CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

14ª Aula Parte B – CURSO BÁSICO DE ESPIRITISMO 2º ANO – FEESP

SEDE PERFEITOS

“Porque se vós amais senão os que vos amam, que recompensa haveis de ter? Não fazem os publicanos também o mesmo? E se vós saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis nisso de especial? Não fazem os gentios também o mesmo? Portanto, sede perfeitos, assim como vosso Pai Celestial é perfeito.” (Mt 5:46-48).

Como é a Perfeição de Deus? É a perfeição absoluta. É principio elementar julgar a causa pelos seus efeitos.

Sendo Deus a inteligência suprema Ele se revela através de suas obras admiráveis e de leis sábias constituindo um conjunto grandioso de harmonia onde há perfeita adequação dos meios aos fins, que se torna impossível não ver por trás de tão portentoso mecanismo a ação de uma Suprema Inteligência.

Ao recomendar que sejamos perfeitos como o Pai celestial, Jesus ensina o amor ao próximo em sua máxima expressão, ou seja, a prática do amor indistintamente, seja aos inimigos, seja aos que nos perseguem e caluniam.

O verdadeiro amor é uma exteriorização da essência divina que deve existir em si mesma, independente do ser a que é dirigida; é assim que Deus faz brilhar o sol sobre os bons e maus, sobre os justos e injustos. O homem compenetrado de alegria que o sentimento de amor proporciona, pratica o bem pelo bem, paga o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte, independentemente da retribuição de quem quer que seja ou de qualquer interesse pessoal.

Sente-se jubiloso pelo bem que esparge, pelos atos altamente meritórios de fazer feliz a quem quer que seja. O amor ao próximo estendido até o amor aos inimigos é indício de superioridade moral; disso resulta que o grau de perfeição esta na razão direta da extensão do amor ao próximo (ESE, Cap. XVII, item 2); por isso recomenda o Mestre a perfeição, no sentido de estendermos o amor a todos, sem limites e distinção, vivendo assim uma consciência de ordem coletiva e não apenas pessoal. A perfeição, como disse o Cristo, encontra-se inteiramente na prática da caridade sem limites, pois os deveres da caridade abrangem todas as posições sociais, desde a mais ínfima até a mais elevada (ESE, Cap. XVII, item 1o).

Deve-se, no entanto, entender por essas palavras uma perfeição relativa, aquela de que a humanidade é suscetível, e que mais pode aproximá-la de Deus. Não se deve nunca tomar essas palavras em sua acepção absoluta, pois o ser humano jamais poderá atingir a perfeição absoluta; dado o fato de ser inteligente, ter passado pela materialidade, ele será sempre relativo, ou seja, sempre perfectível. O itinerário da perfectibilidade é, portanto, a destinação dos Espíritos, cuja tendência ao progresso lhes é imanente.

Os Espíritos, sendo individuações da essência divina, possuem identidade de origem e de natureza com Deus. A presença divina lhes é, pois, imanente e possuem em forma de potencial todos os atributos divinos a serem revelados. Cabe-lhes, assim, revelar, tomar manifestas essas potencialidades infinitas, pela conscientização e consequente dinamização delas. “Sede perfeitos” implica em exteriorizar a qualidade infinita da essência oculta que habita o Espírito.

É assim que afirma ainda Jesus “Vos sois deuses” (Jo 10-34), pois cada criatura é uma criação divina, e sua destinação consiste na manifestação cada vez mais grandiosa do que há em si mesmo de divino. Todo o segredo da perfeição, da felicidade esta, portanto, na autoconscientização das potências divinas que caracterizam o Espírito.

BIBLIOGRAFIA
KARDEC, Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo - cap. XVII, itens 7 a 10;


Fonte da imagem: Internet Google.

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