CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

24a Aula Parte A - CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA 1º ANO FEESP


INSUCESSOS MEDIÚNICOS - DESASTRE ESPIRITUAL

“Das cidades, colônias e demais núcleos espirituais do Espaço, constantemente partem, com destino a Terra, trabalhadores que pediram ou receberam, como dádiva do Alto, tarefas de serviço ou de resgate, no Campo nobilitante da mediunidade”. (“Mediunidade” - Edgar Armond).

Enquanto nos encontramos na erraticidade a Espiritualidade nos auxilia a nos prepararmos para que tenhamos condições de realizar as tarefas a que nos propomos ou que nos são impostas de acordo as nossas necessidades de evolução.

Entretanto, ao reencarnarmos partimos mentalizando as mais nobres intenções, amparados por nossos mentores, convictos que vamos vencer a longa jornada que se inicia. Infelizmente, na maioria das vezes, quando chega o momento de colocarmos em prática aquilo que nos comprometemos ou nos foi designado, acabamos por nos enredar pelas vicissitudes que nos desviam por completo de nossos compromissos.

Os dirigentes das instituições do Espaço comentam que a maioria dos médiuns não triunfa em suas tarefas e acaba por fracassar apesar de todo auxilio que recebem dos planos invisíveis (“Mediunidade” Edgar Armond).

André Luiz exemplifica vários casos de cooperadores de “Nosso Lar”, que faliram nas missões da mediunidade e da doutrinação (Os Mensageiros). Esclarece ainda que alguns alcançaram resultados parciais nas tarefas a desenvolver, mas a maioria tem fracassado ruidosamente.

Vemos assim que o comportamento de quem reencarna com obrigações definidas, no setor mediúnico, é objeto de preocupação dos amigos da vida espiritual (“Mediunidade e Evolução” – Martins Peralva). A causa geral dos insucessos mediúnicos é a ausência da noção de responsabilidade e da recordação do dever a cumprir (Edgar Armond).

Esses fatores, associados ao despreparo espiritual e doutrinário, evangélico e moral, podem ocasionar consequências imprevisíveis.

Segundo Martins Peralva diversos tipos de comportamento levam o médium ao fracasso:

- Fuga do serviço, sob alegações pueris;

- Repúdio à faculdade, temerosos do sofrimento;

- Negligência às tarefas;

- Trabalhos com má vontade;

- Cultivo de dúvidas infundadas;

- Menosprezo dos dons mediúnicos conferidos com vistas ao aperfeiçoamento;

- Valorização de argumentos e opiniões de pessoas que não podem compreender a grandeza da tarefa mediúnica;

- Insegurança interior;

- Cultivo de caprichos individuais;

- Importância excessiva ao problema das considerações públicas;

- Abraçar as tarefas sem identificar-lhes a grandeza e excelsitude;

- Deturpar a função mediúnica;

- Praticar atos estranhos ao pensamento doutrinário;

- Objetivos inferiores, dissociando o serviço de intercâmbio do imperativo evangélico.

Os motivos que levam o médium a deserção de seus trabalhos são vários. Martins Peralva os resume:

- A desconfiança dos encarnados pode, ferindo-lhe a suscetibilidade, fazê-lo abandonar a tarefa;

- Pouca importância aos avisos e advertências de irmãos desencarnados;

- A autodesconfiança, com excessivo receio de mistificações ou animismo;

- Refratariedade a conselhos ou criticas construtivas de companheiros mais prudentes e experimentados, deixando-se levar pelo melindre.

Além desses motivos, o engano por transitórias facilidades materiais faz com que médiuns promissores acabem por abandonar os compromissos assumidos tomando-se companheiros fracassados de ideais mais nobres. Há inúmeros médiuns que se propõem a instruir e escrever, falar e materializar, aliviar e consolar, em nome dos Mensageiros da Luz; entretanto, não passam da região do “muito desejo.” (“Seara dos Médiuns” - Emmanuel).

Também o desenvolvimento prematuro de faculdades mediúnicas, tentando forçar sua floração espontânea, é desaconselhável por todos os títulos, podendo incorrer em resultados imprevisíveis. Conforme comenta Emmanuel, a mediunidade é como um botão de rosa, que não desabrocha, que não se converte em rosa antes do tempo. Botão violentado, pétalas despedaçadas.

A simples falta de dedicação aprofundando-se no estudo pode levar o médium a desorientar-se e perder-se num manancial de ilusões e a se envolver num sincretismo deturpador das orientações concentradas no Espiritismo, chegando a casos mais graves como a comercialização da mediunidade ou práticas desvirtuadas dos seus propósitos elevados.

Dentre os fatores que acabam por destruir o trabalho que o médium se comprometeu a realizar, destaca-se a obsessão. Infelizmente, a maioria dos tarefeiros da mediunidade, dada a imperfeição moral, ainda não alcançou a faixa sublime aonde operam os mensageiros do amor, motivo pelo qual verificamos frequentes casos de obsessões dolorosas impedindo a realização de obras que seriam conduzidas pelos médiuns.

Obsessões tidas como simples, até são facilmente identificáveis pelo médium e, mantendo-se vigilante, saberá lidar com essa possibilidade que, conforme comenta Kardec (Livro dos Médiuns), terá o inconveniente de atrapalhar as comunicações com os Espíritos. Entretanto, há os casos graves, como a fascinação e a subjugação, explicados em detalhes no capitulo dedicado às obsessões em “O Livro dos Médiuns”. Essas obsessões paralisam a capacidade do médium de entendimento tomando-o joguete nas mãos de entidades perversas, culminando em instruções infundadas e na falta de discernimento que não lhes permite compreender as tolices de que são intérpretes e as publicações inoportunas com graves falhas doutrinárias que realizam.

Kardec comenta que a obsessão é um dos maiores obstáculos da mediunidade e recomenda providências imediatas para combatê-la. É sabido que imperfeições morais dão acesso aos Espíritos obsessores. O meio mais seguro para deles se livrar é atrair os bons pela pratica do bem.

Médium inconstante, volúvel, saltitante, ora aqui, ora acolá, semanas no trabalho, meses na ociosidade, não inspira confiança nem aos mentores espirituais, nem aos companheiros de tarefa. Os obreiros do Senhor necessitam de instrumentos firmes, abnegados, valorosos na fé, perseverantes, sem embargo das limitações comuns a todos nós, mas esforçados em sua remoção (Mar0tins Peralva).

Sabemos que a Misericórdia Divina da a aquele que falhou incessantes e renovadas oportunidades de redenção. Deus, Pai Amoroso e Justo, concede-nos os recursos da reabilitação plena. Temos ao nosso dispor infinitas oportunidades de trabalho, mas, para atingirmos os resultados precisos, é imprescindível que renunciemos ao inferior e nos esforcemos constantemente para nos mantermos ligados ao Alto.

“Orai e vigiai” é a recomendação de Jesus.

Bibliografia:

XAVIER, Francisco Cândido (Espírito André Luiz). Os Mensageiros
ARMOND, Edgard. Mediunidade
PERALVA, Martins. Mediunidade e Evolução
XAVIER, Francisco Cândido (Espírito Emmanuel). Seara dos Médiuns

Fonte da imagem: Internet Google.

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