CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

quinta-feira, 24 de maio de 2018

10a Aula Parte A - CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA 1º ANO FEESP


MEDIUNIDADE: FACULDADE HUMANA - PERCEPÇÃO DOS ANIMAIS

Mediunidade: Faculdade Humana

Mediunidade é termo criado por Allan Kardec, para designar uma faculdade que todos os seres humanos possuem e que lhes possibilita comunicar-se com os Espíritos. Sendo inerente ao homem, há registros históricos sobre a Mediunidade em todos os tempos e em todos os povos, apenas sob outras denominações se interpretações.

Foi por meio dela que os Espíritos diretores puderam auxiliar na evolução espiritual do homem orientando-o, assistindo-o, em todas as fases da sua peregrinação no planeta terra. Vindo conviver com os homens ou dando-lhes, pela mediunidade as inspirações e os ensinamentos necessários; foram sempre eles, esses mentores devotados e solícitos, elementos decisivos dessa evolução. Através do tempo essa faculdade quase não se modificou, desde milênios; manteve os mesmos aspectos, variando os fenômenos e as manifestações conforme a necessidade espiritual evolutiva do homem. (Mediunidade -Edgard Armond).

Todos os homens têm o seu grau de mediunidade, nas mais variadas posições evolutivas, e esse atributo do Espírito representa ainda, a alvorada de novas percepções para o homem do futuro, quando, pelo avanço da mentalidade do mundo, as criaturas humanas verão alargar-se a janela acanhada dos seus cinco sentidos.

No L.M. Cap. XIV - 159 os Espíritos afirmam que toda pessoa que sente, em um grau qualquer, a influência dos Espíritos, por isso mesmo é médium. Não é privilégio exclusivo; também são poucos nos quais não se encontrem alguns rudimentos dela. Pode-se, pois, dizer que todo mundo é, mais ou menos, médium.

No Cap. XIX - 223, 224 e 225, acrescenta: para uma comunicação inteligente há necessidade de um intermediário inteligente, e esse intermediário é o médium, pois, os Espíritos não possuem a linguagem articulada, encontram no cérebro do médium os elementos próprios para darem ao seu pensamento a vestimenta da palavra correspondente, embora seja o médium intuitivo, semi-mecânico ou mecânico puro.

Quando os Espíritos encontram num médium o cérebro enriquecido de conhecimentos adquiridos em sua vida atual, e seu Espírito rico de conhecimentos anteriores latentes, a comunicação e facilitada e há preferência, o que não ocorre com um médium de inteligência limitada e conhecimentos anteriores insuficientes.

Camille Flammarion na sua obra “O desconhecido e os Problemas Psíquicos”, Cap. I, explana com sabedoria sobre as faculdades humanas que são fatos inexplicados, que pertencem ao domínio do desconhecido. São desta categoria os seguintes fenômenos: a telepatia, ou sensação à distância, as aparições ou manifestações de moribundos, a transmissão do pensamento, a visão em sonho, em estado sonambúlico, sem o concurso dos olhos, a presciência ou premonição de certos ruídos inexplicados, os levantamentos ou levitações contrarias às da gravidade, os movimentos e transportes de objetos sem contato e muitos outros fenômenos estranhos para muitos inexplicáveis. Tudo está na natureza, tanto o desconhecido como o conhecido, e o sobrenatural não existe. Os eclipses, os cometas, as estrelas eram vistos como sobrenaturais, como manifestações da cólera divina, antes de se ter o conhecimento das leis que os regem. Todos os nossos conhecimentos humanos poderiam ser representados por uma minúscula ilha rodeada por um oceano sem limites.

No dia de Pentecostes, vários fenômenos mediúnicos marcaram a tarefa dos apóstolos, mesclando-se efeitos físicos e intelectuais. Neles mostram-se os Valores mediúnicos a serviço da Religião Cósmica do Amor e da Sabedoria, situando-se desse modo, a Justiça Perfeita, no íntimo de cada um, para que se outorgue isso ou aquilo, a cada Espírito, de conformidade com as próprias obras. (A. Luiz - Nos Domínios da Mediunidade, Cap. XXVI)

Gabriel Delanne, no livro “A Alma é Imortal” cita impressões produzidas pelas aparições dos animais, a irrefutável percepção de espirilos que tem os animais, bem como, o terror que eles manifestam quando os percebem e a atitude que assumem, tão diferente da que guardam em presença dos fenômenos naturais.

Percepções dos Animais

O Espiritismo ensina que tudo se evolui no universo.

Darwin abordou a evolução no plano da matéria, Kardec mais ousado enunciou a evolução do Espírito. (O Espírito e o Tempo - J. Herculano Pires)

Tudo é transição na natureza, pelo fato mesmo de que nada é semelhante e que, todavia tudo se liga. (L.E, Cap. XI, q. 589)

No L. E, questão 588, encontramos os apontamentos seguintes a respeito das faculdades perceptivas na fase rudimentar nos reinos inferiores da evolução da espécie: há nas plantas, como nos animais uma espécie de instinto de conservação dependendo da extensão que seda a esse termo.

Na maioria dos animais há neles uma espécie de instinto de inteligência, cujo exercício é mais exclusivamente concentrado sobre os meios de satisfazerem suas necessidades físicas e proverem a sua conservação. L.E. Cap. XI-593

No livro “O Consolador”, Emmanuel, pela psicografia de F. C. Xavier, vem de encontro a esse apontamento:

“Os irracionais não possuem faculdades mediúnicas propriamente ditas. Contudo, têm percepções psíquicas embrionárias, condizentes ao seu estado evolutivo”.

Erasto, no L.M., Cap. XXII, item 236, afirma: “Há um princípio que, estou seguro, é admitido por todos os espíritas: é que os semelhantes agem com seus semelhantes e como seus semelhantes”. Ora quais são os semelhantes dos Espíritos senão os Espíritos encarnados ou não?

Os animais adestrados compreendem certos pensamentos, mas já os vistes reproduzi-los? Conclui, pois, que os animais não podem servir de intérpretes.

No Gênesis 1: 24 (Bíblia de Jerusalém) referindo-se a Criação de Deus diz: “Que a terra produza seres vivos segundo a sua espécie, animais domésticos, répteis e feras segundo sua espécie e assim se fez”.

Continuando: 1:26 - “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança, e que eles dominem sobre os peixes do mar, as aves do céu, os animais domésticos, todas as feras e todos os répteis que rastejam sobre a terra.”

Em Eclesiastes 3:21 afirma: “Não procures o que é muito difícil para ti, não investigues o que Vai além de tuas forças”.

É possível que Erasto tenha se mirado nesses ensinamentos e conhecendo a imperfeição da humanidade falava de uma fase transitória do principio inteligente na sua caminhada evolutiva, e que naquela condição, os animais não podiam ser comparados ao ser humano.

André Luiz, no livro “Mecanismo da Mediunidade”, cap. X, diz: “Nos reinos inferiores da natureza, a Corrente mental restringe-se a impulsos de sustentação nos seres de constituição primaria, a começar dos minerais, preponderando nos vegetais e avançando pelo domínio dos animais mais simples, para se evidenciar mais complexa nos animais superiores que já conquistaram bases mais amplas à produção do pensamento continuo”.

Emmanuel, em “O Consolador” perg. 79, afirma: “A escala do progresso é sublime e infinita. O mineral é atração. O vegetal é sensação. O animal é instinto. O homem razão. O anjo é Divindade. Busquemos reconhecer a infinidade de laços que nos unem nos valores gradativos da evolução e ergamos em nosso íntimo o santuário eterno da fraternidade universal”.

Fechando Cap. XXII do “Livro dos Médiuns” diz Erasto, “Para resumir os fatos medianímicos não podem se manifestar sem o concurso consciente ou inconsciente de médiuns; e não é senão entre os encarnados, Espíritos como nós que podemos encontrar aqueles que nos sirvam de médiuns”.

Bibliografia:

KARDEC, Allan - Livro dos Médiuns
KARDEC, Allan - Livro dos Espíritos
ARMOND, Edgard. Mediunidade
XAVIER, Francisco Cândido (Emmanuel). O Consolador
XAVIER, Francisco Cândido (André Luiz). Mecanismo da Mediunidade
FLAMMARION, Camille. O Desconhecido e os Problemas Psíquicos
PRADA, Irvênia. A Questão Espiritual dos Animais

Fonte da imagem: Internet Google.

Nenhum comentário:

Postar um comentário