explicar o chamado "poder oculto"?

3 - Pode o suposto poder de um talismã atrair um Espírito?


Fonte da imagem: Internet Google.

Nenhum comentário:

Postar um comentário