CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

14ª AULA PARTE A - CURSO BASICO DE ESPIRITISMO 1º ANO - FEESP

A ESCOLHA DAS PROVAS

VIDA ESPÍRITA

No estado errante, antes da nova existência corpórea, o Espírito tem consciência e previsão do que lhe vai acontecer durante a vida. Ele mesmo escolhe o gênero de provas que deseja sofrer; nisto consiste o seu livre-arbítrio (LE, perg. 258). Possuindo a liberdade de escolha, o Espírito é responsável pelos seus atos, assim como das consequências que lhe advierem.

Nada lhe estorva o futuro e mesmo que venha a sucumbir às provas escolhidas, ainda lhe resta uma consolação, a de que nem tudo se acabou para ele, pois Deus na sua bondade permite sempre recomeçar o que foi mal feito.

O Espírito sabe que, escolhendo determinado caminho, terá de passar por determinado gênero de lutas; e sabe de que natureza são as vicissitudes que irá encontrar; mas não sabe quais os acontecimentos que o aguardam. Os detalhes nascem das circunstâncias e da força das coisas. Só os grandes acontecimentos, que influem no destino estão previstos (LE, perg. 259).

Nem sempre, porém, o Espírito faz a sua escolha imediatamente após a morte, pois muitos, ainda atrasados, julgam que suas penas têm um caráter eterno. Por outro lado, ele pode ainda fazer sua escolha durante a vida corporal, pois um desejo intenso pode influir no seu futuro.

Tudo depende da sua intenção. Isso é possível, pois que o Espírito, embora encarnado, tem sempre os momentos em que se liberta da matéria.

Geralmente o Espírito escolhe as provas que lhe podem servir de expiação, segundo a natureza de suas faltas, assim como aquelas que podem contribuir para o seu adiantamento.

Uns podem impor-se uma vida de misérias e privações, para tentar suportá-la com coragem; outros, experimentar as tentações da fortuna e do poder, bem mais perigosas pelo abuso e o mau emprego que lhes pode dar e pelas más paixões que desenvolvem; outros, enfim, querem ser provados nas lutas que terão de sustentar no contato com o vício (Le, perg. 264).

Pode acontecer de, por vezes, o Espírito enganar-se quanto à eficácia da prova que escolher.

Pode escolher uma que esteja acima de suas forças, e então sucumbe. Pode também escolher uma que não lhe dê proveito algum, como um gênero de vida ociosa e inútil. Mas, nesse caso, voltando ao mundo dos Espíritos, percebe que nada ganhou e pede para recuperar o tempo perdido (LE, perg. 269).

Parece evidente o fato de o Espírito geralmente escolher as provas mais fáceis de ser vencidas; no entanto, isso não ocorre, pois na vida espiritual ele compara os prazeres fugitivos e grosseiros com a felicidade inalterável que entrevê, e então que lhe importam alguns sofrimentos passageiros? (LE, perg. 266). É assim que quando desencarnado prefere provas mais rudes e suscetíveis de apressar o seu progresso.

Um Espírito inexperiente e ignorante, não pode escolher uma existência com pleno conhecimento de causa e ser responsável por essa escolha. Entretanto, à medida que vai evoluindo e que o seu livre-arbítrio se desenvolve, tornando-se senhor de si, passar a tomar decisões por si mesmo; porém, se não aceitar os conselhos dos bons Espíritos, poderá cair em deslizes, comprometendo o seu processo evolutivo.

Algumas provas podem ser impostas, em vez de serem escolhidas espontaneamente; isto, porém, acontece com Espíritos inferiores, que revelam-se refratários às orientações dos bons Espíritos, assim como no caso de expiação de faltas, o que obviamente auxiliará o seu progresso.


QUESTIONÁRIO:

A - A ESCOLHA DAS PROVAS

1 - Pode o Espírito escolher provas muito rudes e uma existência repleta de percalços, a fim de apressar a sua evolução?

2 - O Espírito pode enganar-se quanto à eficácia da prova escolhida?

3 - Todos os Espíritos têm livre-arbítrio na escolha de suas provas?

Fonte da imagem: Internet Google.

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