CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

terça-feira, 13 de novembro de 2018

24a Aula Parte B - CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA 1º ANO FEESP


CONHECEREIS A VERDADE E A VERDADE VOS LIBERTARÁ

O conceito de verdade é algo que tem desafiado a humanidade desde os seus primórdios, desde os primeiros filósofos da Grécia antiga que debateram sua natureza. Discutiram se sua realidade era absoluta, relativa ou ilusória. Nenhum deles chegou a uma conclusão definitiva, ainda que existam muitos conceitos diferentes sobre ela. O Espírito Emmanuel comenta que, ainda hoje, dada a profunda diversidade das mentes é impossível, por enquanto, a exposição da realidade plena ao Espírito. “Vemos verdades estagnadas nas igrejas dogmáticas, verdades provisórias nas ciências, verdades progressivas nas filosofias, verdades convenientes nas lides políticas e verdades discutíveis em todos os ângulos da vida civilizada.” (Vinha de Luz, 175).

O que tratamos sobre este tema é que, no plano individual, Jesus é a verdade sublime e reveladora. A tão conhecida frase “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertara” é proveniente de um discurso travado entre Jesus e os Fariseus. O Mestre citava que “Se permanecerdes na minha palavra, sereis meus verdadeiros discípulos; conhecereis a verdade e a verdade vos libertara”. Falava Jesus de uma liberdade espiritual para aqueles que seguissem os seus preceitos. E complementava logo a seguir: “Todo homem que se entrega ao pecado é seu escravo”, afirmação que faz todo sentido pelo que podemos verificar no nosso próprio dia-a-dia.

Quanto mais nos apegamos às coisas materiais, mais cegos ficamos para aqueles que são os verdadeiros tesouros, que de fato nos conduzem a felicidade verdadeira.

A mensagem bíblica ensina que não há liberdade na mentira. A liberdade procede da verdade, e a verdade esta nos ensinamentos de Jesus. Conhecer a verdade é conhecer o próprio Cristo. Isto implica em amá-lo, acatá-lo, honrá-lo e seguir fielmente os seus ensinos.

Para se levar em conta a verdade, é preciso considerar que a fé esta relacionada ao seu reconhecimento. Isso significa que a verdade se identifica com a verdadeira e correta doutrina; a pregação do Evangelho é denominada “palavra da verdade”. Aprendemos que Cristo veio ao mundo para dar testemunho da verdade. O reconhecimento da verdade, por outro lado, corresponde a uma libertação. Sua libertação não se refere a um reconhecimento racional, que isente de erros e preconceitos: a verdade nos liberta espiritualmente, enobrecendo nossas virtudes.

Só existe verdadeira liberdade na submissão ao dever fielmente cumprido. Emmanuel assim se expressa: “Quem apenas Vislumbra a glória ofuscante da realidade, fala muito e age menos. Quem, todavia, lhe penetra a grandeza indefinível, age mais e fala menos”.

Se nossa escolha é livre, ela pode tender tanto para o bem quanto para o mal. Optando pelo bem, teremos como consequência novos atos livres no bem, o que aumenta a nossa liberdade; ao contrario, optando por atos viciosos, teremos de arcar com as consequências, o que diminui a nossa liberdade. A escolha de um vício faz-nos ficar presos a ele. Em outras palavras, a pessoa não é livre, está escravizada ao vicio, seja ele qual for.

Podemos extrapolar este mesmo raciocínio para quaisquer vícios ou vicissitudes presentes na humanidade que nos atrelam a vida material.

À medida que nos elevamos espiritualmente, tanto em termos do conhecimento como em termos morais, vamos nos desvencilhando das ilusões que a vida material nos enreda. Vamos nos libertando, abrindo novos horizontes para a vida espiritual. Quando a verdade brilhar em nosso caminho, veremos que o erro, as admoestações, as tribulações não representam espantalhos, mas sim lições valorosas que têm como objetivo central, afastar-nos do mal, da vaidade e do tolo egoísmo.

Emmanuel comenta que embora a tribulação seja a tormenta da alma, ninguém deveria olvidar lhe os benefícios (Vinha de Luz, 119), ou seja, a libertação da nossa alma dos apegos às coisas materiais e aos desmandos da inteligência viciosa.

À medida que seguimos os ensinamentos dispostos no Evangelho, colocando de fato em prática as orientações iluminadas que lá se encontram, deparamos com a Verdade. Processa-se dentro de nós uma grande transformação que gradativamente nos eleva a um nível de compreensão tão elevado que passamos a encarar a tudo e a todos que nos cercam com olhos de entendimento. O homem passa então a “observar a experiência sob outros prismas, elege mais altos padrões de luta, descortina metas santificantes e identifica-se com horizontes mais largos” (“Vinha de Luz”, 175). Esta é a tão sonhada liberdade, livre de preconceitos, de apegos, descompromissada das coisas materiais e fortemente comprometida com a causa do Espírito, penetrando mais intensamente na órbita da Verdade.

Bibliografia:

XAVIER, Francisco Cândido (Espírito Emmanuel). Vinha de Luz
Bíblia de Jerusalém: Novo Testamento. João 8:32

Questões para reflexão:

1) Relacione alguns tipos de comportamentos que conduzem o homem ao insucesso em suas tarefas mediúnicas.

2) Segundo Kardec a obsessão é um dos maiores obstáculos da mediunidade. Cite alguns meios de combatê-los.

3) Analise o ensinamento de Jesus: “conhecereis a verdade e a verdade vos Libertará”.

4) Descreva as consequências de nossas escolhas; e faça a diferença entre aqueles que optam pelo bem e os que optam pelos vícios.

Fonte da imagem: Internet Google.

Nenhum comentário:

Postar um comentário