CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

quinta-feira, 18 de abril de 2019

4a Aula Parte B - CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA 2º ANO FEESP


OS SÃOS NÃO PRECISAM DE MÉDICO

“E aconteceu que, estando Jesus assentado à mesa numa casa, eis que vindo muitos publicanos e pecadores, se assentaram a comer com Ele e com os seus discípulos. E vendo isto os fariseus, diziam aos seus discípulos: Por que come o Vosso Mestre com os publicanos e pecadores? Mas, ouvindo-os, Jesus disse: Os sãos não têm necessidade de médico, mas sim os enfermos.” (Mateus, IX: 10-12).

Jesus dirigia-se, sobretudo aos pobres e aos deserdados, porque são eles os que mais necessitam de consolação; e aos cegos humildes de boa-fé porque eles pedem que lhes abram os olhos; e não os orgulhosos, que creem possuir toda a luz e de nada precisar.

É evidente que se trata de um ensinamento de relevante alcance, pois tem várias facetas. Aplica-se também, aos adeptos do Espiritismo, que, muitas vezes admiram-se de que pessoas indignas sejam portadoras de mediunidade, e por isso mesmo capazes de a empregarem mal. Eles participam da opinião de que essa faculdade tão preciosa deveria ser privilégio exclusivamente de pessoas de mérito. Se assim fosse, a rigor a mediunidade jamais se manifestaria na face da Terra.

A mediunidade decorre de uma condição orgânica e é inerente a todo ser humano, como todas as demais faculdades, ver, ouvir, falar, etc.

Os homens podem fazer mal uso de todas elas em consequência de seu livre-arbítrio. Deus outorgou todas essas faculdades ao homem, dando-lhe a liberdade de utilizá-las como quiser; entretanto, aquele que delas abusa adquire a responsabilidade sobre seus atos. “A mediunidade é dada sem distinção, a fim de que os Espíritos possam levar a luz a todas as camadas, a todas as classes da sociedade, ao pobre como ao rico; aos virtuosos, para fortalecê-los na prática do bem; aos viciosos, para corrigi-los.”

Jesus, como o grande médico das almas, durante a sua curta estada na Terra, preocupou-se muito pouco com os orgulhosos, com aqueles que se julgavam os eleitos de Deus, mas procurou, antes, os pobres, os desajustados, os humildes de coração.

Simboliza assim que o Espírito equilibrado caminha por si mesmo, no pleno uso de seu livre-arbítrio, independentemente de atenções especiais. Os que estão desequilibrados, qualquer que seja a forma em que se apresentam as doenças físicas ou morais, devem, entretanto, ser socorridos, aliviados e reconduzidos ao caminho do bem, com a mesma alegria do pai que recebeu o retorno do filho pródigo ao lar, ou do pastor que reencontrou a ovelha perdida.

A mediunidade não implica necessariamente as relações habituais com os Espíritos superiores. É simplesmente uma aptidão, para servir de instrumento, mais ou menos dócil, aos Espíritos em geral. O bom médium não é, portanto, aquele que tem facilidade de comunicação, mas o que é simpático aos Bons Espíritos e só por eles é assistido. É neste sentido, unicamente, que a excelência das qualidades morais é de importância absoluta para a mediunidade.

Bibliografia:

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo: Cap. XXIV itens 11 e 12

XAVIER Francisco Candido (Espírito Emmanuel). Livro da Esperança: Lição 79

RIGONATTI, Eliseu. O Evangelho dos Humildes: Cap. IX

Questões para reflexão:

1) Comente as consequências do exercício da mediunidade, quando não há disciplina, orientação e conhecimento.

2) Explique sucintamente quando e porque a mediunidade de efeitos físicos pode levar o médium à fadiga.

3) Analise o ensinamento de Jesus: “Os sãos não precisam de médico”.

4) Comente a finalidade da mediunidade no atual estágio em que se encontra o homem terráqueo.

Fonte da imagem: Internet Google.

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