CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO ESPÍRITA: PACIÊNCIA, INDULGENCIA, FÉ, HUMILDADE, DIGNIDADE E CARIDADE.

terça-feira, 12 de junho de 2018

12a Aula Parte A - CURSO DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA 1º ANO FEESP


FIXAÇÃO MENTAL

Mecanismo da Fixação Mental

Dramas do Espírito - Mecanismo da Mente Humana

O homem é responsável pelo seu pensamento perante Deus, e somente Deus podendo conhecê-lo, aplica-lhe a pena ou absolve-o, segundo a sua justiça. (LE-834).

“Pensar é criar. A realidade dessa criação pode não exteriorizar-se, de súbito, no Campo dos efeitos transitórios, mas o objeto formado pelo poder mental vive no mundo intimo, exigindo cuidados especiais para o esforço de continuidade ou extinção”. (“Pão Nosso” - Emmanuel, lição 15).

A fixação mental é o estado em que se encontra o Espírito, encarnado ou desencarnado em decorrência de um acontecimento, e cujo organismo psíquico se acha dominado por uma ideia da qual não consegue se desvencilhar. A criatura afetada pela fixação, “não se interessa por outro assunto a não ser o da própria dor. Isola-se do mundo externo, vibrando tão somente ao redor do desequilíbrio oculto em que se compraz. Nada mais ouve, nada mais vê e nada mais sente, além da esfera desvairada de si mesma”.

O mecanismo da fixação mental

“Os sofrimentos são o resultado dos laços que ainda existem entre o Espírito e a matéria. Quanto mais ele estiver desligado da influência da matéria, quanto mais desmaterializado, menos sensação penosa sofrerá. Que dome as suas paixões animais: que não tenha ódio, nem inveja, nem ciúme, nem orgulho; que não se deixe dominar pelo egoísmo; que purifique sua alma, pelos bons sentimentos; que pratique o bem; que não dê as coisas deste mundo senão a importância que elas merecem; e, então, mesmo sob o seu envoltório corpóreo, já se terá purificado, desprendido da matéria, e quando o deixar, não sofrerá mais a sua influência” (L.E., 257).

“Toda falta cometida, todo mal realizado é uma dívida contraída que deverá ser ressarcida; se não o forem em uma existência, sê-lo-á na seguinte ou seguintes, porque todas as existências são solidárias entre si”. A situação do Espírito, no mundo espiritual, não é outra senão por si mesmo preparada na vida corpórea. (A.Kardec - O Céu e o Inferno, Cap. VII, 1a Parte - Código penal da vida futura, itens 9o e 28°).

Quando o Espírito que reconhece sua culpa se fixa mentalmente no ato que cometeu, passa a emitir pensamentos de remorso que é um sentimento destruidor. A ideia fixa pode durar séculos e até milênios, estagnando a vida mental no tempo.

Hilário, companheiro do Espírito André Luiz, com dificuldade para penetrar os enigmas da cristalização da alma em torno de certas situações e sentimentos, faz as seguintes perguntas ao Assistente Aulus:

- Como pode a mente deter-se em determinadas impressões, demorando-se nelas, como se o tempo para ela não caminhasse?

- E o problema da imobilização da alma?

O interpelado ouviu com atenção e prosseguiu explicando conforme se observa no Capitulo 25 do livro: “Nos Domínios da Mediunidade”

Encontramos no livro O Céu e o Inferno 2ª Parte (Exemplos), depoimentos de Espíritos como o do avarento identificado por François Riquier que se fixou na busca de seu dinheiro - (Cap. IV “Espíritos Sofredores”) ou o do Espírito Castelnaudary, condenado a morar na casa onde cometeu seus crimes (Cap. VI - “Criminosos Arrependidos”).

Dramas do Espírito

Na erraticidade, “numerosos Espíritos ai flutuam indecisos entre o justo e o injusto, entre a verdade e o erro, entre a sombra e a luz. Outros estão sepultados no insulamento, na obscuridade, na tristeza, sempre a procura de uma benevolência, de uma simpatia que podem encontrar”.

O Espírito sofre as consequências naturais de seus atos, que recaindo sobre ele próprio, o glorificam ou acabrunham. O ser padece na vida de além-túmulo não só pelo mal que fez, mas também por sua inação e fraqueza. (Léon Denis - Depois da Morte, Caps. XXXIV e XXXVI)

André Luiz em Obreiros da Vida Eterna, Cap. VIII (Treva e sofrimento) comenta a pregação de Hipólito no momento que ele diz: “O estacionamento, após esforço destrutivo, estabelece clima propicio aos fantasmas de toda sorte, fantasmas que torturam a mente que os gerou, levando-a a pesadelos cruéis. Cavamos poços abismais de padecimentos torturantes, pela intensidade do remorso de nossas misérias íntimas. De um lado, a falência gritante; do Outro, o desafio da vida eterna”.

Mecanismo da mente humana

“A mente é a casa do Espírito. Como acontece a vivenda, ela possui muitos compartimentos com serventia para atividades diversas. Às vezes, sobrecarregarmos as dependências de nosso lar interior com ideias positivamente inadequadas as nossas necessidades”. (“Alma e Coração” - Emmanuel/F.C.Xavier).

“Cada mente é como se fora um mundo por si, respirando nas ondas criativas que despede - ou na psicosfera em que gravita para esse ou aquele objetivo sentimental, conforme os próprios desejos sem o que a lei de responsabilidade não subsistiria”. O pensamento age e reage carreando para o emissor todas as fecundações, felizes ou infelizes que arremessa de si próprio, a determinar para cada criatura os estados psíquicos que variam segundo os tipos de emoção e conduta a que se afeiçoe. Enquanto se não aprimore, é certo que o Espírito padecerá, em seu instrumento de manifestação, a resultante dos próprios erros. (Mecanismos da Mediunidade - A. Luiz, Caps. XVII e XXIV).

Nos Domínios da Mediunidade diz Aulus: Quando não nos esforçamos por superar a câmara lenta da angustia, a ideia aflitiva ou obcecante nos corrói a vida mental, levando-nos a fixação.

André Luiz, no cap. XVI de Evolução em Dois Mundos, falando do mecanismo da mente explica: Alma e corpo assemelham-se ao musicista e seu instrumento. Conjugam-se um com o outro para a execução do trabalho que a vida lhes reserva. A alma é direção e o corpo obediência, é da Lei Divina que o homem receba em si mesmo o fruto da plantação que realizou, e de seu próprio comportamento retira o bem ou o mal que, lançando ao caminho, estará impondo a si mesmo.

O Espírito não pode esquecer a sublimação de si mesmo, que é a mais alta vitória no processo de regeneração.

Não deve também cultivar os sentimentos negativos de culpa e remorso que poderia levá-lo a um estado de fixação mental. Arrepender-se da prática danosa e perseguir a reparação é o remédio. Por estas razões é que o apóstolo Paulo adverte aos cristãos de Filipos: “uma coisa faço: esquecendo-me do que fica para trás e avançando para o que está adiante, prossigo para o alvo, para o prêmio da vocação do alto, que vem de Deus em Cristo Jesus” (Epístola aos Filipenses, 3:13).

Bibliografia:

KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos: pergs. 229, 257, 834, 965 a 972-a
XAVIER, Francisco Cândido (Espírito André Luiz). Nos Domínios da Mediunidade; Cap.25
XAVIER, Francisco Cândido; VIEIRA, Waldo (Espírito André Luiz). Mecanismos da Mediunidade: Caps. XVII e XXIV
XAVIER, Francisco Cândido (Espírito André Luiz). Evolução em Dois Mundos: Cap. XVI
KARDEC, Allan. A Gênese: Cap. XIV item 16
KARDEC, Allan. O Céu e o Inferno: Caps. IV (Espíritos Sofredores) e VI (Criminosos Arrependidos)
XAVIER, Francisco Cândido (Espírito Emmanuel). Pão Nosso: Lição 15
DENIS, Leon. Depois da Morte: Caps. XXXIV e XXXVI
XAVIER, Francisco Cândido (Espírito André Luiz). Obreiros da Vida Eterna
A Bíblia de Jerusalém. Epístola aos Filipenses: cap. 3, versículo 13
XAVIER, Francisco Cândido (Espírito Emmanuel). Alma e Coração: lição 11 (Tua Mente)

Fonte da imagem: Internet Google.

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