CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

quinta-feira, 30 de abril de 2015

6ª Aula Parte B – CURSO BÁSICO DE ESPIRITISMO 2º ANO - FEESP

LAÇOS DE FAMÍLIA E PIEDADE FILIAL

LAÇOS DE FAMÍLIA- ESE, Cap. IV, item 18

“... Os liames sociais são necessários ao progresso e os laços de família resumem os liames sociais; eis porque eles constituem uma Lei Natural. Deus quis que os homens, assim, aprendessem a amar se como irmãos”. (LE. - pergunta 774)

O valor e a importância da família crescem, de fato, quando são enfocados sob o ângulo da Doutrina Espírita, pois se aprende na Codificação que o casamento, marco inicial na constituição da família, representa um progresso conquistado pelo homem em busca de sua perfectibilidade. Portanto, deve-se evitar o relaxamento dos laços familiares, porque implicam, ao invés do amor, no desenvolvimento do egoísmo, retardando, assim, o ciclo evolutivo da humanidade.

Ensinam os Espíritos que é na família e através dela, que se dá o burilamento das almas, segundo o princípio da reencarnação. Esta tarefa deve ser realizada com seriedade e responsabilidade, pois não é por acaso que determinadas criaturas são reunidas numa mesma família. O espírita não pode permitir que seu lar seja simplesmente uma morada, mas um local acolhedor onde se encontram almas necessitadas de desenvolver sentimentos de amor e de perdão, onde os Espíritos se refazem das lutas de cada dia e se ajudam, fraternalmente, trabalhando por um futuro melhor.

PIEDADE FILIAL- ESE, Cap. XIV item 3

“Honrarás vosso pai e vossa mãe” (Marcos, 7:1o; MT 15:4; Lc 18:20)

Um dos mandamentos contidos no Decálogo prescreve a necessidade de honrar pai e mãe, o que implica em dar-lhes todo o afeto possível, em todas as fases de suas vidas, e principalmente na velhice, retribuindo assim, em parte, os desvelos e as preocupações que tiveram na infância dos filhos. É evidente que aquele que assim não proceder estará amealhando pesados encargos para si na vida futura, através de novas reencarnações.

A ingratidão é um dos deslizes humanos que mantêm o mais intimo parentesco com o egoísmo, tomando dimensão maior quando é cometida pelos filhos, em relação aos seus pais. Muitos chegam ao ponto de colocarem seus pais idosos nos aposentos mais obscuros da casa onde residem, não lhes dando nenhum tipo de conforto, quando não os internam em casas de idosos ou asilos, para que eles não os incomodem em seus lares.

Muitos filhos dão aos pais o estritamente necessário para poderem sobreviver; ao passo que eles próprios de nada se privam. Sobretudo, para os pais sem recursos é que se demonstra a verdadeira piedade dos filhos.

O mandamento “honrar vosso pai e vossa mãe” é uma consequência da lei geral da caridade e do amor ao próximo, já que não pode amar o seu próximo aquele que não ama seus pais. O vocábulo “honrai” encerra um dever a mais para com eles: o da piedade filial. Deus quis mostrar com isso que, ao amor é preciso acrescentar o respeito, as atenções, a submissão e a condescendência, o que implica a obrigação de cumprir para com eles, de um modo mais rigoroso ainda, tudo o que a caridade manda para com o próximo (ESE, Cap. XIV item 3).

Há, em verdade, certos pais que se descuidam de seus deveres para com os filhos. A estes, porém, não cabe censurá-los ou puni-los, pois talvez eles mesmos tenham dado causa ao menosprezo dos pais.

Se a caridade Cristã sublima a retribuição do mal com o bem, a indulgência com as imperfeições alheias, o perdão das ofensas e o amor ao próximo até mesmo aos inimigos, essa obrigação é ainda bem maior em relação aos pais.

BIBLIOGRAFIA:

KARDEC, Allan - o Evangelho Segundo o Espiritismo - cap. XII (itens 1 a 3 e 9;

EMMANUEL, Francisco Cândido Xavier - Vida e Sexo - itens 6 a 9, 11, 19, 20, 22 e 23;

PERALVA, Martins - O Pensamento de Emmanuel- item 27;

CALLIGARIS, Rodolfo - Leis Morais; 7


Fonte da imagem: Internet Google.

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