CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

terça-feira, 23 de abril de 2019

5a Aula Parte A - CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA 2º ANO FEESP


FRAUDES ESPÍRITAS E MISTIFICAÇÕES

FRAUDES ESPÍRITAS

As pessoas que não conhecem o Espiritismo se deixam mais facilmente se iludir pelas aparências, ao passo que um prévio e atento estudo, não só das causas e dos efeitos dos fenômenos, mas também das condições normais em que elas podem ser produzidas e das leis que os regem, as inicia no assunto e lhes fornece os meios de reconhecer a fraude, se por ventura existir.

Quando falamos de fraudes, estamos falando de efeitos, partindo desse princípio, teremos que imaginar uma infinidade de efeitos para orientar o médium, Como não há efeito sem causa, o melhor é oferecermos ao médium as leis que regem os fenômenos, esclarecendo o porquê dos mesmos, para que o médium possa fazer juízo de valor se os efeitos são verdadeiros ou não à luz do conhecimento espírita. Diz Kardec em O Livro dos Médiuns 1ª Parte - Noções preliminares – Cap. III - Método, itens 29 a 34, que o melhor método para uma compreensão dos fenômenos ou uma identificação de fraude, é o conhecimento da Doutrina Espírita e afirma que chegou a essa conclusão por experiência.

Nos trabalhos fraudulentos, onde existem fenômenos que se dizem espíritas, médiuns despreparados burlam a boa-fé de alguns crentes, usando falsidade.

Porque isso ocorre? Como evitar ser explorado ou enganado? Kardec em O livro dos Médiuns 2ª Parte - cap. XXVIII, item 314, comenta; “Os que não admitem a realidade das manifestações físicas atribuem à fraude os efeitos produzidos”.

A conexão entre Espiritismo e Mediunidade leva algumas pessoas a considerá-los a mesma coisa.

A palavra mediunismo, criada por Emmanuel, designa a mediunidade em sua expressão natural, isto é, as práticas empíricas da mediunidade, que fundamentam as crenças e religiões primitivas. Mediunidade positiva surge com o Espiritismo, somente com o Espiritismo a mediunidade se define como uma condição natural da espécie humana, recebe a designação precisa de mediunidade e passa a ser tratada de maneira racional e científica. Fatos Espíritas, assim chamados os fenômenos ou manifestações mediúnicas, são de todos os tempos, as práticas mágicas ou religiosas, constituem o mediunismo, que são práticas mediúnicas. A Doutrina Espirita é uma interpretação racional das manifestações mediúnicas no seu tríplice aspecto: Científico, Filosófico e Religioso e mostra as leis que regem esses fenômenos e manifestações. Os fatos mediúnicos são fatos espíritas, assim chamados por Kardec, mas não é Espiritismo, porque o Espiritismo se serve dos fatos mediúnicos como de uma matéria prima para a elaboração de seus princípios, ou como de uma força natural, que se aproveita das quedas d’agua ou dos rios para a produção de energia. Livro O Espírito e o Tempo - cap. I de Herculano Pires.

Há uma conexão entre Espiritismo e Mediunidade e que leva a muitas pessoas a considerá-los a mesma coisa, confundindo-os erroneamente.

O Espiritismo, nas suas linhas doutrinárias, estabeleceu normas seguras para o exercício da Mediunidade, classificando-a convenientemente. Livro Estudando a Mediunidade. cap. XL. Martins Peralva.

Todos somos médiuns, sendo espírita ou não.

As práticas do sincretismo religioso Afro-Brasileiro, não são espíritas, é um fenômeno sociológico natural.

Espiritismo é um corpo de Doutrina de elevado teor espiritual consubstanciando normas e diretrizes superiores que visam, primordialmente, a elevação do ser humano.

Quem é o Espírita? O que estuda aceita e pratica com fidelidade os salutares princípios doutrinários, com vistas a renovação do espírito humano.

Mediunidade, é um dom que possibilita a criatura humana, de qualquer religião, veicular o pensamento e as ideias dos espíritos.

Mediunidade faz parte de um dos princípios do Espiritismo, portanto, Espiritismo não é mediunidade nem mediunidade quer dizer espiritismo. Livro Estudando a Mediunidade - Cap. XL. Martins Peralva.

Podemos distinguir a mediunidade da seguinte forma:

a) Mediunidade exercida com objetivos superiores – Méd. com Jesus

b) Mediunidade exercida com interesses inferiores – Méd. S/Jesus.

A mediunidade que se orienta pelo espiritismo é simples, sem ritual de qualquer espécie, sua finalidade: O bem e a elevação espiritual do homem.

Mediunidade exercida em nome do espiritismo cristão será sempre um instrumento de edificação para o seu possuidor, uma vez que por ela: Os aflitos serão consolados. Os enfermos curados. Os ignorantes esclarecidos. Livro Estudando a Mediunidade - Cap. XL. Martins Peralva.

DAS MISTIFICAÇÕES

Se Enganar-se é desagradável, pior ainda é ser mistificado. Aliás, é esse o inconveniente de que mais facilmente podemos nos preservar.

Os meios de desmanchar as armadilhas dos Espíritos mistificadores foram expostos nas instruções precedentes e por isso diremos pouco a respeito. Eis as respostas dadas pelos Espíritos sobre o assunto:

1. As mistificações são um dos escolhos mais desagradáveis da prática espírita. Haverá um meio de evitá-las?

- Parece-me que podeis encontrar a resposta revendo o que já vos foi ensinado. Sim é claro, há para isso um meio muito simples, que é o de não pedir ao Espiritismo nada mais do que ele pode e deve dar-vos: seu objetivo é o aperfeiçoamento moral da Humanidade. Desde que não vos afasteis disso, jamais serei mistificado, pois não há duas maneiras de se compreender a verdade moral, mas somente aquela que todo homem de bom senso pode admitir.

Os Espíritos vêm instruir-vos e guiar-vos na rota do bem e não na das honrarias e da fortuna ou para atender as vossas pequeninas paixões. Se jamais lhe pedissem futilidades ou o que seja além de suas atribuições, ninguém daria acesso aos Espíritos mistificadores. Do que se conclui que só é mistificado aquele que merece.

Os Espíritos não estão incumbidos de vos instruir nas coisas deste mundo, mas de vos guiar com segurança naquilo que vos possa ser útil para o outro. Quando vos falam das coisas daqui é por considerarem isso necessário, mas não porque o pedis. Se quiserdes ver nos Espíritos os substitutos dos adivinhos e dos feiticeiros, então sereis mistificados.

Se bastasse aos homens dirigir-se aos Espíritos para tudo saberem, perderiam o livre arbítrio e sairiam dos desígnios traçados por Deus para a Humanidade. O homem deve agir por si mesmo. Deus não envia os Espíritos para lhe aplainarem a rota da vida material, mas para lhe prepararem a do futuro.

- Mas há pessoas que nada pedem e são indignamente logrados por Espíritos que se manifestam espontaneamente, sem que os evoquem.

- Se nada pedem, aceitam o que dizem, o que dá na mesma. Se recebessem com reserva e desconfiança tudo o que se afasta do objetivo essencial do Espiritismo, os Espíritos levianos não as enganariam tão facilmente.

2. Porque Deus permite Que as pessoas sinceras, que aceitam de boa-fé o Espiritismo, sejam mistificadas. Isso não poderia acarretar o inconveniente de lhes abalar a crença?

- Se isso lhes abalasse a crença, seria por não terem a fé bastante sólida. As pessoas que abandonassem o Espiritismo por um simples desapontamento provariam não o haver compreendido, não se terem apegado ao seu aspecto sério. Deus permite as mistificações para provar a perseverança dos verdadeiros adeptos e punir os que fazem do Espiritismo um simples meio de divertimento.” O ESPÍRITO DA VERDADE (LM n° 303)

Bibliografia:

KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns: 1ª parte - Cap. III e 2ª parte – Cap. XXVII - n° 303 e Cap. XXVIII item 314

XAVIER, Francisco Cândido (Espírito Emmanuel). O Consolador: Perg. 401

LEX, Ary. Do Sistema Nervoso à Mediunidade

PIRES, Herculano. O Espírito e o Tempo: 1ª parte - Horizonte Tribal

PERALVA, Martins. Estudando a Mediunidade: Cap. XL

XAVIER, Francisco Cândido (Espírito André Luiz). Nos Domínios da Mediunidade: Cap. 27 - Mediunidade Transviada.

Fonte da imagem: Internet Google.

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