CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

quinta-feira, 10 de outubro de 2019

21a Aula Parte B - CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA 2º ANO FEESP


MEDIUNIDADE GRATUITA

A mediunidade não é uma profissão, mas um dom a ser exercido desinteressadamente, gratuitamente, servindo como meio de divulgação, a toda a Humanidade, das verdades espirituais, da fé raciocinada, do destino do homem, do seu objetivo na Terra, da importância da prática da caridade e da humildade constantemente. Por isso, o médium não tem direito de comercializa-la, porque seu trabalho é em conjunto com os Espíritos.

“Restitui a saúde aos doentes, ressuscitai os mortos, curai os leprosos, expulsai os demônios; dai de graça o que de graça recebestes” (Mt, 10:8).

Quando Jesus fez esta recomendação aos seus discípulos, estabelece que não se deve cobrar por aquilo que nada se pagou. Intentava transmitir ao povo que se deve preservar toda ação mental, dirigida a Deus, do comércio, das especulações, das ligações menos dignas, a que os encarnados pudessem sintonizar através da mediunidade.

O povo que vivia na Terra, quando Jesus aqui encarnou, era ainda muito ignorante quanto as verdades espirituais, com exceção dos discípulos, que tinham evoluído espiritualmente de forma mais acentuada.

Deste modo, Jesus sempre tentou atingir-lhes o pensamento, transmitindo-lhes suas lições por meio de historietas ou Parábolas, a fim de que lhes impressionassem aos sentidos, e os discípulos pudessem perceber, ao menos, uma parte da nova moral que Ele vinha trazer à Humanidade. Cita-se, como exemplo, a Parábola do Joio e do Trigo (Mt, 13:24-30)

O excessivo apego as coisas suscitava muitas preces pagas, além do comércio nos próprios templos de oração.

Disse ainda Jesus: não façais que as vossas preces sejam pagas; não façais como os escribas, que “a pretexto de longas preces, devoram as casas das viúvas”. Ao condenar estas práticas, Jesus transmite aos homens a ideia de que não devem comercializar as “Coisas de Deus”.

Desta forma, é totalmente incoerente pagar a alguém para orar por outrem. O amor e o desinteresse estão muito longe daqueles que comercializam as coisas divinas, e o bom senso mostra que tal prática não é agradável a Deus, que considera, numa prece, a sinceridade e o desinteresse de quem profere.

Não é a quantidade ou a beleza das palavras que selecionam as preces verdadeiras, mas o sentimento de amor e fé daquele que esta orando, muitas vezes através de um simples pensamento ou gesto, em qualquer lugar onde se encontre.

A mediunidade é a faculdade que permite o intercâmbio entre o Plano Físico e o Plano Espiritual, através do médium, e é uma oportunidade de trabalho a favor do próximo, e uma condição para a própria evolução espiritual.

Assim, o bom médium é aquele que usa suas faculdades para o bem do próximo.

É sua ferramenta de trabalho e como tal precisa ser bem conservada, a fim de ser realmente util.

O homem deve buscar na matéria e não nas atividades espirituais, o que venha trazer-lhe os elementos necessários para seu sustento material.

Diz Kardec a mediunidade “só existe graças ao concurso dos Espíritos, se estes faltarem não há mediunidade, pois embora a aptidão possa subsistir, o exercício se torna impossível. Não há, portanto, um único médium no mundo que possa garantir a obtenção de um fenômeno espírita em determinado momento”.

O simples bom senso conduz ao raciocínio de que se os Espíritos não estão disponíveis a toda hora, e o médium, mesmo assim, da comunicação, ou está ocorrendo um fenômeno anímico (emanado da própria alma do médium), ou uma mistificação (o médium age com intenção de enganar).

Importante considerarmos ainda a Lei de Sintonia Vibratória. Um Espírito com maior evolução não irá perder seu tempo em fornecer mensagens aos encarnados, a fim de atender a interesses materiais, quais sejam, conhecimento dos acontecimentos futuros, palpites em situações cotidianas, leitura da “sorte”, promessas fúteis etc., de maneira que, afastando-se, permite que os Espíritos de menor grau evolutivo, ainda muito ligados as coisas materiais, sintonizem-se, mentalmente, com o médium, e cedem com prazer aos seus interesses materiais, incentivando-o mais e mais para praticas censuráveis. Estes comportamentos geram uma “cadeia vibratória”, em que Espírito, médium e encarnado (que esteja “consultando”) acabam ligando-se uns aos outros. Nenhum poderá escapar da Lei de Causa e Efeito. Todos terão que responder pelo desrespeito às Leis Divinas, de acordo com o conhecimento que possuam das “coisas espirituais” e de sua intenção, pois “a quem muito foi dado, muito lhe será pedido” (Lc, 12:48).

Para que ocorram a “Mediunidade com Jesus” e o intercâmbio com os Espíritos mais elevados, é necessário que o médium os leve a sério e os coloque acima dos seus interesses materiais. Todo bom médium deve desenvolver suas qualidades morais com humildade, amor, devotamento, bondade, fraternidade, com muita fé.

“Quanto mais espiritualizado o médium e mais cônscio de sua responsabilidade ante a tarefa sagrada que o Pai Celestial lhe concede, mais rico em possibilidades de engrandecimento da própria alma e de benefício aos desalentados do caminho evolutivo” (Martins Peralva, Estudando a Mediunidade, cap. XXIX).

Bibliografia:

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo Espiritismo: Cap. XXVI, itens 7 a 10

PERALVA, Martins. Estudando a Mediunidade: Cap. XXIX

Questões para Reflexão:

1. Descreva o que você entendeu por fluido vital e como ele pode ser renovado.

2. Faça a diferença entre o magnetizador e o médium curador.

3. Explique o processo de cura da mulher hemorrágica.

4. Interprete a frase de Jesus: “Dar de graça o que de graça recebestes”.

Fonte da imagem: Internet Google.

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