O DEVER - A VIRTUDE
Define-nos
Lázaro, no capítulo XVII, item 7, de O Evangelho Segundo o Espiritismo, que
“dever é a obrigação moral, primeiro para consigo mesmo e depois para com os
outros”, esclarecendo que se refere somente ao dever moral.
Toda
criatura de DEUS, em qualquer reino da Criação, está sujeito à lei do
progresso, lei natural que a todos liga e congrega para a consecução final
deste desígnio divino: a perfectibilidade.
E o ser humano
deve perlustrar o caminho do progresso, no uso do seu livre arbítrio,
monitorado pela consciência, na qual DEUS inscreveu suas Leis, imperando
soberana a Lei de Amor.
Assim, para
realizar a Lei de Amor devemos cumprir nossos deveres, na concretização do
progresso moral e intelectual, como perfeitamente acentuou o Espírito Verdade,
no Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo VI, item 5, recomendando:
“Espíritas, amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo”,
e continua: “todas as verdades se encontram no Cristianismo”.
Logo, todos
os nossos deveres se consubstanciam na aquisição da instrução intelectual e no
exercício do Amor; este, por sua vez, luarizando a intelectualidade e
transformando-a em sabedoria, eis que o conhecimento intelectual, somente
quando empregado conforme os ditames da ética e da moral, ou seja, seguindo os
ensinamentos e exemplos de JESUS, completa o que denominamos reforma íntima,
tomando-nos um homem novo, como preconizado por Paulo de Tarso: “E assim, se
alguém está em CRISTO é nova criatura: as coisas antigas já passaram, eis que
se fizeram novas” ( II Coríntios, 5:17).
Entretanto,
há de se perguntar: o dever, onde ele começa, onde acaba?
E Lázaro
esclarece judiciosa e cristalinamente: “O dever começa precisamente no ponto em
que ameaçais a felicidade ou a tranquilidade do próximo e termina no limite que
não desejaríeis ver transposto em relação a vós mesmos”, todos temos deveres e
direitos e, cumprindo nossos deveres com fidelidade em relação ao próximo, nascem
nossos direitos.
Assim, se
queremos evitar, para o futuro, a dor, os sofrimentos e os resgates aos quais
estamos jungidos, cumpramos hoje as obrigações que nos são próprias, com
obediência e resignação nesta época de transição que atravessamos, continuando
aptos a habitar a Terra, que tanto amamos e a qual tanto devemos, quando guindada
em planeta de regeneração.
“Encerra a
virtude, em seu grau mais elevado, o conjunto de qualidades essenciais que
caracterizam o homem de bem. Virtuosa é a criatura boa, caritativa, laboriosa,
sóbria, modesta. No entanto, alguns atos reveladores de fraquezas morais,
muitas vezes, empanam o brilho dessas qualidades intrínsecas. A pessoa que faz
alarde de suas qualidades não é virtuosa, pois lhe falta a principal qualidade:
a modéstia, e lhe sobeja o vício mais oposto: orgulho.”
A pessoa,
portadora de virtudes verdadeiramente dignas desse nome, evita a ostentação e
faz com que ela se oculte, fugindo, assim, as homenagens de seus semelhantes.
Jesus Cristo é o modelo excelso da virtude; no entanto, podem-se também
mencionar alguns expoentes de virtudes santificantes, tais como: Francisco de Assis,
Vicente de Paulo, Anália Franco, Bezerra de Menezes e muitos outros, que
passaram pela Terra como um rasgo de luz, disseminando o Bem em sua expressão
mais elevada.
Aquele que
se exalta, que levanta monumento às próprias virtudes, com essa atitude anula o
mérito real que possa ter. Que dizer, então, daquele que apenas aparenta
virtudes que não possui? Este procura enganar-se a si próprio e também a Deus.
Aquele que pratica o Bem sente em sua alma uma satisfação íntima; entretanto, desde
que esta seja exteriorizada com o fito de receber elogios, receber aplausos,
degenera em amor-próprio e vaidade.
Por isso,
quando deres esmola, não te ponhas a trombetear em público, como fazem os
hipócritas nas sinagogas e nas ruas, com o propósito de serem glorificados
pelos homens. “Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Tu porém,
quando deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita para
que a tua esmola fique em segredo; e o teu Pai, que vê no segredo, te
recompensará”. (Mt 6:2-4)
Ou ainda:
“Aquele que se exaltar será humilhado, e aquele que se humilhar será exaltado”.
Bibliografia:
KARDEC,
Allan. Evangelho Segundo Espiritismo: Cap. VI, item 5 e cap. XVII - itens 7 e 8
BÍBLIA DE
JERUSALÉM. Novo Testamento II Coríntios -5; 17
BÍBLIA DE
JERUSALÉM. Novo Testamento: Mateus - 6:2-4
Questões
para reflexão:
1) Descreva
sucintamente o que é mandato mediúnico.
2) Explique
a relação do Médium, no mandato mediúnico com o seu mentor espiritual.
3) Explique
a finalidade do conhecimento e pratica do Evangelho de Jesus no cumprimento do
Dever.
4) Faça um
breve relato sobre a virtude e como se comporta uma pessoa virtuosa.
Fonte da imagem: Internet Google.
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