CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

terça-feira, 12 de maio de 2015

8ª Aula Parte A – CURSO BÁSICO DE ESPIRITISMO 2º ANO – FEESP

LEI DE DESTRUIÇÃO

DESTRUIÇÃO NECESSÁRIA E ABUSIVA – FLAGELOS DESTRUIDORES - GUERRAS - ASSASSÍNIO - CRUELDADE - PENA DE MORTE

DESTRUIÇÃO NECESSÁRIA E ABUSIVA

A lei de destruição é uma lei da natureza. O mundo material sempre estará em transformação para cumprir os desígnios de Deus. A transformação tem por objetivo a revolução e evolução dos seres vivos.

Do ponto de vista do Espírito imortal, fica fácil compreender a justiça perfeita de Deus, uma justiça amorosa, diferente da justiça humana que necessita transformar-se para acompanhar a evolução moral da humanidade.

O instinto de destruição dos seres vivos é maior quanto mais próximo estiver da sua criação Divina, a destruição entre os animais visa somente à alimentação e defesa, o equilíbrio entre os seres vivos da natureza. A cadeia alimentar é uma sequência natural de conservação que preserva esse equilíbrio. Equilíbrio da necessidade de viver e reproduzir. Equilíbrio entre dois instintos: de conservação e destruição.

A destruição vai sendo menos necessária à medida que a evolução do Espírito vai sobrepondo-se a matéria. Nos mundos espalhados pelo universo, mais evoluídos que a Terra, a destruição é abrandada.

No universo, em qualquer lugar a destruição tem seus limites. O abuso, a destruição desnecessária, é uma violação da lei de Deus, e acionará os mecanismos de ajuste da lei de ação e reação.

FLAGELOS DESTRUIDORES

Os flagelos podem ser naturais, como terremotos, vulcões, tsunamis, ou provocados pelo abuso do uso que a humanidade faz do seu ambiente físico, como as inundações provocadas pelo aquecimento global. Os flagelos destruidores são assustadores, terríveis no momento, mas quando observados espiritualmente, percebemos que a perfeita sabedoria Divina acelera a transformação e promove o equilíbrio perdido, A natureza possui os seus próprios meios de atingir esse equilíbrio, revelando novamente as leis perfeitas de Deus para o mundo material.

Essa destruição também tem seu valor moral, provocando a solidariedade, assim a caridade vai sendo instalada, porque é um sentimento inato dos humanos, a ajuda recíproca entre irmãos espirituais da família universal.

Estimula a inteligência levando os humanos a encontrarem novas soluções: o combustível verde para seus carros, a irrigação de desertos, tirando alimentos de onde só existia areia.

GUERRAS

A guerra é uma destruição desnecessária e revela a predominância dos instintos, ignorando que a morte não existe. A morte do corpo físico, causada pela guerra, revela o direito do mais forte, característico de humanos que vivem num horizonte tribal. Sob o horizonte espiritual de Jesus, a guerra iria desaparecer, mas na fase de transição é um mal necessário para libertar um povo ou sua defesa. A liberdade e igualdade é um direito fundamental que a humanidade luta para ver implantado no planeta.

O avanço do conhecimento colocou a guerra, entre as nações mais desenvolvidas, num impasse: o uso da energia atômica, além de destruir o inimigo, também destruirá o agressor. O desenvolvimento da violência não pode ser ignorado, a guerra passa a assumir outras faces: o terrorismo e o crime organizado, o fanatismo religioso como forma de destruição suicida. Somente quando os homens compreenderem a justiça e praticarem a Lei de Deus, os povos serão irmãos.

ASSASSÍNIO

O assassínio é um abuso da lei de destruição e do ponto de vista espiritual, interrompe uma vida de expiação ou de missão. (LE 746)

A intensidade da reação dependerá da intenção, atenuada diante da defesa e louvável quando preservamos nossa vida e do agressor. No dia a dia da vida urbana, percebemos que muitos acidentes, que terminam de forma trágica, poderiam ser evitados se soubéssemos ceder diante do desequilíbrio emocional nosso e do agressor.

Devemos respeitar o direito de o outro ter uma opinião diferente da nossa.

CRUELDADE

A crueldade é mais um abuso da lei de destruição, sentir prazer pelo sofrimento do outro revela quase ausência de senso moral, quase porque o senso moral existe em todos humanos por principio. Esse gérmen de moralidade irá desenvolver-se nas reencarnações futuras.

O humano primitivo tem mais possibilidades de ser cruel por viver de instintos; renascendo numa sociedade mais organizada, e se a prova for pesada, pode sucumbir e provocar tragédias, muitas vezes incentivadas por Espíritos inferiores e perversos.

Impossível eternizar-se na crueldade, pois o senso moral esta presente em todos os homens, a principio não desenvolvido para pouco a pouco os transformar em seres bons e humanos.

PENA DE MORTE

A pena de morte é o assassinato legalizado pela sociedade. Uma forma de punição radical nascida entre os povos ignorantes e primitivos. O mais antigo documento escrito em pedra, o código Hamurabi, rei babilônico de 1792 a.C a 1750 a.C, procura disciplinar o direito de equivalência da punição com a Lei de Talião, confirmado depois por Moisés, tomando divino o olho por olho e dente por dente.

Jesus revela essa verdade de forma mais cristalina lembrando a lei de ação e reação “quem com espada fere, com espada será ferido” e recomenda “amar o' inimigo”, o amor raciocinado: não ter nenhum sentimento de rancor, de ódio, ou desejo de vingança.

Jesus, com sua espada da paz, promove a justiça divina na sua perfeição amorosa, eliminando a pena de morte, a destruição desnecessária, porque a morte não existe.

Destruído o corpo físico do malfeitor, ele continuará vivo, ignorando sua morte física e livre para unir-se com Espíritos afins.

O criminoso é um doente social, arredio do convívio civilizado, necessitado de ajuda, remédio espiritual para que promova o arrependimento; somente as Leis de Deus são perfeitas. Julgar equivale a tomar o lugar de Deus. A justiça humana não escapara da justiça divina que dará oportunidade de reencarnar entre aqueles que ele prejudicou e reparar o mal que tenha feito.

BIBLIOGRAFIA
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KARDEC, Allan - O Evangelho Segundo o Espiritismo - cap. v, item 6; cap. VII, itens 11 a 13; cap. XII, itens 8, 9, e 11 a 16;
KARDEC, Allan - A Gênese - cap. III, nºs 4 e 6; cap. XI, n"s 31, 32, 34 e 36; cap. XVIII, itens 33 a 35;
KARDEC, Allan - O Céu e O Inferno - cap. III, itens 7, 10 e 13; 2ª Parte cap. VI, n°s 1 a 18;
KARDEC, Allan - O Que é Espiritismo - n°s 142 e 143; cap. I, n° 140; cap. III, n° 160;
Revista Espírita, de dezembro de 1859; de março de 1861; de julho de 1862; de novembro de 1862; de maio, outubro e novembro de
1868;
AMORIM, Deolindo - Espiritismo e Criminologia - cap. 7;
DENIS, Leon - O Mundo Invisível e a Guerra - cap. I, II, III e V;
LUIZ, André - Francisco Cândido Xavier - Agenda Cristã - item 2;
PIRES, José Herculano - O Homem no Mundo - Heloisa Pires;
CAMPOS, Humberto - Carta e Crônica - cap. 21;
EMMANUEL, Francisco Cândido Xavier - Religião dos Espíritos - cap. 101 e 125;

Fonte da imagem: Internet Google.

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