CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

13ª Aula Parte A – CURSO BÁSICO DE ESPIRITISMO 2º ANO – FEESP

LEI DE JUSTIÇA, AMOR E CARIDADE

JUSTIÇA E DIREITO NATURAL - DIREITO DA PROPRIEDADE. ROUBO. - CARIDADE E AMOR AO PRÓXIMO - AMOR MATERNAL E FILIAL

JUSTIÇA E DIREITO NATURAL

Justiça, Segundo o dicionário Houaiss é: “a conformidade com o direito; virtude de dar a cada um o que é seu”.

Justiça no Direito: “Conjunto de normas sociais obrigatórias para assegurar o equilíbrio das funções do organismo social”.

Justiça segundo o Livro dos Espíritos, questão 875, “consiste no respeito aos direitos de cada um”.

A justiça é um sentimento natural, nato, pois Deus quando criou o Ser, Ele implantou esse sentimento em seu coração. E com o progresso moral o homem vai apurando esse sentimento.

Mas até que essa elevação moral se apure, ele acaba por confundir o sentimento real de Justiça, com seus interesses, com suas paixões e tem uma falsa visão de Justiça.

Os direitos são determinados por lei humana e lei natural.

A lei humana é apropriada e adequada aos costumes e as características, daquele momento, para assegurar os direitos dos homens, logo ela é variável, mutável e progressiva.

No Brasil temos uma Constituição Federal que assegura o direito de cada um. Uma das mais completas, quiçá, a mais, acompanhada de várias emendas e Leis complementares.

Essas são as Leis Humanas que asseguram o Direito de cada cidadão dependendo do remendo que ele se enquadre.

De contra partida temos as Leis de Deus; justas, imutáveis e eternas.

Justiça Divina - são as Leis de Deus - Leis Morais. Elas são singelas, generosas, abrangentes, não necessitam de emendas e não tem rasuras.

“Fora do direito consagrado pela Lei Humana, qual a base da Justiça fundada sobre a Lei Natural”?

O Cristo vos disse: “Querer para os outros o que quereis para vós mesmos”. (LE 876)

Com isso Jesus faz aflorar o senso de Justiça que esta dentro de cada um.

Ao contrário das Leis humanas as Leis Divinas não tem emendas e nem complementações.

Homem - Leis Divinas

Para viver em harmonia é necessário estar em conformidade com as Leis de Deus.

Por ser a Justiça uma lei natural, e o homem ter sido criado por Deus, com esse sentimento, ele sempre deseja que seus direitos sejam respeitados. E com esse ensinamento o homem passa a ser mais criterioso em seus julgamentos, desejando o bem para o seu próximo.

Em um mundo de expiação e provas, como o nosso, vemos muitos homens não utilizando a Lei Natural.

Querendo obter vantagens sobre os outros.

E temos uma sociedade perturbada e confusa, pois a Vida social dá direitos e impõe deveres recíprocos.

Mas a medida que o homem vai progredindo moralmente, ele vai se aprimorando e as Leis de Deus vão se fundindo no coração e na sua consciência e as Leis humanas vão chegando cada vez mais próximas a de Deus.

E o segundo maior mandamento se cumprirá: “amar a teu próximo como a ti mesmo”.

O verdadeiro justo, a exemplo de Jesus, é aquele que pratica o amor ao próximo e a caridade consolidando assim a Verdadeira justiça.

DIREITO DE PROPRIEDADE. ROUBO

O primeiro direito natural do homem é o de viver. Portanto ninguém tem o direito de fazer o contrário.

Durante a trajetória de Vida do homem, até por uma questão de sobrevivência, ele amealha bens: desde o mais miserável ao milionário, ou seja, aquele que nada tem e aquele que tudo possui, para resguardar o seu bem estar atual e o futuro.

Juntar bens para garantir uma Vida melhor é um direito natural.

Se esses bens são conseguidos por meios lícitos e pelo trabalho honesto, ele se constitui em propriedade legitima.

A propriedade legitima esta pautada pelo não prejuízo ao próximo e é ilimitada.

Devemos utilizar esses bens com sabedoria, e na medida do possível, em favor do próximo.

Muitas Vezes, vemos o direito de propriedade ser agredido pela lei humana, onde os homens a manipulam em detrimento de padrões convencionais, porém a lei humana é variável, modificando-se sempre.

Apossar-se de algo que não lhe pertence, não é uma propriedade legítima e vai contra as Leis Divinas e automaticamente você fica submetido à Lei de Ação e Reação, se fez algo de mal ao outro, isso poderá acontecer em algum momento com você.

CARIDADE E AMOR AO PRÓXIMO

Caridade é “benevolência para com todos, indulgência para com as imperfeições alheias, perdão das ofensas” LE 886.

Indulgência: Devemos ser tolerantes e compreensivos com os defeitos do próximo.

Não devemos humilhar ou constranger outrem, porque num mundo onde estamos encarnados, nos mesmos vivemos deslizando e desejamos que os outros sejam, indulgentes conosco e o contrário deve ser recíproco.

Benevolência: É ter bom animo em ajudar sem interesse. Utilizando-se de carinho e altruísmo para com o outro.

Perdão: Que não é só esquecer o mal que foi feito, mas não desejar mal a quem pratica.

Perdoar é despojar-se de qualquer sentimento ruim que possa existir no coração.

Perdoar os inimigos não é amá-los com ternura, mas pagar o mal com o bem.

É colocar em prática o que Jesus ensinou “Amai-Vos uns aos outros, como irmãos”.

A caridade em sua mais ampla assepsia se reporta a todo ato de atenção e respeito com o próximo, seja doando algo material e/ou moral.

Em uma doação (caridade) material, se aquele objeto não for imantado de amor e despojamento, passa a ser uma ostentação ao seu ego, exaltando o orgulho.

Doação (caridade) moral, num abraço, um carinho, atenção ao ouvir, uma palavra confortadora, se não for feita com amor, não é caridade.

A Caridade moral consiste, ainda, em vibrar por todos necessitados, inclusive os que se consideram nossos desafetos.

Ninguém é tão miserável que não possa doar algo.

Qualquer doação com prazer, sem esperar nada em troca, é um ato de caridade.

Numa visão espírita, pode haver: “esmola sem caridade, esmola com caridade e... caridade sem esmola, dependendo tudo dos sentimentos que acompanham ou inspirem o modo de agir das criaturas”. (As Leis Morais - Rodolfo Calligaris)

O ato de dar esmola deve ser realizado, discretamente... A caridade é paciente, é benigna; a caridade não é invejosa, não obra temerária nem precipitadamente, não se ensoberbece, não é ambiciosa, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal, não folga com a injustiça, mas folga com a Verdade. Tudo tolera, tudo crê, tudo espera, tudo sofre. A caridade nunca, jamais há de acabar, ou deixem de ter lugar as profecias, ou cessam as línguas, ou seja abolida a ciência. – “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e a caridade, estas três virtudes: porém a maior delas é a Caridade.” (Paulo, I Coríntios, XIII, 4-10 e 13)

AMOR MATERNAL E FILIAL

O amor maternal é uma virtude, um sentimento instintivo comum aos homens e aos animais.

A mãe ama seu filho e o protege, de forma natural, por toda vida e os animais, são mais limitados, cuidando de seus filhotes apenas pelo período em que ele precisa.

Apesar de o lar ser a porta regeneradora onde Espíritos antagônicos reencarnam, amparados pelo Amor Maternal e este sentimento ser inerente a Lei Natural, há mães que aparentemente rejeitam seus filhos, nesses casos, normalmente, existe um reajuste a ser cumprido, onde o Espírito filho será recompensado segundo a sua resignação durante sua encarnação.

Como ha, também, filhos que causam desgosto aos pais, que não deixam, também, de ser um reajuste para os pais aprendendo com as dificuldades, ou até mesmo, atitudes inadequadas dos pais, por falta de uma educação apropriada. Acabam por colher o que semearam.

BIBLIOGRAFIA
KARDEC, Allan - O Livro dos Espíritos - questões 873 a 892;
Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap. I e Cap. XV
Emmanuel (Espírito). Fonte Viva, item 142
Emmanuel (Espírito). Caminho, Verdade e Vida, item 149
Calligaris, Rodolfo. As Leis Morais
Peralva, Martins. O pensamento de Emmanuel


Fonte da imagem: Internet Google.

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